Elsa voltou pelo caminho que tinha percorrido odiando a si mesma. Os conselhos de seu pai e de Hans que ela havia guardado para si mesma antes da prova, não eram mais válidos. Ela não estava sendo a boa menina que devia ser e certamente estava sendo um monstro; Pois estava prestes a ir atrás do garoto que salvou sua irmã e levá-lo em direção a morte. Quando virou a direita em uma bifurcação o viu...

Soluço estava lutando com um animal que Elsa enfrentou anteriormente em sua escola. Um explosivim. Era enorme, três metros de comprimento, lembrava mais um escorpião gigante do que qualquer outra coisa. Seu longo ferrão estava revirado para trás. A grossa armadura refulgia à luz da varinha, que Soluço apontava para ele. A criatura soltou um jorro de chamas da cauda e voou para cima do garoto.

– Impedimenta! - berrou Soluço.

O feitiço bateu no escudo do explosivim e ricocheteou; O garoto se abaixou bem a tempo, mas sentiu o cheiro de cabelos queimados; chamuscara o cocuruto da cabeça. Elsa avançou até o explosivim, se pocisionando na frente de soluço. Apontou a sua varinha - que Gothel devolveu - para a barriga carnuda e sem escudo do bicho e exclamou:

– Estupefaça! - A criatura voou para longe e se desintegrou.

Soluço ficou olhando boquiaberto.

– Uau! - exclamou ele. - Obrigado.

– Não me agradeça. - disse Elsa friamente, se sentindo horrível.

– Tudo bem então... - disse Soluço confuso.

Elsa respirou fundo, tentando criar coragem para o que estava prestes a fazer.

– Me desculpe - disse com um sorriso falso. - Eu...eu encontrei a taça, Soluço.

– E porque não pegou ? - perguntou o garoto ainda mais confuso.

– Por que eu pensei bem e vi que a única pessoa que merece ganhar esse Torneio Tribruxo é você. - disse a garota. - Eu pensei melhor e na Segunda Tarefa você não só salvou a sua refém, você salvou a de outro jogador, minha irmã...

– Era o certo a se fazer - disse Soluço.

Elsa sentiu vontade de chorar ali mesmo, sem se importar se alguém a visse.

– Você não entende... eu a amo muito. Ela é tudo que eu tenho e eu não consigo imaginar um mundo sem ela...

– Tá tudo bem. - disse Soluço tentando acalmar a garota. - Ela está salva agora não está ? - perguntou ele e Elsa não disse nada. - Que tal nós dois pegarmos a taça ? Você se sentiria melhor ?

Elsa balançou a cabeça concordando sem vontade.

– Me siga. - disse ela e Soluço correu a seguindo pelo labirinto.

Soluço sorriu, por um instante fugaz, ele reviu aquela imagem de si mesmo, erguendo a Taça Tribruxo diante do resto da escola...

Elsa que já havia decorado o caminho mais rápido o final do labirinto - um caminho sem distrações ou monstros - guiou o garoto o mais rápido possível. Portanto em menos de cinco minutos, lá estavam eles na clareira dos pesadelos.

– Olha só! Não é que eu duvidei mesmo de você minha querida ? - disse Gothel apertando as bochechas de Elsa. - Agora já pode ser uma de nós. Me dê sua varinha, agora não precisará mais dela.

– Uma de nós ? - murmurou Elsa, entregando a varinha para a mulher.

– Olá, Elsa - disse Hans saindo de trás de Gothel.

Elsa quase cai para trás de susto.

– O que você, está fazendo aqui ? - perguntou Elsa chocada, mal acreditando em quem estava vendo ao lado de Gothel.

– Você devia ter seguido seus instintos... eu não sou uma boa pessoa. - disse Hans apontando a varinha para ela.

– Eu confiei em você... - Elsa se sentia traída, como se tivesse levado uma facada por trás. Mas não foi o que acabara de fazer com Soluço ?

Soluço olhou para aquela cena espantado e confuso ao mesmo tempo. Anna, Rapunzel e Merida amarradas por cordas e Gothel sua professora apontando a varinha para ele.

– O que é isso ? Algum tipo de brincadeira ? Uma pequena peça antes do campeão pegar a taça ? - perguntou ele desejando profundamente que fosse.

– Me desculpa, Soluço. Eu não tive escolha. - disse Elsa envergonhada de mais, se sentindo incapaz de olhar para ele outra vez.

Soluço arregalou os olhos, quando se deu conta do real perigo e correu até Rapunzel com a esperança que pudesse salvá-la.

– Incarcerous! - exclamou Gothel e cordas se prenderam no corpo de Soluço, que desequilibrou-se e caiu no chão ao lado da garota.

Gothel deu uma gargalhada.

– Que patético! - disse a bruxa.

– Por que você está fazendo isso ? - perguntou Soluço. - Por que vocês estão aqui ? Punzie ? Merida ? Cadê o Jack ?

Merida balançou a cabeça e as lágrimas que estavam presas, começaram a sair de seus olhos. Soluço balançou a cabeça com força desejando que aquilo fosse um pesadelo. De repente, Flynn Rider, todo chamuscado e desorientado entrou na clareira.

– Flynn! - exclamou Rapunzel - Sai daqui! Sai, antes que ela te pegue.

Flynn olhou para os lados confuso. Antes que ele pudesse fazer alguma coisa, Gothel fez o mesmo feitiço que fizera nos outros alunos e Flynn caiu ao lado de Soluço.

– Ótimo. Está tudo como eu queria.

– Você pode nos contar o que está acontecendo ? Antes de a gente morrer ? - perguntou Rapunzel olhando com raiva para Gothel - Por que você precisa de mim ? Por que me sequestrou ?

– Ah, é simples Rapunzel. - disse Gothel acariciando sua bochecha - Seu cabelo vai me fazer mais saudável e mais jovem. Eu não vou precisar mais beber sangue de unicórnio, é só você cantar para mim.

– Como... como você sabe disso ? - perguntou a garota surpresa.

– Ah, vocês deviam escolher um lugar melhor para revelar seus segredos. Eu passo a maior parte do meu tempo na floresta.

– Eu nunca vou cantar para você ! - disse Rapunzel cuspindo na cara da bruxa.
Gothel limpou o rosto com as mãos e se levantou.

– Você vai se arrepender de ter feito isso. - disse Gothel, com uma expressão sombria. - Mas primeiro eu vou cuidar do seu amiguinho.

A mulher tirou um punhal de suas vestes e foi em direção a Soluço, que arregalou os olhos.

– Você já ouviu falar da grande profecia garoto ? - perguntou para ele.

– Três jovens irão enfrentar a prova do labirinto... o traidor e o morto serão erguidos... um ascenderás ou cairás pelas mão do mal...e uma troca de lados será posta em prova afinal...

– Continue - disse Gothel.

– É tudo que eu sei. - disse Soluço, temendo pelo pior.

– O grande inimigo do mal... Irá trazê-lo para a vida em sua forma natural... Mas com a ajuda dos amigos...o derrotará com afinco. - disse Gothel. - O grande inimigo é você Soluço, herdeiro de Helga Hufflepuff. Estava predestinado no momento em que nasceu junto com os outros herdeiros a derrotar o maior mal de todos os tempos: Pitch Black!

Todos soltaram uma exclamação de surpresa. Soluço estava confuso, não fazia ideia que era herdeiro de um dos fundadores de Hogwarts.

– Isso é impossível. - disse Merida - Ele foi condenado.

– Mas não foi condenado a morte querida. Ele foi condenado a ser uma aberração que você pode espantá-lo com um simples feitiço. Riddikulus!

– Ele... ele é o bicho-papão ? - perguntou Merida chocada.

– Sim. - disse Gothel sorrindo. - Ele vem se comunicando comigo através dos meus sonhos. Me deu as ordens de tudo que eu precisava fazer. Primeiramente, Soluço teria que ser escolhido como campeão. Para isso, eu precisava de um aluno que colocasse seu nome no cálice. É aí que esse garoto entra - disse apontando para Hans que permaneceu impassível. - Ele sempre foi meu braço direito nisso tudo, sem ele eu não teria conseguido.

– Eu tenho nojo de você! - exclamou Elsa para Hans. - Tudo aquilo que você me falou, você inventou ? Tudo foi parte de um plano ? Tudo era para você arrancar informações de mim ?

Gothel gargalhou.

– Oh, parece que você a enganou direitinho não foi, Hans ? - disse Gothel sorrindo para ele. - Conseguiu fazê-la cair em seus encantos. Muito bem, meu rapaz.

– O que você ganha com isso ? - perguntou Elsa. - Você não pode está fazendo isso simplesmente para ajudá-la. É por causa dela não é ? Anastasia ? Gothel a pegou não foi ?

Hans olhou para baixo por um momento e não disse nada.

– Ah, por favor. Querem me deixar continuar ? - Gothel dirigiu-se novamente a Soluço. - Eu tive que enfeitiçar o idiota do organizador dos jogos, para ajudá-lo a criar as tarefas de uma forma mais perigosa. Mas você não morria nunca né garoto ? Mesmo sendo esse idiota, patético e magricela. Mas não tem problema, tenho tudo sobre controle agora. Pitch me disse que há apenas um feitiço que o trará de volta a vida em sua forma natural. Para isso eu vou precisar de sangue do seu mais leal servo, eu, e carne do inimigo... você garoto.

– Mas eu vou derrotá-los, a profecia diz isso. - disse Soluço engolindo em seco.

– Não se eu o derrotar primeiro. - disse Gothel.

A bruxa foi até o baú que estava ao lado da taça do Torneio- O mesmo baú que ela usou para a aula em que Merida e Jack enfrentaram o bicho-papão - abriu com cuidado e fez um corte na mão despejando sangue no local.

– Sangue do sevo dada de bom grado... reanime o seu amo.

Foi até Soluço que estava tremendo e cortou a perna dele, sem piedade. Todos no recinto fecharam os olhos para não ver a cena, mas não conseguiram bloquear os gritos de dor do garoto que cortou à noite. Merida, Rapunzel e Elsa se sentiram como se tivessem sido apunhaladas também. Gothel pegou a parte que cortou de Soluço,- soltando o punhal ensaguentado ao lado de Flynn - e jogou a no baú junto com o resto das coisas.

– Carne do inimigo... tirado à força... ressuscite... seu adversário. - disse a bruxa - Pronto, agora é só esperar.

Soluço ofegava e gemia de agonia.

– Argh! - resmungou McGonagall. - Eu devia te matar, igual eu fiz com aquela garotinha. Como era o nome dela mesmo ? Vanellope ? Aquela garota metida me viu tomando sangue de unicórnio na Floresta, estava prestes a contar a todos e estragar meu plano... mas felizmente, eu fui mais rápida. - disse sorrindo. - Não faz mal, você vai morrer de qualquer forma. O lorde das trevas vai querer te matar em poucos minutos.

De repente um vulto surgiu na clareira e voou para cima de Gothel.

– Você fez o que ? Sua bruxa velha e nojenta! - disse Jack em cima dela, a prendendo no chão. - Ela era só um garotinha, idenfesa.

– Jack! - exclamou Merida sorrindo. Tinha pensado que nunca mais ia ver o garoto de novo.

– Faça alguma coisa, Hans! - exigiu Gothel.

Hans apontou sua varinha para Jack.

– Não! - disse Elsa se colocando na frente dele. - Para você fazer isso terá que me matar primeiro.

– Elsa, eu não tenho tempo para isso. Sai da frente. - disse Hans.

– Hans, ela está mentindo para você. - disse Elsa. - Ela não está com a Anastasia. Ela só está te usando.

– I-isso é verdade ? - perguntou Hans para Gothel. Havia raiva em sua voz.

Gothel sorriu.

– Eu não estou com a garota meu querido. - disse Gothel. - Mas, você ainda pode ser um de nós. Você irá dominar o mundo, seus irmãos vão te respeitar, você finalmente vai receber seu merecido destaque. Não é isso que você quer ?

Os olhos de Hans brilharam por um tempo, imaginando seus irmãos e todos finalmente se rendendo aos pés dele e o respeitando, o aceitando...

– Não acredite nela. - disse Elsa segurando em seus ombros. - Olha para mim. Ela está te manipulando. Não seja o monstro que eles temem! - Hans saiu de seus devaneios e olhou para ela. - Não foi isso que você me disse ?

Hans se desvencilhou de Elsa e apontou a varinha para Jack que olhava com raiva para ele. Depois desviou a varinha para Gothel e exclamou:

– Petrificus Totalus!

Gothel que tentava se desvencilhar de Jack, ficou paralisada em baixo do garoto.

– A gente não tem muito tempo. - disse Hans. - Não podemos interromper o feitiço e logo Pitch Black vai ressurgir.

Elsa sorriu para ele agradecendo e ele retribuiu um pouco envergonhado. Logo Jack, Elsa e Hans desamarraram os outros. Rapunzel correu até Soluço que havia desmaiado de dor e amarrou o cabelo em torno do cotoco de sua perna que ainda jorrava sangue.

Brilha linda flor,

Teu poder venceu

Trás de volta já

O que uma vez foi meu

Cura o que se feriu

Salva o que se perdeu

Trás de volta já

O que uma vez foi meu,

Uma vez foi meu.

O cotoco de repente parou de jorrar sangue e se cicatrizou. Soluço abriu os olhos e Rapunzel o abraçou feliz.

– Você está bem! - disse a garota sorrindo.

–Sim, acho que estou. - murmurou Soluço.

Todos sorriram, pensando que o pior já havia passado e que agora ia ficar tudo bem. Quando de repente, o baú começou a se remexer. Uma nuvem de vapor escuro se ergueu, repolhuda e densa, tampando tudo havia na frente dos garotos, impedindo-os de ver outra coisa exceto o vapor pairando no ar.

Mas através da névoa a sua frente, Soluço viu, com um assomo gelado de terror, a silhueta escura de um homem, alto e esquelético, que olhava sombriamente para eles, com seus grandes olhos amarelo âmbar.

– Desculpe, estou atrasado. - disse Pitch Black sorrindo.

O bruxo enfiou os dedos em um bolso fundo e tirou uma varinha. Com um simples movimento com a varinha desfez o feitiço em Gothel.

– Como vai minha serva mais leal ? - perguntou Pitch para ela.

Gothel sorriu.

– Bem melhor agora. - A bruxa correu até Rapunzel e segurou seu braço com força. - Dê adeus a seus amigos garota, porque só você vai sobreviver, e irá ser minha refém para sempre.

Flynn pegou o punhal que Gothel tinha deixado cair no chão e correu até Rapunzel - que tentava se desvencilhar de Gothel - segurou seu cabelo e com apenas um movimento cortou-o. Este, de repente ficou castanho, perdendo completamente seu poder.

Rapunzel, com os olhos arregalados, virou-se para Flynn.

– O que você fez ?

– Seu garoto idiota! - disse Gothel furiosa e apontou sua varinha para ele. - Avada Kedavra!

–NÃAAO! - gritou Rapunzel, mas era tarde de mais. Flynn deu uma pirueta no ar e caiu, com os olhos arregalados e sem vida no chão.

Uma coisa surgiu acima de todos fazendo-os olhar para cima. Soluço não acreditou no que viu.

– Banguela! - exclamou ele sorrindo. - Você está vivo e voando!

Banguela parou em frente do garoto e por um instante Pitch e Gothel ficaram sem reação encarando aquela cena. Jack aproveitando a distração, ajudou Soluço a rapidamente subir em cima do dragão.

– Eu não falei para você destruir essa fera ? - perguntou Pitch entre dentes para Gothel.

– Mas eu tentei, eu matei a garota e coloquei a culpa nele. Mas esse garoto estúpido - disse apontando para Soluço. - Ajudou ele a fugir.

– Hum... - Pitch avaliou a situação por um momento. - Deixe esse comigo- disse apontando para Soluço. - E mate os outros.

Gothel apontou a varinha para Hans.

– Primeiro o traidorzinho aqui. - disse Gothel sorrindo. - Avada...

Elsa apontou a varinha para Gothel sem conseguir em pensar em um feitiço com que a deter-se. Se sentiu aterrorizada em pensar nela matando Anna, ou qualquer um de seus amigos. De repente, um jato prateado saiu de sua varinha e congelou Gothel da cabeça aos pés.

– Não! - disse Pitch, tentando desfazer o feitiço em Gothel. - Eu não consigo. Sua idiota, me fez perder minha mais fiel serva.

Pitch andou em direção a Elsa, pronto para atacá-la. Mas Jack se postou em frente da garota.

– Terá que passar por cima do meu cadáver.

O bruxo sorriu.

– Com muito prazer. - disse ele. - Sabe, eu posso está em minha forma natural... mas ainda posso me transformar no seu pior pesadelo.

De repente se tranformou em um dementador, o maior medo de Jack.

– Expecto Patronum! - exclamou o garoto pensando o mesmo que tinha pensado no labirinto depois que Merida foi embora. O momento que ele conheceu Soluço, Merida e Rapunzel no vagão do trem. E então, um cervo prateado saiu de sua varinha e atingiu Pitch que caiu no chão de volta a sua forma original.

– Você terá que fazer melhor que isso. - disse Jack sorrindo. E então fez um sinal para que: Soluço, Merida e Rapunzel se posicionassem, atrás dele.

Pitch se levantou do chão furioso e apontou a varinha para Jack. O quarteto estava pronto. Quando eles gritaram "Expeliarmus!", Pitch gritou "Avada Kedavra!".
Um jorro de luz verde saiu da varinha de Pitch na mesma hora em que um jorro de luz amarela, azul, verde e vermelha disparou do quarteto - e os cinco jorros se encontraram no ar - a varinha de cada um deles começou a vibrar como se uma descarga elétrica estivesse entrando por ela. E então a varinha do Lorde das Trevas cedeu e ele caiu para trás com os braços abertos. Pitch Black bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas e vazias. O bruxo finalmente estava morto e todos ficaram parados contemplando o invólucro do seu inimigo.

– A profecia estava certa. - disse Soluço quebrando o choque do momento que fora suspenso no ar. - Nós estávamos predestinados a derrotar ele. Então isso significa que vocês são herdeiros dos fundadores de Hogwarts, nós somos...

Mas ninguém estava no clima de comemoração. Rapunzel correu até o corpo morto e sem vida de Flynn.

– Flynn, volte para mim. - disse ela com lágrimas nos olhos.

– Punzie... - disse Merida indo até ela.

– Não, Flynn por favor volta. - disse a garota. Então colocou a mão fria dele sobre o seu cabelo, agora curto e castanho. - Brilha linda flor... seu... poder venceu trás de volta já... o que uma vez foi meu.

Merida abraçou a amiga tentando a aclamar.

– Sinto muito Punzie. Ele se foi, não tem mais nada que você possa fazer...

– Eu me recuso. - disse Rapunzel. E então continuou. - Cura o que se feriu...salva o que se perdeu... trás de volta já... o que uma vez foi meu...uma vez foi meu. - As lágrimas da garota escorreram e caíram no corpo frio de Flynn.

De repente um jorro de luzes douradas, vindo de Flynn preencheu o ar e todos olharam encantados e surpresos. Rapunzel olhou com curiosidade para o rapaz.

– Rapunzel ? - murmurou ele confuso abrindo os olhos.

– Flynn ?! - exclamou Rapunzel.

– Já tinha dito que tenho uma queda por morenas ?

Rapunzel riu de felicidade e de emoção. Ele estava de volta - somente Flynn para fazer uma piada como essa em uma hora dessas- A garota pulou para cima dele e o abraçou com força sorrindo.

– É você!

Todos muito confusos e surpresos, sorriram. Rapunzel olhou para ele ainda sorrindo e o beijou - um beijo doce e alegre - o mesmo retribuiu feliz por finalmente ter acontecido.

– Awn! - exclamou Anna feliz e aliviada por tudo ter dado certo no final.

– Eu pensei...pensei que você tinha morrido. - disse Rapunzel com o rosto ainda molhado em lágrimas. - Eu vi a Gothel fazendo Avada Kedavra em você. Como isso foi acontecer ? Meu cabelo foi cortado e eu nem sabia que ele podia ressuscitar...

– O que importa é que estou bem agora. - disse Flynn e então olhou o corpo congelado de Gothel e o corpo sem vida de Pitch no chão e sorriu. - Todos nós estamos.

– E agora ? - perguntou Jack. - O que vamos fazer ?

– O vencedor terá que voltar agora ao Campo de Quadribol, segurando a taça e contar tudo ao diretor. - disse Rapunzel. - Hum... Mas quem ganhou ?

– A Elsa - disse Soluço. - Ela chegou aqui primeiro.

– O que ? Não! - disse Elsa se virando para o garoto. - Eu não mereço ganhar. Olha Soluço, o que falei antes era verdade. Você mais do que qualquer um merece ganhar. Além de ter salvo a Anna na Segunda Tarefa, salvou todos nós hoje. Você era a peça chave para derrotar Pitch.

– Eu concordo. - disse Flynn sorrindo para o garoto.

Soluço olhou para aquelas pessoas sorrindo e o encorajando, mal podendo acreditar.

– Vocês não estão falando isso só porque eu perdi minha perna né ? - disse Soluço tentando brincar com a situação, mas todos os olharam seriamente. - Gente, está tudo bem. Sério.

– Nós estamos falando, porque você não é um simples campeão.- disse Merida - E sim, um verdadeiro herói.

– Vocês também são... eu não conseguiria sem cada um de vocês saibam disso. - disse Soluço.

– Eu acho que deveria ir também. - disse Hans. - Eu sei que vocês vão querer me entregar depois de tudo que fiz... e eu não vou fugir. Eu mereço qualquer punição que vocês queiram me dar.

Anna olhou seriamente para ele.

– Olha, não gostei nada de ouvir dessa relação sua com a Elsa. - disse a garota encarando os dois. - Mas sei também que a Gothel te manipulou. O importante é que você se arrependeu e salvou a gente.

– Se não fosse por você, eu não teria conseguido salvar o Soluço a tempo. - disse Rapunzel.

Hans sorriu, um sorriso verdadeiro que não tinha dado desde que conheceu Anastasia. Finalmente estavam aceitando ele e o respeitando como realmente era. Coisa que só sua amada havia feito até então...

– Estou pronto amigão - disse Soluço segurando firme no dragão com uma mão e a Taça Tribruxo com a outra.

E pela primeira vez Soluço não se importou muito como a vida dele ia mudar depois de ganhar o torneio. De como ia ficar popular e não ser mais aquele perdedor zoado da escola, nada disso importava mais. Ele sabia que esse troféu era apenas um mero objeto sem importância. O que importava mesmo era seus amigos e que sem eles não teria chegado tão longe.