Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 4
Say Something


Notas iniciais do capítulo

Oie amores!
Esperamos que vocês gostem do capítulo de hoje!



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“Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você

Serei o escolhido se você me quiser

Eu teria te seguido para qualquer lugar

Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você.”

Say Something – A Great Big World

BARRY ALLEN

Cheguei em minha casa com a cabeça a mil, mas decidido a fazer o que for preciso, não por mim, mas por Wally. Não sei o que veio acontecer para me fazer abandonar um garoto como ele, eu simplesmente não consigo me ver fazendo tal coisa, não depois de tudo que passei com meu pai e os West. E tem mais isso para me impedir de dormir agora, Íris seria minha esposa um dia. Ai droga! Saber disso é pior do que não saber de nada. Pego meu celular que estava na cabeceira de minha cama e ligo para a única pessoa que me faria esquecer de tudo aquilo.

‘Barry!’ Felicity atendeu no primeiro toque.

—Oi Felicity - digo sem conseguir evitar o sorriso que se forma em meus lábios. –Não consigo dormir.

‘Ao contrário do seu sobrinho.’ Ela riu baixinho. ‘Está esparramado na cama, roncando!’

—Ele é um bom garoto. –Digo cheio de orgulho.

‘Ele teve um bom exemplo.’

—Como ele ficou depois que eu sai?

‘Bem, Roy o emprestou algumas roupas, os dois se deram muito bem um com o outro, acho que são melhores amigos no futuro.’ Eu conseguia perceber o sorriso em sua voz. ‘Acho que nós dois também.’

—Tenho certeza disso.

‘Eu estaria louca atrás de você Barry, não sei o que faria se você se perdesse, mas tenho certeza que meu eu do futuro, está trabalhando duro para te trazer de volta.’

—Eu sei que está, e preciso te agradecer adiantadamente por isso!

‘É meu prazer! Digo, é meu prazer lutar para que você volte a ser quem é, não quis dizer besteira!’ Se atrapalhou com as palavras.

—Ai! Como nossas vidas seriam mais fáceis se fossemos apaixonados um pelo outro. – Minha voz é cheia de lamentação. – Eu nunca te deixaria ir. Nunca te perderia de vista.

‘Isso seria tudo o que eu te pediria.’ A dor em sua voz era tão palpável quanto a minha. ‘Em um mundo perfeito nós seriamos um casal.’

—Mas nosso mundo é tudo menos perfeito, e agora tenho que me declarar com a certeza de que serei rejeitado! –Suspiro cansado.

‘Pense pelo lado positivo, eu fui rejeitada com a justificativa de que ele nunca vai poder ser Oliver Queen e o Arrow, e em seguida ele ainda se declarou... De forma inversa, mas se declarou.’ Lamentou.

—Eu encontraria um jeito. – Falei pensativo. –Espero que ele encontre também, por que você é a melhor pessoa que eu conheço.

‘Espero que sim Barry, eu espero.’

—Bye Felicity! –Digo mais leve agora sentindo o sono chegar.

‘Bye Barry.’

[...]

A primeira coisa que fiz ao acordar foi marcar de encontrar Íris em uma praça que costumamos ir. Ela me estranhou marcar o encontro em um lugar onde não havia comida, mas a verdade é que eu queria estar onde pudesse sair rapidamente, nem toda a velocidade do mundo seria suficiente. Íris vinha caminhando em minha direção com um vestido azul claro de renda, ela era a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida.

“Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você.”

—Barry! – cumprimenta sorrindo e me dando um beijo no rosto. –A que devo a honra dessa intimação tão cedo? –Brincou, eu permaneci estático a olhando. –O que está acontecendo? –Agora ela estava preocupada.

—Estou memorizando o momento. –Respiro fundo a olhando nos olhos. –Vou querer me lembrar disso quando você se afastar.

—Barry eu nunca faria isso! – Iris parecia estar prestes a entrar em pânico. –Me fala o que está acontecendo.

—Eu preciso que você saiba de algumas coisas antes. –Íris balança a cabeça confirmando. –Eu te seguiria para qualquer lugar nesse mundo, seria qualquer coisa por você.

—Eu também – sorri. –Você é meu melhor amigo.

—Me sinto menor a cada vez que você me diz isso. – Vejo sua expressão mudar para surpresa, minha voz está carregada de emoção. – Tenho muita coisa em minha cabeça agora Íris, só que dentre todas elas você é a única que me prende, sempre foi você. –Murmuro dando um passo para trás, aumentando a distância entre nós. –Eu seria o escolhido se você quisesse, dedicaria minha vida inteira só para te amar, cada segundo tentando meu melhor para te fazer feliz.

—Barry, eu... Não consigo entender. –Seus olhos brilhavam devido as lágrimas que se acumulavam neles.

—Eu te amo. –Minha voz saiu confiante e cheia de certeza. –Não como um irmão, não como um amigo, eu simplesmente te amo.

—Barry – meu nome sai de seus lábios como um sussurro, os olhos quase sem foco.

—Me desculpa por não ter conseguido chegar até você – me aproximo e seco uma de suas lágrimas. – E agora eu vou engolir meu orgulho e votar a ser seu amigo – respiro fundo. – Mas você é a pessoa que eu amo e não estou disposto a esconder mais.

Então eu simplesmente me virei andando até me misturar na multidão, depois corri para a SL, vesti meu uniforme e fui para a única pessoa que entenderia a confusão em que estavam meus sentimentos. Entrei na caverna e a encontrei conversando animada com meu sobrinho enquanto Oliver e Roy treinavam juntos. Parei a centímetros dela evitando o impacto Felicity se assustou a princípio, mas assim que olhou em meus olhos abriu seus braços permitindo que eu a abraçasse.

—Sinto muito – diz com a voz doce.

—Como eu queria estar naquele mundo perfeito agora – murmuro baixinho em seu ouvido.

—Vou comprar sorvete para você – fala pensativa enquanto nos afastávamos. –Quando eu passei por isso me entupi de sorvete! – em seguida seu rosto ficou da cor do meu uniforme, olhei em volta e vi que Oliver nos observava com uma expressão triste devido ao que ele acabará de escutar ela dizer.

—Com o meu metabolismo, sorvete não adiantaria, mas pizza sim! –Tento fazer pouco caso da situação para quebrar o clima pesado. –O que acha de irmos comprar pizzas? –Pergunto a Wally que concorda.

—Mas e suas roupas? –Perguntou Felicity confusa. –Não pode ir à pizzaria vestido de Flash!

—Um segundo! –Digo a ela.

Então corro novamente a minha casa enchendo uma mochila de roupas e voltando para Starling em seguida, me troco no banheiro da boate antes de descer agora usando jeans e um suéter com meu uniforme dentro da mochila onde antes estavam as roupas.

—Vamos? –Pergunto ao Wally.

—Você está lento. –Debochou andando para a porta ao meu lado. –Posso fazer o que você fez em um terço do tempo que você gastou!

—Podemos apostar uma corrida mais tarde? –Sugeri vendo a animação se formar em seu rosto.

—Chega a ser covardia, mas eu topo! Vai ser bom te ganhar pela primeira vez!

CAITLIN

—Onde ele está? – Eu pergunto a Cisco enquanto entro no laboratório. – Ele tinha exames hoje, eu tinha avisado para. –Barry Allen as vezes consegue despertar o pior de mim, por exemplo quando eu tenho que cuidar de sua saúde e ele faz pouco caso simplesmente não aparecendo.

—Ontem ele veio aqui, pegou o uniforme e saiu, não atende o comunicador desde então. – Cisco não parece realmente preocupado.

—E por que você está tranquilo? – questiono indignada.

—Você está vendo a minha cara? –Era uma pergunta retórica. – Eu sou o típico cara que reconhece uma dor de cotovelo quando vê uma, acho que Barry está precisando de um tempo. – Ao dizer isso um alarme começa a apitar a sua frente. –Que pelo visto acabou de acabar. – Barry? – Ele chama pelo comunicador mais não tem resposta. –Vamos lá cara, eu sei que você está querendo um tempo, mas isso vai ter que esperar. Sabe? Aquele lance de bem maior? – Diz esperançoso.

—Fala Cisco - é impossível impedir o meu sorriso.

—Orfanato de Central City está pegando fogo, os bombeiros não conseguem chegar até o local, e a estrutura ao que parece, está muito danificada, então qualquer coisa pode desencadear o desabamento.

Há um silencio como se Barry estivesse falando com alguém. – Cisco preciso de cápsulas de nitrogênio líquido.

—Eu posso providenciar isso. – Cisco sai a toda velocidade pelos corredores.

—Barry você tinha exames. –Ralho com ele pelo comunicador, mas uma rajada de vento me faz virar e ele está ali a minha frente.

—Vou ter que ligar para minha medica e reagendar a consulta. –Sorri fazendo piada. Como eu disse Barry consegue despertar o pior em mim, eu fecho a cara para ele e vou para minha cadeira no exato momento que Cisco entra com uma caixa transparente cheia de pequenas cápsulas.

—Cuidado com isso. – diz, mas Barry já não está mais aqui.

Pelas câmeras de vigilância podemos ver parte dos acontecimentos, e ao que parece Barry está tendo dificuldades.

—O que está acontecendo? –Wells surge pela porta.

—Um incêndio no orfanato. – Cisco coloca em um monitor vertical e conforme o tempo vai passado percebo algo de estranho em Barry, o local mais próximo do orfanato é a delegacia e aquilo ia ter que servir.

—Quando ele terminar manda ele ir direto para seu laboratório na delegacia – meu tom de voz deixa claro que aquilo não era uma questão a se discutir. Pego o meu carro e dirijo o mais rápido que posso pelas ruas de Central. Quando paro o meu carro, Barry está encostado na porta tossindo e ofegante.

—O que você queria que não podia esperar? –Sua respiração era fraca.

—Você precisa sentar. –Eu passo minha mão por trás dele e tento lhe dar apoio, passamos pelo saguão e de repente Barry para. Seus olhos estão em um casal que vinha a nossa frente, que parecia não ter nos notado, Barry se recompõe a tempo.

—Barry, Caitlin? – Eu sinto alguma coisa em sua voz, constrangimento, ciúmes, rancor? Não sei identificar. – O que fazem aqui esse horário?

—Estou ajudando Barry em um caso. – Minto rapidamente.

—Sério, que caso? – O detetive me interroga.

—Um do... – Barry começa o tossir. – Se vocês nos dão licença. –Barry não se preocupa em inventar mais desculpas.

—Barry? – Posso ouvir a voz de íris atrás de nós, mas não paramos.

Chegamos no laboratório de Barry e faço com que ele se sente. –Vocês têm balão de oxigênio? –Pergunto em desespero. –Ele aponta para o canto, eu trago o aparato e faço ele inalar o oxigênio limpo. –Você precisa de mais oxigênio no organismo que uma pessoa normal, você sofreu uma asfixia. – Explico. Ele balança a cabeça mostrando que entendeu, uma cena engraçada já que ele está com a máscara de respiração no rosto.

O tempo passa e ele parece melhorar, começa a arrumar as suas coisas, como se fosse sumir de novo. –Eu preciso resolver umas coisas Caitlin – sorri para mim, e apesar de Barry Allen conseguir despertar o que a de pior em mim, ele consegui me deixar tranquila também, por que eu sei que seja o que for ele vai dá um jeito.

—Você sabe que não precisa resolver sozinho, não sabe? – Finjo procurar alguma coisa em minha bolsa. – Barry. – Eu desisto de bancar a durona e resolvo olhar para ele. – O que você está resolvendo envolve a Iris? –Ele sorri, mas não é o sorriso Barry é mais um sorriso que dá para fazer. –Ela já sabe? –Pergunto e ele assente, pego minha bolsa, mas ante de sair paro na porta. –É só questão de tempo até Iris perceber que é de você que ela gosta.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que estão achando... Bjs



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