Graceland - Interativa escrita por CaleidoscópioGold


Capítulo 2
Capítulo 2 - Bem-vindos à Graceland


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Céus, sinto muito pela demora! Eu tive uma crise de falta de criatividade tão grande que demorei uma semana para escrever uma frase do capítulo ;-; Me perdoem, isso não acontece mais, juro!

Não respondi aos comentários de propósito para deixá-los ansiosos hahaha Podem me matar se quiserem xD Mas eu li todos e adorei cada um deles! Prometo responder os próximos, loves.

Esse cap. ficou longo, devo admitir, mas também ficou extremamente legal hehehe. Nas notas finais estarão os nomes dos personagens, seus criadores e os atores e atrizes que os interpretaram.

Espero que gostem desse novo capítulo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/566246/chapter/2

Quando sentiu o avião pousar e a aeromoça sair da cabine ao lado do banheiro, Allana tirou os headphones que usava e olhou pela janela, vendo outros dois jatos pousados na pista ao lado do seu. Ela havia sido transferida de Nova York, a princípio para a Flórida, mas, por algum motivo, foi mandada para a Califórnia, onde trabalharia disfarçada em uma casa.

A ruiva pegou sua bolsa e se levantou, se despedindo da aeromoça e do piloto do jato e descendo as escadas que a levaram até a pista de pouso. Quando olhou em volta, viu um cara saindo de uma aeronave com a bandeira do Canadá na lateral. Ele usava óculos escuros, uma blusa azul, bermuda jeans e um chinelo da cor da camisa. Parecia ser um tipico californiano, apesar de ter vindo de um lugar muito frio.

Matthew tirou seus óculos para olhar a mulher saindo do outro jato. Ele não pensava que outros novatos também ficariam com ele em Graceland, isso deixaria seu trabalho mais difícil. Por sorte ele sabia sobre a outra agente do CSIS que estava na casa, pelo menos com ela não haveriam segredos.

Quando olhou para o outro lado, viu um homem negro alto, com mais de 1,80 de altura, sair do jato. Ele tinha um porte físico de atleta e carregava três malas de uma vez só. Quando os três se aproximaram uns dos outros, ficaram se encarando por um tempo até alguém finalmente falar.

— Meu nome é Jim Black, CIA — o cara negro sorriu e cumprimentou os dois.

— Allana Swan, FBI — a ruiva sorriu de forma simpática e apertou a mão dos dois.

— Matt Granward, CSIS.

— Agora o Canadá anda mandando seu pessoal para os Estados Unidos? — Jim perguntou.

— Meu país e o seu tem uma aliança, quando um precisa de ajuda, nenhum de nós hesita em dar uma mão — ele deu as costas para os dois, andando na direção de uma vã preta que estava do outro lado do aeroporto.

Jim sabia que a CSIS era um tipo de CIA canadense, e como sabia o modo como sua agência trabalhava, pensou em ficar de olho em Matt para garantir que ele não faria nada para comprometer o trabalho deles na casa.

A vã preta pareceu levá-los por quase meia hora, como os agentes não tinham nada melhor para fazer, resolveram observar o ambiente para poderem se adaptar melhor. De repente, o carro parou e todos se entreolharam confusos. Estavam na frente da praia e não faziam ideia de onde a casa ficava.

— Podem descer — o motorista disse.

— O quê? Mas, onde fica a casa? — Allana olhou pela janela mais uma vez, não recebendo resposta do motorista.

— Ferrou, vamos ficar a noite toda procurando esse lugar — Jim deu um suspiro, se levantando e pegando suas malas.

Matt fez o mesmo, sendo seguido pela ruiva, então os três andaram até a praia. Haviam centenas de casas belíssimas por toda a extensão do local, uma maior do que a outra, eles levariam muito tempo para encontrar a casa certa sozinhos.

— Eles sabiam que viríamos, por que não mandaram alguém? — Allana murmurou, já cansada após caminhar por quase uma hora pela areia.

Os três, então, viram um homem andar da calçada até eles na areia. Ele usava um terno azul, nada apropriado para um dia de sol em uma praia na Califórnia, com uma idade aproximada de 32 anos com um porte físico de alguém com 25.

— Vocês são os novos agente, certo? — ele perguntou, estendendo a mão para cumprimentá-los. — Sou Alexander Kellygan, FBI.

— É um prazer, senhor — Allana falou, apertando a mão dele como os outros.

— Me desculpem por ser tão direto, estava em uma reunião muito estressante e fiquei sem vontade de fazer um teatrinho — Alex colocou a mão no bolso, tirando um maço de cigarros do mesmo e o colocou um na boca, o acendendo logo em seguida. — Vamos entrar para conversarmos melhor — ele apontou para uma casa a quase dois metros de onde eles estavam.

Eles se viraram para a enorme construção elevada a vários metros da areia. As janelas eram enormes, praticamente toda uma parede era feita apenas de vidro gigante. Uma escada abaixo da casa terminava na porta principal e duas pilastras grandes e grossas a mantinha longe da areia.

— Bem-vindos à Graceland — Alex disse, andando até a escada e esperando os três, que ainda estavam boquiaberto ao verem o tamanho da casa.

— Graceland? Vocês gostam mesmo do Elvis, não é? — Jim riu, finalmente se recuperando da surpresa.

— A casa foi apreendida de um traficante muito famoso, que era um grande fã do Elvis. O nome pegou e ninguém quis mudar — Kellygan comentou, subindo as escadas de metal com eles.

— Parece uma mansão. Quantas pessoas moram aqui? — Matt perguntou quando eles pararam na porta da frente, feita de madeira clara e com uma grande maçaneta de ferro.

— Bem, contando com o outro novato que ainda vai chegar somamos nove. Katherine está cuidando de um caso no centro, então só deve chegar amanhã, mas vão conhecer os outros hoje.

Alex abriu a porta e entrou junto com eles, olhando para trás e vendo-os ainda mais surpresos do que ficaram ao verem a casa pelo lado de fora. Logo na entrada havia uma pequena ponte baixa, isso os permitia passar sobre um lago raso.

Graceland era mesmo uma casa gigantesca com dois andarem, a sala de estar era simples e ficava bem ao lado de uma cozinha americana com um enorme balcão onde muitos podiam se sentar. O lugar era bem refrigerado por três ar condicionados e a vista da janela principal, que ocupava uma parede inteira, dava direto para o mar. Algumas pranchas estavam espalhadas por ali, assim como muitos livros, roupas e toalhas. Apesar da bagunça, os três agentes acharam a casa maravilhosa.

— Aqui em Graceland temos algumas regras: Ninguém que não for da casa pode subir para o segundo andar, porque guardamos muitos equipamentos lá em cima — o agente do FBI apontou para uma roleta colorida que havia presa na parede da sala. — Todos ajudamos nas tarefas de casa, mas decidimos quem faz o que na sorte, então podem colocar o nome ali.

Ele pensou um pouco, deu uma tragada em seu cigarro e pareceu se lembrar de algo.

— Ah, e também é proibido o uso de armas no andar de baixo. Artemisia vai ajudá-los a se acomodarem, mas podem ficar a vontade e... — Alex parou de falar de repente e olhou para o lado.

— Algo errado? — Matt perguntou, vendo a expressão séria no rosto dele.

O agente do FBI apenas fez sinal para ele ficar calado e deu um passo a frente, olhando para o outro lado. Segundos depois, outro homem apareceu e o empurrou na direção do chão, pegando-o de surpresa. O cara que o havia atacado era extremamente forte, alto e loiro. Usava uma jaqueta de couro e a mesma não deixava seus movimentos mais lentos. Ele e Alex começaram uma luta no chão, derrubando uma cadeira e uma prancha enquanto faziam isso.

Os três agentes rapidamente sacaram suas armas e apontaram para o loiro, tendo dificuldade em mirar para não acertarem Alexander.

— Solta ele agora! — Jim gritou, assim como Allana e Matt, que não haviam entendido absolutamente nada daquilo. Eles pararam de gritar quando um outro homem apareceu, ele deu um soco forte na parede, chamando a atenção de todos.

— São 10:30 da manhã, o que vocês acham que estão fazendo? — o homem perguntou, parecendo com raiva.

— Culpa minha, eu pedi para ele fazer isso — Alex disse, se levantando com a ajuda do loiro. — Queria ver como me saía em um ataque surpresa e Kenai não recusou quando disse que deveria me bater.

— Foi um prazer — o loiro sorriu e sentou-se no sofá, pegando um livro e começando a lê-lo como se nada tivesse acontecido.

— Sem armas aqui em baixo — o homem disse, olhando para os novatos e vendo-os guardarem seus revolveres rapidamente.

— Você é Robb Evans, certo? — Allana o reconhecera de uma foto que vira no FBI, aquele agente era mesmo uma lenda. — É um prazer conhecê-lo.

Robb ficou calado e se dirigiu para a geladeira, pegando uma garrafa de Smirnoff.

— Artemisia! — ele chamou e todos viram uma jovem morena descer as escadas calmamente. Ou ela não havia ouvido a briga ou já estava tão acostumada que nem se importou.

— Vocês chegaram — ela deu um sorriso amigável para eles, vendo Evans subir as escadas e ir para seu quarto. — Perdoem meu amigo, mas ele está um pouco... Estressado ultimamente.

— Algumas coisas aconteceram antes de vocês chegarem — Kenai comentou, sem tirar os olhos de seu livro.

— Coisas que serão explicadas assim que vocês se acomodarem e ficarem mais a vontade — a morena lançou um olhar repreensivo para Kenai e andou na direção dos novatos. — Me chamo Artemisia Callas, do DEA e qualquer coisa que precisarem é só falarem comigo.

— Sou Allana — a ruiva a cumprimentou, colocando sua bolsa no chão.

— Jim, mas meus amigos me chamam de Jib — o agente da CIA sorriu para ela, também apertando sua mão.

— Matt — ele deu um sorriso simpático para a morena, olhando em volta para a casa. — Vamos ter quartos individuais ou...

— Sim, cada um fica em um quarto — Artemisia disse antes que ele completasse a pergunta. — Recentemente perdemos dois agentes do FBI, espero que não se incomodem de ficar nos quartos deles.

— Por mim tudo bem, já estou acostumado — Matt os deixou surpresos ao ouvirem isso. O jovem já havia perdido tantos parceiros em campo que já havia perdido a conta, aquilo nem o incomodava mais.

— Bem, por causa do nosso amigo fortinho ali eu não tive tempo de terminar de explicar como as coisas funcionam aqui — Alex andou até eles, terminando de fumar seu cigarro. — Lá em cima tem uma sala de treinamento, vocês podem usá-la quando quiserem. Também temos a sala dos telefones.

— O que é isso? — Jim perguntou, assim como os outros novatos, seguindo Artemisia e Alex até o segundo andar.

— É uma sala especial de telefonemas. Temos telefones comuns, para ligações casuais, e também telefones especiais — a morena respondeu, abrindo uma das portas e entrando em uma sala que parecia ser um estúdio de gravação com vários telefones e computadores dentro da mesma.

— Você só atende os telefonemas de suas respectivas agências, a menos que seja uma emergência — Alex completou. Todos viram que alguns telefones tinham nomes escritos em baixo: CIA, DEA, FBI e CSIS.

— Um caso é designado para cada um, pedir a ajuda dos outros é opcional... — Artemisia foi interrompida quando o telefone de sua agência tocou. Sem esperar muito ela o atendeu. — Agente Callas falando.

Todos pareciam curiosos para saber sobre o que ela estava falando, mas permaneceram imóveis e calados.

— Que ótimo! Então só precisam prendê-los, certo? — ela pareceu ficar ainda mais séria do que já estava quando ouviu o que a outra pessoa dissera. — Tudo bem, vou chamar eles.

Dizendo isso, ela desligou o telefone.

— O que aconteceu? — Alex perguntou, vendo a expressão de preocupação no rosto dela.

— Você sabe que eu estava envolvida com um esquema de uma gangue que vendia drogas pelo país, não é? Eu mandei todas as provas para o DEA e eles encontraram os caras.

— Isso é bom, não? — Allana disse, vendo Artemisia suspirar.

— Parece que haviam alguns drogados dentro do galpão onde eles estavam. Transformaram todos em reféns quando viram o meu pessoal chegando lá.

— Precisa do FBI — Alex continuou, vendo-a assentir. — Bem, você deu sorte, novata. Vai sair em campo no primeiro dia em Graceland.

— Boa sorte, ruiva — Matt lançou um sorriso charmoso na direção dela e saiu da sala.

— Quero saber de tudo quando voltarem — Jim deu dois tapas encorajadores nas costas da mais jovem, também deixando a sala.

— Eu chamo o Kenai, você cuida do Robb — a morena disse a Alex e guiou Allana para fora.

Alexander suspirou, deixando a sala e indo até a porta do quarto de Evans.

— Robb, temos um trabalho — sem resposta. — Já faz uma semana desde que você saiu da casa, precisa ver pessoas além de nós, cara.

Houve silêncio por alguns segundos e então a porta se abriu. Robb já usava seu colete aprova de balas do FBI e colocava sua arma no coldre.

— Vamos acabar logo com isso — disse, fechando a porta do quarto atrás de si. — O que é dessa vez?

— Artemisia te explica no caminho, eu vou trocar de roupa e encontro vocês lá em baixo — dizendo isso, Alex se voltou para a porta ao lado do quarto de Robb e entrou no mesmo.

Ele suspirou e desceu as escadas, parando na metade assim que viu o que Artemisia estava fazendo para tirar Kenai do sofá. Ela puxava as duas pernas dele, enquanto o loiro nem se movia e continuava lendo seu livro tranquilamente.

— Vamos lá, cara! Precisamos ir agora — ela dizia, fazendo mais força e não obtendo resultado.

— Tô cansado, não quero ficar trocando papo com um bando de drogados hoje, Artie.

— Não é isso que faremos! Vamos resgatar reféns de um... — antes que ela terminasse, ele se levantou, deixando o livro de lado e quase fazendo a morena cair no chão.

— Opa, adoro libertar reféns. Por que não disse isso antes? — o loiro deu uma risada, correndo para seu quarto para colocar seu colete.

— Quem dos novatos vai conosco? — Robb perguntou, descendo mais alguns degraus e olhando para Artemisia.

— Só a agente Swan, os outros são do CSIS e da CIA — Artemisia respondeu, andando na direção de um colete com as letras "DEA" escritas em amarelo atrás do mesmo, logo o colocando. — A vã já está lá fora, Alex! — ela gritou, vendo o agente descer junto com Allana, ambos já com seus coletes azuis do FBI e usando luvas meio dedo pretas.

— Vamos tentar fazer algo discreto dessa vez, sem mortes e tentando não ferir os reféns, entendeu Kenai? — Robb olhou para o agente do DEA, que havia pulado um lance de escada e caindo de pé no chão.

— Por que sempre encarna em mim? — ele deu uma leve risada.

— Porque você é exageradamente agressivo, Kenai — Artemisia prendeu o cabelo e colocou seu rádio no ouvido.

— Ainda quero saber detalhes dessa missão, vocês sabem que eu odeio trabalhar as cegas e... — Robb não conseguiu terminar a frase, pois seu pé escorregou no último degrau, fazendo-o perder o equilíbrio e quase cair. Se não tivesse segurado no corrimão com força, provavelmente teria tido uma queda feia.

Alex foi pego de surpresa, mas ajudou o amigo a ficar de pé.

— Tudo bem? — Allana perguntou, porém não obtendo uma resposta, já que o agente sentia uma leve sensação de vertigem.

Artemisia colocou sua arma no coldre e puxou Robb bruscamente pelo braço, o levando para a cozinha e o empurrando contra a parede.

— Tá de brincadeira com a minha cara, não é? — ela tentou sussurrar, só que estava praticamente gritando.

— O que foi?

— Quantas garrafas daquela você bebeu, Evans?

— Isso não importa, eu estou perfeitamente bem!

— Vamos torcer para os bandidos não terem escadas por perto ou você vai cair no chão antes de entrarmos no galpão! — a agente ironizou. — Eu levo meu trabalho muito a sério, se alguém sair ferido daquele lugar porque você está magoadinho por ter sido enganado...

— Eu ainda sou líder na casa, aqui dentro sou seu superior então cuidado com o que fala, agente Callas — ele se afastou dela e andou para fora da casa.

Artemisia respirou fundo para controlar sua raiva e voltou para a sala de estar, vendo olhares curiosos de todos, porém ignorando.

— Vamos logo.

(***)

— Resumindo, o local está lotado de drogas e foram confirmados sete reféns. — Artemisia dizia para os agentes de Graceland enquanto os cinco examinavam as plantas do grande galpão em que eles estavam prestes a entrar.

— Se quisermos ser discretos vamos precisar entrar pela ventilação — Alex disse, apontando para uma rede de túneis no papel.

— É muito estreito, Kenai nunca passaria com tantos músculos assim.

— Vou levar isso como um elogio, Artie — o loiro sorriu. Artemisia estava concentrada nas plantas e apenas revirou os olhos para a autoconfiança do amigo.

— O esgoto - Robb sugeriu. — Se formos por baixo é mais silencioso e bem mais rápido.

— Boa ideia, o que eu mais queria para começar meu dia era andar em merda e mijo — a morena ironizou, andando até a vã do DEA parada ao lado deles.

— Tem certeza de que está bem, Robb? — Alexander perguntou quando viu Kenai e Allana se afastarem.

— Não comece a me encher o saco igual a Artemisia, Alex — Evans pegou sua arma e a carregou.

Alex sabia que o amigo era cabeça dura, só que não queria esperar para ver aonde essa teimosia o levaria.

Os cinco seguiram o plano de Robb e foram pelo esgoto, andando por vários metros debaixo do solo até chegarem a saída. Kenai abriu a grade de metal e foi o primeiro a sair, checando o perímetro para ver se ninguém os observava. Quando não viu ninguém por perto, fez um sinal para que os outros subissem.

Artemisia gesticulou para Alex e Robb irem em uma direção enquanto Allana e Kenai iam em outra. Ela seguiu por um corredor até o local onde realmente era o galpão e ficou abismada com o que viu. O local estava, literalmente, inundado de drogas. Eram centenas de caixas enormes e não era um mistério o que havia dentro delas.

A agente do DEA, mantendo sua arma levantada, começou a seguir com passos pequenos e observando tudo a sua volta, se preparando para atirar no primeiro bandido que visse.

Kenai e Allana também ficaram surpresos ao entrarem no lugar, mas a surpresa maior foi dar de cara com dois traficantes. A ruiva pulou para trás de uma das caixas quando um deles tentou atirar nela e naquele momento, viu dois reféns amarrados e vendados bem ao seu lado.

Kenai deu um tiro certeiro na arma do outro traficante, fazendo a mesma cair no chão e o deixando desarmado.

— Nunca fui muito fã de armas — o loiro sorriu enquanto colocava sua pistola no coldre novamente e via o homem correr dele.

Sem fazer muito esforço, Kenai correu rapidamente na direção do homem e o alcançou, pulando em suas costas e começando uma luta no chão. O agente do DEA segurou o pulso do homem quando ia levar um cruzado de direita e o torceu, jogando-o para o lado e batendo com a cabeça dele em uma das caixas.

— Um tá fora — ele disse pelo comunicador.

Allana se levantou, sem ligar para os tiros vindos em sua direção, pois nenhum deles sabia realmente como usar uma arma então as chances de acertá-la eram mínimas. A ruiva andou para o lado, apontando sua arma na direção do homem e, no momento certo, puxou o gatilho, acertando o ombro dele e vendo-o cair no chão.

— Derrubei um e achei dois reféns.

— Bom trabalho — disse Artemisia pelo rádio.

Artemisia era ótima em rastrear pessoas, se quisesse encontrar os reféns, ela os encontraria. A morena seguia uma trilha rala de gotas de sangue, um pouco de suor e sujeira de lama recente, mostrando que alguém passara por lá alguns minutos antes.

Ela caminhou um pouco até chegar em uma parte mais escura do galpão, onde viu três reféns amarrados e parecendo completamente apavorados. Com sua arma erguida, a morena olhou em volta, mas parou ao ouvir um barulho vindo de cima. Quando ergueu os olhos, viu um dos traficantes pular de cima de uma das caixas e tentar acertar um chute nela. A agente largou sua arma e segurou a perna do cara, o jogando, com força, de cara no concreto e fazendo alguns dentes dele se quebrarem no processo.

— Mais três comigo. Como estão indo rapazes? — ela segurou sua arma novamente e falava com Evans e Kellygan pelo rádio.

Robb e Alex haviam se separado, estavam andando por entre as caixas, e apesar de estarem bem perto um do outro, não poderia ver se o outro precisasse.

Alex sabia o que haviam nas caixas e pensou se aquilo tudo não pertencia a Montoya, já que ele era um dos maiores traficantes da Califórnia. Enquanto andava, deu de cara com um dos traficantes e parou imediatamente ao vê-lo colocar a arma na cabeça de uma refém.

— Abaixa a arma! — o homem gritou. Alex pensou por alguns poucos segundos e baixou sua pistola, ajoelhando devagar e a deixando no chão.

— Tudo bem, já fiz o que mandou, não faça nenhuma besteira — o agente do FBI largou sua arma e ao mesmo tempo pegou uma pequena faca que havia presa em sua bota, logo se levantando e deixando as mãos viradas para o traficante não ver a faca.

Quando o homem começou a puxar a refém para longe e se afastar do oficial, Alex lançou a faca na direção dele, vendo a mesma atravessar sua mão e fazê-lo largar a arma antes que pudesse pensar em puxar o gatilho. Logo que teve a chance, Kellygan se abaixou, pegou sua arma novamente e atirou em um dos joelhos do homem, que gritou de dor.

— Aaah, seu filho da puta! Eu nunca mais vou conseguir andar! — o homem gritou conforme Alex se aproximava.

— A cadeia não tem muito espaço, amigo, então não vai precisar andar muito por lá.

Dizendo isso, ele ajudou a refém a se levantar e colocou a mão no ouvido.

— Peguei uma e temos um traficante baleado.

— Temos um problema — todos ouviram Robb dizer.

— Que tipo de problema, Evans? — Artie perguntou, parecendo irritada.

— Digamos que é um bem comum no nosso ramo — Robb mantinha sua arma apontada para um dos traficantes, provavelmente o chefe deles, que tinha uma refém bem na sua frente, destruindo qualquer possibilidade de um tiro limpo. Como se não bastasse, dois outros homens apontavam sub metralhadoras em sua direção.

— Se você atirar, além de matar essa garota, vai ter o corpo cheio de buracos! — o traficante gritou.

— Solta ela e talvez eu não atire — Evans retrucou. — Agora, o meu tiro te mataria e deixaria a garota livre, não me incomodo de ter alguns furos no meu corpo. Pense bem no que vai fazer, imbecil.

— Bem, se você está tão certo disso acho que vou matá-la agora!

— Não! — Robb gritou, tentando pensar em algo, porém falhando e sendo obrigado a deixar sua arma no chão. — Solta ela e vamos conversar, estou desarmado.

— Nunca fui muito de conversar — o traficante riu e continuou a apontar a arma para a cabeça da jovem.

— Que bom, porque eu e meus amigos também não — dizendo isso, Robb se abaixou e os dois homens que apontavam suas armas para ele receberam vários tiros no peito.

No alto de umas das caixas estavam Alex e Kenai, que agora colocavam mais munição em suas armas. Evans deu um rolamento e agarrou sua arma, ficando de joelhos e tendo uma mira perfeita na direção do ombro do traficante. Mas por conta do último movimento brusco e rápido que fizera, a sensação de vertigem voltara e sua visão ficou turva. Os segundos passavam rapidamente, se ele não fizesse algo rápido o traficante mataria a refém.

O agente do FBI tentou fechar os olhos e abrir novamente, mas nada melhorou. Continuava tonto e não conseguia focalizar a imagem bem na sua frente. Quando Allana, que estava atrás de Evans, viu que ele não faria nada, acertou dois tiros no ombro direito do homem, fazendo-o largar a arma e cair no chão gemendo de dor.

Robb baixou a arma e passou a mão no rosto, sentindo-se frustrado e extremamente irritado consigo mesmo por não ter conseguido atingir o alvo. Ele se levantou e andou na direção da porta principal, ainda sentindo um pouco de dor de cabeça.

— Era impressão minha ou o grande Alpha ia errar o tiro? — Kenai gritou para Robb enquanto descia das caixas com Alex.

O agente do FBI apenas abriu a porta bruscamente e foi embora, deixando a equipe do DEA entrar para prender os bandidos.

— Não força a barra, Ken — Alex o advertiu.

— O que aconteceu com ele? — Allana perguntou a Artie, vendo a morena pensar um pouco antes de responder.

— Vamos falar sobre esse assunto na casa, quando todos estiverem presentes — a agente do DEA suspirou e tirou seu comunicador, andando para fora como os outros. Estava preocupada com Evans, assim como Alex. Eles precisavam fazer algo a respeito das atitudes do amigo ou logo outras pessoas sofreriam as consequências.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, pessoal, espero que tenham gostado do primeiro capítulo com os novos personagens! Como eles acabaram de se conhecer ainda estão um pouco tensos, mas o grau de intimidade deles vai, certamente, aumentar ao longo da fic.

Personagens, atores e criadores:

Veteranos:
— Robb Evans (Chris Evans) / Eu (FBI)
— Artemisia Callas (Adelaide Kane) / Sonhadora (DEA)
— Kenai Nimble (Chris Hemsworth) / Sayume Nee Nee (DEA)
— Alexander Kellygan (Stephen Amell) / Super Sam (FBI)

Novatos:
— Jim Black (Omari Hardwick) / Dominic (CIA)
— Matthew Granward (Brant Daugherty) / Eros (CSIS)
— Allana Swan (Rose Leslie) / Gothic Princess (FBI)