Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 41
Cough Syrup


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Como dissemos antes, reta final... Esperamos que vocês curtam o capítulo de hoje!
Bjs



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“Se eu conseguisse achar um jeito de ver isso melhor
Eu fugiria
Pra algum destino que eu já deveria ter encontrado

Então eu corro para o que eles disseram que iria me restaurar
Restaurar a vida do jeito que ela deveria ser
Estou esperando esse xarope pra tosse
Fazer efeito

A vida é muito curta para se importar com tudo, oh
Eu estou perdendo a cabeça, perdendo a cabeça, perdendo tudo”

Cough Syrup – Young The Giant

OLIVER

–Ele não pode sair daqui assim, sozinho! –Íris se desesperava nos braços do filho que a mantinha presa no mesmo lugar.

–Não tenho escolha. –Responde Barry firme. –Ele pegou Caitlin, matou minha mãe e quer matar você Íris. Essa é minha luta. –Lança um olhar de advertência para Wally. –E vou fazer isso sozinho.

–Barry, seja cuidadoso. –Digo para mostrar que estou a seu lado, acredito que existem batalhas que são apenas nossas. –Não corra às cegas. –Ele aceita minha mão estendida a ele e nos abraçamos brevemente.

–Wally, fique com Íris. –Diz ao filho que tem um olhar vazio e torturado, antes de aparecer em frente a eles e beijar a testa da mulher em seguida a do Wally com o cuidado que só um pai teria.

–Barry, por favor, não! –Íris implora pela última vez e Barry a olha por um longo momento antes de desaparecer em sua super velocidade.

Ficamos todos em silencio por um longo momento, onde apenas o choro de Íris e os suspiros de Cisco, que se culpava por Caitlin ter sido pega, como se ele pudesse impedir de alguma forma, ecoavam na caverna. Felicity olhava em choque para o celular ligado ao computador, o Dick 1.0 estava ao lado de Barbara e Roy em silencio, mas não parecia mais feliz que o resto. Dick 2.0 e Roy 2.0 estavam ao meu lado, e parecíamos buscar uma alternativa, sei que eu estava buscando. Diggle e Lyla olhavam para as escadas. Ninguém parecia disposto a interromper o choro de Íris, ninguém ali queria ser confortado.

–Caitlin! –Ronnie acorda desesperado novamente e para o meu próprio desespero Felicity era que estava mais próxima dele no momento.

–Ronnie. Fique calmo. –Aviso caminhando de vagar em direção ao meu arco, precisava alcança-lo a tempo.

–Onde ela está? –Grita.

Felicity se levanta de sua cadeira com os olhos fixos nele que a olhava de volta furioso. As chamas começaram em suas mãos, em seguida estavam por seu corpo, Roy 2.0 me lança um olhar cheio de significativo, então vejo um pequeno lança flechas em sua mão, agora eu estava a poucos passos de meu arco. Wally estava pronto para pegar Felicity ao menor sinal de perigo.

–Nós vamos a resgatar. –Felicity fala a ele com a voz fraca. –Ronnie precisa se acalmar, por favor. –Eu o mataria se ele a machucasse, e todos na sala pareciam saber disso pela forma que me olhavam.

–Não foi isso que eu perguntei! –Grita. –Quero saber onde ela está! –Ele me olha com a mão apontada em minha direção, a ameaçando. –Fala!

–Não machuque ele. –Felicity estende as mãos espalmadas para frente em direção a ele se aproximando.

–Felicity para! –Exclamo ao perceber o que estava fazendo.

–Olha Ronnie, você é uma boa pessoa, só está confuso. É um dos heróis. –Ela deu mais um passo. –Se não se controlar, vai me queimar, e sabemos que não quer fazer isso. –Eu olho para todos desesperado, meus olhos param em Dick 2.0 que assente para mim, me dizendo para deixa-la ir a diante. –Abaixe sua mão Ronnie. –Pede. –Olha para mim. –Agora Felicity estava a dois passos dele que a olhava perdido. –Nós estamos procurando por ela Ronnie, e estamos aqui por você. E vai me queimar se não se apagar agora, pois em vou tocar em você. Quer mesmo me machucar? –Ela estende sua mão lentamente em direção a face dele, que vai se apagando a medida que a mão dela se aproxima. –Viu, está conseguindo! –Exclama sorridente com a mão no rosto dele.

–Eu... Eu estou... –Ele pega a mão dela de sua face com cuidado e a olha com gratidão. –Obrigado.

–Não por isso. –Responde sorrindo e preciso me segurar para não correr e tirá-la de lá.

–Ok. Eu assumo agora. –Dick 2.0 diz andando em direção a Ronnie. –Vem amigo, vamos conversar sobre controle.

–Mas e Caitlin? –Pergunta e vemos chama em seus olhos novamente.

–Não vai ajudá-la se não souber como usar seus poderes. Então, treinamento intensivo para você agora. –Responde Dick 2.0 e o Roy de seu tempo se junta a ele, assim como Dick e Barbara.

Quando eles se direcionam para o fundo da caverna eu corro em direção a Felicity e tomo sua mão na minha, olhando cada pedaço da mão dela, afim de me certificar que não havia se machucado. Após ter certeza passei para seu rosto e braços que ficaram expostos as chamas do corpo dele.

–Eu estou bem Oliver. –Sussurra me fazendo olhar para ela. –Fica calmo. –Eu abraço com força e percebo naquele momento que eu era quem estava sendo tranquilizado, não ela.

–Você foi tão corajosa. –Digo em seu ouvido sem a soltar, não estava pronto para isso ainda. –Nunca mais faça isso. –Repreendo em seguida a fazendo soltar um riso baixo.

–Só se for preciso. –Responde e eu prendo o ar enquanto escuto a risada de Diggle que nos observava.

BARRY

O segredo para atingir a maior velocidade e começar de vagar, e então aumentar o ritmo gradativamente, aos poucos. E eu ironicamente aprendi isso com Oliver, no momento em que ele passou a me pressionar para melhorar minhas habilidades. É estranho como as nossas vidas estão ligadas, como a vida de cada um de nós está.

Chego a STAR Labs em menos de um minuto, sentia todo meu corpo vibrar sem parar, por um descuido em meu momento de desespero, descobri algo que até então eu não sabia que poderia fazer. Eu toquei a maçaneta da porta e minha mão a atravessou, fiquei olhando para ela por um milésimo de segundo e repeti o gesto. Minha mão passou, em seguida meu braço, ombros e então eu estava do outro lado da porta. Estaria gritando “legal” nesse momento se Caitlin não estivesse em perigo.

–Ai está você! –Eddie diz e vejo Caitlin amarrada a maca, ainda era ela, e isso me fez respirar aliviado.

–Barry por favor, sai daqui. –Ela sussurra. –Por favor. –Tento sorrir para a tranquilizar.

–Vai ficar tudo bem. –Respondo a vendo chorar. –Eddie solte ela. –Ordeno.

–Ou? –Ele solta um riso sarcástico. –Isso é tudo a sua culpa!

–Desculpa se não salvei sua irmã, sei como se sente, eu também não salvei minha mãe, que você matou! –Sinto a fúria tomando conta de meu corpo novamente. –Mas não vou matar você. –Eu só precisava atraí-lo para a cela que Cisco e Ronnie construíram.

–Começou sendo por ela sim, mas agora se trata muito mais do que Petty.

–Claro que se tornou, por que você ficou louco! –Gritei.

–Está vendo esses fios e o cateter ligados a Caitlin? –Olho assustado confirmando suas palavras. –Na primeira versão de seu acidente, esse que você voltou no tempo para impedir a HIVE sabotou o mecanismo auto sustentável que ela estava trabalhando, ele tinha como objetivo subverter a segunda lei da termodinâmica.

–Obrigado pela aula, agora a solte e vamos terminar isso entre nós dois. –Interrompo impaciente o papo furado dele.

–Não seu heroizinho. Estou tentando te mostrar que a culpa não é minha pela morte da Íris ou seja lá qual merda você cometeu depois disso...

–Matei você. –Conto a ele sentindo uma satisfação incontestável. Eddie dá risada batendo palmas.

–Uau! Quer dizer que não é assim tão herói afinal. –Ele passa a mão na boca se recompondo. –Esses fios e o criogênico liquido. –Aponta para Caitlin novamente. –Iram recriar o acidente que a transformou em Nevasca, e tudo volta ao normal, quem sabe assim Petty viva...

–Não tem como reviver os mortos Eddie, sinto muito por isso, mas não estou tentando reverter a morte da minha mãe, estou parando antes que você mate minha mulher e transforme minha melhor amiga.

–Você e Caitlin foram felizes juntos sabia? –Ele dá risada novamente.

–Fiquei sabendo. –Corro em direção a ela enquanto ele ainda estava distraindo a soltando e a coloquei dentro de uma cela afastada da prisão/acelerador de partícula e entrego a ela um rastreador para que Felicity possa encontra-la se o pior acontecer comigo.

–Você está bem? –Pergunto a ela tirando seus cabelos do rosto.

–Sim. –Sussurra chorando baixinho.

–Vou te deixar aqui, por sua segurança, não faça barulho Caitlin, venho te buscar quando acabar.

–Barry seja cuidadoso. –Pede segurando minha mão. –Você é mais inteligente do que ele.

–Vou me cuidar, preciso ir agora. –Beijo o alto de sua cabeça antes de sair a trancando na cela.

Chego novamente ao laboratório que agora está completamente destruído, o vejo em sua roupa amarela parado no meio do local. –Vamos acabar com essa merda.

Nós nos chocamos como raios no meio do ambiente, tudo era rápido demais, mas como dois velocistas podíamos ver claramente o que o outro faria, percebo novamente a vantagem que Ollie me deu em todo aquele treinamento torturante, o que diminuiu a distância entre a experiência que o Bananão tem com meus poderes.

–Você pensa que ama Íris, mas não se permitiu viver com Caitlin. –Desvio de um soco seu e acerto outro em sua face.

–Sério? Vai querer bancar a merda do terapeuta de casais agora? –Eddie me acerta me lançando contra a parede, isso era um grande impasse, nós ficaríamos nessa eternamente, tinha que fazer algo para mudar. Ser mais inteligente que ele.

Saio disparado do laboratório, correndo feito louco com ele a meu encalço, a força é apenas uma questão de física e estava prestes a comprovar na pratica, se desse certo Eddie Thawne estaria em sua cela especial antes do que ele imaginava. Eu precisaria engana-lo, precisaria que ele tivesse o foco totalmente voltado em mim. – O que te leva a imaginar que tem a sabedoria, em? – Tento ser sarcástico enquanto me viro rapidamente para ele e o acerto no rosto, ele é pego de surpresa, mas se recupera e me alcança em instantes, mas esse era o meu plano.

–Patético, nem consegue manter a vantagem, você é tão fraco ainda, não que um dia vá se tornar forte. – Diz, e eu tenho que manter minha cabeça no prémio. O prémio em questão é minha futura esposa não ser assassinada por essa Banana de pijama do mau. – Você diz que ama Íris, mas nunca vai realmente ter nada para comparar. Você destruiu a linha do tempo em que realmente descobre o que é amar alguém de verdade. Você viveu uma história de amor com Caitlin digna dos livros de Nicolas Sparks.

–Você quer dizer uma história de amor ruim. – Estava correndo pelas águas do oceano pacifico, quase chegando ao arquipélago japonês, tenho certeza que passei por um grupo de tartarugas que se não estivesse nessa minha situação, voltaria para confirmar se uma delas não era o Crush, mas isso teria que ficar para uma outra vez, talvez quando eu fosse visitar Sidney.

–Também, mas eu quis dizer que foi uma história trágica. –Ri, e eu tenho que repeti para mim mesmo, que tinha muito mais em jogo que apenas o meu orgulho. – Você ama, ela se transforma, você luta, é inútil e acaba perdendo. – O frio da Rússia deixa nossos movimentos mais lentos, eu estou a frente dele, o suficiente para manter o meu plano. – Eu gostei tanto desse texto de você amar e perder, que decidi repeti-lo, com o amor da sua vida, amor esse que já foi meu. – Me viro com tudo e o soco no meio do rosto. Merda acho que vou virar pessoa não grata na Rússia, acabei de derrubar uma das paredes do Kremlin. – Volto a correr e ele logo me alcança. – Qual o problema não consegue aceitar que a sua garota foi primeiro minha? Cara eu tenho que te dizer, ela é puro fogo, acho que você não é capaz de satisfaze-la mesmo. Melhor uma morte rápida do que uma morte de tedio. – Eu tenho que me controlar, se não, nunca mais poderei voltar também na França. – E o que ela faz com as costas quando ela está quase lá.... – Se controla Barry se não nunca vai poder visitar Liverpool. Tento achar um motivo para não estragar o meu plano, mas está ficando difícil, então acelero ainda mais quando estou sobre o oceano atlântico.

Entramos de novo nos EUA por Metrópoles e posso jurar que vi um sujeito de óculos nos acompanhar com o olhar por algum tempo, mas eu deveria estar começando a ficar com falta de açúcar no sangue. – Então acabou as suas divagações sobre a minha vida amorosa, ou as tragédias que teve ou terão nela?

–A sua vida daria um livro ruim de romance, tipo os que vende em banca de jornal. – Eu diminuo a minha velocidade de proposito, e ele vendo uma chance tenta me acertar, deixo que o golpe me atinja para que ele se sinta superior e abaixe a guarda.

–Você quer dizer que minha vida sexual é agitada. - Deixo que ele venha para cima de mim e o jogo para o outro lado com um chute e reinicio a corrida. –Não posso negar, com a mulher que eu tenho ao meu lado, cara ela é um vulcão, sabe o que ela mais agradece a mim? – Não espero a sua resposta. – Ela me agradece de ter tirado ela de você. Sabe Ed, ela me disse que você não a satisfazia, era pouco, e não dava conta do recado. – Jogo com a mesma arma que ele tinha usado contra mim, e funciona, estávamos de volta a STAR Labs.

– Idiota! – Diz com fúria, tenta me alcançar, eu apenas desvio para o lado e ele está dentro da sua nova casa, o tranco lá dentro e a ativo.

–Além disso, muito burrinho. Entendi agora o porquê de Bananão. – Saio andando devagar. – Cara, não sei você, mas eu comeria uns vinte cachorros-quentes. –Pisco para ele sorrindo antes de voltar para libertar Caitlin.


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Notas finais do capítulo

Galera, comente, nos diga o que estão achando da fic!
Bjs