Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes


Capítulo 8
Artigo Privado


Notas iniciais do capítulo

Olá, sei que demoraram uns dez dias para essa atualização, mas... eu postei dois um dia após o outro, então conta hein?! Obrigada por quem está acompanhando, sério mesmo! Vocês são poucos, mas são especiais.



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Naquela manhã tediosa, dirigi-me em passos lentos para o refeitório. Coçando os olhos preguiçosamente, escolhi qualquer lugar para sentar-me na mesa da Sonserina.

Nem todos os alunos estavam ali porque ainda era bem cedo.

Eu havia trago Sansa comigo, ela estava escondida sob o casaco de nossa casa. Eu conseguia senti-la pressionando minhas vestes, eu tinha apertado-a com mais força dessa vez, para que não caísse novamente em situações que... não deveria.

Tinha intenções de escrever em si no momento mais tedioso do dia, que provavelmente seria na aula da Minerva.

Dentre todas as pessoas que estavam no refeitório naquela manhã nem tão fria, o trio de Harry Potter fazia-se presente. Ele fez lembrar-me o rapaz, Draco Malfoy. Ele ainda não havia chegado ao refeitório, mas foi questão de tempo, até que caminhasse reto, feito uma tabua, para nossa mesa. Com seus dois acompanhantes, que o contrastavam por serem tão gordos e uma garota que parecia muito patética, ao seu lado.

Era incrível a maneira que em pouco tempo, esses pirralhos já haviam criado laços de amizades... Às vezes também somente por terem dinheiro.

Ao caminhar um pouco mais para trás, Malfoy notou-me e deu alguns passos para trás, sorrindo maliciosamente e sentando-se de frente para mim.

— Olá — ele disse, contendo um riso. Seus acompanhantes sentaram ao seu lado.

— Tem guardas costas agora?

— Eles gostam de ser mandados — falou por fim.

— E o que você quer?

— Eu tenho que querer algo?

Assenti, um pouco desconfiada.

— Não quero — confessou ele, dando de ombros, e servindo-se finalmente.

— Se você diz — falei, mesmo no fundo sabendo que ele parecia querer alguma coisa. Eles sempre parecem querer alguma coisa.

Os Elfos tinham caprichado na comida do café da manhã, porém era algo que eu nunca falaria para alguém. Estava delicioso. Com algumas bolachas, sucos naturais, e outros tipos de guloseimas que engordam pra caramba.

Depois do belíssimo café da manhã, caminhei para o quarto novamente. Fiquei poucos minutos na sala comunal da Sonserina e depois disso, junto ao meu caderno caminhei para a aula de Poções com o Snape.

[...]

Antes da aula de Transfiguração, tivemos aula com o Snape, de Poções, em que eu me obriguei a usar o livro que havia achado até então. Ele possuía as respostas à pena corretas, e eu simplesmente ignorava o escrito, seguindo as descrições manuscritas.

Desde que achara aquele livro, ninguém nunca fora tão bem em Poções. Snape chegou a elogiar, novamente. Nunca me senti tão feliz. E o livro estava simplesmente perdido por aí. Eu ficaria com ele. Depois de Snape nos liberar, a turma seguiu para a sala de Minerva.

Mantive o pé mais atrás, observando ainda o livro da pessoa que se autodenominava: “Príncipe Mestiço”, com um sorriso de canto e uma expressão um pouco macabra, descobri alguns novos feitiços que nunca havíamos praticado antes. Ou sequer aprendido.

Não sabia exatamente para o quê elas serviam, mas estava preparada para usá-las na próxima pessoa que me afrontasse.

Em passos longos e curtos, fui ficando cada vez mais para trás. Ao alcançar a sala de Minerva, fui a última a adentrar a sala de aula. Todos já sentavam em suas cadeiras habituais. Fui em direção a minha, sentando-me logo após.

Minerva não se fazia presente na sala, nem mesmo como a desgraça de um gato. Ou não que pudesse percebê-la.

Ainda com Sansa em minhas veste, tirei-a de meu casaco. Disse o feitiço tão conhecido por mim, e Sansa foi aberta, revelando tanto de mim mesma.

“Querida Sansa, o dia está bem normal. Porém, parece-me que tudo está estranho ao redor. A Minerva ainda não chegou à sala, o que é bem estranho, entretanto, fico maravilhada de saber que terei que encarar seu rosto rugoso por menos tempo. O pequeno garoto fissurado com o Harry Potter, o pequeno Malfoy, sequer tocou no nome do rapazinho. Deve ter superado que não escolhemos nossos amigos e que as pessoas nos decepcionam constantemente.”.

— O que é isso, senhorita Emma? — todos se viram, imediatamente, calando-se, para a direção da voz de Minerva. Virei-me com cuidado, pousando meus braços em cima de Sansa ainda aberta. — Gostaria de lê-nos o que escreveu em seu caderno?

Ela estava se referindo a mim. Eu começava a ficar vermelha. Ela queria que lesse o que havia escrito em Emma.

— Não.

— Não? — Minerva aproximou-se, tomando Sansa debaixo de meus braços. Ao levar meu diário para cima, puxei-o de volta.

— É meu, não pode pegar, simplesmente.

— Veja-me, então. — Minerva sorriu. Ela poderia ser boa com quem quisesse, mas com alunos com que não gostava, podia ser pior ainda.

Era uma vaca.

— É um artigo de privacidade, privado — eu sentia todos me olharem. Conseguia ouvir risadas abafadas. Cochichos. Tudo. Todos já sabiam. Todos falariam mal.

Mas eu não ligava naquela hora. Era Sansa. Sansa estava sendo ameaçada a ser exposta. Eu não podia deixar. Era a última coisa que possuía de minha mãe e era a coisa mais preciosa que levaria comigo. Ninguém podia atrever-se a ler. Atrever-se a rasgar minha privacidade, e enxergar-me como realmente era.

Ninguém podia. Ninguém.

Foi por isso que puxei Sansa mais uma vez. Minerva ficou furiosa então, e puxou novamente. Uma página rasgou-se, a página que eu segurava. Isso me fez soltar o diário e vê-lo afastar-se de mim. Desisti e ajeitei-me na cadeira. Meus olhos começavam a irritar-se, ficar inchados e eles ardiam.

Você vai chorar? Foi a voz de meu pai quem gritou para mim. Vai chorar agora? Coitada! Pobrezinha.

— Ficará comigo, até que resolvamos devolvê-la. — proferiu Minerva. — Se não possuir alguma arte das trevas. Mas posso ver que é só um diário — os alunos riram.

Meus olhos arderam ainda mais. O nariz ardeu. Meu coração ardeu.

Vai chorar, vai? Coitadinha dessa garota! Sua adotada! Vai chorar?

— VOU!

E então eu saí da sala de aula, correndo. Bati com alguém no corredor, fazendo a pessoa cair ao chão. Mas não parei de correr e logo não conseguia parar de soluçar. O primeiro lugar para qual me dirigi foi o banheiro feminino, bem ridículo, eu sei.

Com os joelhos perto ao rosto, tudo o que sentia era o rosto esquentar e as lágrimas despejarem-se sobre o rosto. Indo-se. Limpando a alma, que, há tanto tempo não estava sendo limpa. Aliviada.

Depois que terminei, sobraram-me alguns soluços. Lavei o rosto em água gelada. Agarrei-me em meu casaco da Sonserina e sequei o rosto.

Mais envergonhada do que nunca, abri a porta do banheiro feminino, que até então não havia sido visitado, por estar em horário de aula.

Ao girar a maçaneta, e dar dois passos para fora, meus olhos bateram com outros castanhos.

Observaram-me. Avaliaram-me e tiveram dó de mim, acima de tudo. Olívio pareceu estanhar minhas olheiras fundas e meus olhos ainda avermelhados. O nariz também não estava longe.

Ele estava surpreso e além de tudo, parecia querer perguntar-me o que havia acontecido no meu dia, para parecer tão perturbada.

Respirei fundo e desviei meus olhos dos seus, continuando meu caminho. Todavia, minha maldita cabeça virou-se para trás e observou-o me observar ainda estático.


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Notas finais do capítulo

Olá e obrigada pra quem chegou até aqui.
Não sei exatamente quando vou postar o próximo capítulo, o nono e o penúltimo da temporada. Tenho que encaixar SEMAPOW! - que gigante kkk - entre a finalização de Justiceira, que também está sendo postado aqui, e um conto que tenho que fazer para português. ;/ É isso, obrigada!



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