Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 44
Problemas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Então, eu acho que eu até já devo ter contado essa história para alguns de vocês, mas eu quero contar de novo, porque essa nossa história é um bagulho muito louco.
Como a COTL começou.

Foi assim: num dia, durante a aula, não sei como, acho que vendo fanarts, falando de filmes, não me lembro ao certo, o assunto Frozen/Valente entrou na roda. E aí eu acho que eu - ou ela, mas acho que eu, já que eu sempre quis postar uma fic e esta acabou sendo a minha primeira - disse algo como: "Ei, eu gosto da Elsa e você da Merida, vamos escrever uma fic?" e então começou a Challenges começou. Nossa única ideia no começo era: uma escola de atletas, um campeonato, uma traição e duas melhores amigas e seus respectivos pares e desafios amorosos. Então começamos a fazer os casais e as relações familiares - isso no meio da aula para vocês se ligarem como somos responsáveis - e o nome veio por último - nós somos meio péssimas com títulos -, Challenges Of The Love. E no dia seguinte eu estava postando a história às 22:54 horário de Brasília. Só para vocês se ligarem, no começo a gente só tinha alguns relacionamentos - amorosos e familiares - e uma ou duas tretas para um futuro bem longínquo.

Bem, essa é nossa história.
E eu sei que para vocês isso pode não significar nada, mas para mim, Liz, e certamente para a Ki, isso significa muito, por isso que eu gostaria de comunicar a vocês. Hoje, dia vinte de outubro, faz um ano que a fanfic existe. Faz um ano que ela é postada no Nyah!. Faz um ano que eu tenho a honra de contar a história da Elsa e viver sua realidade surreal por pelo menos algum tempinho. E faz um ano que o mesmo acontece à Ki sobre a Merida. Faz um ano desde a primeira vez que um trabalho meu foi disponibilizado ao público. E faz um ano que eu tenho o privilégio de conviver com pessoas maravilhosas, os meus leitores fiéis, que comentam, recomendam, acompanham, votam e me fazem ter forças e vontade para continuar.
Por isso eu gostaria de agradecer a vocês por participarem desse um ano.
Muito obrigada.
Com Amor,
Liz.



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P.O.V Elsa

É sábado à tarde e eu e as meninas – Elly, Liana, Mary, Dana e, infelizmente, Vanessa – já fizemos nossas apresentações individuais. Eu e – infelizmente Vanessa – nos classificamos para as finais, assim como eu e Jack na patinação em duplas. Elly ficou em nono lugar e acabou não se classificando, Liana, que ficou na décima primeira colocação, também não foi para as finais, mas parecia estar feliz por ter a mim e a Vanessa para representar a Olympic, Mary e Dana, de fato, não se apresentaram, mas pareciam – fingir – estar felizes com nossas apresentações. Como se a pressão já não fosse grande o suficiente...

O começo das apresentações finais da ginástica é em vinte minutos e não acho Rapunzel em canto nenhum, ela tinha que estar aqui na cantina, no entanto só vejo a ridícula da Sophie – a propósito, não sei como ela não foi, sei lá, proibida de assistir as competições, Tia Silvia quase matou alguém quando ficou sabendo do acontecido, mas se controlou, ainda assim dois pratos foram quebrados e em seguida varridos para a lixeira enquanto ela resmungava "Eu prometi para a mãe dela que protegeria ela e aí essa menina tenta matá-la." Não que eu achasse que a intenção dela fosse me matar "só mutilar ou ferir gravemente", pensei amargamente mais de uma vez, lembrando-me de Dobby de Harry Potter – se agarrando pelo que eu acho que é... hmm... o décimo sexto cara diferente que vejo com ela durante o campeonato, algumas meninas de outras escolas e um menino da esgrima da Olympic com fone de ouvidos comendo vagarosa e ruidosamente uma salada. Mas nada de Rapunzel. Reviro os olhos. Espero que ela saiba onde é área da ginástica.
No entanto, por algum motivo que nem eu entendo, meu corpo, ao invés de ir ver Anna, se dirige para a entrada do colégio, onde vejo várias outras pessoas desconhecidas, mas no meio delas posso distinguir cabelos brancos descoloridos em um corte rebelde. Tento ignorar Jack e focar em outra coisa. Mas Graças a Deus, a outra coisa surge pulando animadamente na minha frente, extremamente alegre, como sempre, seus cabelos castanhos curtos balançando minimamente com os movimentos bruscos de seu pescoço.

– Elsinhaa! – ela sorri e não entendo porque está tão animada. Não que eu esteja reclamando ou que seja algo tããão anormal, mas ela normalmente não é ligada em tantos volts quanto parece agora. – Temos uma surpresa! – ela puxa Flynn que está atrás dela.

– Não me diga que você está grávida. – falo, tentando brincar, e Flynn até ri do rosto extremamente corado de Zel, mas toda a graça se esvai quando ouço a voz da minha tia dizer:

– Nem brinque com uma coisa dessas, Elsa. Um filho não é brincadeira.

– Tia Silva! – acho que o tom de falsa animação que minha voz tem não exprime exatamente o que sinto enquanto envolvo meus braços ao redor dela. Estou animada em vê-la, claro, mas ela tinha que brotar logo quando eu me solto um pouco? Dou uma risada sem graça.

– Vim assistir à apresentação da sua irmã. – ela dá um sorriso mínimo, explicando minha pergunta não feita.

– Que fofo da sua parte, Tia. – devolvo um sorriso igualmente tímido.

– Bem, essa é a surpresa! Mamãe a estragou. – sei que Zel tenta soar infeliz ou minimamente triste, mas a aura alegre pulsante e amarela que dela emana ainda brilha, e bem forte, se quer saber, quase como o sol.

– Sabe onde sua irmã está? – Tia Silva pergunta-me.

– Certamente no vestiário se preparando. – olho para o lado e vejo Hans. – Rapunzel sabe onde é, vou indo na frente. – digo, meio desatenta, meus olhos grudados em Hans. – Nos vemos lá.

Vou atrás de Hans. Não sei o que posso de fato fazer. Confrontá-lo? Segui-lo e ver se ele estará se agarrando com alguém? Não, né. Claro que eu sempre tive um pé atrás em relação a ele, mas eu não avisei à Merida e talvez por isso ela tenha se magoado. Claro que eu também acho que se, no começo dessa história toda, eu tivesse avisado sobre meu mau pressentimento sobre esse garoto por quem ela se apaixonou, ela certamente não ouviria uma maluca que ela mal conhecia e ainda por cima se afastaria, mas... Também não deixo de me sentir culpada pelo jeito que contei, por eu ter contado. Não gosto de ver ninguém assim, muito menos as minhas amigas.

Então desisto, não sem antes lhe mostrar discretamente o dedo do meio quando ele não está olhando.

Vou procurar Anna e minha família. Logo avisto Tia Silvia, Kristoff, Flynn e Rapunzel conversando em um bom lugar na arquibancada, mas eu tenho que ver Anna antes dela entrar, tenho que lhe desejar boa sorte.

Há uma mulher feia e chata na grade que divide a área dos telespectadores dos concorrentes e ela está barrando a todos que tentam entrar, mas eu sei como entrar. Sorrio malignamente quando desvio e subo uma escada, só para descer a próxima que aparece e que dá num banheiro, eu entro nesse banheiro e saio por sua saída traseira, então ando um pouco e taram! estou onde Anna está. Foi ela que me mostrou essa entrada antes de sua primeira competição, uma menina mais velha a tinha mostrado.

Não demoro muito para achar Anna, ela é a única deste vestiário que não está parada recitando seus próximos movimentos ou meditando, a única que está quicando para lá e para cá como uma bolinha pula-pula.

– Anna. – a chamo, enquanto algumas meninas me lançam olhares desconfiados ou de desprezo.

Ela abre os olhos, sorri e pula em cima de mim.

– Você veio! Graças a Deus você veio! – ela berra e recebe vários “Shhh!” irritados de suas sete adversárias.

– Fale baixo! – rio. – Claro que vim, alguém tem que te acalmar. – digo, enquanto a levo para fora do vestiário. – Sabia que Tia Silvia também está aí junto com Zel e Flynn?

– Jura? – grita Anna, entusiasmada e sei que todo esse excesso é só ansiedade e nervosismo. Ela pula várias vezes no mesmo lugar, batendo entusiasmadamente palmas.

– Acalme-se, mulher! – rio.

– Okay. – ela para de pular e bater palmas, mas seus olhos ainda tem aquele brilho louco de quem acabou de comer todo o doce conquistado no Halloween em um só momento.

Depois de passar mais alguns minutos acalmando Anna, as meninas são chamadas, então abraço minha irmã e volto pelo mesmo caminho que vim, sento-me com o pessoal e assistimos Anna dar um show, ela não ganha, porém fica em segundo, perdendo para uma colega de equipe dela, mas mesmo assim ela não parece desanimada com o fato, nem Kristoff também, que a enche de beijos como se ela tivesse acabado de acabar com alguém que o ameaçava de morte.

O resto do dia se passa como um borrão cinzento.

No domingo, eu, Anna, Flynn e Rapunzel vamos ao cinema assistir Hotel Transilvânia 2, Anna adora filmes infantis, assim como eu, e estamos bastante ansiosas com esse lançamento, já que o Um foi ótimo e o Dois parecia ainda melhor. Flynn e Rapunzel, no entanto, pareciam estar focados em outra coisa.

Mesmo sabendo que eu deveria ir para algum ringue e treinar ou marcar com Jack para treinarmos juntos, eu não o faço, estou um pouco cansada de treinar. Quero uma folga. Por isso topo ir com eles ao cinema.

Chegamos ao lugar e só então me dou conta de que ainda não havia ido ao cinema desde a mudança. Quase cinco meses naquela cidade e eu ainda não tinha ido ao cinema. Balanço a cabeça com o pensamento, minha vida realmente ficou bastante agitada depois da Olympic. Eu, Flynn e as meninas entramos, compramos nossos ingressos – Flynn e Zel dão um jeito de nos enganar e compram ingressos três fileiras na frente, bem longe da gente. Alegando não terem mais cadeiras perto de nós, mas a gente viu muito bem que tinha, até rimos disso, mas deixamos o casal apaixonado ser feliz.

Acontece que Flynn e Rapunzel certamente nem viram metade do filme – nem mesmo o menininho fofo que parecia uma projeção dos futuros filhos da Merida –, estavam mais interessados na boca um do outro, mas novamente eu e Anna deixamos passar – não sem jogar algumas várias pipocas neles durante o filme.

E finalmente a segunda chega, eu dou graças por hoje ter aulas e não ter apresentações para mim, todas as minhas finais serão na quarta, a individual de manhã e a em dupla à tarde.

O dia é rápido e sem confusões, não há nada de especial, apenas noto a ausência de Vanessa no treino. Aquela patricinha fresca deveria parar de pensar em si mesma e pelo menos vir treinar. Mas a verdade é que nunca a vi faltar um treino.

Merida também parece meio distante e triste, como se ainda não tivesse conseguido superar a traição de Hans e acho que ela tem todo o direito de agir assim, afinal nem eu ainda superei a traição de Jack. E por isso eu e as meninas lhe demos o total apoio que sei que ela precisa. Eu até me ofereci para bancar a guarda-costas, mas ela não quis. Não soube ao certo se ficava aliviada ou magoada. Eu como guarda-costas? Fala sério.

No final do treino me sinto meio mal e Jonas que, apesar de, na teoria, não poder, apareceu no meio do treino para nos dar uma forcinha, disse que eu certamente só estava nervosa e que deveria ir para a enfermaria. Jack insiste em me acompanhar, apesar de não parecer muito afim, por isso o dispenso – por isso e porque também a presença dele me dá dor de cabeça.

Ao chegar na enfermaria com Jonas, no entanto, desmaio e somente acordo alguns segundos depois. A enfermeira, depois de algumas verificações rápidas e básicas, diz que estou com a pressão baixa. Elly aparece e chama Anna. Anna aparece e entra em desespero. Rio de como ela é fofa. Depois Jonas se despede e vai embora, garantindo-me que assistirá às minhas apresentações na quarta. Elly vai embora logo em seguida, alegando que seu pai já chega e que se irritará se ela não estiver na porta, mas me deseja melhoras. Anna, meio sem graça, diz que, como eu já estou mais ou menos bem, ela vai sair um minutinho para ligar para tia Silvia vir nos pegar quando pegar Rapunzel, dizendo que não me fará bem ficar à tarde na escola assistindo ao campeonato, mas alguns minutos depois me dou conta que ela só saiu para ficar mais um pouco com Kristoff. Não a culpo.

Estou de olhos fechados, deitada na maca, esperando minha tia chegar para ir embora e me perguntando se Anna de fato ligou para ela quando a porta se abre.

Não abro os olhos, se não for Anna, não tem porque eu me dar ao trabalho, mas quando eu ouço a voz de Hans falar algo como “Por favor, me dá um gelo?”, abro os olhos e me sento na maca.

Ele se sobressalta. Não sei se ainda não tinha me visto ali, o que é meio difícil, devido ao tamanho diminuto da sala ou se apenas achou que eu estava dormindo, mas quem se assusta sou eu ao ver seu olho roxo.

– Merida. – ele responde a minha pergunta não formulada.

– An. – sinto-me levemente mal por ficar animada com a ideia de Merida dando um belo murro na cara dele, mas não tanto para me impedir de dar uma risadinha.

Ele não parece feliz com a minha reação, mas tampouco parece me culpar.

– Sei que sou um idiota. Ria mais.

Paro.

– Por que você fez isso? Por que a magoou tão profundamente? Não se faz isso. Você não pode simplesmente fazer uma pessoa se apaixonar por você por causa de uma aposta ridícula. Merida não merecia isso. Você não a merece. – mesmo sabendo que talvez isso o faça se sentir mal, não ligo. É a verdade. – E quando ela for feliz com outra pessoa, tipo o Gustavo, espero que você se arrependa profundamente.

E, como se tivéssemos ensaiado a semana inteira, naquele momento Anna abre a porta avisando que Tia Silvia chegou.

Hans não tem tempo de responder nada e acho bom, talvez ele pense no que ele fez e se arrependa, mas duvido que ele possa fazer algo para mudar a burrada que fez. Apenas lanço-lhe um olhar de desprezo, um olhar quase igual aos que dirigi a Jack desde aquele dia. É, eles eram perfeitas cópias um do outro.

Na terça, tenho certeza que será um dia tranquilo. Tia Silvia fez de tudo para que minha pressão não baixasse por um bom tempo, e tenho medo que acabe ficando com pressão alta. Ela me disse que mamãe também tinha isso e que a médica a mandara beber muita água, mas que comer coisas salgadas também podia servir, por isso nos levou a um fast-food com comidas bem gordurosas e salgadas. Não vou dizer que não gostei, mas também não devia comer aquele tipo de coisa dois dias antes da final. Ela não me deu ouvidos, mas foi bom passar algum tempo em família.

Mas assim que passo pela porta do colégio, já não tenho tanta certeza quanto a tranquilidade do dia, porque um borrão preto passa por mim e se agarra a mim antes de eu ouvir a voz de Jack:

– Eu preciso de sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

Então, eu decidi postar exatamente às 22:54 no meu relógio, que não está em horário de verão rsrsrsr espero que ele não esteja atrasado.
Meu capítulo também será parte 1 e 2, mas foi mais por preguiça e por querer copiar a Ki - mentira.
Beijos,
Liz.