I Need You escrita por Péricles


Capítulo 6
O Casamento - P1


Notas iniciais do capítulo

Hello My Little Friends.
Por favor, não me estrangulem. Eu sei que estou uma semana atrasado apesar de prometer que nunca mais atrasaria, mas as vezes imprevistos acontecem não é mesmo?
O que aconteceu foi que, um bloqueio de criatividade se recaiu sobre mim e eu não conseguia escrever nada que prestasse e para mim, melhor um capítulo atrasado e bom do que um no dia certo e ruim.
Ok, essa é a minha desculpa.
Desculpa boa, desculpa verdadeira.
Agora sem mais delongas, aqui está o capítulo.



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Gina voltou para a casa ouvindo sua mãe resmungando “como seus filhos poderiam ser inteligentes e burros ao mesmo tempo”. Ela própria ainda soltava fogo pelas ventas e bufava a cada passo. Ainda não conseguia acreditar que por conta de Harry Potter o ladrão havia fugido com sua bolsa. Ela retornou até a loja para comprar outra boneca para a sobrinha, apenas para descobrir que aquela que ela havia comprado mais cedo era a última do estoque. E agora, ela estava sabe-se-lá aonde com um ladrão. O primeiro natal de Roxanne e Gina não daria nenhum presente a ela. Por um momento ela se esqueceu dos belos olhos verdes e cabelo despenteado de Harry, e só conseguia se lembrar de citações de um livro que achará na biblioteca de Hogwarts na Sessão reservada chamado “Maneiras de Tortura”.

Lembrar-se desse livro a fez lembrar-se de Hogwarts e como consequência, de Harry pelos corredores cercado por seus amigos do time de Quadribol da Grifinória. Ela se lembrou de quando era baixinha, tinha o rosto cheio de espinhas e os cabelos despenteados, parada em frente à porta onde aconteceria sua próxima aula e ver Harry passando, sempre rindo e brincando com todos. Ela lembrou-se também de quando Harry não passava com seus amigos, sempre passava de mãos dadas com uma garota oriental de cabelos negros que mais tarde Gina descobriu que se chamava Cho Chang.

Lembrar-se dessa garota fez a raiva dela aumentar. Sempre que via ela com Harry, um monstro em sua barriga despertava querendo destroçar tudo e todos e teria o enorme prazer de começar por Cho. Gina se lembrou de quando Harry mencionou que agora tinha um filho de cinco anos. Será que era de Cho? Será que os dois ainda estavam juntos? Gina começou a sentir o monstro despertar novamente.

Não. Ela não poderia deixar que esses sentimentos despertassem. Depois de seu 3º ano quando Harry se formou ela os obrigou a dormir e a nunca mais acordar. Quem se importa se Harry e Cho ainda estão juntos? Quem se importa se eles têm um filho? Quem se importa com tudo isso? Gina agora tinha 25 anos e sua fase em que suspirava pelo apanhador da Grifinória pelos corredores já passou há muito tempo. E isso nunca mais aconteceria novamente.

Finalmente, ela e sua mãe aparataram na Toca, com a mais nova Weasley ainda perdida em pensamentos. Enquanto elas guardavam as compras, ouviram pequenas batidinhas na janela da cozinha. Gina abriu-a e se deparou com uma coruja cinza com olhos âmbar. Ela trazia um pacotinho em seu bico, que ao o abrir, encontrou uma edição da revista semanal “O Que Você Quer?”, uma revista bruxa que falava sobre empregos.

— “O Que Você Quer”, Hein. – disse a sra. Weasley olhando por cima do ombro para a capa da revista enquanto Gina colocava alguns galeões na sacolinha que a coruja trazia na perna – Está procurando um novo emprego?

— Mas é claro – respondeu Gina fechando a janela – Não posso e não consigo ficar parada sem fazer nada.

— Tem certeza que é por isso? Achei que com o seu dinheiro você poderia se sustentar por anos.

— E posso, mas ficar o resto da minha vida sentada não é uma opção. E não era a senhora que vivia dizendo para eu arranjar um emprego?

A sra. Weasley revirou os olhos.

— Vivo dizendo isso para o Ronald. Ele que deveria receber essa revista. Faça um favor para mim: Empreste-as para ele, sim?

Gina riu e subiu para o seu quarto para ler. A revista dava várias dicas de vários empregos que até chegaram a chamar a atenção dela, mas nenhum que ela realmente se visse fazendo. Estava tão envolvida na leitura que mal notou que a noite havia chegado e com ela, Rony.

— Gina, o jantar está pronto – gritou a sra. Weasley.

Gina desceu para a cozinha e se deparou com Rony já sentado e comendo.

— Para onde vai toda essa comida? – ela perguntou se sentando.

— Engraçadinha – disse ele com a boca cheia.

— Ronald, engula primeiro faça-me o favor – bradou a sra. Weasley.

— E então Salvadora da Pátria – falou Rony engolindo a comida e olhando divertido para Gina – Vai ao casamento da Luna?

Gina largou uma colher cheia de risoto a meio caminho da boca.

— O que? Luna vai se casar? – ela perguntou, chocada.

— Ah droga – disse Rony batendo em sua própria cabeça – Eu me esqueci de te avisar. Ela tentou te enviar o convite por coruja, mas como você estava em outro país nenhuma coruja quis se voluntariar, então ela me pediu para convida-la pessoalmente.

— A Luna é mesmo uma gracinha – falou a sra. Weasley sentando-se à mesa. – Sempre gostei dela, apesar de acha-la um pouquinho biruta. De onde você a conhece mesmo, Gina?

— Ela era do mesmo ano que eu em Hogwarts, mas era da Corvinal e quase nunca fazíamos aulas juntas, além da Lisa e da Rachel não irem muito com a cara dela. Mas eu sempre gostei dela e sempre quando podia estávamos juntas conversando. Ela era uma boa amiga. Quando é o casamento, Rony?

Rony, que mordia mais uma coxa de frango, olhou para ela com a boca cheia.

— Amanhã.

— O que? Mais já? Por Merlin, eu preciso comprar um vestido. – declarou ela, apavorada.

— Gina Weasley preocupada com a aparência? Quem diria – brincou Rony com a boca cheia, despejando uma chuva de farinha em Gina.

— Calmai,São Pedro – disse ela limpando o rosto – É claro que eu preciso me preocupar com a aparência, é um casamento. Ai meu Merlin, eu não sei nada sobre vestidos, cabelo e maquiagem e nunca vou conseguir dar um jeito em tudo para amanhã. Mãe – Gina olhou para ela com um olhar suplicante.

A sra. Weasley riu.

— Eu te ajudo querida.

— É bom mesmo, senão é capaz da senhorita aí ir de vestido e All Star. – falou Rony.

A sra. Weasley riu enquanto Gina tacava uma coxa de frango no irmão, que a pegou e comeu.

Enquanto isso em Godric’s Hollow, Harry Potter chegava cansado de mais um dia de trabalho. Deu o costumeiro abraço de urso em James, que pintava um livro de colorir trouxa e foi falar com sua mãe na cozinha.

— Oi mãe, tudo bem – saudou-a, dando um beijo na bochecha de Lilian.

— Tudo sim, e com você? – respondeu ela enquanto misturava alguma coisa numa panela.

— Tudo normal, apenas mais um dia cansativo de trabalho. Porém hoje teve mais um assalto.

— Oh – Lilian ergueu os olhos da panela e olhou para Harry – Você está bem? Conseguiu pegar o assaltante?

— Eu estou bem, mas não consegui pegar o ladrãozinho. Ele fugiu antes que eu pudesse fazer alguma coisa. E tudo por conta daquela mulher...

— Que mulher? – perguntou Lilian experimentando o conteúdo da panela.

— Eu esqueci o nome dela... Uma tal de Weasley...

Lilian parou de cozinhar e olhou boquiaberta para o filho.

— Molly Weasley? – ela perguntou.

— Ela também estava lá, mas quem me atrapalhou na captura do ladrão foi a filha dela. A propósito, essa Molly pediu para entregar a senhora o novo endereço dela.

Harry entregou o pedaço de pergaminho a mãe, que olhou para ele mal conseguindo acreditar.

— Oh. Molly é uma grande e antiga amiga minha. Estudamos juntas em Hogwarts, mas perdemos contato quando o marido a afastou de todos.

— Por que ele fez isso?

— Ah, Arthur não era um cara perfeito. Era mal-humorado e agressivo. Desconfio de que Molly até sofria agressão doméstica.

— Que cara estúpido.

— Nem me fale, nem me fale. Bem, continue falando, o que a filha da Molly fez? – Lilian guardou o pergaminho em um dos bolsos do avental e voltou sua atenção a panela.

— Ah sim. O ladrãozinho a assaltou e ela correu atrás dele, acredita? Os dois trocaram feitiços em pleno Beco Diagonal. Sem o binóculo eu consegui ver os lampejos do meu posto de guarda. Ela o derrubou e quando eu cheguei ele fugiu.

— Oh, então acho que quem estava prestes a pega-lo era ela – brincou Lilian dando uma risadinha que cessou ao ver a cara que Harry fez – Desculpe, continue, continue.

— Quando eu cheguei lá ela reagiu completamente agressiva. Disse que por minha causa o ladrão havia fugido e quase atiçou a pequena multidão que se formou ali contra mim.

— Ela pelo jeito é fogo, hein.

— É. Depois os irmãos e a mãe dela chegaram lá e a acalmaram. Sabia que um dos filhos dessa Molly é dono das Gemialidades Weasley?

— O que é isso?

— Uma loja de Logro e Brincadeiras.

— Ah – respondeu Lilian fitando o vazio como se lembrasse de algo – Agora entendi. Ontem James me pediu para leva-lo à loja do Weasiley, mas eu não sabia do que ele estava falando.

Harry e Lilian riram e depois, enquanto ele subia para tomar banho ela terminava o jantar. Quando desceu novamente, seu pai já havia chegado e a comida já estava na mesa. Eles comeram e começaram a conversar sobre o trabalho de Tiago enquanto James fazia cara de entediado.

— Então, Harry – chamou Tiago – Vai ao casamento da Luna amanhã?

— Luna Lovegood? Acho que sim.

— Ótimo. O pai de Luna e eu somos amigos de longa data e tenho certeza de que ele adoraria te conhecer. Ele adora conhecer aurores.

— Ele é gay? – perguntou Lilian.

— Oh, não – respondeu Tiago com uma risadinha – Ele só é meio egocêntrico e esquisitão. É editor chefe da revista O Pasquim e vive me pedindo para marcar uma entrevista com o Harry para uma matéria sobre Aurores.

— Não acho que eu possa dar uma entrevista sem a permissão do Ministério – falou Harry.

— Eu sei, eu sei, vivo falando isso para ele, mas ele não é de respeitar regras. Espero que, com duas pessoas dizendo o mesmo, ele se convença a desistir.

Eles terminaram de comer e enquanto Lilian arrumava a cozinha, Tiago foi tomar banho e Harry foi colocar James na cama. Depois que o garoto dormiu, ele próprio foi para o quarto. O dia foi cansativo. Ao se deitar, lembrou-se novamente de Gina. Algo em seu peito despertou, um calor e uma sensação reconfortante que Harry só sentirá quando conheceu Cho. Pensando nos longos cabelos cor de fogo da garota, ele dormiu.

No dia seguinte, na Toca, Molly e Gina se preparavam para voltar mais uma vez ao Beco Diagonal. Saíram cedo, junto de Rony, para dar tempo de voltarem e terem mais tempo para se preparar. Ao chegarem ao Caldeirão Furado, a sra. Weasley procurou com os olhos Andrew, mas não o encontrou, por isso, seguiram para os fundos da loja e entraram no Beco. Enquanto Rony ia para a loja de Fred trabalhar, Molly arrastava Gina até a loja da Madame Esther para comprarem um vestido.

Essa foi a pior parte do dia. Gina odiava comprar roupas, sempre aceitava as roupas que sua mãe comprava – o que ás vezes, era um erro, já que o senso de moda da sra. Weasley era um pouquinho atrasado em relação ao da atualidade - por isso, se sentiu extremamente irritada e entediada em questões de segundos. Molly e Madame Esther fizeram Gina vestir uma porção de vestidos, um mais comprido, outro mais curto, um decotado, outro inteiramente fechado lembrando a roupa de uma freira. Logo a pele de Gina já pinicava de tantos vestidos que ela colocou e tirou.

— Tente esse, querida – pediu delicada a sra. Weasley colocando o vestido em cima de um banquinho em frente à Gina e se afastando rapidamente com a cara que ela fez. Esse era vermelho e ficava na altura dos joelhos. Era um pouco decotado na frente, o que de início a constrangeu, mas completamente fechado atrás. Não tinha mangas e ficou folgado em Gina.

— Bem – falou ela segurando o vestido com as mãos enquanto saia do provador – Se a intenção é me deixar nua no meio da festa esse é o vestido ideal.

— Ah querida – bradou Madame Esther, uma mulher velha que se maravilhava aplicando botox trouxa no próprio rosto – Nada que uns ajustes não resolvam.

Ela colocou Gina em cima de uma pequena plataforma no chão enquanto a rodeava e prendia alfinetes em alguns lugares. Depois, ela pediu para Gina o tirar e disse que voltava em alguns instantes. E dito e feito, alguns instantes depois ela voltou trazendo o vestido e pediu para Gina colocá-lo. Ela o pôs e saiu do provador.

Assim que ela saiu a sra. Weasley prendeu o fôlego e Madame Esther aplaudiu de pé.

— Você está tão linda, querida.

— Acho que me confundiu com outra filha – respondeu Gina com uma carranca.

— Espere um segundinho – falou Madame Esther indo para a frente da loja e voltando com um grande espelho em seguida. Ela o posicionou na frente de Gina e foi a vez dela perder o fôlego.

Aquela não era ela. Aquela não era Gina Weasley. Era uma cópia muito mais arrumada e muito mais bonita que ela. O vestido caiu certinho em seu corpo realçando suas curvas adquiridas depois de anos treinando para jogar Quadribol. Ela parecia uma modelo trouxa ou alguém muito importante. Mesmo com os cabelos desarrumados e sem maquiagem, ela estava linda.

— Vamos levar – disse emocionada a sra. Weasley.

Depois que elas pagaram o vestido, saíram da loja e aparataram direto na Toca. Mal os pés de Gina tocaram o chão e ela já era arrastada pela mãe para dentro de casa e mandada ás presas para o banho. Gina tomou um banho e quando entrou no seu quarto levou um susto com um grande espelho, algumas maquiagens trouxas e milhões de outros utensílios femininos.

— Meu Merlin, parece que eu voltei para a escola e essas são as coisas da Lisa e da Rachel – declarou ela.

— Muito engraçadinha você – respondeu Molly - Agora, vamos.

Antes que ela pudesse perceber, já estava pronta. As mãos mágicas e talentosas de sua mãe transformaram uma desleixada Gina em uma mulher bonita e elegante. Ela se olhou no espelho e não se reconheceu. Seu cabelo estava preso em um penteado elegante deixando apenas dois fios caírem em cada lado do rosto, sua maquiagem não estava exagerada, mas realçava seu rosto. O vestido com a maquiagem e o cabelo mais um salto alto preto que a Sra. Weasley a emprestou transformaram-na completamente.

Enquanto ela se admirava no espelho, Rony havia chegado. Ele entrou no quarto de Gina e olhou assustado para ela.

— Gina?

— Sim, sou eu – respondeu ela maravilhada.

— Uau, isso sim é magia – declarou ele.

Depois ele e Molly foram se arrumar e alguns minutos depois os dois desciam para a sala, Rony vestindo um terno remendado em alguns lugares e o cabelo penteado e a sra. Weasley num vestido verde com bordados nas mangas. Eles se admiraram por um tempo e fizeram piadinhas um com o outro e depois saíram para o quintal.

— Luna ainda mora descendo a estradinha? – perguntou Gina.

— Não, ela se mudou com o Rolf para uma casa no bosque – respondeu Rony.

— Rolf? Não era o mesmo que vocês foram para a despedida de solteiro quando eu cheguei?

— Esse mesmo.

— A festa será na orla do bosque em uma cabana montada por magia – declarou a sra. Weasley estendendo a mão para os filhos – Vamos?

Eles seguraram na mão da mãe e juntos, aparataram. Quando desaparataram Gina só pôde reparar que eles estavam em uma clareira quando um grito estridente cortou o ar.

— Molly.

Vindo correndo na direção delas estava Lilian – vestida em um vestido azul marinho com detalhes de ondas - e seu marido Tiago Potter - vestido num elegante terno - juntamente com seu filho Harry – com uma calça e camiseta social roxa e um colete por cima, além dos costumeiros cabelos despenteados - e seu neto James – vestido em um terninho infantil. Há essa altura, a raiva de Gina havia sumido por completo, substituída pela vergonha. Aqueles olhos verdes a fitaram por algum tempo, se perdendo logo abaixo do pescoço de Gina e depois tentando disfarçar, olhando o grande abraço que Lilian e Molly davam.

— Há quanto tempo – disse Molly.

— Molly, lembra-se do meu marido Tiago?

— Mas é claro – respondeu a sra. Weasley apertando a mão de Tiago – O garoto que vivia colocando você em detenção, como eu poderia esquecer. Como vai, Tiago?

— Eu estou bem e devo dizer que você está fenomenal nesse vestido, Molly.

— Oh – a Sra. Weasley corou – Você também está fabuloso.

Nesse momento, Rony e Gina ambos, tossiram, chamando a atenção de Molly.

— Ah claro, perdão, perdão. Lilian, Tiago, esses são meus filhos mais novos Rony e Gina.

Gina saudou-os, sentindo os olhos de Harry em si o tempo todo.

— Gina Weasley – falou Tiago apertando a mão da garota – Eu sabia que seu sobrenome me era familiar, eu não perdia um jogo das Harpias. Devo dizer que a final contra os Azulões foi fenomenal.

— Obrigada, mas o senhor tem que agradecer a nossa apanhadora que nos deu a vitória.

— Todo integrante do time é essencial. Vocês fizeram um ótimo trabalho.

Tiago deu um pequeno sorrisinho e logo Gina percebeu que se daria bem com ele.

— Molly, esse é o nosso filho Harry, mas acho que vocês já se conhecem, e esse é o meu pequeno netinho, James.

Os olhos da sra. Weasley se encheram de ternura e carinho ao olhar para James, vestido em um terno com os cabelos arrumados e tentando desesperadamente se livrar da gravata.

— Mais que adorável, meus parabéns – falou a Sra. Weasley.

— E você Molly, já é vovó? Algum dos seus filhos lhe presenteou com um neto? – perguntou Tiago.

— Ah sim, tem a pequena Roxanne que é a filha do Fred, nasceu a pouco menos de cinco meses.

— Ela estará aqui essa noite? – perguntou Lilian.

— Bom, eu espero que sim. – respondeu a Sra. Weasley – Mas vamos entrando? Lá dentro colocaremos o papo em dia.

Eles começaram a caminhar em direção a enorme cabana branca com alguns desenhos esquisitos se mexendo. Algumas luzes mágicas iluminavam-na completamente enquanto pessoas usando vestidos e ternos elegantes iam e vinham. Gina tomou o cuidado de se manter o mais afastada possível de Harry. Ainda se sentia envergonhada por sua atitude no dia anterior no beco diagonal.

— Tiago – chamou o pai de Luna, Xenofílio Lovegood, um homem alto, loiro, usando vestes cinzas – Me sinto completamente emocionado pela sua chegada.

— Como vai, Xeno? – os dois trocaram um abraço entre amigos e Xenofílio olhou para a pequena trupe atrás de Tiago – São todos seus?

— Oh não – respondeu rindo Lilian. – Esses são nossos amigos.

— Eu sou Molly Weasley, meus filhos são amigos da Luna e do Rolf.

— Ah sim, sim. Você deve ser a Gina, certo? – perguntou ele para ela.

— Sim, sou eu. – respondeu ela.

— Luna me pediu para manda-la para a Cabana Invisível assim que você chegasse. A cerimônia irá começar em breve e ela precisa da sua madrinha.

— Espera, eu sou madrinha? – perguntou Gina, boquiaberta.

— Mas é claro querida. Seu irmão não lhe contou? – perguntou ele delicadamente.

Gina olhou inquisidora para Rony que lhe lançou um olhar cheio de culpa.

— Eu sabia que tinha mais alguma coisa para contar, porém me esqueci.

— Eu não acredito nisso Rony – esbravejou Gina.

— É por isso que eles tentaram mandar convite, estava tudo explicado lá – ele disse tentando se esquivar.

— Eu não estava no país, como esperava que eu recebesse o convite seu, Cabeça de Lesma? – respondeu ela, irritada.

— Pavio Curto é uma personalidade dela? – perguntou Harry em um sussurro para Molly, porém Gina o ouviu lhe lançando um olhar ameaçador fazendo-o ficar quieto.

— Sr. Lovegood, onde fica a Cabana? – perguntou ela, tentando ficar calma.

Xenofílio tirou a varinha das vestes e apontou para o outro lado da clareira, na ala do bosque. Um chalé de dois andares feito de madeira com as janelas e portas fechadas se materializou ali. Gina começou a caminhar em direção a ela, amaldiçoando os sapatos pretos que dificultavam a caminha na grama.

Ao chegar à cabana, ficou em dúvida se deveria bater ou simplesmente entrar e optou pela segunda opção. Ao abrir a porta ela se deparou com uma sala vazia a não ser por dois sofás brancos. Um estreito corredor levava até a outra sala e desse cômodo, uma conhecida voz cantarolava. Gina entrou e caminhou lentamente até lá, parando na porta. De costas para ela, usando um enorme vestido branco que arrastava no chão, sua melhor amiga Lula ajeitava os cabelos em frente a um espelho enquanto cantarolava. Ela não pôde deixar de sorrir.

Pelo espelho, Luna flagrou Gina a observando e seu rosto se iluminou.

— Gina – ela se virou e deu um enorme sorriso – Estou tão feliz que você esteja aqui.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que vocês tenham gostado.
Vou tentar, vejam bem, TENTAR, não atrasar mais.
Mas imprevistos podem acontecer novamente não é.
Obrigado por lerem e adoraria saber a opinião de vocês, se puderem deixar nos comentários.
Até mais.
o/



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