Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 21
Capítulo 21 - Senhora


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, oi seus lindos e lindas, queria agradecer a recomendação da Madie Stylish *-* Muito obrigado, adorei ler e fico muito grato pelos elogios, o Henri também, tenho certeza.

Segundo lugar, queria deixar claro, tenho um problema com porques, sim, eu sei. Alguns de vocês já notaram e eu sei disso, ando com pouco tempo, mas vou estudar isso pra melhorar, então peço um pouquinho de paciência nesse quesito, mas espero em breve poder estar escrevendo melhor para vocês :3



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Na cultura popular, a "friend zone" refere-se a uma situação onde uma pessoa deseja entrar em um relacionamento romântico, enquanto a outra não. Em resumo, isso acontece quando uma pessoa está apaixonada, enquanto a outra quer apenas amizade.

Se lembram o que eu falei sobre a friend zone? É um fato, mas no fim devo dizer que ela existe, mas em um caso bem especifico, pois eu me coloquei na friend zone. Obviamente Dhébora não queria nada comigo, e mesmo que eu estivesse apaixonado por ela eu não queria nada com ela também, porém Dhébora estava apaixonada por mim só que não por mim Henri, mas por mim Renata que por sua vez também estava apaixonada pela Dhébora, mas não queria nada com ela. Confuso, não? Acho que esse é o primeiro triângulo amoroso do mundo entre apenas duas pessoas.

Minha vida estava uma merda, não falava com a Carol e enquanto Renata fugia da Dhébora como quem foge da cruz, logo, estava sem amigos, a minha única companhia havia se tornado o carinha de óculos, do qual conversávamos apenas pela internet, eu que não ia ficar saindo com homens por aí.

Como não estava mais dormindo na casa da Carol, eu tinha que entrar na minha casa a tarde, me meter no meu quarto e não sair mais, se não meus pais iriam ver que virava mulher a noite, minha vida estava uma desgraça só, ficava feliz de ter o carinha para conversar pois senão, eu estaria completamente sozinho.

Alguns dias passaram após minha última conversa com Dhébora sobre não termos nada e a terça-feira havia chego e era o dia que eu deveria ir para a casa da Dhébora para estudar Joana D'Arc, sim gente, o sobrenome dela não é Dark, fiquei chocado também acreditem... como eu descobri isso? Eu dei uma pesquisada assistindo um filme sobre a JoJo na internet, era com aquela atriz do Resident Evil que chuta bundas e é mais macho que muito cara por aí.

O filme era chato e maçante, confesso que peguei algumas vezes no sono e rezava para que alguma hora aparecesse um zumbi para aquela mulher dar uns tiros e isso que os filmes do Resident Evil nem são tão bons, ainda não engulo aquele Nemesis tão mal feito.

Cheguei na casa da Dhébora e dei três batidas na porta, a casa era bonita por fora, tinha um jardim bem cuidado, mas pequeno, quem abriu a porta foi a própria Dhébora que usava uma camiseta branca com vários gatos pretos amontoados, um short jeans e meias.

— Oi Henri, entra aí… — disse ela me cumprimentando e me dando espaço para entrar.

Dhébora fechou a porta logo atrás de mim enquanto eu observava a casa por dentro de forma a não ser perceptível, era uma casa pequena ao que tudo indicava, a sala de jantar era unida a de estar o que as dividia era apenas uma linha imaginária que modificava os pisos do chão e a pintura das paredes, ao lado esquerdo da porta de entrada havia a porta que dava acesso a cozinha, na sala de jantar que era a primeira a receber quem entrava na casa uma mesa de tampa de vidro para seis pessoas era o que mais chamava a atenção, ainda havia uma comoda com alguns acessórios e decorações em cima, seguindo reto como havia dito antes chegava-se na sala de estar onde haviam dois sofás grandes e uma televisão dessas de tela fina, não pude olhar melhor essas peças, mas a sala de estar dava acesso ao que me pareceu dois quartos e um banheiro, obviamente o quarto da mãe da Dhébora e o dela.

— Vem, senta aqui no sofá. — me convidou Dhébora.

Eu fui e me sentei sem saber como reagir, eu sempre ficava estranho na casa dos outros, não sabia o que fazer, era tenso.

— Ele chegou? — disse uma voz que pelo jeito parecia vir da cozinha.

Se lembram da mãe da Dhé? Ela estava em casa, veio sorrindo para me dar oi enquanto tirava um avental rosa. Usava um terno feminino preto risca de giz combinando com uma saia da mesma cor e estilo, por baixo uma meia calça preta fechava a vestimenta dela, ela não usava sapatos.

— Desculpe vir falar com você toda assim, mas é que vim em casa um pouco e aproveitei para fazer um bolo, mas daqui a pouco tenho que sair novamente para ir trabalhar. Você deve ser o Henrique, certo? — assenti que sim com a cabeça.

— Minha mãe é oficial de justiça, então cuidado pois se não ela pode te prender. — disse Dhébora fazendo um revólver com a mão e me dando um falso tiro enquanto fechava um olho para mirar.

— Não é bem assim, Dhédhé, menos…

— Como vai a senhora?

— Eu vou bem, mas não precisa me chamar de senhora, Henrique, pode me chamar de Cristiane.

Vou deixar claro para vocês algumas coisas, peguem os seus caderninhos de anotações que lá vai mais uma aula do Tio Henri.

Sogras, mães de garotas que você está interessado. Elas são um ponto crucial na maioria das vezes quando você quer uma garota para você, para fazer a sua sogra gostar de você, você tem que ser descolado para ela te achar bom para ela nos tempos da juventude, mas conservador o bastante para ela não achar que você vai transar com a filha dela no primeiro encontro, seja um pouco bobo também, isso a fará rir e te achar um “bom rapaz” e uma das melhores táticas para isso dar certo é o “senhora”.

Senhora, Henri? Sim… senhora. 99% das mães quando você as chamar de senhora pela primeira vez irão lhe dizer para chama-la pelo seu nome e você com um intervalo pequeno irá se esquecer disso e chama-la de senhora novamente, e é um fato, elas sempre consideram isso fofo e te acharão muito educado.

Tem que se ter muito cuidado ao se jogar com mães, você quer que elas gostem de você, mas não quer que elas te elogiem demais, se uma filha sente que a mãe gosta muito de um namorado seu, ou as coisas na sua relação vão melhorar bastante pois mãe e filha competem, ou ela vai terminar com você no próximo instante, simples assim. Em todo o caso, normalmente, não vale a pena arriscar

— É um prazer lhe conhecer, senhora, digo Cristiane — disse eu dando um tapa na minha testa. Ela deu uma pequena risada enquanto levantou as sobrancelhas — Henrique, posso conversar com você um pouquinho. Você se importa, filha?

— Não, mãe, tudo bem.

Eu a acompanhei até a cozinha, na qual ela entrou fechou a porta e me olhou sorrindo.

— Você gosta de bolo de chocolate, Henrique?

— Gosto sim, senhora. Droga fiz de novo.

Ela se encostou na parede e olhou para mim com um olhar franco.

— Não precisa fazer esse joguinho comigo, não vai me impressionar e inclusive você nem deveria ter começado, afinal, não vai conseguir nada com a minha filha.

— Eu não sei o que ela andou falando sobre mim, mas…

— Ela não falou, Henrique, é exatamente por isso que eu estou tendo essa conversa com você e se ela falou foi algo tão rápido que eu não lembro. Henrique, eu sou uma mulher de 42 anos, eu já vi e vivi muita coisa, o bastante para saber quando um adolescente está interessado na minha filha. A Dhébora está ficando só com meninas, não tem como você ficar com ela, você entende isso? É melhor que você queira só ser amigo dela.

Eu sorrio.

– Cristiane, eu sei que nunca vou ter nada com ela e é exatamente isso que estou fazendo aqui, sendo amigo dela.

– Deixa eu olhar nos seus olhos... - disse ela se aproximando, segurando o meu rosto e olhando diretamente nos meus olhos, a sua expressão de sensata mudou para uma confusa em um instante - Henrique...?

– Oi?

– Você tem irmã?

– Hm, não… porque?

– Seus olhos... eu já vi uma garota com os olhos iguais...

Virei o rosto.

– Muita gente tem olhos castanhos, vou ali fazer o trabalho com a Dhébora, ok?

Fui para a sala e deixa a mãe da Dhébora lá, pensativa e sem entender nada.


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