“É um novo amanhecer
É um novo dia
É uma nova vida pra mim
E estou me sentindo bem”

Feeling Good - Muse

WALLY

Roy havia me chamado para treinar com ele o que foi a realização de um sonho, sério, pela primeira vez eu consegui dar um coro no Arsenal. E eu estou começando a gostar disso, definitivamente. Ontem meu tio perdeu uma corrida para mim, eu sei que eles estão no início e eu tenho treinado a anos e tive a ajuda do tio Barry para desenvolver meus poderes e a ajuda do próprio Arsenal entre outros membros da Liga no meu treinamento em luta, o que me deu uma vantagem considerável sobre ele no combate. Mas quem se importa, estou arrasando com meus mentores!

Oliver estava sentado na cadeira da Felicity pensativo, o que é ainda mais bizarro do que a versão Lula Molusco de anteriormente. Felicity estava no trabalho o que me levou a pensar em quando eles vão se tocar a respeito de Palmer... São tantas coisas que eles não sabem, e tantas outras para as quais eles não se importam, que chega a ser ridículo. Terminamos nosso treinamento no momento em que meu tio passou correndo pela porta, como sempre ele olhou em volta primeiro procurando por Felicity, mas assim que percebeu que ela não estava voltou sua atenção para mim... Legal, agora eu sou a segunda opção da versão confusa do meu grande herói.

—Preciso conversar com você. –Ele diz me olhando parecendo estar perdido, e agora eu acabo de me tornar uma espécie de guru também. –Oi Oliver, Roy! –Cumprimentou sem nem mesmo olhar na direção deles que responderam um “oi” sem se importarem também.

—O que aconteceu? –Pergunto preocupado.

—Quando você disse aquilo sobre outras pessoas passando por minha vida e a da Íris antes de nós sermos um casal, era verdade? –Agora Oliver pareceu se interessar encarando Barry como de desejasse ter seu arco em mãos.

—Sim, vocês namoram outras pessoas... Ah merda! –Reclamo batendo a mão na cabeça. –Não posso ficar te contando coisas sobre seu futuro, então para de me perguntar! –Respiro fundo tentando me acalmar, imediatamente me arrependendo de usar aquele tom de voz com ele. –Desculpa, senhor. –Digo baixando meu olhar em sua frente.

—Ei! –Barry chama com um sorriso na voz. –Está tudo bem Kid! É que eu chamei a Caitlin para um encontro... Bom, um encontro de amigos. –Ele parece confuso.

—Espera! Quem é Caitlin? –Pergunto confuso.

—Como você não conhece a Caitlin Snow? –Ele pergunta surpreso. – Ela faz parte do meu time. Caitlin não está no meu time no futuro? –Ele fica branco claramente abalado. –Cisco você conhece ou o Dr. Wells?

—Não sei se devo responder isso. –Preciso me sentar, deixo meu corpo cair em uma cadeira próxima, nada fazia sentido.

—Você precisa me responder! –Ele grita e Oliver se levanta tocando seu obro o que faz com que ele o olhe.

—Não é culpa do garoto. –Diz Oliver. –Mas se algo aconteceu com sua parceira essa é sua chance de mudar. –Barry confirma balançando a cabeça, mas parece estar se esforçando para se acalmar.

—Vou cuidar dela. –Barry diz decidido e Oliver esboça um sorriso mínimo para ele aprovando sua decisão. –Desculpa Kid. –Ele se abaixa a minha frente me olhando como se eu fosse uma criança. –Só que é tudo muito frustrante.

—Imagina para mim então. - Digo coçando a cabeça. –Ver vocês pegarem o caminho mais longo... O senhor é confuso! E tem ele. –Eu aponto para Oliver que me olha atentamente. –Que está claramente fazendo uma merda atrás da outra... E olha o Spoiler ai! –Bufo nervoso. –Vou para a casa da Felicity, preciso ficar longe de vocês por um tempo. –Precisava dar um pulo em Central City e conferir por mim mesmo se minhas suspeitas estavam se confirmando.

OLIVER

—O que aconteceu com ele? – Pergunta Felicity entrando na caverna usando uma saia longa colorida de cintura alta e uma blusa azul mais curta. Ela olhava diretamente para mim como se fosse obvio que fora eu quem havia arrumado confusão com o moleque.

—Acho que nós estamos confundindo o garoto. – Barry que era todo sorriso para ela, impressionante como seu humor mudou de uma hora para outra. –Como foi no trabalho? – pergunta casualmente. Espera, agora eles têm esse tipo de amizade? É só o que me faltava mesmo.

—Estou feliz por ter acabado. –Responde Felicity que não parecia ter se afundado em um pote de sorvete há algumas horas apenas. –É bom você estar aqui, por que desenvolvi algo que pode ajudar a encontrar sua duplicata do mal! –Ela diz o fazendo rir.

—Felicity, você precisa parar de ver Diários de Um Vampiro. –Diz debochando dela.

—Eu não consigo. –Confessa com uma risada se sentando em sua cadeira. –Tenho um vício pelo Daimon.

—Quem é Daimon? –Pergunto em voz baixa para Roy que está parado ao meu lado.

—Um carinha aí de uma série com vampiros, ele é meio que o bad boy. Sua irmã tinha um pôster dele no quarto quando a conheci. –Respondeu parecendo enojado. –Mas relaxa que é só ficção. –Provoca recebendo um olhar assassino meu em resposta. –Não me olha assim não! Você quem perguntou, mas se quer minha opinião...

—Não quero! –Respondo imediatamente o fazendo rir.

—Oliver pensa um pouco. –Fala ignorando o que eu disse antes. –A forma com que Wally parece confuso perto de vocês dois, ou o fato de que você dentre todos nós, ser quem mais o irrita pela diferença imensa entre o que você é hoje e seu eu do futuro, eu acho que ela é a razão da sua versão 3.0 ser mais... Divertida.

—Ele disse que eu sou divertido? – o encaro confuso.

—Disse que você é mal humorado – sorri, achando hilário o sofrimento do garoto. –Sua versão do futuro é divertida - corrige. –E eu acho que ele tem alguma coisa com a filha do Dig. –Roy murmura me fazendo rir.

—Notei ele se encolhendo sempre que Dig o dirige a palavra! – concordo e Roy abafa o riso.

Felicity fazia várias perguntas para Allen digitando freneticamente no computador. Parece que esse teste dela não vai ser assim tão desagradável, mas claro que eu estava errado como sempre. Ela se levanta e começa a pedir Barry para fazer coisas como, andar em direção a ela percebendo qual perna ele movia primeiro e depois passou a medir o osso da sua coxa e antebraço, e usou um programa para escaneá-lo. Fiquei ali encarando os dois, como se isso fosse uma forma de deixar claro os limites de aproximação para eles.

—O que você está fazendo? –Pergunta Wally aparecendo de repente ao meu lado com um hambúrguer nas mãos e uma sacola pendurada nos braços cheia de outros. -Aceita? –Disse por pura educação.

—Não obrigado. –Respondo voltando a olhar para os dois. –Por que está comendo tanto?

—Eu corri muito, sempre que fazemos isso. –Diz incluindo o tio que estava agora abrindo a boca para a Felicity que tirava fotos de sua arcada dentária. –Precisamos comer ou acabamos desabando no meio da rua. –Pensei que esse poderia ser um bom meio de me vingar de Barry, se ele ultrapassasse qualquer limite com a minha Felicity, poderia arranjar um modo de priva-lo de alimentação e vê-lo sucumbir à minha frente. Esse pensamento me fez sorrir. –O quê que é isso em seu rosto? Isso é um sorriso? Pensei que era uma coisa que você só fosse aprender no futuro. –Ele tira sarro de mim enquanto põe uma porção muito grande de batas na boca.

—Vem comigo. – Eu o convoco, me viro para Roy. –Fica de olho nesses dois. – Roy dá um aceno tentando não ri e eu sigo para a boate com Wally vacilante logo atrás de mim. – Entendo que você não pode falar do futuro. – Me sento nos degraus das escadas do clube e Wally senta ao meu lado. – Mas isso não impede de soltar alguns spoilers, como você mesmo diz. –Sorrio com sua terminologia, mas vejo que ele não fica feliz com aquilo, é como se ele tivesse falhando a cada pequeno vestígio do futuro que ele deixa passar. – Mas sabendo o que você pôde nos contar, isso já me deu mais certeza que o que eu estou fazendo é o certo. –Falo, mas sem muita convicção.

Wally balança a cabeça e tenta pondera o que dizer e parece achar uma solução. – O senhor trouxe Felicity para esse mundo de vigilante e o diabo a quatro, certo? – Ele me olha esperançoso.

—Sim, ela me ajuda, sem ela eu não teria feito nem um terço do que eu fiz. –Digo a verdade, mas não sei a onde ele quer chegar.

—O senhor introduziu a Felicity nesse mundo, mas ela não depende de você para permanecer nele – diz tentando me fazer enxergar algo que eu não consigo ver. –Fala sério... Olha o que ela está fazendo agora Oliver? – Ele aponta para a porta onde acabamos de sair. – Barry vem Starling para conseguir informações que só ela pode fornecer. –Ele inspira forte frustrado. – Se você resolvesse parar com essa vida de vigilante, você acha que ela pararia de ajudar Barry ou outros que viessem a procura dela? – segura no corrimão da escada e bate a cabeça no metal fazendo o barulho ecoar pelo espaço vazio. – É só somar, por favor, não é uma equação difícil.

—Você está dizendo que ela não depende mais de mim? – Aonde ele estava querendo chegar?

—A Oraculo é tão importante quanto o Arqueiro Ve... – morde a mão. –Spoiler dos enormes. Finge que não ouviu nada, ok? – apoia a cabeça nos braços cruzados em cima das pernas.

—Oraculo? Ela vai ser uma vigilante? –Eu estou em choque, ela vai correr perigo toda a noite pulando de telhado em telhado? Eu não posso deixar isso acontecer, ela pode se ferir. Mas não é isso que Wally está dizendo, ele disse que Felicity ajuda. – Felicity não vai sair desse nosso mundo? – Ele não me reponde, mas parece que está feliz com as conclusões que começo a chegar. – Ela não me guiará mais, ou pelo menos não só eu. Ela criou algo só dela. Felicity Smoak é uma heroína em seus próprios termos. – Sorrio feliz e orgulhoso.

—Uma heroína está sempre em perigo, ela está sempre salvando as pessoas, colocando a sua segurança em segundo plano. –Ele sorri pensativo.

—Elas fazem isso. – Concordo.

—E talvez ela precise de alguém, um namorado talvez que possa lhe dá um reforço eventualmente. – Pensa na possibilidade. –Você poderia apresentar alguém para ela com esse perfil? –Sugere.

—Conheço a pessoa ideal para o cargo. – Olho para frente sem mais presta atenção em Wally.

 Felicity é o meu futuro, eu não preciso de Wally para saber disso, mas o que me atormentava era coloca-la em perigo, mas agora eu sei, Felicity escolhera o mesmo tipo de vida que eu, estar em perigo era uma constante. Bem, se antes eu tinha uma desculpa para me afastar, agora eu tenho o pretexto ideal para estar próximo dela, e isso me deixava feliz. E de repente eu vejo que ser o Oliver divertido do futuro pode não ser tão difícil assim.