Quando Angie saiu de casa no dia seguinte, as onze, ela não encontrou nada. Nenhum ônibus mágico.

– Sabia que era uma piadinha de mal gosto...

Ela viu ao seu vizinho, Cristian Thorbjorn, parado também, com uma carta na mão. Ele tinha um sorriso vitorioso nos lábios e ao notar que Angie o encarava, virou o rosto e sorriu, amigável. Angie nunca tinha falado com ele. Ele era mais alto que ela, tinha no mínimo 1,80 era caucasiano, corpo musculoso sem exageros, pernas grossas e braços fortes, os cabelos eram louros curtos e arrepiados, os olhos azuis, sobrancelhas grossas, lábios finos, mãos grandes e rosto quadrado. Angie retribuiu o sorriso amigável, porém sem jeito ao ver que ele também a analisava.

Ela não sabia muito da história dele, até onde se lembrava, só sabia que o garoto era filho de uma estrela do rock e que isso fazia ele popular, sem tirar o fato de que ele o mestre dos esportes, e líder do clube de debates...Ou seja, no ponto de vista de Angie, Sr. Perfeição.

Ao olhar para frente, viu um grande ônibus, com mais de dois andares, que poderia acomodar mais de 300 pessoas. Perdeu o folego. Um garoto ruivo abriu a porta e disse.

– High School of Heroes, por aqui - ele sorriu amigável e a encarou com seus olhos verdes. Angie entrou com a mala na mão e esperou Cristian que entrou logo depois dela.

– Belo ônibus - Angie disse, sentindo-se uma estúpida ao ver o rapaz olhar para ela.

– Primeira vez?

– É - Angie disse receosa

– Ah, claro, espere, Angélica?

– Angie

– Bem, sou Marcus - ele sorriu - Sou o condutor.

Angie sorriu e arrumou um lugar para sentar-se, ao lado de uma menina e atrás de um menino e outra menina. A menina ao seu lado tinha cabelos castanhos. Seu rosto era bonitinho, nada se comparado a Angie. Era pálida e estava sorrindo, deixando para quem quiser ver o belo sorriso. Seus lábios eram rosinhas assim como sua bochecha, seu nariz era bonitinho, lhe deixava mais bonitinha. Tinha um corpo normal tirando o fato de que era alta e tinha pés um pouco grandes. Seus seios eram um pouco grandes e seus unhas também eram roídas. Seus olhos eram castanhos brilhantes.

– Oi - o garoto na sua frente disse, com um sorriso sonhador e inocente nos lábios com os olhos brilhando amigavelmente, ele estava de joelhos no banco e a encarava - Sou Denis, me chame de Froid.

Denis tinha olhos castanhos claros, seus cabelos eram ondulados e compridos, da mesma cor dos olhos. Sua pele eram pálida e fria, Angie pensou se ele estava doente. Seus lábios eram exatamente da mesma cor que sua pele, favorecendo a opinião de Angie dele estar doente. Era muito magro e Angie notou a grande cicatriz da bochecha direita até o olho esquerdo no seu rosto.

– Eu sou Angie, e você? - perguntou para a menina ao seu lado

– Eduarda - ela sussurrou, encarando as mãos.

– OI! - a menina ao lado de Froid também se virou e encarou Angie, com um sorriso "Eu vou te roubar e você não vai notar, otária" - Sou Astrid.

– Prazer, como já disse, Angie.

– Primeiro ano? - perguntou Astrid

– Bem, acho que sim.

– Eu estou no meu primeiro ano também - Astrid sorriu. Tinha longos cabelos escuros, muito escuros e levemente ondulados, olhos de um tom intenso de roxo, pele bronzeada sem falar no sorriso travesso - Acha que já vai saber qual sua espécie ou vai ficar na área dos inconclusivos?

– Acho que sou uma inconclusiva - disse Angie

– Eu também - sussurrou Eduarda

– Acho que sou um vampiro - disse Froid - Saca só na minha sensualidade - ele fez uma cara que fez Angie, Eduarda e Astrid rirem.

– Eu sou uma fada - Astrid sorriu

– Ué - perguntou Froid - Cadê suas asas?

– Ah - Astrid revirou os olhos graciosamente - Elas são visíveis nos limites da escola.

– Como sabe de tudo isso? - perguntou Eduarda

– Minha família, é claro

– Ei - gritou Froid, chamando a atenção de Cristian que estava sentado atrás de Eduarda e Angie - Acha que vai ser o que?

– Eu sou um Demônio - Cristian o encarou, como se o desafiasse a dizer algo.

– Legal cara - disse Froid sorrindo

– Odeio demônios - disse Astrid de bom tom, cruzou os braços - Eles são super inteligente aqui e parece gostar da atenção que tem. Mas vamos ignorar.

Eduarda não encarou Astrid, Froid apenas passou o braço ao redor do ombro dela, como se fossem velhos amigos.

– Deixe o rapaz. Demônios não são tão ruins assim, são?

– Espere as aulas começarem - murmurou Astrid misteriosa.