Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 6
Aquele que Oliver precisa se explicar.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Nós guardamos esse capítulo para hoje, especialmente por que queremos agradecer a cada um de vocês por nos acompanhar, comentar e curtir nossas histórias. E como somos pobres autoras (momento drama) queremos oferecer esse capítulo como nosso presente de Natal para vcs queridos.
Boa Leitura!



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FELICITY SMOAK

Eu disse que isso não daria certo, tudo bem, na verdade eu disse que daria merda, e merda das grandes. E foi exatamente isso que eu pensei quando vi Oliver entrando nu no banheiro em quanto eu tomava banho. Ok, não foi exatamente isso que eu pensei, por que era Oliver Queen que estava entrando nu no banheiro. Não tinha muito mais espaço em minha mente para pensar em outra coisa, mas se tivesse seria isso.

–Sexo causal? – Ele diz enquanto abre a porta do boxe de vidro. –Amizade com benefícios? – Ele envolve os braços em minha cintura, e beija o meu pescoço.

–Oliver? – Eu o chamo tentando segurar os gemidos que o contato dos seus lábios me provocam.

–Sim?

–Você não deveria estar me protegendo? E isso faz parte do pacote de proteção? – Ele me prende entre a parede e seu corpo, me fazendo levantar e ficar na posição ideal para... Bom você sabe para que.

–Você merece o pacote completo. – E eu estou presa em seus olhos azuis, mas esse não era o pacote completo, e aquilo me causava um aperto forte no peito, mas eu tento a todo custo afastar esse sentimento de mim, eu que inventei essa maluquice, preciso aceitar o fato que era assim que eu teria Oliver, ou não o teria. Ele junta nossos lábios e todo o resto some da minha mente, Oliver tem os melhores beijos que eu já experimentei. Como resistir a isso? Eu digo, não dá.

[...]

Eu estou deitada na ‘minha’ cama exausta. Depois que fizemos no chuveiro, fizemos enquanto nos secávamos e outra na cama. Tenho que admitir que eu estava fora de forma, quando o assunto era sexo, o meu último ‘namorado’ tinha sido a mais de três anos e nem de longe tinha o empenho que Oliver tem. Eu o olho deitado aos pés da cama me olhando ele tentava segurar o sorriso em seus lábios, mas não conseguia. Ai meu Deus, esse homem vai acabar me enlouquecendo.

Oliver se levanta e começa a se vestir esse é o gatilho para fazer minha mente voltar a trabalhar. Ele ainda estava me devendo muitas explicações, como parceira de vigilância, não como companheira de sexo causal, afinal o termo casualidade isenta todas as explicações, faço uma careta com esse pensamento. Merda! É melhor eu me acostumar com isso de uma vez.

–Você não está esquecendo de nada? – Pergunto quando vejo ele indo em direção a porta.

–Eu acho que depois da terceira vez fiquei meio sem forças, preciso de um copo d’água. – Brinca e eu fico vermelha.

–Não era disso que eu estava falando. – Me levanto, suprimindo à vontade de me enrolar com o lençol, e vou até a mala de roupas, Laurel ficou de passar pelo meu apartamento e pegar uma mala com as minhas coisas, mas hoje eu teria que me virar com algumas coisas dela, e uma muda de roupas que tinha deixado na caverna para caso de emergência, e agradeço por ter colocado um conjunto de lingerie aceitáveis, nada de calcinha bege no meu quite de primeiros socorros. Oliver me olhava enquanto eu vestia a calcinha preta de renda com detalhes em fita rosa Pink, juro que vi um filete de saliva descer no canto de sua boca, eu estava adorando saber que causava o mesmo efeito nele que ele causava em mim. Pego o meu sutiã que faz conjunto com a calcinha e visto, volto para a cama e o observo, ele parece que perdeu a ligação entre os neurônios.

–Oliver? – Eu o chamo tentando reprimir o meu sorriso de satisfação.

–Você não vai colocar o resto da sua roupa? – Diz piscando duas vezes, acho que deu curto dentro da cabeça dele, gosto disso, estava cansada de ser só eu a fazer cara de idiota quando olhava para ele.

–Eu só tenho um vestido para usar amanhã no trabalho, e ainda tenho que ver qual das roupas da Laurel vai servir para mim, mas isso pode esperar. Estou mais interessada em saber o porquê de Malcom Merlin ter invadido a minha casa enquanto o Onoserealkiller queria a minha cabeça? – E ai está. Oliver engole em seco e não de um jeito bom. – Oliver? Quando você quiser. – Coloco os meus óculos e cruzo minhas pernas em sinal de paciência.

–Se isso é para colocar a minha cabeça em foco, acho melhor você vestir uma burca. – Ele encosta na parede e parece derrotado. - Eu te disse que morri, certo? – E é a minha vez de engolir o nó que se formou em minha garganta, só de pensar em perder Oliver de novo aquilo me sinto doente. – Quem me trouxe de volta foi Merlin.

–Ok, acho que eu não ouvi direito. – Dou uma risada de puro choque. – Por que posso jurar que você disse que foi Merlin que salvou você. Malcom Merlin, o mesmo que chantageou a sua mãe, matou seu pai, e que destruiu o Glades, junto com mais de quinhentas vidas entre elas o Tommy seu melhor amigo, que por acaso também era filho dele. O mesmo Malcom que drogou a sua irmã e fez com que ela matasse Sarah, a nossa Sarah.Malcom Merlin que acabou por te obrigar a se entregar a Liga para livrar a bundinha assassina dele da fúria de Ra’s Al Ghul, usando a própria filha como objeto de chantagem. Esse Malcom Merlin? Ele te salvou? – E Oliver apenas concorda com a cabeça.

–Merlin me deu um... – Oliver procura a palavra. – Elixir? Eu sei parece absurdo. – Eu me levanto e vou até ele colocando a mão por de baixo da sua camisa, não tinha conotação sexual, era só para lembrar que ali antigamente tinha mais cicatrizes que eu julgava um corpo ser capaz de suportar, ele fecha os olhos e parece apreciar o contato.

–Depois do que aconteceu com o Barry. –Falo baixinho o olhando nos olhos. - Absurdo, impossível, inacreditável, inexistente tomaram um novo sentido na minha vida, alguma coisa próximo ‘não significam nada’. – Ele expressa um pequeno sorriso. Tiro a mão de seu corpo e Oliver faz careta, vou até a cama e o puxo para que ele sente ao meu lado.

–Eu não sei o que ele me deu, parecia fogo, mas me manteve vivo até...

–Até o que Oliver? Oliver o que realmente aconteceu? – Aquilo me desesperava.

–Até que ele me levou para dentro da Liga.

OLIVER QUEEN

Acho que eu fritei os circuitos da Felicity. – Felicity? Você está me ouvindo? – Eu a chamo.

–Como? – Ela parece acordar do transe.

–Uma história longa. E eu vou te contar, mas o que você precisa saber que momentaneamente ele é um aliado, ele me quer vivo, e sabe que minha sanidade passa por você. – Não tinha como negar isso, era um fato simples, ela sabia que eu a amava e perde-la não era uma opção para mim. Ela abaixa a cabeça, e eu sei que não tenho direito de exigir mais dela.

–Você ficou escondido esse tempo, ele te ajudou?

–Sim, fiquei no local que ele usa como base. Eu não poderia ter voltado, quando a Liga perceber que eu não estou morto, teremos muitos problemas.

–Então por que você não voltou a se esconder? – Parece que não está tudo assim tão claro afinal.

–Não poderia te deixar aqui, vulnerável. Felicity eu me mantive afastado de você para não te pintar como um alvo, mas acho que esse cara percebeu que você é muito boa. – Sorrio com o duplo sentido o que faz ela corar.

–Tudo isso nos leva a duas coisas. – Eu a olho intrigado. – Primeiro Merlin está te ajudando e agora a me proteger, o que ele quer com isso? Alguma coisa nessa história não faz o menor sentido.

–Eu também já pensei nisso, e por mais que eu pense, também não encontro o que ele possa querer de mim. Merlin sempre soube que eu não derrotaria Ra’s Al Ghul. – É difícil ter que admitir, mas não sei como vou fazer para resolver isso quando a hora chegar. – E ele também não queria a minha morte, por que se não para que me salvar? E agora estou ligado a ele por conta da Thea, para mantê-la salva. Por mais que eu tenha pago com o meu sangue se Nyssa assistir aquele vídeo nada vai conseguir a impedir de se vingar em Thea.

–Ela não nos deixaria explicar. E depois ainda temos Laurel, que tão pouco aceitaria a história de Malcom ter drogado sua irmã. Laurel é advogada, é do tipo que precisa de evidencias. – Ela dá uma risada sem vida, e eu passo o meu braço entorno da sua cintura, um movimento que me parece tão natural, que quase nem o percebo.

–E qual é o segundo ponto? –A lembro beijando o alto de sua cabeça.

–Esse Onogramática. – Eu começo a gargalhar com os apelidos que ela inventa para o sujeito. – Para Oliver, o assunto é sério.

–A culpa é sua. – Acuso e ela bate em meu ombro, a puxo para deitar em meu peito.

–Por mais que eu ajude a achar os bandidos, por mais que eu seja heroica. – Ela dá risada ridicularizando o fato. – Mesmo assim eu não entendo por que eu? Sério, tem o Roy, o Dig, a Laurel, não estou jogando praga, mas por mais que eu seja a cabeça por traz da operação. – Ela faz pouco caso. – Oliver você fazia isso tudo antes de mim, e se eu não estivesse aqui outra pessoa poderia me substituir. – Completamente absurda. – Só estou colocando os fatos na mesa. –Justifica ao perceber meu olhar de escárnio. -Oliver ai tem alguma coisa a mais... - Ela se levanta e começa a andar de um lado para o outro, o que me faz perder o foco de tudo que não seja ela, caramba ela estava usando calcinha e sutiã pretos apenas, enquanto desfilava na minha frente, eu já começava a sentir certa parte do meu corpo acordar.

–Felicity. – Fecho os meus olhos para tentar me concentrar.

–Na faculdade, - Ela começa a explicar. – Eu tinha muitas idéias.

–Eu pude ver uma em ação, até conheci um ex seu. – Ferve meu sangue lembrar do Cooper apontando uma armar para ela. –Adorável.

–Pelo amor de Deus Oliver. –Repreende me olhando séria. -A questão é que uma dessas ideias, era um sistema de reconhecimento, mas não só facial como esses que o FBI possui. Esse sistema seria uma espécie de dossiê, o reconhecimento seria completo. Voz, impressão digital, tipo físico. Entenda como uma super ferramenta de buscas para criminosos. –Eu a olho abismado. – Eu te disse que sempre tentei salvar o mundo, mesmo antes de você. O único problema é que para o fazer funcionar não adianta hackear um sistema do governo. Precisa ser um sistema unificado de informação, é um plano ambicioso, eu lembro que meus professores surtaram com a ideia, mas eu sabia, ou pelo menos imaginava que não existia nada perto de um sistema unificado para rodar esse meu programa. Eu o levaria para alguma autoridade para analisar, poderia ser uma grande chance para entrar no sistema e modifica-lo – Ela começa a divagar, eu já tinha me perdido lá atrás. – Mas depois que Cooper foi preso eu acabei por engavetar esse meu programa.

–Você está me dizendo que Onomatopéia sabe desse seu projeto? – Isso parecia absurdo, mas como ela disse esse conceito tinha sido desmontado em minha cabeça também. – Mas você tem esse sistema unificado agora, aonde você possa entrar?

–ARGUS. Oliver eu nunca imaginaria nos meus anos de faculdade alguma coisa como a ARGUS poderia existir. E qual seria a dificuldade de eu implantar esse programa lá dentro? Se eu oferecesse isso para a Waller você tem alguma dúvida de que ela aceitaria? – Tenho que admitir, ela não pensaria duas vezes.

–Agora só falta saber o que Malcom quer. – Felicity se vira para mim.

–Seria muita prepotência achar que tem algo relacionado comigo? Por isso ele estar tão empenhado em me manter viva?

–Se você não falar eu não vou entender. – A puxo de volta para a cama.

–Esse mesmo programa tem uma variação que pode proteger agentes em campo.

–Continuo sem entender.

–Digamos que ele protege a imagem da pessoa, ele estará sempre protegido em programas de reconhecimento, seu rosto, sua digital, seu DNA, nunca seria ligado a ele mesmo, o meu programa impediria o reconhecimento. – Ela me olha temerosa. – Para minha defesa esse era um programa para ser usado com agentes de campo em missões pelo mundo. Eu sei, foi uma época que eu estava assistindo muito filme do James Bond. Mas acho que seja isso que ele queira Oliver. Um programam que possa o esconder a frente de todos.

–Como eles podem saber que você tem esse programa se até você o tinha esquecido?

–Eu não sei, mas não sou eu quem preciso me esconder. – Ela me olha com cara de culpada.

–Você não tem culpa, fez o que faz desde sempre, não saberia que eu iria entrar na sua vida. – Eu que era o culpado.

–Não acredito que vai se culpar por que isso também. – Me encara e vejo quão irritada ela está. – Sinceramente Oliver, você às vezes é... – Ela levanta e vai até bolsa e vira sobre a cama e começa a remexer a procura de alguma coisa para vestir. –Pequeno demais, pequeno demais. –Dizia descartando algumas peças de roupa. –Meu Deus, ela deve poder comprar calças na seção infantil se quiser! –Reclama.

–Sou o que? – Não posso evitar o sorriso. Ela acha uma saia longa preta, e uma blusa justa branca, não é o estilo dela, Felicity combina com mais cores, mas fica linda de qualquer jeito.

–Frustrante, e não é para ri. – Veste a blusa e a saia e chega até mim para que eu a ajude com o zíper que sobre com algum esforço no começo, mas logo fica na medida certa ao chegar em sua cintura. Poderia eternizar momento, parece tão natural para nós dois.

‘Oliver?’ - Ouço minha irmã no andar de baixo, dou um beijo rápido em Felicity e saio do quarto dela antes que Thea nos visse juntos.

TED GRANT

Estou de guarda no alto do prédio em frente ao prédio da Felicity enquanto Laurel invadia o apartamento. Claro que ela odiou o fato de eu ter exigido acompanhá-la, Laurel tem um talento incontestável para esse ramo, mas daí a ter juízo, são dois pólos opostos, e meu trabalho aqui é manter sua cabecinha loura sobre o pescoço. A vejo entrando pela janela na hora exata e verifico o perímetro em seguida.

–Como está ai dentro? –Pergunto pelo comunicador.

‘Fantástico. ’ - Murmura com sarcasmo me fazendo dar risada. ‘Não preciso de baba, só vou pegar as coisas dela e sair. ’

–Aproveita, por que não cobro meus honorários. –Faço piada por que não quero entrar mais uma vez nessa discussão.

‘Ted, posso fazer uma pergunta?’

–Manda. –Incentivo.

‘Por que você está tão empenhado em ajudar Felicity?’

–Isso é ciúmes Canário? –Sorrio esperando a resposta e a vejo se virar em direção a janela com o rosto em uma carranca furiosa que só alarga meu sorriso. –Felicity é uma boa pessoa. Merece ter uma vida, assim como você, merece mais que só buscar por vingança. –E por que não vou deixar você sozinha na linha de fogo. Acrescento mentalmente.

‘Ela merece. ’ - Posso vê-la colocando as roupas de Felicity na mala. ‘Quando Sara voltou, eu fiz de tudo para afastá-la a princípio. Tinha muita mágoa e ódio. Mas acho que Felicity e Sin, foram irmãs melhores para minha irmã do que eu mesma. ’ –Dizia com pesar.

–Precisa superar, seguir em frente. Eu não consigo imaginar outra reação possível, ela e você sabe... Você é humana. Não imagino o quanto dói Laurel, mas sua irmã se foi, sabendo que você a amava.

‘Pode ser. ’ –E ai está novamente a frieza fingida. Respiro fundo e percebo que meu celular está tocando, desligo o comunicador sem tirar meus olhos dela antes de atender a ligação.

‘Precisamos nos ver. ’ –A muito tempo eu não escutava aquela voz.

–Estou no meio de uma coisa agora. –Murmuro a ele.

‘Assim que possível então, sabe onde me encontrar. ’

–Faz muito tempo, e te devo desculpas. Não estive do seu lado quando precisou. –Assumo, todo aquele ciúme me deixou cego. –Sinto muito por sua perda. –Falo com sinceridade.

‘Não estávamos prontos para voltarmos a nos ver, sei que sentiu a morte dela tanto quanto eu. Você também a amava. ’ –Respiro fundo olhando para a janela a minha frente, é irônico pensar em como Laurel e eu temos mais coisas em comum do que a deixo perceber.

–Estarei ai na primeira oportunidade.

‘Bom falar com você Ted. ’ –Ele desliga antes que eu pudesse responder que era mesmo muito bom.


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Notas finais do capítulo

Galera comente, nos diga o que acharam ok!
Muitos bjinhos!