Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 11
Aquele do pai do ano.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, saudades de vocês...
Bom, só preciso dizer que estamos postando esse capítulo, mas o próximo que está em produção com certeza nos dá orgulho... Então esperamos que gostem...



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FELICITY SMOAK

–O que tem de tão complicado em seu computador hoje Felicity? –Diggle pergunta cansado de ficar folheando sua revista de carros em silencio. –E não adianta dizer que é o de sempre, pois eu estou aqui quase todos os dias e nunca a vi tão compenetrada em algo assim fora da caverna. –Sussurra a ultima parte eu o chamo com um gesto para que ele mesmo veja. Diggle dá à volta na mesa parando atrás de minha cadeira. –Adoro números verdes na tela preta. –Murmura com sarcasmo me fazendo rir.

–Esse é um antigo programa que desenvolvi. –Respiro fundo me virando para ele que me olhava confuso. –Na minha época do MIT. –Faço careta ao falar e John esboça um pequeno sorriso. –Não é tão perigoso como o Super Vírus, mas é exatamente o que precisamos agora.

–Okay. –Cantarola sem entender ainda. –Vai precisar explicar melhor Felicity.

–Esse programa, esconde qualquer traço de existência sobre uma pessoa. Por exemplo, ele bloqueia câmeras de transito no momento que possam fazer reconhecimento facial. –Começo a contar nos dedos falando muito rápido. –A aparição de sua voz em ligações ou mesmo resquícios de sua voz em alguma gravação, a partir do momento que entrar na internet. Tornando o individuo cadastrado...

–Impossível de ser rastreado. Isso é perfeito Felicity. –Elogia meio impressionado.

–Uau! –Exclamo um pouco abobada.

–O que aconteceu agora? –Questiona sem entender minha reação.

–Eu faço coisas quase impossíveis há três anos e vocês nunca se impressionam!

–Isso não é verdade. –Protesta dando risada. –Está pronto? O programa?

–Até onde eu posso ir sem um gopher poderoso o suficiente para rodar o programa. E um firewall potente o suficiente para que ninguém tenha acesso a ele depois de ser instalado.

–ARGUS? –Pergunta percebendo onde eu queria chegar.

–Preciso estar dentro para implantar o programa, mas não tenho certeza se quero que a Amanda tenha acesso a ele. –Diggle leva suas mãos a cabeça me olhando apreensivo.

–Esse não é o tipo de poder que a ARGUS na deve ter Felicity, imagina o que a Amanda faria com isso?

–Por esse motivo eu tenho um plano. –Falo com cautela vendo seu semblante assustado.

–Eu não gosto disso Felicity, não gosto nada disso!

JOHN DIGGLE

Felicity Smoak com aqueles olhos adoráveis e seu jeito ainda mais adorável conseguiria persuadir Ra’s Al Ghul a fazer filantropia a favor de órfãos, se um dia se empenhasse o suficiente para isso. Estou sentado a sua frente nesse momento com os olhos nela que estava cheia de expectativa mordendo sua caneta e meu celular em mãos. Esse negócio de vigilante ainda vai arruinar meu casamento, ah se vai.

–Oi Sweet! –Exclamo quando Lyla atende o celular no segundo toque.

‘Johnny, você só me chama de Sweet quando quer alguma coisa.’ –Essa frase tem se tornado um mantra em nosso relacionamento ultimamente.

–Isso não é exatamente verdade, apesar de eu estar realmente querendo uma coisa agora. –As palavras saem com esforço.

‘Por que tenho a impressão de não ser um banho com velas na nossa banheira assim que Sara adormecer?’ –Okay, a idéia não é ruim, posso pensar a respeito. ‘Johnny?’

–Estou aqui. –Respondo me recuperando do devaneio. –Preciso que ajude com o caso do Onomatopeia. –Sigo o plano, odiando ter que mentir para minha mulher dessa forma.

‘Claro, como posso ajudar?’ –Responde prontamente.

–Dando a Felicity acesso a um dos computadores da ARGUS.

[...]

Dentro do carro com Felicity ao meu lado começo a pensar em todas as falhas que esse plano possui. Lyla não é boba, e para entregar a Felicity acesso direto a ARGUS, com certeza existe algum tipo de controle. Eles vão a monitorar de alguma forma, para se certificarem de que nenhum “Cavalo de Tróia” será instalado em seu sistema, mas era exatamente isso que faríamos.

–Não parece fácil demais? –Questiono a olhando através do retrovisor, Felicity estava concentrada em seu tablet.

–Pode me emprestar seu celular? –Pede apenas estendendo a mão em minha direção, a entrego o aparelho voltando minha atenção para a estrada. –Vamos procurar rastros do Onosumidinho, exatamente como dissemos que faríamos, eu estou instalando meu programa. –Ela diz programa, mas nós dois sabemos que isso é um vírus. –Em seu celular, fique a meu lado e o coloque no bolso, assim enquanto eu faço o que disse que faríamos os dados serão passados, imperceptíveis.

–Isso parece aquele programa que Oliver usava para hackear as contas de alguns alvos da lista, atirando flechas na parede. –Tento associar a algo para ser mais fácil entender, mas Felicity fecha a cara me olhando... Ofendida?

–Oliver é um amador em relação à isso. –Fala com seriedade e eu não consigo segurar o riso. –Nunca mais fale assim dos meus programas!

TED GRANT

A noite tinha acabado de começar, mas uma coisa que aprendemos quando entramos nessa linha de trabalho é não subjugar nossa intuição, e a minha hoje estava gritando, como se soubesse que algo muito ruim estava para acontecer. Porém uma coisa é sentirmos que uma grande merda está para acontecer outra bem diferente e saber como ela vai acontecer e quanto de você vai levar com ela.

Eu estava dentro do ginásio, treinava, não queria ter voltado a ativa, não depois de tudo que havia acontecido. Eu perdi muito, mas fazer o que eu fazia era uma coisa natural se perder muito, perder as pessoas que ama, perder o seu tempo, sua saúde, até que um dia você perde a sua fé. Mas então um dia a minha fé entrou pelas portas do meu ginásio, usando um disfarce de advogada, com olho roxo e os lábios cortados. Me lembro quanta dor ela transmitia quando entrou aqui. Mas o que eu estou pensando? Isso é absurdo, não posso ver Laurel assim, ela é forte mas não posso colocar mais um peso sobre ela.

Tento voltar o foco ao meu treinamento, bater e socar até não sentir mais meus braços e minhas pernas. Fiquei nisso por pelo menos três horas, até não haver mais ninguém treinando. Era perto das dez horas e a sensação ruim não tinha me abandonado, descido ir para casa, logo ela ligaria para mim pedindo para que eu a ajudasse em alguma coisa que com certeza conseguiria resolver sozinha, mas devo admitir que gosto desse contato que temos.

Fecho a porta do ginásio e como é um percurso curto sempre o faço a pé, uma noite quente mais que o comum para o as noites de primavera de Starlling, estava calmo, eu tenho que admitir que nunca, nem mesmo quando eu era o vigilante essa cidade esteve desse jeito, Oliver e seu time estavam fazendo um bom trabalho.

–Boa noite. – Ouço uma voz masculina me saldando, e quando enxergo a pessoa percebo o por que do meu pressentimento.

–Merlin? Assassino em maça Malcom Merlin, a que devo do desprazer de velo? – Não sou assim, porém a cara de Merlin faz despertar o pior em mim.

–Vim pedir um favor. – Eu o olho imparcialidade. – Não é um favor para mim, e sim para a sua namorada. A convença de não procurar mais o assassino de Sara.

–Então você está confirmando que foi você? – Tenho que me segurar para não partir para cima dele.

–Estou dizendo que o melhor para ela é ficar fora e esquecer.

–Falou o homem que quis destruir um bairro inteiro da cidade por conta de uma pessoa. – Impossível não surgir um sorriso de desdém na minha face.

–Se ela não parar eu serei obrigado a fazer com que ela pare. – Sorri como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

–Nunca deixaria que você fizesse mal a ela. E a ajudarei a achar uma prova que te ligue a morte da Sara, você vai pagar de uma maneira ou de outra.

–Temia que dissesse isso, então sobra para mim apenas uma saída. – Seu sorriso só aumenta. –Você vai ter que matar Laurel para mim. – Ele começa a avançar em minha direção, ele deveria estar maluco em pensar que eu ira matar Laurel. Eu não sei como mas seus movimentos são fluidos e letais, não posso baixar minha guarda ou serei atingido, com velocidade acerto um soco em eu rosto mas parece ser apenas uma abertura para ele me atingir com três chutes, eu me recupero e mantenho a guarda, mas não esperava o que vinha em seguida, Merlin desvia do meu golpe e invés de atingir com um golpe sinto uma picada em meu pescoço. – Agora vai fazer vai matar Laurel Lance. – E essas é a última coisa que tenho consciência. Como disse quando estamos nesse meio não podemos subjugar nossos instintos, mas infelizmente ele não vem com um sensor para nos indicando de onde o perigo vai vir.

SIN

–Você sabe que eu deveria estar trabalhando? – Roy me pergunta assim que me vê sentada em cima da lixeira atrás da boate, onde normalmente eu me sentava com Sara.

–A pergunta é em qual dos dois empregos. – Queria ter tempo para rodeios, mas no final das contas estava preocupada com Thea, Laurel e tudo.

–Até a onde eu saiba eu só tenho um. – Diz tentando desconversar.

–Você sabe que eu era amiga da Sara, e eu não estou te culpando por não ter me dito sobre o que aconteceu com ela, apesar de que deveria. – Vou até ele e lhe dou um soco no braço. – Caramba Roy, somos amigos e você deixou que eu descobrisse por uma mensagem da Nyssa? – Ele me olha assustado.

–Do que você está falando.

–Tudo bem você não ter me contado. – Tento reestabelecer a minha calma. – Mas agora mentir na minha cara é demais para mim. Eu trabalhei ao lado de Sara por mais de um ano, sei o quanto era aficionado pelo o Arqueiro ai de repente um cara de vermelho surge ao lado do vigilante da cidade. Posso não ser um Sherlock mas não sou tapada. Vamos lá Roy eu preciso da sua ajuda, já te ajudei quando precisou de mim, e não estou jogando na sua cara, mas o que está em jogo pode ser a vida de Thea, e fazer justiça a Sara. – Ele me olha assustado. – Você sabe quem e a Canário Negro. – Isso não foi uma pergunta, e ele fica mudo. – Ela sabe que foi Thea quem matou Sara...

–Como?

–Seu chefe. – Explico.

–Thea estava por efeito de uma droga, não estava consciente. – Tenta defender Thea.

–Sei disso e depois do que aconteceu com você o ano passado nunca a jugaria sabendo que ela estava drogada. Mas Laurel não sabe pelo que você passou, a única coisa que ela sabe é que Thea foi a pessoa que matou a irmã dela, mas eu quero quem fez isso com Thea, quero justiça e também a justiça por Thea. – Roy me olha abismado e me abraça.

–Me desculpa. – Parece cansado. – E onde está Laurel? – O olho sem entender.

–Ela recebeu um chamado agora a pouco e saiu apreçada. – Roy parece apreensivo. –O que aconteceu?

–Eu não tenho nenhum chamado em aberto. – Roy pega o celular. – Tem algo errado com Laurel. – Fica em silencio. – Ela estava com Sin e recebeu um chamado e saiu com urgência. Preciso que rastreie Laurel para mim. –Um tempo em silêncio. – Mas isso fica perto da casa do Grant... – Outro tempo. – A onde você está? – Agora ele está mais sobressaltado. – Sabe que vai ter que inventar uma desculpa melhor para ele. Ok, vou atrás dela. – Ele desliga o telefone e me olha. – Preciso ir.

–Vai logo!

LAUREL LANCE

Pulo por sobre os telhados, eu não consigo tirar da cabeça o quão estranho Ted me parecia pela chamada. Em pouco tempo eu estou no endereço que tinha me passado, que não ficava a mais de três quadras da sua casa e quatro do ginásio. Ele estava em pé de costas para mim, e claro que ele sabia que eu estava ali ele é Ted Grant.

Me aproximei sem me importar, era bom estar perto dele, e assim de guarda baixa, Ted avança para me atacar. De início eu achei que ele estava querendo me provar alguma coisa, uma aula de vigilante com mais experiência para outra novata, mas não, seu rosto era livre de sentimento, vazio. E aquilo me fez um frio percorrer minha espinha. Aquele não era Ted Grant e ao mesmo tempo era.

Me desvio da series de golpes que ele tenta disferir em mim, eu não poderia fazer mal a ele mesmo que eu quisesse, tudo que eu sabia tinha aprendido com ele. –Ted? – Tento chamar sua atenção, mas ele não está ali. Eu consigo acerta um chute em seu rosto, preciso chamar ajuda, acho uma caixa de madeira ali perto e jogo em sua cabeça, movimento que parece o pegar de surpresa. Olho para os lados em busca de alguém que possa me ajudar, vejo em um relance a figura de Merlin, e agora eu sei o que tinha acontecido. Esse era o universo rindo da minha cara, como se dissesse ‘Você não queria acreditar? Então está aqui a prova que você precisava.’

Subo pelos telhados com Ted logo atrás de mim. Eu era mais leve e veloz, mas a suas pernas tinham mais força que as minhas, logo ele me alcançaria. Já estávamos nisso a pelo menos meia hora, quando olho para trás e ele não está ali, paro abruptamente a tempo de me defender de um chute que vinha em direção ao meu rosto. Mas o impacto com as minhas mãos tinha sito tão grande que fui lançada em direção a parede, batendo com as costas nos blocos de concreto. –Ted não faça isso? – Minha voz é de suplica e antes que possa me acerta um soco, duas mãos o seguram pelo obro e o arremessa longe.

–Laurel você está bem? – Roy está vestido com a sua roupa de combate, me ajuda a levantar.

–Estou bem, mas Ted foi drogado. Eu vi Merlin, quando já estávamos em combate. – Olho para os lados a procura dele.

–Precisamos tirar você daqui. – Roy tenta puxar meu braço.

–Não podemos deixa-lo aqui. Precisamos fazer alguma coisa. – E nesse mento Ted aparece e joga Roy longe, e nós dois recomeçamos a lutar, eu com a desvantagem de que não queria machuca-lo e sabendo que Grant queria me matar e provavelmente conseguiria. Mas eu não podia deixar que Merlin me matasse, ele já tinha matado minha irmã, era responsável pela morte do homem que eu amei, eu não poderia deixar que ele vencesse. E pensando nisso que tirei forças de onde eu já não tinha. – Merlin não vai vencer! – Dou dois socos nas têmporas de Ted o deixando levemente desnorteado, dou um pulo sobre seus ombros, o acertando um chute em sua panturrilha o que faz ele cair de joelhos, Roy chega perto de mim e me entrega uma flecha com tranquilizante e eu acerto o no ombro do Ted que não demora e cai no chão desmaiado.

–Isso não acabou. – Roy fala. – Precisamos do antidoto, por que quando Grant acordar ele ainda terá a mesma obstinação que tinha agora pouco. – Ele ativa o comunicador. – Arqueiro, Merlin está mostrando suas presas.

OLIVER QUEEN

Passei o dia todo tentando ponderar tudo o que estava acontecendo, mas as palavras de Laurel ainda ecoavam em minha mente como se tivessem sido injetadas em minhas veias. Não posso dizer que ela está errada, de certa forma eu fui o responsável pela morte de Sara, duas vezes. E estou cansado de perder todos que amo, por essa razão, Thea entrou em meu programa de “Proteção”.

Thea Queen é a pessoa mais doce e pura que conheço, não é justo ela sofrer por algo que o desgraçado do pai fez. Merlin, essa praga ainda vai destruir a vida dela e me sinto de mãos atadas, ele tem as garras cravadas com tanta força nela que não existe nada que possa fazer para mudar a situação, mas sei que a cada segundo Thea se aproxima ainda mais da morte, por culpa dele.

–Ollie, se tem uma coisa que eu aprendi a respeito de fornecedores, é que precisam ser lembrados constantemente de quem manda! –Thea exclama entrando em meu campo de visão na boate.

–O que fizeram agora? –Pergunto forçando um sorriso para ela.

–O que você tem? –Me encara preocupada. –Não vai me dizer que fez merda com a Felicity, ou que conheceu outra modelo. Por que a ultima vez que me olhou dessa forma você desapareceu por três meses!

–Adoro pensar que você sempre enxerga o meu melhor lado! –Murmuro com sarcasmo, puro mecanismo de defesa. –Eu estou bem Speed. –Asseguro.

–Okay. –Sussurra ainda com o olhar preocupado. –Vou fazer mais algumas ligações e já volto. –Ela se estica nas pontas dos pés para beijar meu rosto antes de sair.

Eu estava inquieto demais, minha vontade era vestir meu traje e sair por ai chutando alguns traseiros, enquanto eu imagino a cara do Merlin neles. Pego meu celular e disco o numero da Felicity, eu nem mesmo me lembrei de reportar a ela o que aconteceu com Laurel. O celular chama até cair em caixa postal, como se eu precisasse de mais coisa para me importar. Respiro fundo antes de ligar para Diggle que atende no primeiro toque.

‘Ela está comigo.’ –Fala.

–Por que não atendeu o celular? –Tento não aparentar estar tão incomodado com isso.

‘Está em reunião.’ –Ele diz rápido demais. ‘Pode ficar tranqüilo Oliver, estou de olho nela. Preciso desligar, nos falamos mais tarde.’

Desliga sem nem mesmo esperar. Por que cada parte do meu corpo me diz que ela não estava em reunião? Okay, acho que preciso superar isso do Palmer, ele é chefe dela e os dois se beijaram, não é grande coisa. Esse ciúmes já está me fazendo ver coisas onde não existem. As horas se estendem e a sensação não me abandona. Sinto meu celular tocando e o pego rapidamente pensando que era ela.

–Roy?

‘Arqueiro, Merlin está mostrando suas presas.’ –E eu pensando que estava ficando neurótico por causa da Felicity.

–Vou me trocar e nos vemos no ponto de encontro, entre em contato com Felicity e Diggle e os mande vir para a caverna. –Digo já a caminho do meu esconderijo.

‘Posso tentar.’ –Responde parecendo inseguro.

–Como tentar?

‘Felicity me disse que estava no ginecologista.’

–Ás nove horas da noite? –Suspiro cansado. –Tudo bem, um problema de cada vez. –Tento ponderar. –Ela parecia estar em perigo?

‘Não, mas isso do Merlin é urgente.’ –Roy resume a história e eu coloco o telefone no viva voz enquanto me trocava ouvindo seu relato.

–Estou saindo, encontre Felicity e Diggle, eu cuido do Merlin.

[...]

Entro na casa dele arrombando a porta com um chute, não perderia tempo com formalidade e eu preferia que fosse a cara dele, com certeza. Vasculho cada pedaço da casa, deixando destruição por onde passava. Merlin passou de todos os limites dessa vez e meu ódio precisava sair de alguma forma.

–Tudo bem, você não está aqui. –Murmuro olhando ao redor.

Só tinha mais um lugar onde essa praga estaria, subo em minha moto e vou em direção a Verdant. E como previsto ele está atrás da boate conversando com minha irmã. Aquela cena quase me faz vomitar, todo esse cinismo calculado somado a como ela se deixa ser manipulada me mata.

‘Oliver.’ –Escuto a voz de Felicity pelo comunicado, me fazendo suspirar um pouco aliviado.

–Você está bem? –Minha voz sai rouca e fria.

‘Sim, Dig e eu acabamos de chegar a caverna.’

–Depois conversamos sobre desculpas absurdas Felicity. –Respondo impaciente. –Agora preciso que atraia minha irmã para dentro da boate.

‘Tu... Tudo bem.’ –Diz e segundos depois vejo o celular de Thea tocando e ela se despede do Merlin com um abraço que quase custou meu almoço.

Espero apenas que ela entre e me laço em direção a ele chutando sua face em meio a um salto, preciso confessar que queria fazer aquilo a muito tempo, e quase me sentia melhor. Não espero que ele se levante, o pego pelo colarinho, Malcom estranhamente não revidava, mas apenas uma pequena parte do meu cérebro processava isso enquanto eu o socava com toda a minha força por vezes seguidas.

–Oliver... –Ele dizia com esforço entre um soco e outro, já começava a ver um filete de sangue escorrer de sua boca fazendo um sorriso surgir em meu rosto. –Eu precisei... Fazer... Aquilo! –Murmura sem tentar me deter. –Só assim Laurel acreditaria que Thea é inocente.

–Cala essa merda de boca Merlin! –Eu o lanço contra a parede, quando algo atinge minha face.

–Eu já mandei você ficar longe do meu pai! –Meio atordoado eu vejo Thea parada em posição de combate, eu estava tonto demais com o golpe e a surpresa.

‘Oliver, ela não entrou, estou aqui na boate, mas não a encontro.’ –Felicity informa preocupada.

–Sei exatamente onde ela está. –Respondo me levantando, sem tirar os olhos de minha irmã. –Ele não é quem você pensa Thea. –Grito para ela.

–Você não sabe quem ele é. –Revida. –Pai precisa sair daqui!

–Não filha, não posso deixá-la aqui com ele. –Murmura dramaticamente se levantando com esforço fingido enquanto minha irmã acredita em toda aquela merda.

–Ele está mentindo. –Grito e Thea se lança em minha direção acertando um chute em meu estômago. –Chega! –Me exalto a imobilizando e de longe posso ver a face de Malcom perder a cor. –Prometi que não mentiria mais. –Eu a viro em minha direção a prensando na parede com uma mão, enquanto usava a outra para tirar o capuz, sem me dar o trabalho de tirar a máscara que é inútil sem ele.

–Ollie?


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Notas finais do capítulo

Comentem! Precisamos saber o que pensão...
Bjs