The Road escrita por LelahBallu


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Hey!

Passando rapidinho para postar novo capítulo, breve postarei Mr. Queen.
Aproveitem!



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– Então... – Olhos azuis, ou melhor, Oliver falou após passarmos meia hora sem dizer nada um ao outro após nos apresentarmos. – Felicity, qual é a sua história?

– Hum? – Perguntei somente para ganhar tempo.

– Você apareceu em um bar de estrada de quinta categoria, com uma mochila nas costas, botas de caminhar, jeans rasgado e um olhar assassino. – Comentou me lançando um rápido olhar. – Estou curioso, como você acabou parando em um lugar desses?

– Como você acabou lá? – Retruquei.

– Entendi. – Falou após um suspiro. – Você ainda não confia em mim. – Eu queria negar, mas eu me considerava uma garota esperta. E eu dificilmente confiaria em um cara só por ele disse que não era um psicopata, então preferi ficar em silêncio. – Você não precisa confiar em mim, mas nós ainda temos algumas horas até a cidade mais próxima, e é difícil está no mesmo lugar com uma pessoa e ela ficar em silêncio por tanto tempo.

– Como você acabou lá? – Repeti apesar do que ele havia acabado de dizer, eu também estava curiosa.

– Ao lado do bar, caso você não tenha reparado, tem um posto de gasolina. – Comentou. – Eu precisei abastecer, e já estou algumas horas na estrada, então eu também precisei descansar um pouco.

– Meu carro quebrou alguns quilômetros perto de lá. – Confessei.

– Onde você o deixou? – Perguntou curioso.

– O quê?

– Seu carro.

– Onde mais? – O encarei sem paciência.

– Você deixou seu carro no meio da estrada? – Perguntou incrédulo.

– Desculpe, minhas costas estão doloridas, não pude carrega-lo. – Falei o encarando.

– Sarcasmo não é atraente em uma mulher. – Retrucou.

– Lembrarei disso quando quiser te seduzir. – Não pude evitar devolver.

– Você corre sérios riscos de ser deixada no meio do nada. – Alertou. – Eu só estava perguntando por que você não chamou por alguma ajuda, um reboque, quando chegou na cidade.

– Claro, a cidadezinha que não possui terminal rodoviário, com certeza tem um reboque. – Falei. A verdade era que eu já havia providenciado que meu padrasto cuidasse do carro, quando cheguei ao posto de gasolina eu havia ligado para minha mãe, avisando do que havia acontecido e ela insistiu que eles dariam um jeito, minha mãe não admitiria, mas ela era tão apegada ao carro quanto eu, esse era o carro do meu pai. Mas resolvi não falar nada para olhos azuis, descobri que era muito divertido irrita-lo. Recebi minha confirmação quando o escutei murmurar.

– Você é irritante. – Eu apenas sorri sem dar qualquer resposta. – Você está muito longe de casa? – Perguntou após perceber que tínhamos voltado ao silêncio.

– Pode-se dizer que sim. – Dei de ombros. – A cidadezinha em que parei é a primeira depois que parti. Para ser sincera na minha ida eu sequer havia a notado. Eu estava visitando minha mãe, agora estou voltando para Central City. E você? Estava em uma viajem a trabalho ou diversão?

– Por que você acha que estou voltando? – Perguntou franzindo o cenho. – Por que eu não poderia está indo?

– Por que você é Oliver Queen. – Respondi.

– E?

– Filho de Robert e Moira Queen, você é o atual C.E.O da Q.C. – Continuei, ele pareceu surpreso enquanto eu falava. – Você tem uma irmã. Sua família é uma das mais ricas e influentes do estado, e sua empresa, a matriz pelo menos, fica em Starling City, presumo que você também more lá, ficaria um pouco inconveniente dirigi-la de outra cidade.

– E ainda assim você teme que eu seja um psicopata. – Falou.

–Acontece nas melhores famílias. – Dei de ombros.

– Devo ficar assustado por você saber tudo isso?

– Eu e mais milhares de pessoas que tem acesso ao google.

– Por que você me pesquisou?

– Eu não pesquisei sobre você. – Neguei, ganhando um olhar incrédulo seu. – Ok, eu pesquisei, mas não foi exatamente sobre você, eu enviei meu currículo para sua empresa, eu estava curiosa.

– Em que área? – Perguntou após uns segundos.

– Em TI. – Respondi.

– Sinto muito por não ter conseguido o emprego. – Suspirou.

– Eu consegui. – O corrigi. Ele me olhou confuso. – Tecnicamente, na verdade. – Sorri. – Eu recebi uma proposta da Q.C e não aceitei.

– Por que não?

– Por que eu realmente amo Central City, e tenho meus amigos lá. – Dei de ombros. – Eu gosto do meu trabalho lá, e ganho bem, se aceitasse outro emprego teria que me mudar, me afastar dos meus amigos, não tem nada em Starling City para mim, nenhuma razão para me manter lá.

– Você poderia acabar encontrando uma. – Comentou.

– Eu não acho. – Neguei. – Mas e você? Estava viajando a trabalho?

– Eu precisava de um tempo. – Respondeu. – Tem alguns meses que assumi a direção da QC, mas tem sido muita pressão, eu aproveitei que estava pensando em comprar um carro novo, e resolvi eu mesmo busca-lo.

– Você comprou um carro novo apenas por que precisava de um tempo? – Meneei a cabeça não acreditando.

– Eu não disse isso.

– Mas foi exatamente o que soou. – Retruquei. – “Ei estou me sentindo entediado, mamãe pergunta todo dia sobre a empresa, acho que vou comprar um carro”.

– Sabe, eu gostava mais quando você ficava calada. – Suspirou. – A pressão não é apenas com relação à empresa.

– Não justifica que precise comprar carros.

– Carro. – Corrigiu. – No singular, vocês garotas não compram vestidos quando estão triste?

– Que definitivamente não vale o preço deste carro.

– Não foi um capricho, eu já estava pensando em mudar de carro, eu aproveitei a chance. – Resmungou.

– E não há lugares em Starling City que vendam carros? – Perguntei.

– Qual a parte de “Eu precisava de um tempo” que você não entendeu?

– Você parece uma criança.

– Você é muito irritante. – Repetiu.

– Eu estava calada, você que me incitou a abrir a boca. – Dei de ombros.

– Eu só estava tentando ser legal. – Respondeu parecendo arrependido, senti de súbito a velocidade diminuir.

– Ok, eu estava apenas o provocando. – Falei quase beirando ao desespero. – Por favor, não me abandone na estrada. – O vi sorrir quando falei.

– Por mais que eu goste de você implorando, não precisa. – Me lançou rapidamente um olhar. – Tem uma mulher gesticulando para que a gente pare. – Desviei o olhar do seu perfil, uma morena balançava seus braços, ela pareceu emitir um suspiro de alivio quando o carro parou alguns metros de onde estava.

– Isso não me cheira bem. – Falei o encarando, a mulher se aproximava com um sorriso de gratidão.

– Você é desconfiada demais. – Deu de ombros antes de abrir a porta do carro. – Ela só precisa de ajuda.

– E você não consegue dizer não a um rosto bonito.

– Como você bem sabe. – Respondeu com um sorriso. Observei ele cumprimentar a mulher com um sorriso e os dois conversarem, ele assentiu e os dois vieram até o carro, Oliver abriu a porta traseira para que ela entrasse.

– Olá. – Ela me cumprimentou com um sorriso amigável, eu respondi com outro, embora ainda fosse com cautela. – Vocês são muito gentis por me darem uma carona.

– Felicity. – Oliver falou sentando novamente. – Esta é Helena Bertinelli, ela irá conosco até a cidade vizinha. – Me informou, lancei um olhar confuso, soava como se eu não fosse descer também na cidade vizinha.

– Por que você estava sozinha no meio do nada? – Perguntei.

– Eu estava com meu namorado, nós brigamos, e ele me deixou para trás, sem nada. – Só então percebi que ela não levava nenhuma bolsa, ou mala.

– Parece que seu namorado é um idiota. – Falei.

– Eu não sei, eu realmente o provoquei. – Suspirou. - Eu vou até a casa dele, preciso pegar minhas coisas.

– Você precisa terminar com ele. – Afirmei.

– Felicity. – Oliver me repreendeu.

– Sim? – Perguntei com um sorriso doce que ele não acreditou.

– Não é da nossa conta. – Lembrou.

– Relaxe Oliver. – Comentei. – Conversa entre garotas. – O provoquei. – Olhos na estrada. – Ele bufou e eu sorri o encarando, pouca coisa não irritava Oliver, eu devia estar no topo das que irritava sentir ser observada e me virei encarando Helena, ela sorria como se soubesse de algo que eu não sabia.

– Para onde vocês estão indo?

– Central City. – Oliver respondeu antes que eu pudesse abrir a boca.

– Uau. – Comentou surpresa. – Vocês estão bem longe de casa.

– Sim. – Concordei apenas para ter algo o que responder, Oliver continuava a dar entender que eu não desceria com Helena, eu não tinha mais medo que ele fosse um psicopata, e não por que ele fosse rico, e dono da empresa que cogitei trabalhar, mas havia algo nele que inspirava confiança, eu gostaria de saber o porquê. As horas seguintes passaram rápidas, ainda mais por que apesar de não confiar em Helena, ela sabia manter uma conversa. Quando chegamos Oliver decidiu parar em uma lanchonete, pois estava com fome, ele falou que precisava comprar alguns lanches para continuarmos.

– Aqui é minha deixa. – Helena falou com um sorriso. – Obrigada pela carona. – Ela me abraçou rapidamente seguida de Oliver. – Vocês são um belo casal.

– Nós... – Oliver começou e balançou a cabeça percebendo que não adiantava mais, pois ela já se afastava.

– Isso foi estranho. – Comentei enquanto o seguia até a entrada da lanchonete.

– Achar que somos um casal? – Perguntou franzindo o cenho.

– Não. –Dei de ombros. – É natural, ela pediu carona a nós dois, ela não sabia que você também estava me dando uma carona, qual seria a probabilidade de duas garotas te pedir carona na estrada?

– Verdade. – Concordou, enquanto sentava e olhava o cardápio. – Então, o que é estranho?

– Ela parecia com muita pressa.

– O namorado a deixou e roubou suas coisas. – Respondeu erguendo a mão para chamar a garçonete. – Você não teria pressa?

– Você deve está certo. – Concordei a contra gosto.

– Você disse. – Sorriu.

–Não voltarei a dizer. – Retruquei. Fizemos nossos pedidos e comemos em silêncio por algum tempo. Então para ter certeza que eu havia entendido direito resolvi perguntar. – Eu estou certa ao concluir que você me dará uma carona até Central City?

–Claro. – Concordou. – Está no meu caminho.

– Mas são três dias viajando, contando com o de hoje, com paradas para dormir, tomar banho e comer. – O lembrei.

– Eu sei. – Deu de ombros.

– Oliver você me chamou de irritante. – Apontei. – Duas vezes.

– Você me chamou de mimado. – Retrucou. – Eu acho que consigo suportar.

– Você tem certeza? – Perguntei novamente.

– Sim. – Repetiu. – Agora vá escolher alguma comida que possamos comer no carro. – Pediu. – Eu só quero parar novamente quando encontrarmos um lugar para dormimos. – Se levantou. –Eu vou ao banheiro.

Eu fiz o que ele pediu, e tomei minha oportunidade de ir ao banheiro também, pagamos a conta e começamos a discutir novamente.

– Oliver eu insisto. – Reclamei enquanto abria aporta da lanchonete.

– Não. – Negou novamente. – Não precisa.

– Eu quero rachar a conta da gasolina. – Insisti. – Eu iria ter que pagar por uma passagem de qualquer jeito.

–Mas agora não precisa mais. – Retrucou. – Eu sou rico Felicity, você sabe disso, então pare de insistir, mas que puta! – Parou bruscamente.

– Você acabou de me chamar de puta? – Perguntei surpresa pronta para manda-lo para o inferno.

– O quê? – Olhou para mim, seu rosto era um misto de raiva e confusão. – Não você, Helena, ela roubou meu carro. – Terminou apontando para o estacionamento, sua vaga vazia.

– Vadia. - Sussurrei impregnando raiva em cada letra.

– O que faremos agora Felicity? – Perguntou levando as mãos a cabeça.

– Mas que inferno de viajem. – Sussurrei não acreditando que minha falta de sorte estava afetando o coitado de Oliver, eu não acreditava que estava numa cidade qualquer, situada no fim do mundo presa a Oliver Queen, e que havíamos sido roubados por uma garota. – Mas que inferno.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aguardando o feedback de vocês, perdão por qualquer erro, foi as pressas, Xoxo LelahBallu