Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 10
Aquele da manhã seguinte


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo lindo!
Como foram de virada de ano? Quem ai ainda está de ressaca? Ou quem acordou quando o relógio já dizia PM?
Primeiro queremos desejar tudo de bom para vocês nesse ano, que tenhamos mt Olicity em 2015 para compensar 2014 - kkkkk. Queremos também agradecer a todos que nos acompanharam nas nossas fics, seja elas as individuais ou as que fizemos em pareceria.
E esse capítulo de 01/01/2015 vai especialmente para Larissa que fez uma recomendação muito especial, esperamos que goste, porque o que escreveu para a gente foi lindo e nos deu muito mais vontade de continuar.
Bom, mas chega de papo... Vamos ao que interessa.



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OLIVER QUEEN

Acordei com meu telefone tocando e a cama vazia, Felicity já havia saído para o trabalho a uma hora. E quando olho o identificador de chamadas percebo que é o próprio demônio, mas preciso confessar que a única surpresa foi essa praga ter me dado paz por tanto tempo. Me sento bufando para o atender.

–O que você quer?

‘Depois de tanto tempo longe, pensei que receberia no mínimo um oi.’ –A voz dele tem o poder de embrulhar meu estomago.

–Vá direto ao ponto. –Corto o papo furado.

‘Tenho noticias para você, precisa me encontrar em uma hora, na minha casa.’

–Estou a caminho. –Respondo desligando em seguida.

Tomo um banho rápido vestindo camisa e jeans. O desgraçado do Merlin destruiu a manhã perfeita. Tudo o que aconteceu à noite passada, meu relacionamento com Felicity, ou o acordo mútuo de não termos um relacionamento, o que a cada dia só faz com que se estabeleça um, mas decidimos que somos amigos acima de tudo. Isso é o importante.

–Bom dia Cinderela. –Provoca Thea a me ver descendo as escadas, ela não era minha pessoa preferida no momento, mas quando tentei a ignorar passando por ela, minha querida irmã me deteve segurando meu braço. –Quem era aquela loura saindo do seu quarto hoje pela manhã? –Provoca e eu preciso prender o riso por imaginar a cara de Felicity sendo pega no fraga por minha irmã caçula.

–Precisa parar de se intrometer em minha vida Speed. –Digo com autoridade, mas claro que ela não se importa. Me solto de seu braço e corro em direção a porta.

–Pode dizer só obrigada. –Ela grita quando estou com a mão na maçaneta e percebo que apesar do inferno que passei ontem, também ganhei muitas coisas... Volto correndo para ela e seguro seu rosto em minhas mãos antes de beijar sua testa.

–Obrigado. –A palavra sai engasgada e com esforço, mas Thea parece satisfeita com ela e sorri em resposta. –E se arrumar outro encontro para Felicity, lembra aquela surra da qual te livrei quando tinha doze anos e papai encontrou você pegando dinheiro da carteira dele. –Ela concorda balançando a cabeça. –Vou fazer uma adaptação dela, digna do Oscar. –Eu a vejo engolir em seco, o que é engraçado, por que sei que ela não cederia sem lutar depois de ter sido treinada, mas era bom ver que Thea ainda me respeitava como irmão mais velho.

–Pode deixar Hitchcock.

Eu saio com minha moto me certificando de não ser seguido, o que era apenas uma grande perda de tempo, mas não custa ser precavido. Merlin mora a poucas quadras do loft que divido com Thea, esse psicopata leva a sério a expressão “ficar de olho”. Estaciono minha moto na entrada preparando meu espírito para não o matar simplesmente, e dar fim ao meu tormento.

–Oliver! –Cumprimenta quando entro usando minha chave e o vejo sentado a mesa com uma taça de vinho.

–Fala logo Merlin, não tenho tempo.

–Arrume! –Diz arrogante se levantando para me encara. –Tenho um serviço para você.

–Não sou seu empregado, e definitivamente você não me dá ordens. –Deixo claro estreitando minha mão no capacete, pronto para acertá-lo se preciso.

–Sempre a mesma conversa... –Debocha andando de um lado a outro. –Estou pensando em deixar esse discurso gravado em sua playlist, assim pode o escutar no caminho me poupando o trabalho. –Reviro os olhos antes de o encarar. –É a vida de Thea que estamos protegendo, ou ela não tem mais importância a você. –O seu cinismo quase me faz sorrir.

–Esqueci que você é a merda do pai do ano.

–Entenda como quiser. –Dá de ombros se sentando e aponta a cadeira a sua frente para que eu também me sente. Só faço isso por que sei que quanto mais eu relutar, mais terei que ouvir seu discurso irritante. –Se lembra do piloto que interrogou para conseguir as imagens minhas com Thea chegando a Starlling? –Continuo o olhando. –Precisa matá-lo.

–O que? –Eu quase engasgo. –Não vou matar ninguém!

–Previ que ficaria relutante, então posso eu mesmo fazer o trabalho, só precisa escolher. O piloto, que até tem família, ah! Sabia que a esposa dele acabou de dar a luz ao terceiro filho? –Eu praticamente rosno o pegando pelo colarinho.

–Qual é Ollie, nós dois sabemos que não vai fazer isso. –Jogo-o em direção a cadeira que ele estava e me apoio na pia vendo a taça de vinho se quebrar devido ao impacto do corpo de Merlin contra a mesa. –Ou pode matar Laurel. –Não vai ter jeito, vou matar esse desgraçado ainda hoje. –Por que ficou vermelho?Pensei que era outra loura que você amasse, a que me fez ter um trabalho danado para livrar o pescoço.

–Não vai chegar perto de Laurel, está me ouvindo? –Ameaço enfurecido.

–Você parece um bárbaro, não pergunta nem mesmo o porquê a morte dela é necessária!

–Não tenho tempo para seus joguinhos Merlin. –Rosno para ele que olha divertido.

–Ela está muito perto de descobrir que Thea matou Sara. –Sinto meu sangue ferver como se estivesse mergulhado no Lázaro mais uma vez. –Aquela garota que Sara adotou, Sin, tem boas pistas a respeito do caso e não vai demorar até que a impostora de Canário descubra que a ex cunhada, que tanto ama, matou sua adorada irmã.

–Você matou Sara! –Grito.

–Quero ver você argumentar isso com Laurel! –Debocha e não me seguro mais, desferindo um soco em sua face antes de caminhar em direção a porta.

–Não encoste em ninguém na minha cidade. –Falo ameaçadoramente me virando em sua direção. –Eu mesmo vou contar a verdade a Laurel.

–Ela não vai acreditar! –Grita, mas o ignoro já saindo. –Você vai colocar Thea em perigo!

FELICITY SMOAK

Eu amo planilhas, amo números e resultados precisos, amo apaixonadamente a exatidão da matemática, suas equações e vertentes. Mas sabe o que eu não amo? Confusão, mistério ou coisas que aparentemente não podem ser resolvidas, aparentemente, pois em minha breve experiência de vida conclui que não existe nada impossível, para tudo existe uma solução, só é preciso cavar mais fundo. E era nisso que estava pensando olhando as planilhas em meu computador quando Jerry entrou em minha sala com seu tablete em mãos.

– Srta. Smoak, tem uma visita. –Anuncia e imediatamente Dig se levanta ficando parado em frente à porta, preciso prender o riso ao ver Jerry estremecer o olhando. –Oliver Queen. –Diggle relaxa olhando em minha direção com um sorriso no rosto e volta a se sentar folheando a revista.

–Pode deixá-lo entrar Jerry, por favor. –Ele assente saindo em seguida.

Eu o vejo passando pela porta com o semblante sombrio e caminho ao seu encontro me lembrando no ultimo momento da presença de John. –Finjam que não estou aqui. –Murmura sem nem mesmo desviar os olhos da revista em suas mãos e Oliver abre o mínimo dos sorrisos.

–Oi John. –Cumprimenta sem tirar seus olhos dos meus.

–Oliver.

–Oi. –Sussurra a centímetros de distancia tão desconcertado quanto eu.

–Oi. –Respondo o olhando abobada e escutamos Diggle suspirar o que me faz rir. –O que aconteceu? Por que veio aqui? –Disparo percebendo que tudo saiu da forma errada. –Estou perguntando por que parece que aconteceu alguma coisa. –Justifico e Oliver força um sorriso. –E estou feliz por estar aqui. –Acrescento.

–Precisava conversar com vocês. –Agora Diggle parece perder o interesse em sua revista e se levanta se virando em nossa direção.

–Jerry! –Chamo meu assistente que estava a porta. –Pode trazer três cafés, por favor?

–Claro Srta. Smoak.

–Não é um tanto hipócrita pedir ao seu assistente para te trazer café? –Oliver parece pensar alto e aponta para a direção em que Jerry saiu.

–Ele é formado em secretariado. –Justifico o fazendo esboçar um pequeno sorriso enquanto eu fecho a cara para ele. –Então o que aconteceu?

–Merlin disse que Laurel está muito perto de descobrir sobre Thea. –Conta e vejo seu rosto se fechar novamente, muito diferente do Oliver que me prendeu na cama hoje cedo, me impedindo de levantar. –Ele cogitou matar Laurel. –Dig e eu nos entreolhamos assustados.

–O que vai fazer? –Pergunta Diggle.

–Contar, antes que descubra por outro. –Ele respira fundo. –O que vocês acham?

–Que ela não vai acreditar. –Digo rapidamente.

–Não mesmo. –Dig completa.

–Não tenho mais opções. –Sussurra, nos olhando nervoso. –Ele vai matar cada pessoa que está envolvida, ou que tenha a menor informação a respeito.

–Faz o que seu instinto está mandando então. –John fala e Oliver me olha esperando aprovação.

–Antes saber de você do que através de outra pessoa. -Oliver se levanta e vem em minha direção tomando minha mão na sua. –Seja cuidadoso Oliver, não vai ser fácil para nenhum dos dois. –Ele me dá um beijo no canto da boca antes de sair e deixar John me olhando com uma sobrancelha erguida. –Jura que com tudo o que aconteceu, você se focou nisso? –Pergunto no momento que Jerry volta com os cafés com cara de tristeza ao ver que Oliver já havia partido.

–Obrigado. –Diggle diz pegando sua xícara e faço o mesmo vendo sua carinha desolada.

–Obrigada Jerry, fique com o de Oliver, ele é meio apressado e você merece um café.

LAUREL LANCE

Chego ao local combinado vendo Oliver encostado em sua moto que estava estacionada em uma das vagas do parque. Ele acena de longe, como se eu já não o tivesse visto a muito tempo, sorrio em resposta por puro habito percebendo imediatamente que não sairia coisa boa dessa conversa. Murmuro um oi quando nos abraçamos e agora é fato, Oliver estava tenso demais, preocupado e nervoso demais e aquele sorriso forçado em sua face, mais parecia um presságio de morte.

–Precisamos conversar. –Percebo a tensão em sua voz. –Vem, vamos caminhar um pouco. –Ele começa a andar ao meu lado, o parque estava vazio a essa hora, com poucas pessoas fazendo cooper, mas tirando isso nada.

Nós nos sentamos em um banco mais afastado e Oliver se vira em minha direção, parecendo escolher as palavras que usaria com muito cuidado. –Eu sei quem matou Sara. –Ele fecha os olhos respirando fundo, sinto todo meu corpo ficar estático por um momento. –Esse foi o motivo de ter duelado contras Ra’s Al Ghul. –Oliver respira fundo e seus olhos estão repletos de lágrimas quando volta a me encarar.

–Quem? –Sussurro.

–Existe muito mais coisas envolvidas do que apenas um nome Laurel...

–Ollie, quem matou minha irmã! –Interrompo impaciente.

–A minha. –Eu não entendo o que ele quer dizer, não sei por que ele está assim tão torturado e falando coisas sem sentido.

–Como? –Pergunto por que pelo que ele falou parece que Thea assassinou Sara, e essa idéia é completamente absurda e quase me faz rir.

–Merlin, drogou Thea, com uma espécie de erva que torna a pessoa suscetível a obedecer uma ordem. Ela nem mesmo se lembra do que fez, era tudo parte do plano de Malcom para ter sua dívida com Ra’s paga...

–Espera! –Levanto zonza o olhando. –Está dizendo que Thea é a assassina de Sara? –Eu o encaro sentindo as lágrimas se juntarem em meus olhos, não me importo que elas escorram é melhor do que o bolo que se forma em minha garganta fazendo minha voz sair esganiçada. –Quer dizer que a única pessoa que eu confiei para desabafar sobre a morte da minha irmã foi a mesma que tirou a vida dela. –Eu estava falando sozinha, puxando meus cabelos enquanto olhava para os lados, incapaz de encara Oliver mais uma vez.

–Não foi culpa dela. –Ele sussurra e posso escutar o choro contido em sua voz misturado ao desespero. Balaço minha cabeça em negativa, sem o olhar, enojada demais com tudo.

–Então, eu devo cruzar meus braços e ver livre a assassina da minha Sara, minha irmãzinha... –Meus lábios tremem e me deixo cair no banco, por ser incapaz de permanecer em pé. –Não toca em mim. –Aviso ao sentir sua proximidade. –Não espere que eu entenda, não espere por perdão, por que Sara me foi tirada duas vezes. –Me levanto agora o olhando, ele estava como o retrato da derrota, lágrimas escorriam por sua face, suas mãos se mexiam em seu tic nervoso habitual, mas eu estava em outro lugar nesse momento, não me importava com nada, pois minha dor... Minha dor não podia ser descrita. –Preciso aprender que sempre que o sobrenome Queen está envolvido com o Lance, com certeza vai resultar em morte para minha família. Não conte mais comigo Ollie, e acho melhor não nos vermos mais. –Cada palavra sai com falsa frieza e o vejo se encolher como se elas o perfurassem.

Dou as costas saindo dali, sem olhar para trás uma única vez, não sei mais o que fazer, eu esperava que fosse qualquer pessoa, mas não Thea, ela não. Acho um lugar para me trocar, precisava me sentir mais próxima de Sara, e toda vez que eu visto o manto da Canário e como se eu estivesse seguindo o seu legado. Pulos pelos telhados e quando percebo estou no alto do prédio onde Sara foi morta pela irmã do homem que ela amou, o homem que eu amei... É como se Oliver carregasse uma maldição com ele, algo que condenasse tudo e todos que estão ao seu redor.

–Laurel? –Escuto a voz conhecida. Limpo rapidamente minhas lágrimas antes de me virar e ver Sin, parada com as mãos na cintura. –O que ouve com você? –Pergunta preocupada.

SIN

O que é uma família? Lanços sanguíneos? O que realmente te prende a alguém? O que a faz importante para a sua vida?

Eu posso te garantir que família não são só pessoas que carregam o mesmo material genético. Família são as pessoas que se importam com você e que você em retorno se importa com elas. Mas isso não é importante por que eu não tenho nenhum tipo de família hoje. Meu pai foi a pessoa que me criou e que eu sei a seis anos foi enterrado em uma cova rasa em uma ilha esquecida por Deus, ou apagada do mapa pelos homens. O que me sobrou uma única pessoa, Sara Lance, mas sei que hoje eu estou sozinha, e como sei disso? Por meio de uma mensagem, de uma das pessoas mais frias que eu conheço.

“Você tem o direito de saber, ela não vai mais voltar. Tudo que precisa saber está em uma caixa no esconderijo dela. Tudo lá é seu, ela não gostaria que fosse diferente. Nyssa Al Ghul.”

E é essa mensagem que eu olho do alto do prédio aonde a segunda pessoa mais importante e da minha vida tinha sido assassinada. Estava tudo calmo quando ouço alguém na margem do prédio, o mais distante de mim. Vejo sua roupa de combate, a peruca loura, ela tem uma postura de como estivesse sofrendo. Eu disse que não tinha ninguém, e esse é um fato, mas se eu tivesse hoje seria ela.

–Laurel? – Pergunto apreensiva. – O que houve?

Flashback

Todas aquelas coisas na caixa, as informações que tinham nela, eu passei a noite estudando e procurando um padrão, precisava de ajuda para tentar resolver isso, mas quem? Roy? Não isso era muito pessoal, e por mais que Roy seja meu amigo, ele tem suas prioridades, uma namorada ou ex namorada, perdida no mundo por exemplo. Levaria isso até o comissário Lance, ele poderá me ajudar e tentar ligar esses pontos.

Entro na delegacia com cautela, eu tenho um histórico com a polícia, e minha ficha não está exatamente limpa. – Por favor. – Chamo a atenção de uma policial que passava a minha frente. – Gostaria de falar com Lance.

–Segunda porta a esquerda. -Me índia saindo apressadamente. Uma coisa sobre Starlling, os policiais aqui sempre têm trabalho, e estão sempre correndo, e assim ela sai para atender algum chamado de algum pré-apocalipse e eu vou até o lugar indicado, bato a porta.

–Entre. – Uma voz feminina me atende, entro e vejo uma mulher que identifico como Laurel Lance a irmã mais velha de Sara.

–Desculpe, preciso falar com o comissário.

–Ele está na prefeitura. –Diz enquanto olha alguns papeis, e então realmente me enxerga. – Você é Sin? Amiga da Sara? – Dou um passo para trás e percebo que Laurel também ficou receosa.

–Sou sim, vim trazer um recado dela para o seu pai. – Digo e Laurel dá um passo em minha frente e fecha a porta atrás de mim.

–O que você vai dizer para o meu pai? – Ela tinha uma expressão de pura tortura em seu rosto, e com isso eu já sabia que para ela não seria surpresa que Sara estava morta, mas fico quieta. –Meu pai não pode saber. Sin pelo carinho que você tinha pela minha irmã, precisa me jurar que não vai contar nada para ele.

–Por que ele não pode saber? – Pergunto em choque.

–Por que isso o destruiria e depois por que quando eu for contar quero já ter descoberto e feito justiça a Sara, talvez isso o ajude a superar tudo. – Eu via a obstinação em seu olhar e se ela fosse fazer isso eu a ajudaria.

–Então eu preciso te mostrar algumas coisas que encontrei em seu esconderijo, não é muita coisa, apenas alguns detalhes que talvez nos ajude a chegar até o assassino de Sara.

Flashback Off

Como eu tinha dito não era muita coisa, apenas algumas fotos, e indícios que sempre levavam a uma única pessoa, Merlin. -Foi ele? Você consegui confrontar o piloto? – Era mais uma afirmação do que uma pergunta, e ela balança a cabeça em negação.

–Thea. – Me diz como se isso fizesse sentido.

–Thea o que? – Não estava entendendo.

–Thea matou Sara. – Tinha a feição dura.

–Impossível, Thea não seria capaz! Como ela mataria alguém? E ainda mais alguém como a Sara?

–O Arqueiro me contou. – Como assim, se o Arqueiro sabia, com certeza Roy também saberia, e por que ele não veio falar comigo. Não que isso fosse uma surpresa para mim, Roy nem ao menos havia me contado sobre a morte de Sara.

–Ele vai fazer alguma coisa? – Tinha alguma coisa que não se encaixava nessa história.

–Não, ele alega que Thea foi manipulada através de uma droga para matar Sara, então quem vai fazer justiça a memória da minha irmã sou eu. – Droga? Thea tinha sido drogada, se isso fosse verdade agora eu conseguia acreditar.

–Laurel, se Thea foi mesmo drogada, ela não é a culpada pela morte de Sara, ela é vítima. – Tento argumentar.

–Ela matou a minha irmã! – Grita em meio ao choro.

–Ela não matou só a sua irmã. – Devolvo. – Sara era minha irmã também, não por sangue, mas por escolha. Ela era a única família que eu tinha e hoje não tenho nada. Se te digo que temos que parar e ver as coisas, é por que eu vi em primeira mão o que uma droga poderosa pode fazer a uma pessoa. Ano passado a cidade foi atacada por uma centena delas. – Lembro de Roy e de como ele ficou descontrolado quando injetaram a tal droga nele. - Laurel olhe em volta. – Chego mais perto dela. – Não vivemos em um mundo preto e branco, se vivêssemos hoje você não estaria usando o manto de Sara. Se você o vestiu para fazer justiça, precisa ver o quadro todo, por que se fizer como quer agora, estaria sujando o nome dela, seria vingança cega e não justiça. – Ela me olha e não sabe o que dizer, e quando parece que tinha colocado alguma ordem em seus pensamentos ela é interrompida pelo seu comunicador.

–Eu preciso ir. – Sai me deixando sozinha, e eu tinha que dar um jeito nisso, pego o meu celular e disco para a única pessoa que pode me ajudar, mas é claro que antes ele levaria uma grande bronca, eu estava cansada de ser deixada de fora, minha vida já estava atrelada de mais a todo esse jogo, e já tinha passado da hora de eu conhecer os jogadores dessa partida.

–Roy? – Me atende no segundo toque. – Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Então povo lindo, agora nos deixem saber o que acharam do capítulo.
Bjs