Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 15
A festa mais louca, os adolescentes festeiros mais organizados e a melhor guerra de travesseiros de todos os tempos.


Notas iniciais do capítulo

CARA, EU AMEI ESCREVER ESSE CAPÍTULO. Esse capítulo será postado sem a revisão da Liz, então qualquer erro é responsabilidade dela. Mentira. USEM A IMAGINAÇÃO PARA IMAGINAR A CASA, QUARTO E JARDIM DA MERIDA, A FESTA E A DANCINHA DO HANS (opa, isso foi um spoiler). Mas aí, espero que gostem.
OBS.: esse cap contém palavrões. Não leia perto dos seus pais.



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No intervalo da quinta, me sento-me à mesa onde estão Astrid, Elsa e Elly.
– E aí? Vocês vão mesmo, né? - falei. Na segunda, elas combinaram de ir à minha casa no sábado, mas acabamos decidindo que era melhor na quinta à noite, já que sexta era feriado e meus pais e irmãos iam passar esses dois dias fora de casa.
–Sim! Você já perguntou isso umas 1000 vezes essa semana! - disse Elsa
.- Mas eu quero ter certeza! Vocês vão mesmo, né? - disse, rindo.
– SIIIIIIIIIIIM! - responderam em uníssono.

No fim do treino, minha mãe veio me buscar, sem os meus irmãos. Íamos a um mercado próximo a minha casa para comprar algumas coisas para a noite.
– Quantas meninas vão vir, mesmo? - perguntou minha mãe enquanto dirigia.
– Três. Astrid, Elly e Elsa. - respondi.
– E a Vanessa? Por que não chamou a Vanessa? - perguntou minha mãe, rindo. Ela adorava brincar com o fato de eu odiar Vanessa
.- Ha.Ha.Ha. É claro que não. - falei. - Mas falando em Vanessa, ela me convidou para uma festa na próxima sexta, acredita?
– Acredito sim. E você quer ir?
– Não sei. Vou ver se as minha amigas vão, aí eu decido. - respondi. Então, o carro parou e nós descemos. Fui direto para a sessão de "guloseimas", mas minha mãe me fez voltar, porque ela queria olhar sapatos. Suspirei quando ela começou a me perguntar qual sapato de salto era mais bonito e respondi que o allstar vermelhinho era mais bonito que todos juntos. E aí foi ela que suspirou.
Depois de comprar o que minha mãe chama de "açúcar e sal puro", fomos para casa. Meus irmãos iam acampar e meus pais iam viajar. Antes de sair, recebi algumas "recomendações" da minha mãe:
– Vão dormir antes de meia-noite, não comam muito doce, nada de som alto, tomem banho antes de dormir, não façam muita bagunça e estudem mesmo, viu? - falou ela
.- E nós só voltaremos na sexta à noite. - disse meu pai. Despedimos-nos e eles foram embora. Entrei dentro de casa e comecei a arrumar as coisas. Abri um saco de salgadinho e coloquei numa tigela grande em cima da mesa. Fiz a mesma coisa com um saco de jujuba e de fini, e deixei chocolates ao lado. Coloquei na mesa um refrigerante de 1 litro e copos e guardava o resto quando a campainha tocou.
Era Elsa. Falei para ela subir e colocar a sua mochila no meu quarto, que estava arrumadinho como há muito tempo não ficava. Uns 15 minutos depois, Elly e Astrid chegaram, quase ao mesmo tempo. Subi para o meu quarto com as meninas e mostrei-o a elas.
– Uau! Quanta coisa! - disse Elly, quanto mostrei um armário com todas as medalhas e prêmios que eu já tinha ganhado na vida. Fiquei toda orgulhosa com esse "quanta coisa", mas realmente tinha muita coisa.
– Que bichinho é esse? - perguntou Elsa, apontando para a pelúcia da mascote da Olympic que eu tenho.
– É o dragão Banguela, mascote da Olympic. Ele não é fofo? - perguntei, enquanto apertava o Banguela.
– É sim. Ei, aqui no seu quarto só tem medalha, arco, flecha e pelúcias. Cadê as suas Barbies? - perguntou Astrid, rindo.
– Ah, claro, e eu tenho cara de menina que brincava com Barbie? Eu era um molequinho, gente. Nunca tive Barbie. No máximo, eu brincava com aquelas bonecas que era pra dar mamadeira, e olhe lá. disse. As meninas começaram a rir e eu também.
– E aí? Quem está com fome? - perguntei.
Descemos para a cozinha, onde estava a "mesa da perdição", como Elly chamou. Fui abrir o refrigerante e ele vazou, sujando minha blusa. Percebi que ainda não havia tomado banho e que meu cabelo estava com um cheiro estranho.
– Ei, eu vou tomar um banho. Provavelmente vou demorar, então NÃO comam tudo. - falei e fui para o meu quarto. Peguei duas toalhas, roupas e fui para o banheiro do corredor.
Comecei lavando rosto com um sabonete para prevenir cravos e espinhas - que, cá pra nós, não fazia isso de verdade. Após 15 minutos, entrei no Box. Ouvi "Hot N' Cold" e pensei que as meninas tinham ligado o som e no que minha mãe havia dito: "nada de som alto". Lavei meu cabelo e o hidratei. Então, ouvia música e outros sons, como de gente rindo. "Essa meninas não calam a boca", pensei. Saí do box e comecei a me enxugar e vi que já fazia mais ou menos 1h que havia entrado no banheiro. Aí ouvi um barulho de coisas quebrando. "O que é isso?", pensei. Enrolei uma toalha no meu corpo e com a outra fiz uma espécie de turbante. Abri a porta do banheiro e ia gritar pra meninas pararem de fazer bagunça no corredor, mas eu não vi Elsa, Elly e Astrid. Vi UM MONTE DE GENTE, gente que eu nunca tinha visto. Fiquei atordoada e queria gritar para um menino soltar o vaso da minha mãe, mas eu estava parada na frente de um banheiro, de toalha. Digamos que gritar não era a coisa mais inteligente a fazer.
Fechei a porta e me vesti, então saí do banheiro. Estava totalmente confusa: quem eram aquelas pessoas? Onde estavam as meninas? Saí andando pela casa, procurando-as. Gritei para o menino soltar o vaso da minha mãe, gritei para o menino sair de cima da mesa, gritei para a menina parar de gritar. Finalmente, avistei Astrid. Ela estava rindo debilmente com Soluço.
– Astrid! - gritei, mas ela não me escutou. - Astrid! - Fui em direção a ela. - ASTRID!
– OI! AI! - disse ela, quando eu a arrastei para longe de Soluço.
– Mas que merda é essa aqui? O que houve? perguntei.
– Eu não sei! As pessoas simplesmente apareceram, tipo, do nada!- COMO ASSIM, AS PESSOAS APARECERAM DO NADA? - gritei.
– Calma. - respondeu ela. Calma? Como é que eu vou ficar calma? Tem uma festa acontecendo na minha casa! - Primeiro, é meio impossível impedir o garoto que você gosta de entrar numa festa que você está. Segundo, é impossível mandá-lo embora quando ele te chama para dançar!
Tive que respirar fundo.
– Olha, vai atrás da Elly que eu vou procurar a Elsa. - falei. Astrid assentiu e se separou de mim. Varri a sala com o olhar e não vi Elsa. Já tinha procurado em todos os lugares da casa, só faltava o jardim.

Quando cheguei perto da porta que dava para o jardim, ouvi um gemido. "Opa!", pensei. "Será que alguém está indo longe demais ali mesmo, no jardim?" Dei um risinho e abri a porta, com cuidado para não fazer nenhum barulho. Fui andando e esperava encontrar gente tre... Gente fazendo, mas encontrei Elsa. E Jack.
Jack estava deitado na grama, se contorcendo de dor e Elsa estava com as mãos na boca, com um olhar preocupado.
– O que está acontecendo aqui? - perguntei.
– Sua amiga me deu um chute... lá. - responde Jack.
Não acredito. Elsa sendo violenta? Realmente não acredito. Isso é o tipo de coisa que eu faria, e não ela.
– Sério, Elsa? - digo, rindo. - Você deu um chute nos "cubos de gelo" de Jack? - pergunto, rindo da minha própria piada. Continuo rindo por alguns minutos, engasgo e começo a tossir e rir ao mesmo tempo. Então, lembro que não tenho tempo para risadas quando ouço - novamente - o som de algo quebrando. Ia chamar Elsa para me ajudar, mas acho que, no momento, ela tem coisas mais importantes para fazer.
– Vocês deviam por gelo nisso aí - digo, dando meia-volta e rindo uma última vez. Saio do jardim e procuro Astrid, que está no outro lado, balançando as mãos para que eu possa vê-la.
– Cadê a Elsa? - pergunta Elly, que está ao lado de Astrid.- Foi na cozinha, com o Jack. - respondo, com um sorriso malicioso. Elas fazem o mesmo sorriso.
– Então, preciso da ajuda de vocês. Levem todo mundo para a sala. Depois disso, Astrid irá para perto do som e você, Elly, irá para perto do interruptor. Eu vou subir as escadas. Quando eu estiver lá em cima, Astrid desligará o som e Elly vai apagar e, em seguida, acender a luz. Isso vai fazer com que todos fiquem quietos e que alguns gritem. - faço uma pausa e rio. - Aí eu vou falar que isso foi um mal entendido, que todos devem ir embora e blá blá blá. Entenderam? - perguntei, e as meninas assentiram. - Muito bem. Agora vão para as suas posições. - disse, dando um sorriso e me encaminhando para a escada.
Subi os degraus e cheguei ao topo. Apoiei-me no guarda-corpo e olhei para baixo... Tinha muita gente.
– Ruivinha! - ouvi uma voz familiar vindo do meu lado. - você por aqui? - era Hans. Suspirei. Até ele? - não sabia que gostava de festas.
– Todo mundo gosta de festas, Hans. Não me chame de "ruivinha" - disse, pronunciando "ruivinha" com nojo na voz. - E é claro que eu estou nessa festa, até porque a casa é minha.
– A casa é sua? Ah, então, parabéns, porque essa festa tá ótima! Tuts, tuts, tuts, tuts, tuts, tuts, quero ver! - disse, meio que cantando a parte dos "tuts" e fazendo uma dancinha ridícula. Quase não consegui manter minha expressão séria. Vi que ele estava com um copo na mão e fiquei com medo:
– Hans, você bebeu? - disse, apontando para o copo.
– Não, claro que não. Não tem bebida aqui. - disse ele. Arqueei as sobrancelhas. - E mesmo se tivesse, eu não ia beber, dã.
Respirei aliviada, porque com essa afirmação, eu me livrava de dois problemas: bebidas na minha casa e um Hans bêbado. Só que a festa ainda continuava, então eu ainda tinha que me livrar de mais 1000 problemas.
– Cara, não era pra ter festa nenhuma! Eu nem sei quem são essas pessoas e como elas vieram para aqui! - disse, segurando os ombros de Hans e chacoalhando-o.
– Xiii... Sério? Então eu acho que vou embora. - disse ele.
– Não... Só me ajuda. - disse, e acho que isso foi quase como se eu pedisse para ele ficar, então deve ter sido por isso que Hans deu um sorriso tão grande. - Manda os seus amiguinhos descerem.
Hans fez isso e desceu, me deixando sozinha lá em cima. Olhei para baixo procurando-o, mas perdi-o de vista. "Deve ter ido embora", pensei. Então olhei para Astrid e dei o sinal. Ela desligou o som e Elly desligou a luz, acendendo uns três segundo depois. Comecei a falar:
– Ei! Olhem para cima! Eu não sei quem vocês são, nem o que estão fazendo aqui, e nem quero saber, mas essa casa é minha e quero que vocês saiam!
– A casa é sua? - perguntou um cara.
– É! Essa festa foi um... Mal-entendido, não era pra ter festa nenhuma! Agora saiam, xô, xô. - falei, empurrando o ar com as mãos.
– A casa é sua? Eu achei que fosse da Bella! - disse o mesmo cara, como se não tivesse ouvido nada que eu falei no último minuto.
– QUEM É BELLA? - perguntei, abrindo os braços.
– Eu sei lá! - respondeu o cara. Seria engraçado se não fosse bizarro.
– Tá. Eu só quero que vocês saiam! VÃO. EMBORA. AGORA. -gritei pela última vez. Finalmente, as pessoas mostraram me ouvir. Grupos foram se encaminhando para a porta, resmungando algo sobre eu ser uma "estraga prazer", "chata", "louca" e outras coisas mais pesadas.
Quando a última pessoa foi embora, suspirei aliviada, me joguei no chão e fiquei olhando para o teto. Olhei para o lado e vi Elsa, Astrid e Elly juntas, segurando o riso. Fechei os olhos.
– Podem rir, meninas. - disse. Logo comecei a rir junto, o que provava que todas nós estávamos loucas.
Andamos pela casa á procura de sujeira para limpar. Fora uns papéis ali, cacos aqui e farelos aculá, a casa estava relativamente limpa. Aqueles eram os Adolescentes Festeiros mais organizados de todos os tempos. As garotas me ajudaram - o que foi totalmente justo-, então terminamos o trabalho rápido. Tomamos banho e nos arrumamos para ver um dos filmes que Elly havia trazido. Peguei os salgadinhos e doces que estavam guardados e levei para o meu quarto, onde iríamos ver o filme.
Lá no meio do filme, ouvi um barulho. Peguei o controle e pausei o filme.
– Vocês ouviram? - sussurrei.
– Eu ouvi! Parecia... Gente falando. - sussurrou Elly. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi que ladrões estavam na minha casa. E fazia todo o sentido! Houve uma festa, ninguém viu quem entrava e quem saía. A oportunidade perfeita para assaltar uma casa grande, bonita, cujos donos eram ricos.
– Ai meu Deus! - disse, com medo. Pensei rápido. Eu tinha como me defender. Bati o dedo indicador na boca, dando a entender que as meninas deveriam ficar em silêncio. Peguei um arco e quatro flechas.
– AAAAAAAAAAAA... - gritei, enquanto, num movimento rápido, abria a porta e me preparava para atirar em quem estivesse na minha frente. Esperava dar de cara com ladrões, mas, dei de cara com Jack, Soluço e Hans. -... AN? Os meninos me olharam confusos. Aquela cena era tão esquisita! Três meninos espiões que estavam atrás de uma porta olhando confusos para uma menina de pijama armada, que defendia outras três meninas medrosas. Então percebi que eles agora estavam com um olhar malicioso... Porque nós estávamos usando umas camisolinhas "sexys". As garotas atrás de mim logo se cobriram com almofadas e eu soltei o arco e as flechas, fechando a porta e ficando só com a cabeça de fora.
– Ah... - disse Hans, fazendo biquinho. Os outros riram e eu fiz uma cara de raiva, para disfarçar meu enrubescimento.
– An... O que é que vocês estão fazendo aqui? - perguntei.
– Ah, é que nós também queremos estudar para as provas... - disse Jack, com um sorriso. Outros riram.
– Que bom, então vocês só precisam do livro da matéria... E de vergonha na cara! - rebati, e a meninas riram.
– Na minha cara não cabe vergonha, a beleza ocupa muito espaço. - disse Soluço e os meninos riram. E a Astrid também, riu alto. Soluço ouviu e deu um sorriso. - A Astrid tá aí? Astrid! - chamou ele.
– Elsa também! Elsa, eu te desculpo, viu? - disse Jack.
Virei para Elly, Astrid e Elsa:
– Esses meninos são loucos! - sussurrei, rindo. Depois me voltei para eles. - Aliás, nós amamos o seu strip-tease, Jack Frost. - disse e ele corou. - Principalmente a Elsa, né Elsa? - completei, aí Jack e Elsa viraram tomates.
– Okay, agora que tal os três patetas irem embora? - disse a sábia Elly, rindo.
– Isso mesmo, xô. - disse, tentando fechar a porta, pois Hans pôs o pé entre a porta e a parede.
– Ei, ei, Merida. - disse ele.
– Ah, o que você quer? Passar a noite aqui? - falei.
– Você é muito chata. - disse Hans.
– Igual a você. - disse a ele, sorrindo e finalmente fechando a porta. Encostei-me a ela e fui descendo, até sentar no chão. Olhei para as meninas:
– Ah, podem rir. - disse, rindo junto com elas. Após 5 minutos, todo mundo já tinha parado de rir, menos Elsa. Então eu, acidentalmente, joguei uma almofada nela. E assim começou a melhor guerra de travesseiros de todos os tempos.


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Notas finais do capítulo

SOBRE A PARTE DA ENTRADA NO JARDIM: ficou bem ozada. Se não gostou, ignore-a.
SOBRE A PARTE DO "TUTS": isso é uma música. Joguem "tuts tuts quero ver" no youtube. Vcs vão rir.
Beijos da Ki :*



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