Não Leia Essa História escrita por Just a Teller


Capítulo 13
Capítulo 13 - Yay, Amigos!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei, eu tô demorando bastante pra responder os comentários, mil desculpas ç.ç, mas vou responder, não se preocupem e obrigado a todos que estão respondendo mesmo comigo demorando S2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576014/chapter/13

Toda vez que um homem faz sexo com várias pessoas diferentes, ele é chamado de pegador, o garanhão e essas coisas. Mas quando uma mulher faz sexo com várias pessoas diferentes, ela é a vadia, a piranha, ou seja, o homem é enaltecido e a mulher diminuída... as pessoas acham isso injusto e eu discordo, não há nada de machista na minha opinião, só acho completamente justo e vou dizer a vocês porque.

Um cara para ser um cafajeste, deve ser charmoso, bonito, interessante, carismático, bem cheiroso, andar sempre bem arrumado, ser inteligente. Como eu.

Uma mulher para ser uma vadia não precisa de nada, sempre vai ter homens trouxas para pegar as vadias. Ser uma vadia é muito fácil, ser um cafajeste é muito difícil. Há muitas vadias feias e chatas por aí, mas você não vai achar um cafajeste feio e chato, não mesmo. Eu confesso que eu achava que só existiam homens cafajestes, até eu conhecer a Dhébora, ela me fez ver que poderiam existir mulheres que eram assim como eu, pelo menos foi o que achei até aquele dia.

— Pare! — disse Linda se aproximando — Isso tudo é uma mentira! Ela é uma mentira, você não devia nem de pensar em beija-la. Pois tudo isso é uma fantasia, é um jogo que essa coisa faz para conquistar você, fazer sexo com você e depois te jogar fora, já fez isso com várias, com quase todas as meninas lá do colégio e agora fez isso que sinceramente é o cúmulo, eu nem sei como fez, mas eu não vou deixar que essa coisa aí te engane, está na hora de todas nós nos juntarmos para acabar com isso.

Meu pensamento na hora foi parecido com o que citei no capítulo anterior para vocês: “Eu não sei como ela descobriu que eu sou o Henri, mas fodeu!”

— Olha, Dhébora, eu preciso dizer…

— Peraí, Re — me interrompeu Dhébora logo em seguida virando-se para falar com Linda — Linda, o que você está fazendo? Vai ficar me perseguindo agora?

— Eu não vou deixar você ficar se aproveitando das garotas por aí, Dhébora!

— Peraí, você estava falando dela? — eu perguntei, as duas me olharam sem entender, tive que consertar — Quero dizer, o que você está falando dela?

— Essa coisa aqui conquista as mulheres, as usa, faz sexo com elas e depois as abandona como se não fosse nada, como se fossem um lixo.

— Linda, por favor, para… — suspira Dhébora colocando a mão no rosto, pelo jeito parece que aquilo não era a primeira vez que acontecia.

— Não posso deixar você ficar brincando assim com as pessoas, Dhébora! Você é muito egoísta, quebra o coração das meninas e acha que todos devem aceitar isso facilmente!

— Olha, Dhébora, acho melhor eu ir embora — falei olhando para as duas, Linda fez um sinal de positivo para mim, mas eu a ignorei.

— Você está meio alcoolizada, pelo que eu vejo, talvez seja melhor mesmo, depois conversamos, ok? Me atende quando eu te ligar, por favor — me respondeu Dhébora pegando na minha mão e fazendo um carinho de leve enquanto nossos dedos se desvincilhavam.

Eu assenti com a cabeça e sai andando, dei uma olhada para trás enquanto via Dhébora e Linda discutindo, confesso que fiquei com um pouco de inveja, Dhébora deve ter machucado profundamente linda para ela ter ficado desse modo, isso significava que Dhébora era talvez até melhor que eu quando o assunto era conquistar meninas. Voltei para a casa da Carol e fui me deitar direto, estava morrendo de sono e meio bêbada, logo dormi rapidamente.

No outro dia, quando acordei e fui para a escola, vi que a Linda não estava para brincadeira, vários pôsteres e pixações falando sobre como a Dhébora era maléfica estavam espalhados pela escola. Se ela era realmente maléfica, eu não sei, mas tenho certeza que ela estava mais que irritada com tudo isso do que qualquer outra coisa.

Dhébora estava tirando os posters com as mãos, estavam espalhados por todo o colégio, me aproximei dela e dei uma boa olhada em um dos pôsteres, era uma foto tirada do facebook da Dhé com os dizeres bem grande “Essa garota vai te usar, brincar com você e depois destruir seu coração, cuidado com ela!”

— Oi Dhé…

— Oi…

— Que confusão… parece que alguém está realmente irritado com você.

— Alguém não, Linda. — me respondeu ela tirando mais um pôster, como ela estava irritada decidi ajuda-la para ver se ela se acalmava, então comecei a puxar os pôsteres também.

— Você realmente deve ter feito ela gamar em você.

Ela se virou para mim e falou com uma franqueza que me deixou sem reação.

— Eu não fiz nada para ela, sabe o que me irrita? É que as pessoas acham que eu entrei nessa escola para ser a pegadora, para ser aquela que conquista e quebra o coração de todas as garotinhas, mas não, o principal motivo de eu não querer nada com homens é exatamente esse, eles que fazem esse tipo de coisa. Eu nunca pedi para ficar com nenhuma garota desse colégio, elas descobriram que eu era lésbica e simplesmente começaram a vir pra cima de mim, sempre avisei que não queria nada sério, mas agora dá essas merdas, porque mulheres tem que ser assim?

— Você pergunta para mim, eu não sou mulher, você é.

— Sabe, eu só quero ser deixada em paz, será que é tão difícil entender? Só quero terminar meu último ano no colégio e seguir minha vida.

O que mais me impressionava nisso tudo era que o fato de que se ela estivesse falando a verdade, ela nunca teria sido “melhor” que eu em conquistar as mulheres, afinal eram as garotas que chegavam nela e ela sempre dizia que não queria nada sério e mesmo assim elas queriam tentar, ou talvez isso significasse que ela era muito melhor, é difícil dizer com certeza.

— Você não tem noção do quão envergonhada tudo isso está me deixando…

Eu me aproximei dela e a abracei, ela me abraçou de volta e suspirou.

— É engraçado, Henri, eu não tenho amigos nessa escola e você, o cara que ficou me paquerando, é o mais perto que eu tenho de um amigo.

— Eu não sou o mais perto, Dhé, eu sou seu amigo. — Depois de eu dizer isso ela me abraçou mais forte.

Eu sei o que você está pensando e eu sei que essa não é a melhor forma de se aproximar de uma garota quando se quer conquista-la, mas Dhébora estava triste e não tinha ninguém para apoia-la, eu não ia deixar ela sem amparo, não é assim que eu “trabalho”, posso ser um cara que gosta de conquistar garotas, mas ainda assim sou um ser humano.

Linda passou por nós, nos viu abraçados e soltou uma bem direta:

— Já pegou tanta mulher que está decidindo destruir o coração dos garotos agora também, Dhébora?

— Linda, chega né? Deixa ela em paz…— eu retruquei.

— Henrique fica fora disso, ok? Você não sabe de nada.

— Nem seu pai, ele é pastor, não é? Acho que ele não vai gostar de saber que sua filhinha está se envolvendo com mulheres.

— Meu pai não iria acreditar em você, Henrique, todo mundo sabe a fama que você tem de cafajeste!

— Mas na Carol ele iria, é só eu pedir para ela que ele resolve isso em um instante, pode ter certeza que seu pai iria acreditar nela..

— Vai se foder! — rosnou ela saindo andando com passos rápidos e pesados.

— Obrigada — me agradeceu Dhébora após Linda sair — eu não sei como resolver isso.

Vou admitir, eu sabia como a Dhébora poderia resolver isso, se ela conversasse com a Linda e ficasse com ela mais uma vez, se fizesse do jeito certo, ela iria parar, mas eu não queria que ela ficasse com outras pessoas.

— Você deveria conversar com ela, tentar se resolver, mesmo que não seja sua culpa, ela está magoada, se vocês conversarem, talvez você consiga resolver o problema de uma forma sadia.

— Vou tentar… obrigada, Henri. Você é um cara legal mesmo, espero que você consiga alguém legal para ficar do seu lado, você merece…

— Eu desejo que você encontre também, Dhé…

— Eu já achei… fico feliz que agora sejamos amigos mesmo, sem toda aquela tensão sexual na volta.

— Eu também fico feliz.

Dhébora sai dali e eu fico ali parado pensando nisso tudo, minha reação além de irônica e sarcástica, era a única que alguém poderia esperar de mim naquele momento:

— Yay, amigos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não Leia Essa História" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.