Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 16
Gelo Na Virilha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Não sei o que falar, então vamos logo pro capítulo que é o que vocês querem realmente ler, não minha enrolação.
Hihihi.
Beijos,
Liz.



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P.O.V Elsa

Fiquei super feliz por Merida ter me convidado para ir para sua casa, era a primeira vez que eu ia para a casa de alguém da minha idade, a não ser o pessoal da família, mas, cá entre nós, família é família, né?
Anna até ficou um pouco magoada por não ter sido convidada também, mas em Seattle ela sempre era convidada para festinhas e reuniões, então ela não pode reclamar de nada. Será minha primeira festinha, mas seria a milésima de Anna.
Sou a primeira a chegar, apesar de Rapunzel e Anna terem me dito que só as fracassadas chegam super cedo – Anna usou o termo “adiantadas”, mas eu entendi –, mas eu estava super ansiosa e não pude me impedir. Apesar do que elas me disseram, Merida me recebe calorosamente, me abraça e me manda guardar minhas coisas em seu quarto impecavelmente organizado. Elly e Astrid chegam alguns minutos depois, provavelmente juntas.
Estamos conversando sobre nossas pequenas conquistas atléticas e comendo porcarias quando Merida se levanta e diz que vai tomar banho.
Dez minutos depois, Merida ainda não voltou e o papo já está quase minguando quando a campainha toca.
–Quem será? –pergunta Astrid.
–Será que Merida convidou mais alguém? –rebate Elly.
–Sei lá. Podem deixar que eu atendo. –digo, me levanto e me encaminho para a porta. –Olá. –digo, sorrindo, quando abro a porta.
Mas, infelizmente não é uma garotinha vendendo biscoitos ou um entregador de pizza, ou qualquer coisa normal numa festa do pijama, mas umas dez pessoas que entram sem pedir licença, quase me atropelando. Reconheço alguma dessas pessoas, então acho que foi Merida que as convidou, então fico um pouco mais tranquila, mas ai eu vejo ele.
Elly e Astrid me encaram com olhares interrogativos e eu simplesmente dou de ombros, sei sobre isso tudo tanto quanto elas.
Sorrio tentando parecer tranquilizadora para elas e me afasto dali. Qual é, ele tinha que vir? Começo a andar e olho para trás, esperando não vê-lo, mas ele está lá e nossos olhares se encontram, então ele começa a vir em minha direção. Começo a andar por uma área que ainda não foi invadida por adolescentes festeiros, mas minha cabeça bate em algo e eu fecho os olhos, atordoada.
–Qual é o seu problema comigo, Elsa? –diz uma voz distante, que insiste em me manter em pé.
“É Jack Frost!”, uma pequena vozinha estrangulada e excitada diz-me, cheia de satisfação.
–An? –pergunto, um pouco – muito – confusa.
–O que você tem contra mim, Elsa? –ele pergunta novamente, dessa vez com outras palavras. Meu nome sendo lindamente pronunciado em sua boca.
–Hm... nada. –respondo e ele pressiona-me contra a parede com seu corpo.
Lembro-me de seu pequeno strip-tease na escola e quase começo a hiperventilar novamente.
–Diga-me, garota, prometo não ficar com raiva. –ele diz com a voz macia e calma.
–Nada. –nada, insisto, quase suplicante.
Então, seu lábios estão perigosamente perto novamente, mas não acho que dessa vez irei impedir. Sei lá, acho que tenho que dar-lhe uma chance, dar-me uma chance. Mas, e se ele for como a maioria dos outros garotos, que querem as garotas como troféus para exibirem como conquistas, como eu lhe disse ser. “Mas e se ele não for?”, replica aquela vozinha que sempre se derrete aos seus pés.
E esse “e se” é o bastante para me fazer recuar. Mas só há parede atrás de mim e ele se aproxima cada instante mais um centímetro, posso sentir sua respiração em minha boca. Olho para por sobre seu ombro, tentando pensar em algo o que fazer para impedir essa situação. “Livros!”, penso “Sempre tem algo assim em livros.” e o primeiro livro que me vem a mente é A Seleção, então, dou-lhe uma bela joelhada entre as pernas. Ele cai no chão aos meus pés com as mãos nos seus... órgãos sexuais e eu fico genuinamente preocupada, não queria realmente macucá-lo, só fazê-lo não me beijar, não queria fazer uma vasectomia no pobre menino.
–Não queria lhe machucar. Desculpe. –digo-lhe e ele me lança um olhar de ódio.
Ninguém nunca havia me lançado um olhar de ódio antes, de raiva, talvez, mas ódio? Nunca. E eu realmente não gostei dele ter sido o primeiro.
–É mesmo? –ele está sendo irônico. –Pois não parece.
–Eu só não queria que você me beijasse. –ele não precisa saber que nunca beijei ninguém. Uma menina de 16 anos BV é estranho, não preciso lembrar-me.
–Era só dizer, garota! –ele berra, ainda com as mãos onde eu o chutei, e eu inconscientemente me encolho.
–O que está acontecendo aqui? –Merida surge, de roupa trocada e seus cabelos semi cacheados, por ainda estarem secando, quase colados em suas costas.
–Sua amiga –é impressionante como deixei de ser “Elsa” e virei “Amiga da Merida” –me deu um chute... –ele olha para mim, como se estivesse avaliando minha ingenuidade. –Lá. –Será que ele acha que tenho 9 anos?
Merida começa a rir e eu e Jack olhamos para ela como se ela fosse insana.
Depois de alguns minutos rindo, ela olha para nós como se não acreditasse no que Jack acabou de dizer.
–Sério, Elsa? –ela ainda não parou de rir. –Você chutou Jack em seus “cubos de gelo”? –ela cái na gargalhada, dobrando-se para a frente e rindo até engasgar e começar a tossir e rir ao mesmo tempo. O riso dela é contagiante e quando percebo, também estou rindo.
–Por que você está rindo? –Jack me questiona. –Isso não é engraçado, você poderia me impedir de ter filhos.
“Nossos filhos.”, diz a vozinha, tristemente e eu tento sufocá-la com um travesseiro.
–Não sei. –admito. –O riso dela é contagiante.
Merida lhe dá um sorriso deslumbrante e se afasta, ainda rindo.
–Vocês deveriam pôr gelo nisso! –grita Merida, sem se virar, depois volta a rir novamente.
“Vocês?”
–Hmm... acho que é melhor mesmo. –digo-lhe.
–Okay. –ele parece estar um pouco mal-humorado.
Ele se levanta, com a mão ainda lá, e eu tento ajudá-lo a se apoiar, mas ele me ignora e começa a caminhar mancando, na direção contrária a da cozinha.
–Ahnn... Jack?
–Que é? –ele diz, mal-humorado.
–A cozinha é por lá. –ele sorri amavelmente para mim quando dá a volta e começamos a caminhar em direção a cozinha. Ele pega minha mão e eu tento dar-lhe apoio.
Quando chegamos na cozinha, solto minha mão e ele se senta em um dos banquinhos. Abro o freezer da geladeira, feliz pelo friozinho que sai dele, pego um daqueles sacos com gel petrificado dentro e passo-lhe, mas ele não pega e o gelo cai em cheio lá novamente e ele geme.
–Desculpa! Desculpa! Desculpa! Mas você deveria ter pego. –falo, passando o gelo no local.
Não me dou conta do que estou fazendo até Jack me lançar um olhar malicioso e eu subo o gelo e depois solto com tudo de novo e saio, enquanto ele geme alto.
Procuro as meninas.
Encontro Elly no interruptor, Astrid no som e Merida conversando com Hans nas escadas. Não vou com a cara daquele sujeito, e pode crer, ele não deve ser boa gente, sou muito intuitiva e meus intuitos nunca falham. Uma vozinha no fundo da minha cabeça ri, discordando e eu mentalmente enfio um pano de chão molhado na sua boca, como mordaça.
Merida diz um pequeno discurso e eu fico entediada na metade do mesmo, então vou atrás de Jack, para ver se ele está bem. Chegando na cozinha, vejo um cara se agarrando loiro se agarrando com uma garota de cabelos negros.
–Se desagarrem! –berro.
Eles me olham alarmados. O batom dela está borrado e seu cabelo bem descabelado. Ele está com a camisa meio aberta e com batom borrado ao redor da boca. Se algum dia eu chegar a fazer qualquer tipo de demonstração de afeto desse tipo, Anna tem minha autorização para me colocar no primeiro hospício que ela achar.
Encontro Jack no jardim com uma morena, que eu poderia descrever parecida com a Esmeralda de o Corcunda de Notre Dame. Solto um involuntário suspiro de alívio quando vejo que eles só estão conversando e não se agarrando. Chego mais perto para ouvir a conversa. Hey, não me julgue por isso!
–Mas sério que você está me dispensando? –ela não parece com raiva, só irritada, decepcionada e um pouco bêbada.
–É... –ele também parece um pouco decepcionado, mas também centrado em seu objetivo, que parece ser dispensá-la sem magoá-la. –Desculpe, Victoria. Acontece que eu estou interessado em outra pessoa.
Ela o olha com uma curiosidade enorme.
–É? Quem é?
Sua boca se aproxima da orelha dela e ele sussurra algo em seu ouvido. Poderia jurar que seus lábios formaram meu nome, mas duvido muito.
–Humm... licença, mas a dona da casa está mandando todo mundo ir embora. –diz alguém, atrás de mim.
Viro-me e vejo Hans, o paquera de Merida.
–Ah, desculpa, eu fui convidada por ela. –falo com uma voz calma, mas obviamente irritada.
–Sério? Desculpe, acho que ainda não fomos apresentados. Sou Hans. –ele ignora ou não nota minha irritação e ainda por cima estende a mão. “Amadores.”, reviro os olhos.
–Elsa. –aperto sua mão.
–Ah, você é uma amiga da Merida, né? –“Dããã. Se eu estou na casa dela”, tenho vontade de responder, mas ele continua antes que eu possa fazê-lo. –Ela fala muito de você.
–Oh, legal. –sorrio fraco para ele e me viro para Jack e Victoria, mas eles não estão mais lá.
Talvez ele tenha desistido do celibato e tenha ido fazer o você sabe o que com ela.
–Bem, tenho que ir, Hans. Vou ajudar Merida com as coisas. E, sem querer ser rude, acho que você deveria ri também. Afinal, a ideia original era a de uma festa do pijama e noite dos estudos para meninas, e menos que você seja uma menina vestida de menino acho que não poderá ficar. –sorrio fofamente e depois me afasto sem ouvir sua resposta.


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Notas finais do capítulo

Cubos de gelo nunca mais serão os mesmo para mim depois desse capítulo. Hahahaha



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