Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 22
Aquele com o cara com o Capuz Vermelho que não é o Roy


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas. Eu e a Thais estávamos de bom humor hoje (pq será?) e por isso decidimos escrever um capítulo para deixar vcs mais felizes.



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OLIVER

Espero somente que Felicity prenda seu cinto de segurança e arranco com o carro em alta velocidade. –Tem algumas coisas, que devido a forma que nós... Estamos agora... –tento explicar sentindo seu olhar em minha face, mas na velocidade que corríamos era melhor não tirar os olhos da estrada. –Não quero te pegar de surpresa, e não quero que pense que muda qualquer coisa do que sinto por você...

–Oliver, quem é ela? –interrompe me surpreendendo.

–Como... Como sabe?

–Simples. Você, anos atrás e um provável novo lugar por onde passou, sempre Oliver, sempre tem uma mulher.

–Você está brava? –pergunto devido seu tom demasiadamente calmo.

–Não sei se essa é a palavra, na verdade estou pensando em metáforas nesse momento, e em alguns poemas de Shakespeare, onde ele descreve a natureza masculina, mas acredite em mim, você não quer saber nenhum deles. –sinto o sarcasmo em sua voz.

–Poderia ter dito apenas que sim. –murmuro baixo demais para que ela conseguisse escutar.

–Qual o nome dela?

–Verônica Dale, ela era basicamente o que a Amanda Waller é na ARGUS...

–Claro que era... –a escuto murmurar. –Desculpe, mais forte do que eu. Continue, por favor.

–Mas todos a conheciam como Hyrax. Depois de Hong Kong, acabei me vendo dentro da ARGUS, e Amanda me colocou nessa missão. –respiro fundo sendo invadido por todas aquelas lembranças.

“-Podemos fazer isso do jeito fácil, ou do jeito difícil Mr. Queen. Eles já invadiram o exército, quase acabaram com a ARGUS. Quer mesmo ficar sentado ai sem fazer nada?

Estou em uma das sedes da ARGUS, no que julgo ser uma de suas salas de “interrogatório”, sentado em uma cadeira. A esse ponto da minha vida, sinto como se essa fosse minha cama, poderia dormir se quisesse, ou se não fosse a voz irritante da Waller que caminhava de um lado a outro na minha frente. Ignoro, não me sinto na obrigação de fazer nada por ela, nunca estive mais perto de obter minha liberdade como a alguns dias atrás, mas a troquei mais uma vez pela segurança da família de Maseo, um trabalho em vão. O exercito aparentemente se voltou contra a ARGUS, e com isso minha cabeça e a da família do Maseo passou a valer muito.

E agora tem o vídeo do meu pai, ele acredita que posso ser algo melhor do que ele foi, eu quero honrar o que ele pensou que poderia me tornar. ARGUS pode ser uma ferramenta para isso. Preciso de treinamento, preciso saber o que estou fazendo, ou vou acabar estragando tudo. E essa não é uma opção.

–Eles... Esse grupo, é responsável pelo que aconteceu com Akio? –falo sem olhar em direção a ela.

–Sim, foram eles Mr. Queen. –posso sentir a aprovação em sua voz, disfarçada de empatia.

–Qual a missão? –Amanda coloca uma pasta parda em minha frente com um pequeno emblema de um globo terrestre com uma cruz invertida pendendo dele.

–Eden Corps, não temos muita informação sobre essa organização, mas sabemos que são um grupo de eco terroristas, que são liderados por alguém chamado Hyrax. Tivemos informações a respeito de uma tecnologia chamada Mutajek 9-9, uma espécie de arma fatal. Preciso que se infiltre nessa organização e descubra que arma é essa, preciso que descubra como desativá-la, e preciso que seja convincente.

–O que quer dizer com ser convincente? –olho em sua direção pela primeira vez.

–Vamos transformá-lo em terrorista Mr. Queen. –responde sem transparecer nenhuma emoção.

Passei uma semana sendo treinado por especialistas em bombas e computação, não que fosse um bom aluno, mas quando se trata de sua vida, pode apostar que seu nível de interesse sobe consideravelmente. Simulamos um atentado em um parque, onde Amanda abateu alguns de seus prisioneiros, segundo ela, precisávamos de deixar as coisas reais, mais uma das coisas horríveis que fiz.

Depois disso foi como se tivesse voltado para minha antiga vida. Um grande apartamento, mulheres e algumas festas. Tirando o fato que era tudo falso, cada mínimo pedaço. Passei a ser uma vitrine, uma mercadoria a espera de um comprador. Mas uma semana foi o necessário para me acharem atrativo o suficiente. Então a conheci...

Verônica Dali era uma mulher atraente, com a pele mais alva que já vi. O que destacava de forma impressionante em contraste a seus cabelos castanhos, cortados na altura de seu queixo. Mas apesar de se parecer com uma linda boneca esculpida, tudo nela emanava força e imponência. Ela entrou em contato em uma dessas falsas festas, me atraiu para o quarto e expôs a proposta. Naquele momento me tornei um agente duplo.”

–Quando penso que não tem mais como me surpreender com algo que venha a dizer... Bum! Você se supera. Serio, terrorismo?–Felicity diz depois do meu relato. -Mas por que essa Eden Corps quer minha cabeça?

Essa era a parte complicada, o baú que não queria precisar revirar, mas acredito que por maior que seja a vergonha que ambos temos do passado, agora não se trata mais de uma escolha. Já estávamos entrando em Starlling City, acho que no calor do momento ontem, só pensei em levá-la para o mais distante possível de tudo, e foi mesmo muito distante. Reduzo a velocidade, e respiro fundo antes de voltar a contar minha história.

–Como disse, precisei ser treinado por Hackers. –vejo pelo canto do olho ela prender o riso, provavelmente se lembrando do trabalho porco que fazia antes dela. –Nenhum tão bom quanto você Felicity. –reviro meu olhos, talvez um deles seja sim, tão bom quanto ela. –Mas havia um em especial, nunca me disse seu nome, mas havia algo naquele cara... –me lembro do homem de olhos azuis que eram quase infantis, ao mesmo tempo em que passava uma inteligência invejável. Olhos que só reconheci em outra pessoa... Me lembro de o ter achado familiar, o que naquele ponto não fazia sentido. –Nós o chamávamos de 9-9...

–Mutajek 9-9. –murmura pensativa. –Ele criou a bomba? –concordo com um aceno.

–A diferença do 9-9, é que ele não era um agente da Eden, não era agente da ARGUS. 9-9 era um prisioneiro, e descobri depois que nós tínhamos muito em comum. –respiro fundo mais uma vez. Já estava entrando no Glades, em menos de dois minutos estaríamos na Verdant. Olho para ela que me observava preocupada, não com a própria segurança como deveria, mas com o que me faria estar assim, tão incomodado.

–Esse homem, 9-9, sobreviveu?

–Queria muito saber a resposta dessa pergunta. –respondo estacionando o carro na entrada da boate. Desço primeiro, olhando atentamente em volta, em seguida abro a porta para ela.

Andamos lado a lado, como já fizemos milhares de vezes, mas agora parecia muito diferente. Agora estávamos não apenas do mesmo lado, estávamos juntos. Em um momento de impulso, muito raro depois de todos meus anos de treinamento, a encosto na parede do corredor. Felicity se encolhe, pensando ser minha forma de protegê-la de algum ataque, o que me leva a abrir o mínimo sorriso quando ela abre um olho após o outro, cheia de cuidado.

–Não tem nada explodindo. –conclui sussurrando, voltando a se erguer.

–Eu sei. –respondo antes de beijá-la com carinho. –Só sei que tudo vai virar uma loucura agora, então precisava fazer isso ao menos uma vez do jeito certo.

–Foi certo... Muito, muito certo! –responde abobada, beijo o alto de sua cabeça antes de digitar o código de segurança na porta.

Parece que a loucura foi muito mais rápida do que eu pensava. A caverna estava sob ataque. –É a Liga. –falo em voz baixa para Felicity que estava atrás de mim, estava prestes a voltar por onde entrei e colocá-la em um lugar seguro, já que todos lá embaixo eram treinados em combate, até ver Thea no meio da briga com uma katana em mãos sendo empunhada com maestria. –Se lembra do que fizemos quando Slade invadiu a caverna antes? Lembra de como nos jogamos pela escada?

–Prefiro quando não me avisa. –solta nervosa.

–Tudo bem, só precisa correr três degraus e estarei bem atrás de você. –tento passar confiança em minha voz, ela assente e começa a descer, coloco minha mão em seu ombro. É tudo muito rápido, dou impulso me jogando da escada com ela a minha frente, caímos agachados e a empurro em direção a parede. –Preciso construir um armário aqui. –murmuro pensando em como viria a calhar no momento.

–Eu não sou o Harry Potter. –responde ofendida. –Vai, vou ficar bem!

JASON

Quando você pensa em segunda chance na vida, logo lhe vem à cabeça fazer tudo diferente, certo? Arranjar uma pessoa legal, passar mais tempo com a família e os amigos, fazer escolhas diferentes. Bom pelo menos era isso que eu pensava antes de morrer, ressuscitar, e descobri que tudo é a mesma merda de sempre. Você morre, se der sorte permanece morto, se não você volta e faz as mesmas merdas até que a morte inevitável aconteça, com sorte ela pode vir cedo. Sem falar que todos fazem sempre a mesma merda com você.

Sei que deveria me senti privilegiado, tenho três irmãos, um pai e um avô, se duvidar até uma madrasta. Mas quando se vive uma vida como a minha família só serve para duas coisas: primeira, mostrar o quão idiota você é, e eu não posso negar, não sou pouco; Segunda é te desapontar em todos os níveis.

Nossa família não é muito bem estruturada, meu irmão mais velho, (isso soa absurdo até em pensamento) viu seus pais serem mortos em um ‘acidente’ provocado pelo chefão da máfia da minha cidade. Meu pai viu os seus pais serem mortos por um assaltante que deveria estar mais chapado do que um gambá. E eu, bom eu tenho uma historia um pouco mais complexa, afinal minha mãe me entregou para o assassino que me matou com um pé de cabra, anos mais tarde. Só mais um dia comum para a família Batman e seus rebentos Robins.

Mas não sou mais um Robin, meus amigos, se é que eu tenho algum, me chamam de Jason, Jason Todd. O resto do mundo me conhece como Capuz Vermelho, assassino de aluguel, matador profissional. Já deu para perceber que não sou uma pessoa muito popular, ou me enquadro nos padrões da família.

Essa é a minha profissão, sou bom nisso, mas sou bom em varias outras coisas na vida. Sou um bom agente, sou um bom soldado, mas sou ótimo me infiltrando em lugares onde gostaria de descobrir os segredos, e o fato de já estar morto e poder ter qualquer identidade que eu queira, me ajuda bastante.

Já ouviu aquela frase ‘Os mortos não contam histórias?’ Isso está muito errado. Por que nós contamos muitas. Conquistamos a confiança das pessoas, conseguimos contatos em vários lugares. Depois de morto, passei a ser um enorme fonte de informação. Eden Corps, essa é mais uma das organizações do tipo que aguçam a curiosidade. Meu contato descobriu que eles tinham um plano para ‘Dominar o Mundo’, uma corporação do mau, com um plano tão inovador... É eu sei, esses vilões precisam ser mais criativos.

Mas tá ai uma coisa que eu não entendi. Por que tudo se resume a essa loirinha aqui em Starlling, sei que ela é inteligente, consegui pegar algumas coisas na Caverna enquanto Alfred fingia que não me via, e eu fingia que não era visto, vi que ela tinha feito muita diferença para esse vigilante. Mas se dar ao trabalho de contratar Onomatopeia para matá-la, era algo totalmente fora dos padrões cabíveis.

Agora eu estou aqui em cima de um prédio, olhando toda aquelas pessoas bêbadas saírem da boate que serve de esconderijo para o Arqueiro, e seu time. Fico aqui até três horas da manhã. Vejo Bruce entrar com uma mala de roupas, o Robin do Arqueiro seguido de quem penso ser a meia irmã do Queen, por ultimo Oliver com a lourinha/alvo da vez. Na verdade eu estava era entediado de ficar ali esperando o tempo passar, tinha até ligado para o Tim na esperança dele ter um trabalho interessante que me fizesse evitar o contato com o meu querido e amado pai, mas Tim estava fora, fora dessa dimensão, então acabei por ficar preso aqui.

Desço, eu não tinha nenhum interesse em não ser avistado, então todas as câmeras puderam me filmar, mas de alguma maneira não fui barrado. A porta estava aberta, o que era esquisito, e quando entro ouço barulho de espadas cortando o ar, vejo homens de roupas negras lutando com Batman, Oliver Queen, o Arsenal, e pelas minhas pesquisas o homem negro com um revolver era John Diggle, e em um canto Selina estava ferida, mas tentava se proteger enquanto protegia Felicity. Tem outra coisa que eu sei sobre a minha família e eu esqueci de contar. Eu posso brigar, espancar qualquer membro dela, mas isso é uma coisa entre nós, não aceitamos que façam o nosso serviço, e sem pensar duas vezes já estava na frente da Selina tirando um dos mascarados enquanto Batman deixava outro inconsciente.

– Está atrasado. – Me diz sem emoção.

–Antes tarde do que nunca, cabeça quente! – Selina atrás de mim dá um soco no mascarado que eu segurava, passando suas pernas sobre seus ombros, e um segundo depois estava esganando o cara com uma chave de coxa.

– O convite não deixava especificado o horário da festa. - Levo Selina que parece estar ferida de volta para a cama. – Mas pelo que entendi o agito aqui nunca termina. – Vejo o Arqueiro amarrar os agressores, depois os jogar em uma espécie de gaiola. – Por que a Liga está aqui, vocês já não têm problemas suficiente com a Eden Corpes? - Oliver me olha pela primeira vez, enquanto ouço Selina se revirar de dor.

–Como sabe sobre eles?


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, vocês gostaram? Pq eu e a Thais adoramos escrever esse capítulo.
Nos conetem tudo.
Bjs



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