Invasão Alienígena 2 escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 19
Revelações...


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo, demorei um pouco porque estava ocupado, mas aqui está.

Boa leitura.



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Depois de várias horas naquela sala de espera, finalmente os pais de Eduardo, chegaram, já que decidiram ir buscá-lo na delegacia.

–E então Douglas?- perguntou o pai dele.

–Nada ainda. Estão lá dentro há muito tempo e até agora nada.- disse o Douglas, ainda impaciente.

Mal os pais dele se sentaram pra esperar, a mãe de Giovana e Eduardo saíram da sala do delegado.

–E então?- perguntou Douglas para Eduardo.

–Bom, eles disseram que vão atrás do tal carro.- respondeu Eduardo.

–A gente tem que ter fé gente. Fé e esperança que a Giovana vai ser encontrada.- disse Antenor, pai de Eduardo.

–Bom, agora que já denunciamos o sequestrador e temos que deixar a polícia cuidar disso, vamos pra casa descansar?- disse a mãe de Douglas.

–Claro, vamos sim.- respondeu a mãe de Eduardo.

Então, Eduardo foi pra casa com seus pais enquanto os pais de Douglas levaram Thomas pra casa dele.

Ao chegar na sala, ele encontra Emily na sala assistindo televisão.

–Oi.- disse ele.

–Oi. Demorou hein?- ela disse.

–Eu sei, mas estou aqui. E a Bruna? Já foi embora?

–Não. Eu até perguntei se ela queria que eu a levasse pra casa, mas ela preferiu passar a noite aqui de novo.

–Tá. Eu vou lá falar com ela.

E Thomas subiu as escadas deixando Emily na sala, assistindo tevê.

Ao chegar no quarto, ele percebeu que a porta de seu quarto estava um pouco aberta, ele olhou para o pequeno vão que a porta havia deixado e encontrou Bruna deitada em sua cama, aparentemente dormindo, mas como ela estava deitada para de costas para a porta, ele não percebeu que seus olhos estavam abertos e quase fechando. Sentou-se ao lado de sua amada na cama e começou a acariciar seus cabelos.

Mal ele começou a mexer nos cabelos, Bruna se virou e olhou pra ele.

–Oi. Nossa amor, você demorou.- disse Bruna.

–Quanto tempo eu fiquei lá?

–Não sei, acho que umas três ou quatro horas.

–Puxa, nem eu mesmo percebi. Mas foram horas agoniantes viu?

–Imagino. Eu também não gosto de ir lá.

–Olha, eu queria te pedir desculpas.

–Desculpar por quê?

–Pelo que eu te disse antes de ir, que os alienígenas podem estar vindo atrás de você.

–Ah, que isso. Não precisa se preocupar, eu até pensei nisso enquanto você estava lá e percebi que você tem razão. Mas meu problema agora é outro.

–Isso quer dizer que você não está chateada comigo pelo que eu te disse?

–Claro que não seu bobinho.- ela riu e agarrou o pescoço dele, beijando apaixonadamente, Thomas acabou se exaltando um pouco e se jogou em cima dela, mas parou quando uma frase ficou martelando em sua cabeça: "meu problema agora é outro."

–O que foi?- perguntou Bruna, confusa por ele ter parado.

–Nada. Eu só estou curioso... Você disse que está com um outro problema, que problema é esse?

Ela respirou fundo, parecia insegura pra contar á ele.

–Você quer mesmo saber?

–Quero sim.

Ela respirou fundo, tomou coragem e contou o que a incomodava.

–Está bem. Bom, acontece é que... eu sou uma humana. Eu envelheço, sou mortal, mas você é um alien disfarçado de humano, que vai sempre ficar com essa aparência jovem. Por mais que você envelheça por dentro, você nesse disfarce de humano vai ser sempre um jovem, então é esse o meu problema: eu posso morrer a qualquer momento, mas você vai sempre ser imortal, e como você vai ficar quando eu morrer? E a sua irmã?

–Eu não sou imortal. Nós, os Prayers, só morremos se cortarem nossas cabeças ou se ser atingido profundamente por alguma coisa afiada no cérebro, como uma faca, um retalhador ou uma espada, mas se nada disso acontecer, nós não morremos.

–Sim, mas de qualquer maneira eu posso morrer antes porque eu posso pegar uma doença incurável, posso ser atropelada, baleada, existem várias possibilidades de eu morrer de forma repentina, mas você só tem uma na qual é fácil de escapar.- a menina agora estava com os olhos marejados de lágrimas, os dois se abraçaram e Thomas começou a pensar em uma solução.

–Acho que tem um jeito de resolver isso.

Os olhos da garota brilharam.

–Como?

–Bom, você mesma disse que por dentro eu sou um alienígena né? Pois bem, é só fazermos uma transfusão de sangue. É só você tirar metade do seu sangue humano e receber uma outra metade do meu sangue alienado, assim, os dois poderão se cruzar, formando um só. Então, quando todo o seu sangue estiver transformado, seus órgãos também serão transformados e você só morrerá do mesmo jeito que eu.

–Como você sabe disso?

–Quando eu sofri aquela grande queda do avião, o médico Fausto disse isso para seu pai. Eu não havia acordado ainda, mas pude ouvir todo tipo de barulho ao meu redor.

–Puxa, que bom. Mas será que os meus pais aceitariam isso?

–Eles não têm que saber que você fará isso.

–Terão que saber sim, porque eu ainda sou de menor, não tenho 18 anos ainda, vou fazer 17 daqui a uns meses. Então, eles vão precisar assinar um documento autorizando que eu faça essa transfusão, mas não sei se eles aceitariam.

–Bom, isso é verdade. E agora?

–Agora eu não sei. Acho que eu terei que tomar cuidado com esses aliens ou com qualquer perigo do mundo.

–Pode deixar que eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você meu amor. Você e a Emily são as coisas mais importantes da minha vida. Vocês são a minha única motivação pra me fazer continuar aqui. Não me perdoaria se algo acontecesse à vocês duas.- ele corou ao dizer isso.

–Own't. Que fofinho. - ela disse, apertando as bochechas dele, mas parou quando elas ficaram vermelhas. - Ai, desculpa. Apertei demais.

–Relaxa, sem problemas. Eu queria ter te contado antes, mas o momento adequado nunca chegava, resolvi contar em um momento tenso como esse mesmo.- ele disse e riu.

Ela também riu e os dois ficaram ali, sozinhos, assistindo um filme na televisão do quarto de Thomas, às vezes, trocando uns beijos também.

Enquanto isso, no andar debaixo, Emily havia enjoado de ficar assistindo televisão, desligou a mesma e se levantou indo em direção ao quarto quando a campainha tocou. Ela foi atender, era Joca.

–Ah, oi Joca.- ela disse.

–Oi Emi, posso entrar?- disse Joca, desajeitadamente.

–Claro, entra.

–Obrigado.

Enquanto Emily fechava a porta, Joca se sentou no sofá e foi direto ao assunto:

–Eu soube do que aconteceu. O sequestro.- disse ele.

–Mas lá na escola só se fala disso mesmo.- ela disse enquanto se sentava de frente pra ele no sofá.

–É mas, eu achei que mesmo que vocês não estejam envolvidos nesse assunto, talvez o clima aqui estivesse um pouco... sei lá, tensa. E decidi passar a noite aqui pra dar um apoio pra vocês.

–Sério?- ela ficou surpresa.

–Claro. Eu soube que você e Bruna ficaram aqui, esperando o Thomas chegar, mas estavam entendiadas e preocupadas, então achei que vocês queriam alguma ajuda.

–Sabe? Fiquei bem feliz de você querer ajudar a gente, mas também fiquei surpresa.- ela confessou.

–Por quê surpresa?

–Porque eu não imaginei que você viria fazer isso.

–Claro que sim. Como não? O Thomas e a Bruna são meus amigos!

–E eu sou o quê sua?- ela ficou chateada, mas procurou não demonstrar muito.

–Depende do que você me considera.

–Te considero um amigo.

–Então, eu também te considero uma amiga.

Emily ficou triste por ele só a considerar uma amiga, mas seu coração alienado bateu mais forte quando ele pegou suas mãos e perguntou:

–Mas eu queria que você me considerasse algo mais pra você.

–Como assim?

–Ah... é que...- ele se atrapalhou.

–Fala. - ela insistiu.

–Eu gosto de você Emi. Gosto muito. Mas eu te garanto que se você não gostar de mim como eu de você, vou apenas tentar entender.

Um silêncio profundo tomou conta da sala.

–Você está querendo dizer que...?

–Sim Emily, eu te amo.- ele disse, depois soltou as mãos da menina e se virou de frente para a televisão, sem querer ver a reação dela, pois achava que ela estava começando a odiá-lo por isso.

Joca ficou sem reação por um momento. Ele não sabia o que fazer. O que ele sentia por Emily era verdadeiro, mas ele não sabia se aquela era a hora certa de contar pra ela, ainda mais porque ele não sabia se ela sentia o mesmo. Para ele, ela só o via como amigo, pois nunca demonstrou ter algo a mais por ele, mas acontece que Emily, ao contrário do irmão, tinha dificuldades para reconhecer e assumir seus sentimentos, embora esta tenha sido a primeira vez que ela tenha experimentado esse tipo de sentimento. Ela ficou um pouco assustada com a revelação dele, mas no fundo, estava vibrando: "Ele me ama. ME AMA!"

Depois dessa revelação de Joca, ela ficou vermelha por uns segundos, mas consegui finalmente criar coragem para colocar sua mão direita em seu ombro e dizer perto do rosto dele:

–Eu também te amo.

Os dois ficaram vermelhos, Joca também queria vibrar de alegria, gritar de felicidade por ser correspondido, já que essa era a primeira vez que alguém correspondia o sentimento dele. Diante dessa resposta, ele ficou sem reação por uns segundos, mas quando finalmente absorveu aquilo, olhou no fundo dos olhos dela e colocou sua mão em seu rosto, motivando-a para realizar o momento, sem se importar com o fato de Emily obviamente não saber beijar, mas ela se lembrou de quando viu Thomas beijando Bruna uma vez, quando pensaram que estavam sozinhos e decidiu fazer igual.

Funcionou. Se Joca não tivesse gostado do beijo, logo recuaria, mas ele acabou gostando de sentir aquela boca macia, molhada e pequena que Emily tinha e tirou a mão de seu rosto e passou a puxá-la pela cintura, trazendo-a pra mais perto, enquanto ela retribuía, pois também havia gostado. A partir daquele momento, ela passaria a experimentar todas as coisas de amor que seu irmão já havia experimentado, o que os dois não sabiam é que Thomas e Bruna estavam na sacada da escada, observando tudo, se controlando para não fazerem barulho e estragarem o momento, então, para deixá-los à vontade, voltaram ao quarto.

–Até que enfim eles desencalharam hein?- disse Thomas.

–É verdade. Mas não vamos ficar aqui de espectador né?- disse Bruna com um sorriso malicioso.

–Concordo. Se eles podem nós também.- ele agarrou a amada pela cintura enquanto ela agarrava seu pescoço, beijando-o apaixonadamente.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo galera.



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