The big four in Hogwarts - O Torneio Tribruxo escrita por MissLWritter


Capítulo 19
Enfrentando o maior medo.


Notas iniciais do capítulo

- Fiz esse capítulo um pouco com pressa, por isso ficou meio pequeno, é que eu ando meio ocupada ultimamente. Talvez eu só posto o próximos semana que vem.

— Espero que gostem :)



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O início do trimestre de verão normalmente significava que os alunos estariam treinando com vontade para a última partida de quadribol da temporada. Este ano, porém, era a vez dos campeões se prepararem para a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo.

A famosa ansiedade começava a arrebater Soluço. O garoto não conseguira dormir nas últimas semanas, tanto com medo de como a terceira tarefa poderia ser, tanto preocupado com Banguela. Ficava pensando constantemente aonde o dragão estava naquele momento. Será que ele já estava voando para bem longe daqui ? Será que ainda estava preso na floresta enquanto ainda o procuravam ?

– Mas que droga Soluço, você está falando sozinho de novo... - resmungou Kristoff da sua cama, no dormitório da Lufa-Lufa - Eu estou tentando dormir.

– Qual é seu problema Kristoff ? - devolveu o garoto mal-humorado, não aguentava mais a brutalidade do mais velho com ele. - O que foi que eu te fiz ?

– Eu só estou tentando dormir e você não está deixando... - resmungou o rapaz, colocando o travesseiro na cabeça.

– Eu não estou vendo ninguém reclamando, só você. - disse Soluço olhando para os outros colegas da Lufa-Lufa que estava roncando alto em suas camas.

– Claro, pode passar um furacão aqui que esses caras não acordam. - disse Kristoff.

– Sério cara, o que foi que eu fiz ? Você tem me evitado contantemente e quando fala comigo é com grosseria... - murmurou o moreno.

Kristoff suspirou e sentou na cama, que era de frente à de Soluço.

– Eu só vejo você reclamando, bancando o coitadinho por ter sido escolhido pelo cálice. - começou o loiro - Você tem a chance que eu sempre quis, mostrar as outras casas que não somos perdedores qualquer. A Lufa-Lufa foi a casa escolhida para representar Hogwarts no torneio e você tem ideia do que significaria se você ganhasse isso ?

– Eu sei cara, mas acredite eu trocaria de lugar com você se pudesse, não sirvo para nada disso ...

– Aí está você de novo bancando o coitadinho. - resmungou Kristoff cruzando os braços. - Soluço, você tem ideia do que você fez até agora ? Derrotou um dragão, salvou duas garotas no fundo do lago e sua pontuação até agora é a mais alta, e você ainda é mais novo do que os outros.

Soluço deu um meio sorriso.

– O que seus pais diriam se o visse agora ?

Soluço lembrou de seu pai, sempre querendo que ele se destacasse e fosse o melhor em tudo. Se pelo menos estivesse vivo para vê-lo...

– Meu pai estaria orgulhoso...

– A questão é você tem tudo que eu sempre quis, é o campeão da escola e beijou a garota mais bonita do mundo e... - Kristoff enrubesceu - E ainda reclama, eu não entendo isso.

– Quem ? A Astrid ? - perguntou Soluço confuso - Eu sei, tenho muita sorte de estar com ela e... Epa! tira o olho cara, ela é minha.

Kristoff pegou o travesseiro e jogou na cara de Soluço.

– Não estou falando dela seu burro - disse ele ficando mais vermelho ainda.

– De quem então ? - perguntou Soluço ainda confuso e então lembrou que só havia duas garotas que havia beijado e de repente caiu na gargalhada.

– Que legal, era isso que eu esperava, que risse de mim... - murmurou Kristoff.

– Cara não acredito que você está com ciúmes da Anna. - disse Soluço ainda rindo. - Nada a ver, aquilo era uma brincadeira e eu só tenho olhos para uma garota, que não é ela.

Kristoff suspirou de alívio depois disso.

– Acho bom. - disse ele ainda um pouco envergonhado - Agora devolve meu travesseiro.

Soluço jogou o travesseiro de volta e disse determinado:

– Você não vai mais me ver reclamando. A única pessoa que merece vencer esse torneio está bem aqui nesse quarto!

***

O Prof. Ralph ainda não estava em sala quando Merida chegou atrasada para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Os alunos estavam conversando, Merida tirou da mochila os livros, pena e pergaminho quando finalmente o professor chegou. Mas não era o professor Ralph e sim a Professora Mcgonagall que entrou no aposento.

– Boa-tarde - cumprimentou ela com um sorriso frio nos lábios. - Estou aqui para substituir o Prof. Ralph que está incapacitado de vir devido a uma terrível gripe que pegou.

Os alunos se entreolharam , todos preferiam o risonho prof. Ralph do que a rigorosa prof. Gothel.

– Guardem todos os livros de volta nas mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar da varinha.

Os alunos fizeram o que a professora pediu um pouco curiosos com o que vinha por aí.

– Certo, então - disse a professora, quando todos estavam prontos. - Queiram me seguir.

Intrigados, mas interessados, os alunos se levantaram e a seguiram para fora da sala. Ela levou os alunos por um corredor deserto e parou bem a porta da sala de professores.

– Entrem. - disse ela, abrindo a porta e se afastando para os alunos passarem.
A sala dos professores, uma sala comprida, revestida com painéis de madeira e mobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia.

– Agora, então - disse a Prof. McGonagall, chamando, com um gesto, a turma para o fundo da sala, onde não havia nada exceto um velho baú. Quando a professora se postou a um lado, o baú subitamente se sacudiu, assustando os alunos. - Não se preocupem, só há um bicho papão aí dentro.

A maioria dos alunos achou que isso era uma coisa com que se preocupar. Liv da Grifnória soltou um gritinho e olhou aterrorizada para a professora.

– O bicho-papão gosta de lugares escuros e fechados - informou a mulher - Guarda-roupas, o vão embaixo das camas, os armários sobre as pias.... E esse baú que vocês estão vendo agora.

A professora sorriu para os alunos ansiosos.

– Será que alguém pode me dizer o que é um Bicho-Papão ?

– É um transformista. - disse Astrid. - É capaz de assumir a forma do que achar que pode nos assustar mais.

– Sim. - disse a Prof. McGonagal - O bicho-papão que está aí dentro ainda não assumiu forma alguma. Ele ainda não sabe o que pode assustar a pessoa que está do lado de fora. Ninguém sabe qual é a aparência de um bicho-papão quando está sozinho, mas quando eu o deixar sair, ele imediatamente se transformará naquilo que cada um de nós mais teme.

Dava para ver a ansiedade e o medo na cara dos alunos.

– Isto significa - continuou a professora - que temos uma enorme vantagem sobre o bicho-papão para começar. Você pode nos dizer, senhor Frost ?

– Hum... porque somos muitos e ele não vai saber que forma tomar ?

– Sim, é sempre melhor estarmos acompanhados quando enfrentarmos o bicho-papão. O feitiço que repele a criatura é simples, mas exige concentração. Vejam, a coisa que acaba realmente com um bicho-papão é o riso. Então o que precisam fazer é forçá-lo a assumir uma forma que vocês achem engraçada. Vamos praticar o feitiço sem as varinhas primeiro. Repitam comigo...Riddikulus!

– Riddikulus! - repetiu a turma.

– Certo. Quero que pensem na coisa de que têm mais medo e imaginar como poderia fazê-la parecer cômica... - ordenou a professora.

Todos começaram a pensar o que os assustava mais, exceto Jack que não fazia ideia no que tinha mais medo.

– Você garota - disse a professora apontando para Liv. - Vai primeiro.

Todos recuaram, encostaram-se na parede, deixando Liv sozinha ao lado do baú. Ela parecia pálida e assustada, mas enrolara as mangas das vestes e segurava a varinha em posição.

– Quando eu contar até três - avisou Gothel, que apontava a própia varinha para a tranca do baú. - Um...dois..três...agora!

Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha da professora e bateu na tranca. O baú se abriu com violência e uma cascavel saiu deslizando e se contorcendo até ela.

– Riddikulus! - gritou a garota com os olhos fechados.

Ouviu-se um ruído que lembrava um chicote e a cobra criou asas de borboleta e tentou voar, mas caía toda vez devido a seu peso. Vários alunos riram. A professora gritou:

– Senhorita Dunbronch - apontou a professora para Merida. - Vá em frente.

Merida foi até a cobra com asas de borboleta, meio nervosa. Essa Jack queria ver, Merida Dunbroch a garota que jurava não tinha medo de nada, prestes a enfrentar seu maior medo. Craque! A cobra virou de repente um urso grande e peludo de mais de dois metros de altura. Muitos alunos gritaram e o urso avançou rugindo até uma Merida pálida de medo.

– R...r...riddikulus! - esganiçou Merida apontando a varinha para o bicho que virou de repente um ursinho de pelúcia.

Muitos riram e a garota riu nervosa, orgulhosa do que tinha acabado de fazer.

– Senhor Frost - bradou a professora.

Jack passou por Merida sorrindo, ele sim estava convencido que não tinha medo de nada. O garoto ficou parado apontando a varinha para o urso de pelúcia. De repente o urso virou uma figura coberta por uma capa escura e encapuzada que só revelava mãos e rostos cinzas deteriorados. Jack ficou olhando paralisado quando a coisa encapuzada inspirava longa e lentamente, uma inspiração ruidosa, como se estivesse tentando inspirar mais do que o ar à sua volta.

Um frio intenso atingiu todos os presentes. Jack sentiu a própia respiração intalar no peito. O frio penetrou mais fundo em sua pele. Chegou ao fundo do peito, ao seu própio coração...

– Faça alguma coisa ! - gritou Merida desesperada.

Os olhos de Jack giraram nas órbitas. Ele não conseguia ver mais nada. Estava afogando no frio. Sentia um farfalhar nos ouvidos que lembrava água correndo. Estava sendo puxado para o fundo, o farfalhar aumentou para um ronco que aumentava...

Então, vindos de muito longe, ouviu gritos, terríveis, apavorados, suplicantes de uma garotinha pedindo ajuda. Ele queria ajudar ela, tentou mexer os braços, mas não conseguiu... um nevoeiro claro e denso rodopiava à volta dele, dentro dele, até que não aguentou mais e desmaiou.


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Notas finais do capítulo

- Calma que no próximo capítulo vão aparecer todos, incluindo a Punzie.

— Comentem o que acharam.