Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 23
Capítulo 23 - Inicialmente




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Sai da casa da Dhébora decidido, tinha que ir perfeita para a festa do outro dia, na mesma noite juntei todas as minhas economias para fazer com que isso acontecesse.

Infelizmente não poderia contar com a ajuda da Carol, então quando a noite chegou eu fui ao shopping encontrar a roupa perfeita e no outro dia iria na cabeleira e na maquiadora para terminar o trabalho.

Eu tinha que ir fazendo o estilo Femme Fatale, tinha que me valorizar e tinha que fazer que o queixo da Dhébora caísse quando me visse, mas ao mesmo tempo o visual tinha de parecer casual, tinha que demonstrar que eu não estava ligando para nada, era difícil? Era, entretanto não impossível.

Por isso comprei uma calça de couro bem colada que delineavam bem as curvas da parte debaixo do meu corpo e para entrar no tom casual uma camiseta regata vermelha de barriga de fora, como acessório peguei um óculos escuros, pois como já falei antes, ter um óculos escuro a noite era o sinal de que você não estava dando a minima para nada.

Fui na cabeleireira que fez um baby alguma coisa no meu cabelo, o que basicamente quer dizer que ela deixou as pontas encaracoladas, ficou foda, admito, também, paguei caro por isso, ser mulher não é fácil.

Depois maquiagem, outra facada na minha carteira, a mulher fez mil coisas no meu rosto que sinceramente eu não saberia nem descrever, mas eu sai como se fosse uma Miss, até desejei a paz mundial por alguns instantes, era incrível como maquiagem fazia as mulheres ficarem muito mais bonitas do que eram de verdade, era impressionante e aterrorizante ao mesmo tempo, qualquer mulher podia fazer aquilo e então a menina que era 5/10 subia para uma 8/10, era uma enganação absurda, maquiagem é o photoshop da vida real! Mas eu usaria de qualquer forma, queria arrasar na festa, eu já era uma 10/10, virava uma 15/10 por estar tão bem maquiada.

Tentei usar salto alto porém não adianta, eu não nasci para isso e também não combinava com o look, então comprei um all stars simples mesmo, gastei todas as minhas economias para fazer eu ficar linda para aquela noite, por isso nada podia dar errado. Eu tinha que ser um diva, uma princesa, dessa vez sem estar em perigo.

A noite chegou e eu continuava com minha mania de chegar atrasada em qualquer que fosse o evento, o carinha de óculos já me esperava na frente da festa, ele até que estava bem arrumado, usava uma toca preta com um pedaço da franja saindo, os óculos grandes e quadrados de sempre, a mesma barba por fazer, uma camiseta cinza com uma jaqueta de couro e uma calça jeans, não reconheci a marca do seu tênis, era um modelo qualquer.

— Wow! — exclamou ele quando me viu.

— O que? — perguntei já sabendo que se tratava mas uma massagem no meu ego cairia muito bem agora.

— Você está…

— Estou...?

— Linda!

— Obrigada — disse eu jogando o cabelo para trás — Você também não está nada mal. — sorri — Vamos entrar?

— Vamos, vamos…

Entramos no lugar, não gostava de festas e deixo bem claro porque desse ódio, quando você vai em uma festa, é tudo escuro com umas luzes piscando, ou seja, você não vê nada, a música é super alta, ou seja você não escuta nada, e isso faz com que seus outros sentidos aflorem. O olfato se aflora e com isso nota muito mais claramente que tem aquelas pessoas malucas que ficam todas suadas e eu detesto gente suada, se eu quisesse ficar perto de gente suada eu ia para a academia, não para uma festa. O seu tato também fica aflorado e então você sente pessoas te batendo, empurrando e pisando no seu pé. Detesto festas, eu sei dançar porque é importante as vezes para conquistar algumas meninas, mas detesto festas.

Quando entramos a primeira coisa que fiz foi procurar onde Dhébora estava, a achei sentada em uma mesa com a tal garota do lado, conhecia ela, o nome da tal era Maitê e era uma menininha estranhazinha da nossa escola, cabelos castanhos escuros pelo pescoço, usava óculos, usava umas roupas meio largas e estava sempre sorrindo, do que ela sorria, ninguém imaginava, mas ela sorria sem parar, era irritante, irritante e estranha, tudo bem que ela tinha motivos para estar sorrindo agora porque uma menina sem graça como ela nunca sairia de novo com alguém tão foda quanto a Dhé, inclusive a Dhébora merecia uma garota bem mais bonita, mais inteligente e interessante que a Maitê, uma garota muito ordinária para alguém tão extraordinária, ficava pensando o que a mãe da Dhébora tinha na cabeça em obriga-la a sair com essa menina horrorosa.

Passei pelas duas fingindo que nem as tinha visto, mas tinha certeza que ela me viu e aposto que dessa vez foi ela quem me dhévorou com os olhos, fui até o bar com o carinha de óculos e ficamos lá parados por um instante, me forcei para não olhar para o lado em que a Dhébora estava porque não queria que ela soubesse que eu sabia que ela estava lá, mas estava me sentindo o máximo imaginando que ela não conseguiria tirar os olhos de mim.

Notei que o carinha de óculos estava totalmente deslocado no lugar, tadinho tinha saído de um namoro e agora eu o levei pra essa enrascada, ele era meio tonto com certeza não deveria saber como se chega em uma mulher, achei que a melhor ideia seria arranjar alguém para ele ficar, ele não era um cara feio e com a minha ajuda isso seria bem fácil.

— Fica tranquilo, eu vou ser a sua garçom hoje, ok? — disse olhando para a pista procurando pelas garotas mais bonitas da festa.

— O que? — ele me perguntou.

— Não sabe o que é eu ser sua garçom? — Ele fez que não com a cabeça — eu vou encontrar o seu pedido e vou te trazer para você comer. — disse dando uma piscada pra ele — Relaxa que sou boa nisso.

— Não, não. Não precisa.

— Calma, cara. Eu sei que você saiu de um namoro agora, mas a melhor coisa que você pode fazer é encontrar uma garota para dar uns pegas. Olha aquela lá, é interessante, talvez seja muita areia para o seu caminhãozinho, mas a gente dá um jeito.

Era uma garota com os cabelos bem cacheados e com bastante volume, mas isso era bem legal, era um ponto diferencial para ela, tinha bastante peito tinha pouca bunda, usava um shortinho jeans e uma camisa do Slipknot, parecia um tanto bêbada o que facilitaria as coisas para o meu amigo.

— Você não entendeu, eu já tenho alguém...

— Já tem alguém? Ô garoto! E eu achando que você era o maior come-mosca! Mal saiu do namoro e já tá com outra, não imaginava que você era o tipo de cara que tem um plano B. Quem você tá pegando?

— Não estou pegando ninguém, Re.

— Ué, não entendi nada então…

— Eu estou interessado por uma garota, na verdade, de certa forma eu terminei meu namoro por causa dela.

— Você é muito bobão, cara. O que você está fazendo aqui comigo? Você devia de estar com ela, no minimo ela já sabe que você gosta dela?

— Não… mas não é que eu acabei por causa dela, é que comecei a gostar dela e seria muito errado com a minha ex se eu ficasse com ela gostando de outra garota.

— Você é muito fofinho, sabia? E isso não é um elogio, isso significa que a vida ainda vai te foder muito. Mas calma, eu vou te ajudar, eu conheço essa menina que você gosta? Qual o nome dela?

— Sério que você ainda não sabe?

— Não sei o que, cara?

— É você, Re. Eu estou gostando de você.

Eu ri e me virei para ele, pelo jeito que ele estava me olhando, pelo rosto de nervosismo que eu via nele era verdade, o carinha estava realmente interessado em mim e o meu riso saiu em um instante do rosto.

— Você tá falando sério?

— Sim.

— Olha, cara… eu nem sei o que te dizer.

— Calma, Re, eu que devo explicar… — ele foi interrompido por um soco, seu óculos voou para um lado e o seu rosto foi para o outro, não entendi nada, mas sabia que a treta estava prestes a iniciar, as emoções daquela festa apenas estavam começando.


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