Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 7
Passeando no Museu e acidente...


Notas iniciais do capítulo

Mais um, mas antes, quero esclarecer que o acidente anunciado no título não é com os personagens principais ok?

Boa leitura!



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Chegando no Museu, até que não foi nada de ruim o passeio, pois quando o ônibus parou no estacionamento e nós descemos, fiquei impressionado com o tamanho do lugar, então, nós fomos conduzidos pelo professor até a entrada do museu e quando chegamos lá, ele parou e disse:

–Bom alunos, como vocês viram, esse Museu é bem grande, por isso, já vou avisando que se alguém se afastar do grupo, vai se perder, por isso, pra não nos perdermos de vista, vocês andarão em grupo de quatro com essas pulseiras aqui, enquanto o dono do Museu vai observar vocês através do GPS dessa pulseira pra vocês não se perderem.- ele entregou várias pulseiras de várias cores diferentes pra nós, tinha azul, branca, vermelha, verde, rosa e até roxo, que tinha um pequeno brilho em volta. Ele estendeu para nós uma cesta cheia de pulseiras e pediu que nós escolhêssemos a cor, eu escolhi uma vermelha, Bruna escolheu rosa e Emily escolheu azul. Depois que todos escolheram as pulseiras, ele continuou:

–Agora vamos aos grupos, que já foram selecionados dentro do ônibus: Zeca, Neco, Joca e Valfredo. Mirela, Alice, Tatiana e Letícia. Wellington, Timóteo, Antônio e Lucas. Thomas, Bruna, Emily e Duda. Vocês podem se espalhar pelo Museu, mas não poderão se separar, entendido?- ele perguntou e todos concordamos com a cabeça, até que Duda falou:

–Peraí professor, o senhor não pode me deixar no grupo deles, lembra o que aconteceu há poucos dias atrás?- ele teve que ir até o professor pra dizer isso.

–Isso é passado Duda, fizemos essa seleção através dos alunos que estavam no ônibus, você estava sentado com a Emily, que estava na fileira ao lado de vocês, então, vocês farão parte do mesmo grupo.

–Mas...-

–Sem "mas" nem "menos", já está resolvido, vamos logo.-depois que ele disse isso, voltou pra perto do motorista e foi com ele até o porteiro, pra que ele pudesse autorizar nossa entrada, então, ele fez isso e nós entramos, por dentro era maior ainda. Então, começamos a caminhar juntos, nós quatro, pelo museu, Duda não falou sequer uma palavra, só quem conversava era eu, minha irmã e Bruna, ele ficou calado o tempo todo. Passamos por um corredor branco com várias luminárias e candelabros bonitos, tinha até lustres, claro que eu e Emily não sabíamos o que eram, mas com as explicações de Bruna nós descobrimos e aprendemos sobre isso, depois nós passamos por uma sala onde tinham vários quadros, no centro da sala, teve uma coisa que me chamou a atenção, dois móveis compridos que pareciam sofás de madeira e entre os dois, um praticável com uma mulher de porcelana pintada de dourado em cima dele.

Primeiro, nós vimos os quadros, tinha cada quadro bonito, desenhos tão difíceis de serem decifrados que nem pareciam ter significado, pareciam desenhos neutros, como diz assim, mas eram bem bonitos mesmo, eu e Bruna ficamos admirando aqueles quadros, olhando um por um, mas Emily ficou olhando mesmo para a estátua que tinha ali no centro, aquilo chamou mais a atenção dela do que a minha, já o Duda ficou parado na saída, só olhava para nós encostado na parede, como se não tivesse interesse em observar as coisas estando com a gente, talvez se ele tivesse sido escolhido pra ficar no grupo dos valentões dele, obviamente ele ia se interessar por isso, pois ele não ia pra lá sem motivo nenhum.

–Esquece ele, deixa ele pra lá, se ele não quer ver essas maravilhas, o problema é dele, não nosso.-disse Bruna, sussurrando pra que ele não ouvisse ela.

–Tá bom. Olha que lindo esse quadro aqui.- eu disse pra ela.

Depois que terminamos de vasculhar os quadros, fomos em direção à estátua, onde a Emily continuava parada, ela examinava cada detalhe da estátua como se pensasse que aquela estátua estivesse viva.

–O que foi amiga? -perguntou Bruna.

–Por quê essa mulher está pintada de prata? E por quê ela está assim, parada, como se estivesse querendo se exibir pra alguém, se não tem ninguém aqui pra vê-la?- ela disse.

–Emily, isso aqui é uma estátua.- disse Bruna.

–Uma o quê?

–Uma estátua, é como são chamadas essas coisas. Elas são como se fossem bonecos, só que grandes.

–Acho que entendi um pouquinho.

–Olha, vamos continuar andando, no caminho de volta eu explico melhor pra você tá? A gente não pode ficar aqui por muito tempo porque ainda tem um outro grupo atrás de nós pra ver essa sala.- Bruna disse e ela assentiu.

Depois, Duda voltou ao nosso encontro e caminhou devagar, com as mãos nos bolsos, com a maior cara de emburrado que se pode imaginar.

Continuamos andando por mais um tempo até que vimos um outro corredor, quantos corredores esse lugar tem? Bom, mas o corredor era bem legal, tinha coisas que, segundo Bruna, eram coisas que os índios usavam na época da escravidão, como lanças, arcos e flechas, escudos e espadas, ou seja, itens para ataque e defesa. Tinha também uma câmera bem antiga que continha um papel embaixo que continha o seguinte: "Primeira máquina fotográfica do mundo", fiquei impressionado, a câmera fotográfica que Bruna levava nas mãos era de última geração, enquanto aquela era completamente diferente, toda preta, uma lente gigante, muito diferente mesmo, nem dava pra acreditar que um dia aquilo foi uma câmera.

Enfim, tirando aquele clima pesado que Duda tentava passar pra gente, até que tudo foi legal, na hora do almoço, nós fomos até a lanchonete ao lado do museu e nós nos sentamos juntos em uma mesa, começamos a comer em silêncio, mas depois do algum tempo, acho que Bruna não estava gostando daquele clima pesado e perguntou:

–E aí, o que acharam?

–Eu gostei, tudo muito diferente de hoje em dia.- eu disse, sorrindo.

–Eu achei tudo muito lindo, valeu mesmo a pena ter vindo.- ela disse e sorriu corretamente pela primeira vez e eu sorri pra ela de volta.

–E você Duda?- ela perguntou com uma expressão nada boa, mas que eu não soube identificar.

Ele nem respondeu, olhou pra gente e depois sacudiu os ombros como se não se importasse com nada.

–Ah Duda, qual é? Olha, eu sei que vocês nunca se deram bem, mas vamos fingir que somos amigos, só por hoje vai?- ela pediu.

–É cara, vamos dar uma trégua só nesse passeio, quando formos embora, quando estivermos no ônibus de novo, pode voltar a nos ignorar.- eu disse.

Ele suspirou fundo antes de responder com frieza.

–Tá bom, só hoje.

Então, o resto do almoço foi com poucas palavras, mas pelo menos não estava mais um clima assim, tão pesado, a gente trocava bastante palavras.

Quando terminamos o almoço, o professor mudou os planos e disse que ia ser nosso guia turístico pelo museu, então, nós fomos com ele o resto do passeio.

Na volta, quando estávamos no ônibus, sentamos no mesmo lugar que havíamos sentados quando partimos, Emily voltou à sua postura de garota fria e fechada, distante, assim como Duda nem falou com ela, enquanto eu e Bruna estávamos ouvindo músicas juntos, quer dizer, ela estava me ensinando a baixar músicas para o "meu" celular, já que eu ainda não sabia, estávamos tão distraídos que eu acabei levando um baita susto quando eu ouvi o barulho de carro batendo e o ônibus freou com bruscamente, me fazendo bater a testa no encosto do banco da frente. No começo, pensei que o motorista havia parado pra evitar bater no acidente na frente e reclamei:

–Ei motorista, cuidado!!- eu disse me levantando do banco, mas quando vi o corpo do motorista jogado contra o volante, percebi que o nosso ônibus havia batido em alguém, corri para o motorista e dei uma checada se ele estava vivo, coloquei meus dedos embaixo do seu nariz e senti um vento neles, o que me fez perceber que ele estava respirando, suspirei aliviado e desci do ônibus, quando um homem de cabelos compridos grisalhos e cinzentos, com alguns fios brancos e olhos castanhos escuros agarrou meus ombros e falou desesperado:

–Liga pra ambulância, liga pra ambulância, rápido!!!- ele gritava e me sacudia, me deixando enjoado.

–Calma senhor, eu... eu não sei o número deles.- eu disse.

–Relaxa Thomas, eu sei o número.- disse Duda, surgindo inesperadamente atrás de mim e começou a ligar. Enquanto ele fazia isso, fui até o carro que nosso ônibus atingiu e vi que ele estava de cabeça pra baixo, por isso, além de eu não consegui ver o estado do motorista, não consegui tirar ele de lá, então, voltei ao homem que me pediu ajuda e vi Bruna e Emily saírem do ônibus e perguntei:

–Moço, o senhor viu o acidente? Sabe como foi?

Ele foi me explicando cada detalhe do acidente como ele viu e eu fiquei impressionado, primeiro, o que bateu com a gente fazia uma corrida com outro carro, então, um entrou na contramão e bateu de frente com uma van e o outro, que já tinha atravessado o cruzamento, voltou pra ajudar e bateu com a gente, nossa, só de imaginar, fico muito triste.

Depois de alguns minutos, a ambulância chegou e levou os dois motoristas dos carros que bateram e o motorista do nosso ônibus, nosso professor ligou para o responsável de cada aluno que estava no ônibus e falou o que aconteceu. Meia hora depois, estávamos voltando pra casa no carro de Mariano, Emily estava em choque, enquanto Bruna chorava no meu ombro, com pena dos dois rapazes e do nosso motorista. Chegando na casa dela, eu já ia me despedir quando Mariano pediu que eu e Emily passássemos a noite lá.

–A Bruna está muito abalada com o acidente, ela nunca passou por isso, fiquem aqui um pouco pra dar um apoio pra ela, vai?- ele disse e eu assenti.

–Está bem, a gente fica.- eu sorri e levei Emily para o quarto, depois, Valentina arrumou nossas camas como fez lá na casa de praia deles no Natal e depois, nos deitamos para descansar e esperar o dia seguinte, torcendo pra que ele não fosse tão dramático como hoje.


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Notas finais do capítulo

Viram? O acidente estava envolvendo os personagens, mas eles nem se machucaram, enfim, é isso por hoje, até o próximo.



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