Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 45
Problemas - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Então, eu gostaria de me desculpar, primeiramente, em nome meu e da Kiera, porque tivemos um problema com a linha do tempo da fic e tivemos que alterar algumas coisas.
No Capítulo 43, No Chão - Parte 2, da Kiera, houve uma pequena alteração na fala final do Jack. Que era algo como "Estou indo para o velório da Vanessa" e agora se tornou algo como "Estou indo prestar minhas condolências à família da Vanessa." Não exatamente do jeito que eu pus, okay?
Outra alteração foi no último capítulo, 44, Problemas - Parte 1, meu, que a fala final do Jack passou para a terça-feira, não sendo mais na segunda e foi acrescentado um trecho de umas oitocentas palavras antes dele. Por esse motivo, gostaria de pedir para que todos voltassem para lá e lessem, okay? Desculpa e obrigada. ^^
Outra coisa: queria avisar do recesso de fim de ano que também valerá para a fic. Acredito que depois da próxima postagem da Kiera - que espero, por Deus, que seja esse mês, senão vai ser depois dessa postagem e ninguém quer isso - só vamos voltar a postar em janeiro, então, talvez, se vocês colocassem em seus pedidos de fim de ano que a fanfic seja postada regularmente, talvez a gente o faça, mas não está dando muito bem nem no Wattpad...
Outra coisa que eu quero dizer, que talvez deixe vocês muito putos comigo, é que eu estou com esse capítulo pronto há umas duas ou três semanas, só não postei porque estava com preguiça de arrumar o último capítulo ^^ Não me matem! :)
*Estou fazendo joinha para a tela, mas vocês não estão vendo - tu jura, Liz? -, então me imaginem fazendo joinha para vocês. ^^*



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P.O.V Elsa

– Eu preciso de sua ajuda.

Olho para ele sem entender, nunca o vi tão frágil. Seus olhos estão marejados, seus lábios levemente inchados e seu nariz vermelho. Eu me pergunto o que pode ser tão grave para devastá-lo a esse ponto e para ele engolir o orgulho e vir me pedir ajuda.

– O que foi, alguém morreu? – pergunto, certa de que não foi o caso, torcendo para que isso melhore seu humor, porque não sei lidar com pessoas tristes chorando – eu já sou a minha cota de pessoas choronas –, muito menos meninos, muito menos o Jack.

No entanto minhas palavras parecem surtir o efeito contrário do desejado e sua expressão desmorona. “Alguém realmente morreu?

– Então você já sabe. Não sabia que você era tão cruel. – ele me olha com raiva.

– Sei o que? Cruel com o que? Seu avô morreu? Seu tio? Seu hamster? – mencionar um hamster, animal que eu sei que ele não tem nem tem vontade de criar, na conversa, foi só para tentar animá-lo novamente, mas ele não parece querer estar feliz hoje.

– Não se finja de desentendida. A Vanessa.

– A Vanessa? – sinto como se tivesse levado um tapa. Como assim a Vanessa morreu? Logo a Vanessa? “E por que ele tá chorando pela Vanessa?”, uma pequena Elsa ciumenta indaga, raivosa, mas as outras Elsinhas da minha cabeça estreitam os olhos para ela e ela se cala.

Sinto uma onda de risos histéricos subindo pela minha garganta, mas a contenho antes que escape pela minha boca e Jack tenha a ideia errada. Nunca gostei de Vanessa, mas também não quero parecer insensível.

– Se foi o que eu disse...

– Não precisa ser ignorante. – reclamo, estreitando os olhos para ele.

Ele apenas revira os olhos.

– Morreu de quê? Como?

– Você realmente não sabe? – ele parece surpresa.

– Se foi o que eu disse... – rebato, sentindo-me mal por me sentir vitoriosa quanto a essa besteira. O olhar que ele me lança me dá pena. – Não, eu realmente não sei. – respondo pacientemente.

– Ela se matou. – ele fala e por uma parte ele parece falar que a previsão de tempo disse que vai chover e por outra ele parece dizer que uma bomba vai ser lançada e dizimar toda a espécie humana da face da Terra.

Se matou? – eu estou tão chocada que tenho que me sentar. Meu Deus.

Vanessa, aquela garota arrogante, metida, mimada, megera, má, metida a piranha, toda poderosa e aparentemente inalcançável cometeu suicídio?

Estou chocada.

Suspiro alto.

– Sei como se sente. – Jack diz e soa compreensivo.

Fico algum tempo olhando para o nada.

– Tenho que ir. – uma voz diz de repente e demoro um instante para perceber que fui eu, foi minha voz que disse isso.

Me afasto rapidamente, brava comigo mesma por deixar Jack num momento como esse, chocada com os atos de Vanessa, alguém que imaginei que nunca pudesse fazer mal a si mesma – só aos outros –, e com ciúmes por Jack se importar com a morte de Vanessa, mas sei que essa parte não está sendo razoável, até eu – que, sinceramente, a odiava –, estou meio mexida.

Vou para meu armário e fico chocada ao notar que no armário do outro lado do corredor, o de Vanessa, há um bocado de cartinhas e ursinhos de pelúcias como se ela tivesse sido vítima de algum atentado terrorista. Então era verdade... quando foi isso?

Suspiro e balanço a cabeça para afastar tais pensamentos, pego o meu livro e sigo para aula.

Não consigo me concentrar direito. Por que ela fez isso? Quando ela fez isso? Ela parecia tão bem, tão normal no sábado... será que ela sofria de depressão? Mesmo sabendo que não tenho nada a ver com a besteira que Vanessa fez para sua vida, não posso deixar de sentir meu coração acelerar. Nunca fui boa em superar mortes, mesmo as das pessoas mais longe de mim. Nunca chorava, mas mesmo assim, sempre me perguntava o que acontecera a ela naquele último momento, a última vez que seu coração bateu ou que o ar inflou seus pulmões... a verdade é que eu tinha medo da Morte.

Cochichos durante a primeira aula não faltaram. Alguns especulavam os motivos da morte e outros ainda inventavam mortes extremamente estranhas, como ela estar saindo com um cara mais velho de quem ela pegou alguma DST, ou estar com alguém casado e a mulher se vingou. Outros diziam que ela havia se matado por causa de Jack e me pergunto como ele está se sentindo quanto a isso, porque eu, pelo menos, sinto-me um pouco mal já que todos parecem me lançar olhares de ódio como se a culpa de aquilo tudo fosse minha, mesmo eu sabendo que não é.

No entanto, uma coisa era de senso comum nos comentários: todos comentavam a fatídica morte precoce de Vanessa, pintavam sua imagem como uma heroína, uma mulher jovem e boa, generosa, gentil e muito amada por todos, algo como Madre Teresa de Calcutá, menos santa e bem mais nova. Não gostava disso. Muitas pessoas ali já foram muito maltratadas pela Vanessa quando viva, a xingavam e lhe faziam sinais feios pelas costas, mas mesmo assim agora falam dela como se fosse a encarnação da bondade e doçura. Eu não concordo com isso.

Não tenho tempo de reclamar da hipocrisia que tudo isso é, porque a Diretora Tooth bate na porta e entra, acho que ela nos comunicará oficialmente a morte de Vanessa. Ela parece abatida, triste e cansada e imagino se os pais de Vanessa já vieram tirar satisfações com ela do porquê do suicídio.

– Bem, meus queridos alunos, acredito que todos ficaram sabendo da morte precoce da Srtª. Thompson. Para evitar boatos ou versões fantasiosas dos fatos, vou relatar-lhes o acontecido e dizer como podem e devem proceder, já que esse acontecimento é sem precedentes em todos os anos da Olympic High School.

“Na tarde de domingo, um pouco após o horário do almoço, mais ou menos, a senhorita Vanessa cometeu suicídio com um dos rifles do pai. Um tito único na garganta. Ela tinha uma carta de suicídio que não sou autorizada a divulgar, mas lá havia, de uma forma bem geral, seus motivos para tal acontecimento. Seu corpo só foi encontrado há noite por um empregado da casa. A escola gostaria de garantir que não haja mais casos como esses, por isso começaremos com um acompanhamento psicológico para os alunos, principalmente para os mais próximos de Vanessa, que serão convidados a relatar o comportamento de Vanessa nos últimos dias.”

Uma das amigas da Vanessa, Valerie, eu acho, que passou todo o relato chorando, para de repente ao ouvir sobre o convite e começa a resmungar. Todos sabemos que “serão convidados a relatar o comportamento de Vanessa nos últimos dias” quer dizer “terão que dar um relatório completo com os mínimos detalhes do comportamento de Vanessa nos últimos dias”. Ninguém parecia satisfeito, tampouco, com o acompanhamento psicológico.

A Sraª. Tooth dá um sorriso cansado.

– O campeonato, apesar de tudo, não será cancelado e me desculpo desde já por vocês terem que competir de luto, mas não consegui entrar em acordo com os professores das outras escola. – ela parece realmente mal, como se tivesse envelhecido alguns anos em apenas uma manhã. Ela realmente se importa conosco. Pobre mulher. – Obrigada, professor. Mais informações sobre o acompanhamento psicológico serão disponibilizadas em breve e para quem quiser dar apoio à família da Vanessa, ir para o enterro, saber mais informações... – ela faz um gesto como se quisesse abranger tudo. – Os pais de Vanessa estarão aqui no colégio esta tarde.

Ela sai sem dizer mais uma única palavra e assim que a porta se fecha atrás de suas costas, é como se um tsunami tivesse atingido a sala e todos estão conversando e comentando e falando, especulando, tudo ao menos tempo. Por mais que o professor tente retomar o controle da sala, ele não consegue. Merida ergue as sobrancelhas para mim, como se dissesse “o que você acha disso tudo?” e eu dou apenas de ombros. Não sei.

O sinal toca em pouco tempo e somos liberados para a selva que eram os corredores da escola sem a tirania de Vanessa Thompson.

Jack parece arrasado.

Na hora do intervalo, o observo de minha mesa.

Ele não está com o pessoal do hóquei. Na verdade, ele está fora do refeitório, em um banco de pedra que dá na área verde da escola. O observo pela parte transparente da porta do refeitório, constantemente me levantando do banco para poder vê-lo. As meninas não dizem nada, nem Kristoff. Anna e Kristoff haviam parado de ficar em nossa mesa, mas eles voltaram hoje.

Sinto alguns olhares em mim, sei que muitos me culpam pela morte de Vanessa, acham que eu fui o motivo por Jack e ela terem rompido e consequentemente era a culpada. Eu discordava, mas isso não parecia importar para eles.

Amanhã será a final das apresentação da patinação e me pergunto se Jack estará preparado. Apesar da mágoa que sinto, terei de lhe dar apoio pelo campeonato, para que a gente não perca.

Um casal passa conversando uma língua que não conheço por nossas mesas. Não entendo. Deve ser alemão, mas não me lembro de termos aulas de alemão.

– Intercâmbio. – Astrid responde para a minha cara de paisagem.

– Ah. – sorrio. – Deve ser incrível... sair do seu país, conhecer outras pessoas, estudar em outra escola, morar com outros pais, estudar novas coisas, conhecer novos lugares... – acho que meu ar é meio sonhador.

– Oh, não. – Elly diz, sorrindo. – A galera do intercâmbio da Olympic não vai para casas hospedeiras, moram no prédio residência da Olympic.

– Hein? – digo, confusa, erguendo uma sobrancelha. – Não sabia que a Olympic era um colégio interno.

– E não é. – diz Astrid. – Só fornece residência para alunos de intercâmbio, alguns bolsistas, estudantes órfãos que não têm com quem quem morar, estudantes que pagam uma taxa extra para morar no “colégio”, e outros casos especiais. – ela olha para Merida e Elly como se esperasse que elas acrescentassem alguma coisa, mas Anna rapidamente, fazendo a boca de Merida se fechar e lhe lançar um pequeno olhar de raiva.

– Quer dizer que se quiséssemos poderíamos morar no colégio e não na casa de tia Silvia? – sua voz é um misto de animação, malícia e tristeza e vejo-a lançar um olhar para Kristoff. O que ela está planejando?

– Na verdade, – Merida começa, lançando um último olhar de ódio para Anna. – não é na escola. É um prédio aqui perto, já viram uma grande mansão quando saíram do colégio? Bem, é lá. Os alunos vêm para o colégio de carro ou a pé, mesmo, já que é bem perto. É um programa bem massa, inclui alimentação, transporte, etc. O capitão da equipe de esgrima faz parte do programa depois que o pai dele morreu. – ela faz uma careta e sei que pensou em Hans, afinal, é muito recente, ela ainda deve estar muito magoada. Será que acha que não sentimos a falta dela no sábado? – Então, acho que sim. – ela conclui, depois de balançar a cabeça como se quisesse afastar quaisquer que fossem os pensamentos dela.

Era engraçado como aquela cena parecia uma daquelas propagandas mal feitas que passavam às vezes na TV. Só faltava eu me virar para a câmera e dizer “Entre já! É R$ 99,90!”

Levanto-me novamente e vejo Jack fazer um gesto para sair. Levanto-me completamente de supetão e balbucio um “Com licença.” Astrid se levanta comigo, acho que ela sabe que preciso de ajuda para ser legal com ele.

– Jack? – puxo seu braço após uma curta corrida para alcançá-lo. Astrid anda a passos lentos atrás de mim, acho que quer nos dar privacidade, coisa que definitivamente não precisamos e me pergunto se ela vai dar meia volta e voltar para o refeitório. A matarei se ela o fizer.

Jack, num gesto inesperado, se vira e me aperta contra seu peito, num gesto protetor e me pergunto se ele gostaria que fosse Vanessa ao invés de mim. Suspiro e sinto lágrimas quentes tocarem o topo de minha cabeça. Uma rápida e complicada olhada para trás é o suficiente para perceber que Astrid deu meia volta e saiu.

Não sei como reagir, então apenas abraço a cintura de Jack, também chorando e me prometendo que aquele seria o último momento que me permitiria desfrutar da companhia e do calor – ou talvez frio, vai entender – de Jack Frost.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de mandar vocês, por obséquio e em nome do gatíssimo Jack, curtirem a página da fic no Facebook, porque nos já não estamos muito animadas em fazer postagens, com 11 seguidores nos acabamos de vez. Link ~~~~~~~~> https://www.facebook.com/challengesofthelove/

E também que fossem no Wattpad - quem tem conta, claro. Mas quem tiver disposto a criar uma lá só por isso, também fique à vontade - e colocassem a fic na biblioteca e seguissem, nem que fosse para não ler, só dar joinha em cada capítulo, porque tá difícil :'( Só a galera do Nyah compreende a nossa dor. Também gostaria de dizer, se já não disse, que lá há algumas cenas inéditas e algumas modificações para a fic ter mais sentido em alguns pontos. Link ~~~~~> https://www.wattpad.com/story/51040236



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