Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 23
Aquele que ninguém fala a verdade.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!!!
Então, capítulo novo, com algumas explicações... Só depende de vocês acreditar nelas ou não!
Esperamos que gostem!!!!



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FELICITY

Acabei de ter certeza, nada mais na minha vida vai ser normal, e estou começando a pensar que vivo no mesmo universo dos irmãos Winchesters, e ninguém morre. Tudo começou com um cara morto, que surgiu do nada contando coisas bem, reveladoras, para dizer o mínimo. Não que eu duvide de pessoas mortas, na verdade eu duvido é que as pessoas permaneçam mortas, depois de todos esses anos trabalhando no time Arrow, ainda tenho a impressão de que do nada vou ver o Castiel surgir em minha frente dizendo que o ceifeiro desse universo foi preso, e ele precisa de ajuda para libertá-lo. Sem falar na cela no fundo da caverna com uma penca de assassinos da liga, todos amarrados, para não dar chance de escapar.

–Você disse Eden Corps? Que coisa é essa? – Selina tenta se sentar na maca, mas parece ter levado um soco no estomago com o movimento. Eu vou até ela e lhe ofereço um remédio para dor, mas ela rejeita. – Preciso ficar lucida, se eu tomar isso vou apagar por três horas, e por nada vou perder a pré festa. –vejo de longe Bruce lhe lançar um olhar de desaprovação.

– Uma ex maluca/terrorista/sociopata do Oliver. – Explico voltando para a minha cadeira. –Que também é a líder dessa... Como posso chamar, quadrilha? Organização? –me viro para Oliver que revira os olhos.

–Você pegou ela? – O cara morto-mais-nem-tanto, demonstra surpresa. – Meus cumprimentos. – Oliver parece constrangido, o que seria legal em outra situação.

–Jason, foco. – Bruce o repreende, e vejo Selina com um sorriso contido.

–Estou focado... A questão aqui é bem mais séria do que imaginei. –ele era estranho, mesmo ao fazer piadas, parecia estar pronto para atirar no primeiro que fizesse um movimento brusco, existia algo insano atrás daqueles olhos azuis. –Afinal, por que eles estão atrás de você? – questiona apontando para mim.

–Eu já me perguntei a mesma coisa. – Volto para os meus computadores frustrada, para dizer o mínimo. Não gosto de não saber a resposta certa, definitivamente, isso acaba com meu humor.

–Ela é inteligente. – Roy o olha como se fosse obvio. – Tipo em uma escala de um a dez, Felicity marcaria novecentos ou novecentos e sete. – Explica medindo diferentes tamanhos com as mãos. – Isso não seria o suficiente?

–Não. – Jason se aproxima de onde estou, tocando seu queixo em uma postura pensativa, me analisando descaradamente. – Ela é inteligente, mas existe mais. – Me encara como se esperasse uma reação, e eu apenas o olho fixamente. – É alguma coisa que só ela tem.

–Carisma? – Selina tenta quebrar o clima que de tão tenso poderia ser cortado com uma faca.

–Esse carisma está colocando um alvo nas suas costas. – Jason diz me analisando.

–Então qual é o próximo passo? –Laurel faz Jason desviar os olhos de mim, e me sinto grata por isso. Os olhos do garoto eram intensos, parecidos com os olhos de outro alguém nos últimos tempos.

–Vamos impedi-los. – Thea não se intimida com o olhar mortal do irmão que observava tudo atentamente. – Não vou ficar esperando, correndo o risco de alguém a alcançar. –diz encarando Oliver que solta o ar pela boca, encurralado, como se não pudesse discordar da irmã, mas quisesse muito poder fazer isso.

– Preciso conversar com você. – Bruce aponta para Jason. – Agora.

–Você sempre teve jeito com as pessoas. – Selina tira sarro, mas percebo o quão tenso Bruce e Jason estão, nem um dos dois move um musculo se quer.

–Perdi alguma coisa. – Tento respirar ali, mas estava complicado.

–Algo parecido com um filme de Wood Allen às avessas. –responde com os olhos fixos nos dois. -É muito complicado tentar explicar a relação deles. – Selina tenta dissipar a tensão.

–Laurel, você está bem? –pergunto me lembrando que a ultima noticia que tive dela, era que estava brincando de médico com Ray e Ted... Uau, isso soou pervertido!

–Sim, parece mais uma ressaca, daquelas bem chatas. –responde sorrindo.

–Ted? –semicerro meus olhos, com cara de piedade, sei bem o tipo desses homens metidos a heróis.

–Me evitando, mas depois resolvo isso... –ela olha para o teto frustrada.

–Prioridades. – Oliver para a divagação que tomava conta da minha mente naquele momento. – Precisamos saber a finalidade da Eden Corps.

–Deve ser ciúmes. Ex namorada psicótica, mais garota nerd do TI, me sinto no colégio outra vez... –todos me olhavam estáticos, Selina e Laurel tinham pequenos sorrisos nos lábios. -Eu tenho que aprender a fechar a minha boca. – Levo as mãos a face tentando esconder o quão vermelha eu estava.

OLIVER

A esse ponto não sei mais o quanto devo revelar. Não que goste de manter segredos, bom, seria hipócrita dizer que sou um livro aberto, mas tenho muito em jogo. Nesse mundo em que vivemos, às vezes menos é mais. Maior a chance de permanecer vivo pode vir a ser a ignorância. Quando enfim saímos da cave, o dia já estava amanhecendo, e Felicity se recusou a ir para um hotel, passamos em sua casa, e depois de olhar tudo duas vezes, deixei que ela se arrumasse enquanto eu a esperava sentado em seu sofá.

“-Eu quero você. – Verônica se estica sobre o meu corpo vagarosamente. – Foi por isso que vim até aqui Mr. Queen. –sinto seus lábios em meu pescoço. –Não costumo fazer esse tipo de serviço, somente em casos especiais como o seu. Mas preciso confessar que depois de te ver pessoalmente, acho que me sinto mais inclinada a negociar. – Ela se senta sobre os meus quadris. Verônica era uma mulher linda, não tem como negar, mas aqui eu estava jogando um jogo perigoso.

– Eu já esperei muito tempo, e para ser sincero, tenho outro a quem recorrer... – Ela me silencia com um beijo.

–Tenho certeza que nenhum com um atrativo tão grande quanto esse. – Me beija novamente.

–Nem de perto. – inverto nossa posição. – Mas não vou esperar para sempre, mesmo sendo um cara morto, não costumo desperdiçar meu tempo. –Dou a ela meu melhor sorriso.”

–Que cara é essa Oliver? – Felicity sai usado um roupão felpudo, e uma toalha na cabeça. Eu não entendia como passando por tudo que passávamos e ela continuava como no primeiro dia que eu a havia visto, não estou dizendo o dia que entrei em sua sala, e sim no dia que me espreitei no escritório da minha mãe, e a vi falando com a minha foto. Inocente e pura.

–Só pensando em algumas coisas. – Tento não transparecer toda a minha preocupação. Sei do que aquela corporação é capaz, nada bom poderia surgir dali. E Felicity estava envolvida em tudo isso.

–Você não pode estar pensando que isso é a sua culpa não é? Por favor, Oliver! Eu pensei que já tivéssemos superado essa faze. – Se senta na mesa de centro me olhando irritada.

–Não. – Tento disfarçar. –A culpa é toda sua. – Ela pisca duas vezes sem entender. – Você que é a nerd de nós dois. Eu só atiro flechas por ai. – Ela sorri se levanta e senta no meu colo. – Tem muitas coisas que você não sabe ainda. –Tiro a toalha de seus cabelos, passando a mão em sua face, é sempre a mesma sensação ao tocá-la, a mesma faísca na ponta de meus dedos. – Fiz tanta coisa que não me orgulho. Mas eram tempos a onde eu não tinha escolha, ou pensava não ter. –afasto o cabelo de seu rosto, olhando em seus olhos, acariciando sua face.

–Oliver o que eles querem tem a ver comigo, não tenho noção do que seja, mas duvido que venha a ser algo relacionado ao arqueiro. Senão, isso estaria mais ligado a cidade, a essa altura os caras maus já sabem como te atrair. – ela faz uma careta ao perceber que não estava fazendo sentido. – O que eu estou tentando dizer é que você tem um histórico com eles, seria muito mais simples eles te atingirem por algo que já conhecem de você, não algo que nós temos agora. Você me entende? – E aquilo realmente fazia sentido, mas a questão era, o que eles queriam dela? – Agora eu preciso terminar de me arrumar, John logo vai chegar aqui. – Ela levanta, mas eu seguro sua mão e a puxo de volta. Felicity sorri, não por reflexo, mas um sorriso real. Coloco minhas mãos em sua cintura, completamente preso a ela.

–Temos uma hora antes dele aparecer, acho que podemos aproveitar um pouco. – Sorrio com os nossos lábios colados, e antes que ela pudesse protestar, eu já estava levando para o seu quarto.

JASON

Saio da Caverna do Arqueiro com Bruce na minha cola. Lembra que eu disse de família, pois é esse é o meu pai. O mais próximo de um pai carinho e preocupado que eu já tive. Para você ver o quão ferrado sou.

–Preciso de todas as informações que você tem sobre a Eden Corps. – Fala em seu tom mandão de sempre.

–Te mando um memorando. – Continuo andando sem dar atenção.

–Isso não é uma piada Jason. – Me viro para ele.

–Por que ficar seis meses a busca de uma informação sobre uma empresa Eco terrorista, foi uma grande piada. –Respiro. Quem consegue aguentar esse cara? Absolutamente, eu não consigo.

–Vocês dois... – Ouvimos a voz da Selina na porta. – Podemos sair dessa caverna? Particularmente prefiro a de vocês, lá ao menos Alfred me trás chá que eu batizo com vodca. Aqui não tem o Alfred, não tem o chá, e para piorar tudo não tem a Vodca... –Selina parece pensar melhor, olhando para a boate que estávamos agora, seus olhos se acendem ao ver todas as bebidas na prateleira atrás do balcão. –Esquece o que eu disse, me ajude a sentar, vou ficar aqui mesmo!

–Você não pode beber. Deve estar de cheia de anti inflamatório até o ultimo fio curto de seus cabelos. – Me apoio no balcão do bar enquanto ela faz desdém.

–E eu que sempre achei que você fosse o garoto prodígio legal, vou repensar, Dick acaba de voltar ao páreo! – Tenta fazer piada.

–Não podemos ir para um hotel, isso poderia levantar suspeitas. – Bruce serio como sempre.

–Eu estou em um hotel, ninguém me conhece mesmo, posso ficar onde eu quiser. – dou de ombros.

–Vocês complicam demais as coisas. –Selina se apóia em Bruce, que segura sua cintura, quase por instinto, sustentando o peso de seu corpo. –O filho morto vivo ai, aluga um quarto para nós, e pronto morcego, ninguém suspeita de nada. – começam a andar para a porta.

–Parece um plano. – dou de ombros os seguindo.

Selina é colocada no banco de trás, onde ela poderia se acomodar melhor, enquanto Bruce segue para o volante e eu sento no banco do passageiro, sinto a mão dela em meu ombro, chamando minha atenção. - Agora Robin... Comece a falar.

–Oliver provavelmente sabe mais do que eu, essa tal Hyrax com quem ele teve um caso. –começo a explicar. –Ela é a líder deles, uma das mais altas na hierarquia. Tem estado à frente de todos os maiores atentados do qual são responsáveis, pelos últimos oito anos, é peixe grande.

–Oliver está protegendo alguém. –Bruce diz.

–Acha que ele está jogando dos dois lados? –Selina questiona descrente.

–Não. –diz firme. –Ele é do tipo de cara que faz isso apenas quando alguém do time dele está envolvido.

–A namorada dele que está sendo caçada, então se tem alguém precisando de proteção, eu apostaria nela. –pondero.

–Não acho que é isso que o morcego quer dizer. –Selina acrescenta. –Eu aposto em alguém dentro da organização, alguém que para ele, não é um caso perdido.

–Selina está certa. A prioridade de Oliver é proteger Felicity e a irmã, então quem está lá dentro, a pessoa que ele está protegendo, essa pessoa está jogando dos dois lados. –Bruce fala sem emoção.

TED

Fecho a academia mais cedo que o normal, ouvindo protestos de alunos por todos os lados. Mas hoje quero ficar sozinho, pensar em minha vida, talvez lamentar o passado se sobrar tempo. Tomo um banho rápido e pego as chaves do meu carro, quando dou por mim, já estou no cemitério da cidade. Acho que é um bom começo para minhas considerações.

Caminho olhando em volta, é estranho como cemitérios tem um ar de paz e segurança. É como se não precisasse estar 100% alerta a todo tempo, como se aqui nada fosse acontecer. Vejo flores frescas sobre o tumulo de Anna, e sorrio, sabendo bem quem mandou.

–Oi estranha. –falo baixinho, me agachando em frente à sua lápide. –Desculpe não vir mais com freqüência. Desculpe não ter estado lá. –toco as rosas amarelas depositadas em seu túmulo, e um pequeno sorriso se abre em meus lábios. –Sabe, eu nunca admitiria isso antes, mas você escolheu certo. Ray esteve ao seu lado, te daria uma família, ele te compra flores! –dou risada. –Nós dois sabemos que não sou esse tipo de cara... Não compro flores, não curto jantar a luz de velas e musica lenta. Ray é quem gosta dessas coisa. Eu só queria que você estivesse vivendo essa vida. –sinto as lágrimas se formarem em meus olhos.

–Eu também queria. –escuto a voz de Ray, e me levanto para olhá-lo. Seu rosto deve ser o reflexo do meu nesse momento. Ele se aproxima e para ao meu lado, olhando para a lápide. –Então amor, eu te disse que nós estamos bem agora. –ele fala como se Anna estivesse em sua frente, com seu habitual sorriso nos lábios, mas esse era pura tristeza. –Vamos cuidar um do outro por você. –Ray toca meu ombro. –E honrar sua morte.

–Vamos sim!


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Notas finais do capítulo

Galera, nos diga o que acharam, é muito, muito importante para nós!
Bjnhos!!!!



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