Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 24
Capítulo 24 - Finalmente


Notas iniciais do capítulo

Tentei, eu juro, mas consegui encaixar nenhuma piada com o episódio 24 com algo gay, o Henri agradece por isso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576014/chapter/24

Eu queria fazer alguma citação maneira sobre socos e brigas nesse momento, talvez falar de onde veio a ideia de machucar as pessoas ou os outros com as próprias mãos, mas procurei e pesquisei e não achei nada agradável ou que fosse legal o bastante para entrar aqui, procurei alguma coisa sobre o filme Clube da Luta talvez, mas mesmo os ensinamentos de Tyler Durden não serviriam nessa hora, eu queria mostrar o quão violento um soco inesperado pode ser ou o quão surpresa eu fiquei com aquela ação agressiva de outra pessoa para com o carinha de óculos, mas não ficaria do meu agrado como eu gostaria.

Então eu pensei um pouco melhor e notei que tem um tema bem melhor que esse para começar o capítulo: Quem foi que deu o soco no carinha de óculos e porquê? Quem é o seu palpite?

Acho que o primeiro palpite óbvio seria a ex do carinha de óculos, talvez ver ele saindo com uma garota tão linda e sexy como eu acabou afetando seus nervos a tal ponto que ela se sentiu obrigada a lhe bater.

Poderia ser também a Dhébora, ela já estava na festa, ela me viu com ele, sentiu ciúmes, ficou com raiva e resolveu agredi-lo fisicamente.

Poderia ser a mãe da Dhébora que veio querer tirar satisfação sobre o que eu fazia na festa, mas por não querer bater em uma menina tão fofa, bateu no cara que lhe acompanhava, essa era a mais sem sentido, afinal, o que a mãe da Dhébora faria na festa, não é mesmo?

Poderia ser um personagem novo também, alguém que fizesse um plot twist, algo bem maneiro. Mas devo acabar com a felicidade de todos vocês, não é nada disso.

Um homem foi quem lhe deu o soco. Ele usava uma camiseta preta escrita “Beba até me querer!” uma calça jeans e uma pulseira de ouro. A roupa não parecia cara, mas era uma pessoa mimada e irritante para caralho. Lembram-se do Juan? Aquele cara estúpido que ficou dando em cima de mim, era ele mesmo.

O soco fez com que o carinha de óculos, agora sem óculos, caísse no chão, eu consegui pegar o óculos dele no ar, por sorte, se caísse no chão seria com toda certeza esmagado por uma das pessoas que dançava pela volta.

Eu estava muito irritada com a situação, tudo bem que me livrou de uma grande enrascada de ter que explicar para o carinha de óculos que não queria nada com ele, mas mesmo assim, não queria que ele fosse espancado ainda mais por aquele idiota.

— Você é minha, entendeu? — esbravejou Juan apontando o dedo na minha cara, eu o empurrei para trás.

— Você tá zoando com a minha cara né? — perguntei incrédula.

— É isso mesmo que você ouviu, não quero te ver com esses zé bosta como esse cara aí, você é minha.

— Eu não sou nada sua, muito longe disso, você não merece nem sequer a minha pena, se liga, cara!

— Está tudo bem aqui, Re? — perguntou o carinha de óculos se levantando com o rosto sangrando.

— Você fica fora disso se não você vai apanhar mais ainda. — disse Juan para o carinha de óculos, o pobre coitado com certeza nunca havia entrado em uma luta, eu tinha que resolver isso sozinha.

Entrego o óculos para o carinha.

— Vai embora, deixa que eu resolvo isso…

— Tá maluca?! Eu não vou te deixar com esse brutamontes aí…

— Se você ficar só vai apanhar mais ainda, eu resolvo isso.

— Mas Re…

— Não! Vai! Ou eu vou ficar irritada com você também e você não vai querer me ver irritada…

O carinha de óculos ficou um segundo sem saber o que fazer.

— Vai! — gritei e ele meio como se acordasse de um transe me obedeceu saindo dali.

— Finalmente esse otário foi embora… — disse Juan que logo em seguida sentiu um soco no seu estômago, confesso que minha mão doeu pra caralho depois, mas na hora pela adrenalina e pela raiva, eu não senti nada.

Ele se abaixou por causa da dor que sentiu e eu lhe enforquei com o meu braço, e com a outra mão passando por lhe entre as pernas, virando rapidamente seu corpo lhe fazendo dar uma mortal e cair de costas no chão, coloquei meu joelho no seu pescoço do Juan e comecei a falar:

— Eu não sei quem você pensa que é, ou o que pensa que eu sou sua, mas vou lhe deixar uma coisa bem clara e espero que você entenda agora e que leve para o resto da sua vida, eu não quero nada com você, nunca vou querer, você me dá nojo, eu prefiro comer um prato de cacos de vidro ou pular em uma piscina de giletes do que se quer pensar em ter algo com você então vê se você se manca e começa a procurar meninas da sua laia, ou da próxima vez que você vier bater em um amigo meu, eu arranco o seu pinto e daí você terá que começar a procurar meninos, entendeu bem?

Juan balbuciava algumas palavras, mas como eu lhe joguei de costas no chão seu ar todo havia saído, ele não conseguiu falar nada.

— Espero que não tenhamos que ter esse tipo de conversa de novo. Adeus, panaca.

Várias pessoas já estavam me olhando, na verdade olhando a situação, eu não estava nem aí, levantei a cabeça e vi que a Dhébora não estava mais na mesa, ela tinha saído, a Maitê chatinha aquela também não estava mais lá, será que ela saiu para se pegar com essa garota? Eu já estava imaginando as duas se beijando no banheiro.

Comecei a procurar de forma alucinada pelas duas, pela pista de dança, pelo bar, fui nos banheiros olhando dentro das cabines, não as achava de jeito nenhum, cada segundo que passava eu imaginava que elas estavam fazendo coisas piores, de abraços fomos para beijos, de beijos para caricias mais quentes, mão dentro das roupas, tirando as roupas, sexo, sexo selvagem. Já estava totalmente irritada, na minha cabeça era certo que a Dhébora já estava transando com essa menina idiota, como ela pode me esquecer tão rápido? Eu pensei que com a Renata seria diferente, eu pensei que a Dhébora seria diferente.

Desisti de procurar as duas e decidi ir embora, indo para fora da festa, ela já havia acabado de qualquer jeito para mim, o foda é que eu havia batido em alguém antes de ter ficado tão frustrada e irritada, eu estava louca de vontade de quebrar a cara de alguém e não tinha motivos, agora a dor da minha mão começava a vir, a barriga do Juan era realmente dura ou na verdade minha mão era muito frágil como mulher, estava doendo pra caralho.

Quando cheguei na parte de fora da festa, vi Maitê e Dhébora, Maitê estava fumando um cigarro e cheguei no exato momento que ela oferecia um para Dhébora que parecia que ia aceitar, afinal depois do sexo algumas pessoas sempre sentem vontade de fumar um cigarrinho né? Tipico…

Me aproximei querendo sangue, de preferência da Maitê.

— Começou a fumar agora, Dhébora? Não conhecia esse seu lado, detesto cigarro.

— Re…? — disse Dhébora surpresa.

— Oi — respondi com um sorriso sarcástico.

— Eae, meu — me respondeu Maitê, tentei, eu juro que tentei, mas não consegui me controlar e revirei os olhos para a resposta dessa garota.

— Eu já fumei, não fumo mais, tive vontade de fumar um hoje só… — me explicou Dhébora.

— Não deveria, isso é um lixo. — Tirei o cigarro da mão da Dhébora e joguei no chão pisando em cima.

— Qual é, cara! Vai estragar a diversão dos outros? — replicou Maitê.

— Cala boca que não falei com você!

— O que você veio fazer aqui, Re? — me perguntou Dhébora.

— Ah desculpa, eu não quis vir aqui estragar o momento intimo do casal…

— O que? De que você tá falando?

— Ué, você não disse que tava apaixonada por mim e já tá aí se esfregando com outra garota? Eu devia de saber que você estava zoando com a minha cara!

— Você está com ciúmes, é isso?

— Sai daqui, meu, deixa a gente em paz — tentou argumentar Maitê, mas pelo jeito nem Dhébora queria mais a presença dela ali, até porque já tinha feito sexo com ela obviamente e era tudo que ela queria da pobre garota.

— Mai, não, por favor, deixa eu conversar com ela, a gente se encontra depois, ok? Entra lá na festa, eu já vou lá e te encontro.

— Isso, vai lá, o capeta!

Maitê saiu contrariada.

— Você está com ciúmes, é isso?

— Eu? Com ciúmes? Dessa daí ainda, me poupe, Dhébora? Você transa com quem você quiser...

— Transar? Renata, eu nem a beijei.

— Não mente pra mim.

— Eu não to mentindo.

— Vou quebrar a cara dessa vadia...

— Olha Re, eu não te entendo, ou melhor, eu te entendo sim, você quer ficar comigo, mas fica encontrando desculpas para que isso não aconteça.

— Ah, claro, porque eu devo ficar com uma garota que diz estar apaixonada por mim, mas vai em uma festa com outra. — retruco de braços cruzados e batendo um pé.

— Eu não queria vir nessa festa, vim porque minha mãe disse para eu vir, não acho que você vai acreditar nisso, mas foda-se, é a verdade. Ela disse para eu vir exatamente porque ela quer que eu esqueça você, pois você não decide o que quer da vida.

— E você como boa filha que é, obedeceu sua mãe e me esqueceu bem rápido, já tá ficando com outra afinal de contas...

— Eu não fiquei com a Maitê, embora devesse, porque, eu tentei de tudo com você e eu ainda gosto de você, mas você parece que quer me ver sofrendo. Olha Re, você é bonita, você é interessante, mas já está na hora de você entender que depois de um tempo a gente desencana e segue a vida. Eu não quero desencanar de você, mas não sou eu sozinha que posso decidir isso, inclusive eu já me decidi, só falta você.

— Vai colocar o peso todo sobre mim?

— Porque você sempre tenta fugir das decisões hein? Isso é infantilidade da sua parte. Re, essa pode ser a última vez que teremos pra fazer isso funcionar, não coloque tudo isso a perder… Decida agora de uma vez por todas, você quer ou não ficar comigo?

— O que?

— Sim, vai me doer fazer isso, mas minha mãe está certa, você tem que parar de fugir disso, você pode fugir como sempre faz ou pode ficar comigo, a escolha é sua, mas deixo claro, se você for, eu não vou ficar esperando você voltar.

Eu abaixei a cabeça, estava realmente indecisa, não sabia o que falar e por isso decidi por me calar. Dhébora balançou a cabeça em negativa, suspirou e aceitou isso como resposta.

— Ok, se é assim que você prefere, tudo bem, espero que depois de um tempo possamos ser amigas. Eu vou entrar, ok? A Mai deve estar me esperando, peço que por favor, não faça mais como fez hoje, vamos seguir nossas vidas. Até mais…

Dhébora começou a se afastar indo em direção a porta da festa.

— Dhébora! — a chamei um tanto desesperada, como se fosse uma voz trancada na minha garganta depois de muito tempo que finalmente havia conseguido sair.

— O que? — disse ela se virando.

Eu já estava na frente dela, nossos olhos estavam olhando uns para os outros, nossos corpos estavam em sintonia, tão próximos, minhas mãos enlaçaram a cintura da Dhé, nossa boca na mesma direção, nossos lábios se uniram, nossas línguas se tocaram. Sim, meus amigos, eu e Dhébora nos beijamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se esse episódio não for o mais comentado, caramba eu não entendo mais nada desse mundo HASAHUSAHSUAUHS FINALMENTE, gente! É pra louvar de pé!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não Leia Essa História" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.