Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 2
Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho.

Boa leitura...



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Depois do fim de ano maravilhoso com minha irmã e minha namorada, finalmente chegou o dia em que eu mais esperava, meu primeiro dia de aula na Terra. Eu e Emily íamos estudar na mesma escola que Bruna, eu não queria, mas tinha que fazer isso por causa de Mariano, que me disse umas palavras bem comoventes:

–Thomas, a partir da semana que vem, você e sua irmã Emily vão estudar na mesma escola que Bruna. Já fizemos a matrícula de vocês e tudo está resolvido ok?-ele me disse.

–Ok mas, por quê eu tenho que fazer isso?- perguntei sem devaneios;

–É que aqui na Terra, nós temos uma lei que diz que todo ser humano precisa estudar para ser alguém na vida, ter dinheiro, casa, comida, roupa, se você não estudar e viver assim à solta no mundo, que futuro você vai dar pra minha filha? Vocês vão morar debaixo da ponte? Passando fome, sede, frio e outras privações? - ele falou com um tom de voz calmo e firme, o que me fez pensar no assunto por uns segundos e por fim, percebi que ele tinha razão, então aceitei a proposta dele.

Quando contei à Emily sobre nossa conversa, ela meio que hesitou um pouco, pois achava que não estava aqui na Terra pra ser alguém na vida, mas sim para que eu não me sentisse sozinho quando conseguisse derrotar a nossa espécie, mas depois que eu conversei longamente com ela, por fim ela aceitou, minha irmã é muito cabeça dura, teimosa demais pra concordar.

Para irmos à escola juntos, pois eu não sabia onde ela ficava, eu e minha irmã tivemos que dormir na casa de Bruna, pois de lá, Valentina levaria a gente de carro para a escola, já que Mariano tinha uma reunião importante e não podia se atrasar. Quando finalmente chegamos no portão da escola, Emily pegou minha mão pra não se perder de mim, enquanto Bruna colocou seu braço esquerdo em volta do meu braço direito, como fazem todos os casais terráqueos. Quando passamos pelo portão da frente, olhei pra cima e pude observar melhor a escola, as paredes eram pintadas de branco, com as janelas azuis, além disso, uma linha azul escura contornava todo o espaço entre elas, como se elas estivessem interligadas, a escola era maior que a casa de Bruna, mas será que também era tão grande por dentro quanto era por fora assim com a casa dela? Só entrando lá para descobrir.

Chegando lá, todos os que estavam no pátio me encaravam como se eu tivesse entrado lá no colégio na minha forma de alien, mas eu sabia que não era por isso.

–Amor, as pessoas estão olhando pra mim, quer dizer, para nós.- eu disse, com a voz meio preocupada.

–Eu sei amor, é que vocês dois são novos aqui, por isso o espanto deles. Isso é comum nas escolas, todo mundo fica assim quando um novato entra.- ela disse, sorrindo por causa da minha preocupação estúpida.

–Entendi.- respirei fundo e pensei comigo mesmo que ela não podia ficar debochando de mim por isso, afinal, eu não sabia onde estava pisando. Olhei para Emily e percebi que ela nem se preocupava com os inúmeros olhares que vinham até nós.

Mas o que me assustou de verdade foram duas coisas: um garoto aparentando ter a mesma idade que eu, de cabelos lisos e quase pretos de tão escuros, mas eram castanhos, me encarava com uma expressão de curiosidade, a segunda coisa foi quando um monte de garotas vieram à minha direção gritando sem parar, elas me separaram de Bruna e Emily, depois começaram a farra enquanto eu só olhava assustado, sem me mexer, uma menina loira de cabelos cacheados e olhos azuis que estava no meio da pilha de meninas me abraçou inesperadamente, mas eu procurei olhar apenas para Bruna, sem sucesso, pois elas eram muitas, me perdi no meio delas, que diziam coisas como "Meu Deus, nem acredito que é você", "você é mais lindo pessoalmente", "tira uma foto aqui comigo", "você é e sempre será meu herói sabia?", então lembrei que provavelmente elas já sabiam que fui eu que salvei a humanidade e agora elas devem estar orgulhosas por estarem estudando com um alien disfarçado de humano que salvou uma raça diferente da sua. Que patético!

A confusão só parou quando um barulho alto foi ouvido naquela grande área, que Bruna disse que era o pátio, nisso, todas as garotas se despediram de mim com um rápido "tchau", outras me abraçavam, teve até uma que chegou a ter a coragem de me tascar um beijo no rosto, que me fez sentir o mesmo ficar vermelho, ainda mais com a presença de minha namorada e minha irmã ali junto, quando finalmente todas saíram de perto de mim, eu pude olhar em volta e as encontrei à dois metros de distância de onde eu estava, fui até lá e enquanto voltávamos para a posição que estávamos quando entramos, sussurrei para as duas:

–Me desculpe.

–Tudo bem. A culpa não é sua, elas ficaram histéricas assim, mas amanhã elas nem ligam mais.- ela disse, calma e serena, o que me fez suspirar de alívio ao pensar que ela poderia ter uma crise de ciúmes por eu não ter feito nada pra escapar de lá.

Chegando na nossa sala, percebi que ainda tinham uma fileira vazia, Bruna sentou-se na segunda carteira, eu na terceira e Emily na quarta. Depois, a sala começou a ficar cheia, Bruna começou a tirar seu material da mochila, fiz o mesmo junto com minha irmã, até que a professora chegou e me apresentou à turma, depois, apresentou Emily, que timidamente acenou para todos. Depois que ela voltou para seu lugar, a professora, que apresentou-se como Kátia.

Aquela aula, embora longa, estava interessante, era de História, que contavam sobre com tudo era no mundo antes mesmo desse colégio existir, o que me deixou curioso: por quê os humanos gostam de saber sobre um passado que eles nem conheceram? Depois pergunto à Bruna.

Depois o mesmo sinal da entrada tocou, mas a professora explicou que História tinha dois tempos, então, ela continuaria ali. E de fato, na terceira vez que tocou, ela saiu da sala, mas admito que até gostei da matéria dela.

–E aí? O que achou da sua primeira aula terráquea?- Bruna virou-se pra mim e perguntou sorrindo.

–Adorei. Tanto a professora quanto a matéria.- e aproveitei a oportunidade pra perguntar.- Mas por quê vocês gostam tanto de estudar sobre o passado que nem conheceram?

Ela nem teve tempo de me responder, pois logo em seguida outro professor entrou na sala, ele se apresentou como Roberto e disse que era professor de Matemática. Achei o nome da matéria interessante, mas quando vi aquele montão de números e símbolos esquisitos serem colocados no quadro, fiquei com a cabeça perdida. Mas respirei fundo e tentei me concentrar o máximo possível para entender aquilo tudo.

Depois do que me pareceu uma eternidade, o sinal tocou uma quarta vez e todos os alunos saíram apressados pela sala, eu, Bruna e Emily saímos juntos, sem correr, pela escola até chegarmos ao pátio do recreio.

–É aqui que se passa o recreio, meio longe, mas é o lugar.- ela disse, ainda sorrindo, impressionante como ela podia manter aquele sorriso lindo o tempo todo.

Como Valentina havia preparado um lanche para nós três saborearmos durante o recreio , nós não precisamos ir até a cantina, que a princípio estava com uma fila enorme para um primeiro dia de aula. Enquanto comíamos, Bruna explicava para Emily algumas outras coisas sobre a escola e sobre a importância de estudar, assim como Mariano fez comigo, comecei a olhar em volta para conhecer um pouco mais sobre aquele pátio grande e maravilhoso, quando de repente, um susto: o mesmo garoto de cabelos castanhos escuríssimos que eu vira na entrada, antes estava com uma expressão de curioso, agora estava me olhando com os olhos cheios de raiva, podia-se ver bem na expressão de raiva dele, com a testa franzida, os olhos quase arregalados e um expressão séria na boca. Mas, o que foi que eu fiz pra ele? Que eu saiba nada, então por quê ele estava me encarando assim?

–Thomas, amor, amor. O que houve?- perguntou Bruna estalando os dedos na minha frente.

–É que aquele garoto está me olhando com uma cara de mau.- eu disse, indicando o lugar onde o rapaz se encontrava, sem apontar claro, mas quando vi, ele ja não me encarava mais, estava distraído conversando com outros dois rapazes aparentemente da mesma idade dele, mas Bruna pareceu ter reconhecido ele, pois suspirou e me olhou com uma cara de desapontamento.

–Thomas, acho melhor você tomar cuidado. Aquele ali que você falou é Duda, meu ex-namorado, que antes de namorar comigo era um mulherengo sabe? Que pega e depois joga fora. Ele mudou depois que começamos a namorar, pois eu só fui descobrir isso depois que começamos, mas o problema é que ele mudou pra pior, pois ficou muito ciumento, eu não podia nem dizer "oi" pra um amigo que ele logo batia nele., chegava até a levar suspensão por isso. Não podendo mais suportar tudo isso, terminei com ele e agora ele faz de tudo pra tentar voltar comigo. Agora que você está aqui, ele te vê como um obstáculo para me reconquistar. - ela disse num tom de preocupação.

Fiquei pasmo com essa história, então, aqui nessa escola nem tudo será ás mil maravilhas, eu terei que tomar cuidado com esse cara, pois pelo que me parece, é capaz de qualquer coisa pra conseguira aquilo que quer. Melhor eu me manter longe dele, só isso.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo.



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