Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 4
Enfrentando a diretoria


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo, mas antes, quero agradecer à Lunna pelo review maravilhoso que me mandou e desejar-lhe um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569584/chapter/4

Enquanto eu tentava correr pra fora da escola, perto do portão de saída trombei com alguém e nós dois caímos no chão, quando pude ver o rosto do indivíduo, era uma menina de cabelos loiros um pouco curtos, ela olhou pra mim de uma forma meio confusa, na certa, estava se perguntando porquê eu estava correndo, imediatamente me levantei e ergui o braço direito para ajudá-la a levantar.

–Obrigada.- ela disse, sorrindo.

–De nada.- eu falei sorrindo timidamente.

–Do que estava correndo?

–É que o Duda beijou a minha namorada, Bruna, mas eu acabei ficando com tanta raiva que dei uma surra nele, mas agora acho que não fiz o certo, tô com tanta vergonha e ainda me sentindo culpado por isso.

–Não fica assim, vai passar.- ela tentou me abraçar, mas eu me esquivei.

–Desculpe, mas eu não gosto muito de abraço.

–Por quê?- ela pareceu ofendida e eu estranhei.

Nem tive tempo de explicar, logo uma mulher de óculos, com o cabelo preso numa trança e com um terno preto veio na nossa direção e me chamou:

–Thomas, na minha sala, agora.- ela disse, calmamente, mas mesmo assim, fiquei nervoso.

Ótimo, logo no meu segundo dia de aula, estou sendo chamado na diretoria por causa daquele idiota do Duda, sem dúvida é por causa da briga.

–Qual é o seu nome?- perguntei à menina que eu tinha ajudado.

–Mirela, mas pode me chamar de Mimi, se quiser.- ela disse, sorrindo e apertando minha mão. Credo, que apelido é esse? Prefiro o nome original.

–Tá bom, agora eu preciso ir, tchau.- eu disse, praticamente voando pra sala da diretora.

Levei uns cinco minutos pra encontrar a sala, passei pela sala dos professores, pelos banheiros, até que encontrei a sala quase no fim do corredor, que tinha uma placa dizendo: "Diretoria", então, era só entrar. Quando entrei, o garoto que tinha se sujado de tinta, Duda, Bruna e Emily estavam lá, gelei na hora, mas não vacilei e procurei permanecer firme.

–Sente-se aqui Thomas.- ela apontou para a cadeira ao lado de Duda, sentei sem olhar pra ele, porque era capaz de eu enforcá-lo ali mesmo.

–Thomas, será que pode me dizer como tudo começou?- perguntou a diretora com frieza.

–Bom, primeiro ele jogou toda a jarra de suco em cima de mim sem eu ter feito nada, depois eu revidei jogando uma bandeja na cabeça dele e aí ele foi embora, mas quando fui saindo do pátio, ele estava beijando minha namorada à força. - disse tudo tentando não parecer desesperado.

–Isso é verdade Duda?- perguntou a diretora, mas ele quase não respondeu.

–Sim.- ele disse baixinho.

Resultado: nós dois levamos suspensão, ele levou por ter me jogado o suco sem eu ter feito nada e eu levei por ter revidado de uma forma mais bruta e violenta. Fiquei chateado, soube que aquilo havia sido injusto, mas não pude fazer nada, então, saí de lá com uma vontade louca de socar tudo o que via pela frente.

Como consequência disso, tive que esperar Bruna e Emily saírem da escola no portão, quando elas saíram, me olharam com uma cara triste, por mim, claro.

Durante o almoço foi a mesma coisa, Valentina ficou nos olhando o tempo todo, pois pela primeira vez nós estávamos em um clima pesado, sem falar, sem sorrir, sem fazer nada.

–Gente, vocês estão muito calados, aconteceu alguma coisa?- ela perguntou, mas eu não consegui responder, Bruna teve que contar a história por mim.

–Meu Deus. Thomas querido, eu sinto muito.

–Que isso, você não tem culpa de nada.- eu tentei sorrir, mas não consegui.

–Por quanto tempo vai durar a suspensão?- ela perguntou.

–Uma semana.- disse Bruna.

Nisso, ela terminou de comer e veio até a mim, colocou as duas mãos nos meus ombros e falou:

–Thomas, não se preocupe, a Bruna e a Emily vão te passar tudo que você perder nessa semana, mas não se preocupe, pelo menos o outro garoto também foi suspenso.- ela riu, mas eu não achei graça.

–Ele tinha é que ser expulso.- eu me exaltei e falei um pouco mais alto, mas sem gritar, fazendo Valentina se assustar e se afastar de mim.

Pouco depois que o almoço acabou, fui escovar os dentes e me dirigi à sala pra tentar me distrair e esquecer essa tarde, minha mente não parava de repassar os momentos de toda aquela confusão como um filme, talvez assistindo alguma coisa, me distrair, pudesse me fazer esquecer.

Estava tão distraído vendo um programa da tarde que me assustei um pouco quando senti uma mão em meu ombro, me virei e era Bruna, ela não estava mais de uniforme, estava com uma regata preta e um short branco, sorri pra ela e ela não se contentou, pegou o controle remoto da televisão e desligou ela.

–Amor, não quero te ver assim. Vem comigo.- ela disse, me puxando pela mão.

–Aonde vamos?

–Vou te levar pra um lugar que eu sempre me escondo quando estou triste.

Então, ela me levou até os fundos da casa, onde tinha um pequeno portão que eu já tinha visto, mas embora tivesse uma curiosidade enorme de saber o que tinha lá, nunca pedi pra ver, pois ele era trancado com uma chave e eu também sabia que era falta de educação, ou pelo menos, pensava que era.

Quando chegamos em frente ao portão, percebi que a chave que o trancava ainda estava lá, ela destrancou o portão e quando entramos, vi um enorme quintal, tinha flores de todos os tipos, tamanhos e cores, uma relva alta e macia que dava vontade de deitar, mas o mais legal era uma fonte que começava numa pedra alta de lá e a água descia até um córrego, formando uma pequena cachoeira, não dava pra se banhar nela, claro, mas era uma cachoeira. Nós dois nos sentamos lá na beira da água e eu fiquei admirado com o lugar.

–Esse lugar já existe desde que você veio morar aqui ou vocês construíram?

–Já existia o jardim, mas as flores eu e minha mãe plantamos, gostou?

–Se gostei? Adorei, nunca vi nada igual.- eu finalmente consegui sorrir.

Ficamos sentados ali pelo que pareceram alguns minutos, eu não conseguia parar de olhar para o córrego, aquele barulho de água rolando me fazia bem, me acalmava muito bem, dava uma sensação de felicidade que eu nem sei explicar.

–É tão bom te ver sorrir de novo.- disse Bruna, me tirando dos meus pensamentos.

–Que nada, seu sorriso é muito mais bonito que o meu.- eu disse e a abracei. Ela repousou a cabeça em meu ombro e ficamos ali por muito tempo, até que tivemos que voltar, pois já estava escurecendo. Chegando dentro de casa, a mãe de Bruna não estava, mas Emily estava no sofá assistindo tevê.

–Emily, vamos embora?- eu disse.

–Claro. Onde vocês estavam?- ela perguntou sorrindo sarcasticamente, acho que estava insinuando que estávamos sozinhos no quarto.

–Muito engraçado. Vamos.- eu sorri irônico e a peguei pelo braço. Bruna abriu a porta e dei um selinho nela, mas o mais impressionante foi quando Emily deu um abraço em Bruna, depois de todo esse tempo sem demonstrar um sinal de carinho por ela e pelos pais dela, ela fez isso, Bruna ficou tão impressionada com a atitude inesperada dela que me olhou com cara de espanto e eu devolvi o olhar.

Quando elas se separaram, voltamos ao apartamento que Mariano alugou pra nós e fomos dormir, pena que dessa vez só Emily iria com Bruna, eu teria que ficar em casa ou achar algum jeito de ficar na rua sem pisar na escola, mas como?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso por hoje, até o próximo capítulo.

FELIZ NATAL!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Invasão Alienígena 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.