Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 3
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha!
Queremos dedicar esse capitulo especialmente para a Danny, uma leitora linda que nos fez uma recomendação perfeita para The Guest, mas como a fic já acabou vai um capítulo dessa!
Agradecemos tmb por todos os comentários, acompanhamentos e a quem favoritou a fic, thank you!



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Aonde você estiver, estarei
Esperando que esteja me esperando também
E saiba que sim
Eu sou seu amigo
Pra sempre amigo
Eu sou feliz”

Lembranças – Rosa de Sarom

FELICITY

Oliver repentinamente fica vermelho, ele esconde o rosto fingindo prestar atenção nos computadores, mas Oliver Queen vermelho, isso é absurdo. Olho para Wally e ele está contendo uma risada, isso está me irritando, como uma pessoa que acabou de chegar pode saber mais da nossa vida que nós mesmo.

—Quem é a pessoa Wally? – Barry pergunta se levantando da cadeira e caminhando decidido para o sobrinho.

—Tio, vê se entende, eu não posso te dizer assim, o senhor precisa tomar suas próprias decisões – o garoto começa a dar paços vacilantes para trás, Wally não vê o Barry que conhecemos ele vê o herói que Barry Allen vai se tornar.

—Eu não quero saber se isso é um Spoiler, isso vai além, é a vida de alguém que está em jogo, uma vida que eu tenho que salvar – a voz do Barry beira o desespero, e Oliver se vê obrigado a segurar o ombro dele para ajuda-lo

—Você não está entendendo, vamos salvar essa pessoa, mas você tem que dar o primeiro passo. –Wally puxa seus cabelos para cima em frustração. –Qual é tio? Eu não posso fazer isso, você tem que dá o primeiro passo, vocês têm que dar o primeiro passo – ele não está mais falando com o Barry, agora ele olha para mim e para Oliver. Pega uma pasta que estava ali perto a batendo na cabeça e grita. –Qual é? Até o Jason teria mais jeito para lidar com isso que eu, Connor, o Tim teria um plano a prova de erros, mas tinha que ser eu? – senta no chão, era evidente a frustração que sentia.

Eu me aproximo e me ajoelho a sua frente e o olho, ele está perdido, ele é apenas um garoto de no máximo dezoito anos e tem todo esse peso para carregar. – E se afastássemos Barry, levássemos ele para outra cidade? – cogito

—Não! – grita. –Isso não pode acontecer, o ... - se joga com a cara no chão abafando um grito.

—Larga de ser dramático. – Roy puxa Wally pela parte de trás do uniforme e o faz ficar em pé.

Wally olha assustado para Roy – Cara, você faz isso desde sempre?!

—Foco Wally? – Me levanto e seguro seu rosto o obrigando a me olhar. – Precisamos partir de um ponto. Você sabe tudo que aconteceu.

—Esse é outro problema, eu sei parte do que aconteceu, mas com a vinda do outro Barry para esse tempo ele pode ter mudado a história. – Eu solto o seu rosto o que faz Wally fazer caretas esquisita de dor.

—Isso pode ser o suficiente para alterar e ninguém morrer. –Diggle cogita.

—Duvido, Barry do meu tempo ficou realmente transtornado, ele não vai querer correr o risco. – Wally parece certo do que fala.

—Então voltamos ao nada. –Oliver se joga na minha cadeira.

—Tem uma coisa que vocês podem saber – diz esperançoso, e todos se inclinam para ficar mais perto dele. – A pessoa que vai matar a outra pessoa que vim salvar, foi a mesma que matou a sua mãe tio. –Barry fica branco.

—Nada pessoal, mas isso não nos leva a lugar nenhum. –Roy sobe em cima da maca, cansado de mais para ficar em pé.

—Não necessariamente –vou andando até meus computadores e Oliver levanta da minha cadeira como se tivesse levado um choque, me dando lugar para sentar. – Isso significa que quem matou a sua mãe Barry, tem um problema pessoal com você, e agora que descobrimos que tem como voltar no tempo... Por causa da tal Força da Aceleração? – minha voz é incerta, mas vejo os olhos de Wally brilhar.

Fecho os meus olhos, eu tenho o que eu preciso a minha frente. Dar o primeiro passo, ele disse, mas não só para Barry, também era para mim e para Oliver? Não aquilo era perturbado de mais, seria a confirmação de que nunca poderíamos ter uma vida normal. Mas e se alterássemos, talvez tivesse uma chance.

—Wally, qual é a real chance de isso dá certo? – olho e ele percebe do que eu estou falando.

—Se eu não contar a verdade, nenhuma – como se fosse obvio.

—Que conversa paralela é essa? –Oliver nos olha assustado.

—Ela já sabe quem precisamos salvar. – Wally dá de ombros.

—Como? –Barry me olha interrogativamente.

—Por que ela é a Felicity Smoak, só por isso – diz como se isso fosse explicação suficiente e eu fico vermelha.

—É o suficiente para mim. –John se senta ao lado de Roy.

—E quem precisamos salvar? –Barry exige.

—Não é quem precisamos salvar, é para quem você precisa se declarar – falo e vejo que se Oliver não estivesse apoiado ele teria caído tamanho era a surpresa.

—Vê se eu entendi, para salvar o futuro do Barry e de outras pessoas, temos que primeiro juntar ele com alguém? – Roy não continha a risada enquanto Barry ficava da cor do uniforme.

—Sim, mas precisamente com a minha tia Iris. – Wally sorri feliz.

—E como isso vai fazer diferença? – Barry ainda está constrangido.

—Você parando de esconder seus sentimentos pela Íris, não só para ela, mas para todos a sua volta, vai fazer com que o outro você se revele e assim o pegamos. – Tento explicar, mas até para mim estava confuso. –Ou te pegamos... Pegamos o seu outro eu...Você entendeu!

—E como vamos impedir o assassino original de matar Iris? – Oliver parece tão confuso quanto o resto de nós.

— Eu sei quem tentará matá-la, mas só posso dizer no tempo certo, vocês vão ter que confiar em mim. – Wally não deixa dúvidas que ele não falhará.

—Eu vou me afastar de Iris é a melhor solução. – Barry anda de um lado para o outro.

—Você não pode, por que isso também te destruirá. Tio ela é para você o que Ártemis é para mim – todo mundo olha sem entender. – Um dia vocês vão saber. Mas me deixa colocar de uma maneira que vocês compreendam agora ... -Ele para e pensa. – Como é difícil sem Spoiler... Já sei! –Sorri contente. – Você me fez ver esses filmes deve ter tido uma razão. Ela é a sua princesa Leia. - Eu sei que era para levar a sério, mas não deu, toda a sala caiu em uma leva de risada. - O que foi? –Ele pergunta confuso.

WALLY

Cara esse lance de viajem no futuro é a maior loucura. Por mais que eu odeie essa situação, tenho que admitir que é um pouco... Lisonjeiro, ser a pessoa que sabe mais coisas em uma sala pela primeira vez em minha vida. Não estou falando de inteligência ou algo do tipo e sim do fato de que de onde eu venho eu ainda sou apenas um garoto a quem todos estão tentando proteger, incluindo esse cara com a roupa igual a minha sentado à minha frente parecendo completamente confuso.

—Quer dizer que se eu me declarar para a Íris ela vai ficar comigo? –Tio Barry perguntou tentando entender a situação.

—Claro que não! – solto imediatamente sem pensar, como eu me sentia frustrado. –Você é tão mais esperto no futuro – murmuro caminhando em círculos. –Vocês têm um longo caminho a percorrer ainda, existem outras pessoas que vão passar por suas vidas, mas você precisa fechar o círculo. Marcar território.

—Eu não estou confortável com essa situação. –Barry falou se levantando. -Por que eu me declararia para alguém que vai me rejeitar? –Perguntou chocado.

—Por que ela precisa saber – diz Ollie olhando diretamente para Felicity que ficou vermelha imediatamente. –A vida que levamos as vezes nos faz desistir do que mais queremos, no seu caso, você desistir é o que vai gerar sua ruina – todos na caverna ficaram estáticos por alguns segundos o olhando como se ele e não eu, tivesse acabado de chegar do futuro. –Se considere abençoado por isso. –Dizendo isso ele fez um gesto para Roy que pegou seu arco e seguiu para fora da caverna em silencio.

Olha aí o Ollie que conheço e admiro! Não é tão diferente afinal. Ele acredita que está a protegendo dessa forma, ou que está se protegendo não sei ao certo. A verdade é que aquilo iria acabar explodindo minha cabeça... Ah que se dane!

—Tio posso perguntar uma coisa? – pergunto em voz baixa me aproximando dos dois. Barry concorda balançando a cabeça.

—Vocês... –Eles me olhavam atentamente. –Vocês dois são tipo, um casal? –Perguntei em voz baixa de uma vez só, fazendo com que eles se olhassem por um tempo antes de explodirem em gargalhadas.

—Minha vida seria bem mais fácil. –Disse Barry em tom de desabafo.

—Nem me fala. –Concordou Felicity da mesma forma.

—Desculpa a pergunta, mas é que eu estou tão confuso quanto vocês. –Falei em voz baixa vendo os dois sorrirem de forma acolhedora.

—O que vamos fazer agora a respeito da operação cupido? –Perguntou Diggle me fazendo lembrar de sua presença.

—Preciso levar o toco do ano! –Diz Barry se levantando. –Quer conhecer minha casa? – Ele parou me olhando. –Precisa de um lugar para dormir e não posso deixar meu sobrinho sem um teto.

Tio Barry me olhou como me olhava antes de virar o que virou, antes de deixar de ser quem ele é. Tentei segurar as lágrimas que se formaram em meus olhos, mas não consegui. Ele sempre fora a figura mais próxima de um pai que cheguei a ter na vida, e naquele momento foi como se nada tivesse mudado, como se ainda fossemos parceiros e Deus, como sinto falta do meu parceiro. Felicity e Diggle nos olhavam lado a lado com pequenos sorrisos nos lábios, Barry se aproximou de mim e me abraçou, me deixando chorar por ele em seu ombro, algo que eu ainda não tinha feito até aquele momento. Ele me deu o tempo que precisava para lamentar minha perda, com a única pessoa que poderia fazer isso.

—Está tudo bem. –Me garantiu de forma protetora. –Você não vai me perder, eu te prometo.

—Você nunca falhou com uma promessa. –Digo quando nos afastamos.

—E não vou começar agora. –Garantiu. –Vamos para casa?

—Eu não posso. – Falo secando meus olhos. –Eu quero, acredite em mim, mas não posso deixar que você me veja... Você do futuro.

—Ele pode ficar na minha casa. –Sugeriu Diggle me fazendo engolir em seco.

—Acho que não é uma boa ideia, senhor. –Protestei tentando não parecer rude. Me inclinei para falar no ouvido de Barry. –Ele não me quer perto da filha dele. –Sussurrei o fazendo arregalar os olhos antes de dar um pequeno sorriso de entendimento.

—Felicity. –Barry a chamou ainda sorrindo. –Pode cuidar do meu sobrinho?

—Claro! Tenho um quarto de hóspedes vazio em minha casa.

—Uau! Vou ser hospede da Oráculo! –Soltei me arrependendo imediatamente.

—Deixa eu adivinhar. –Barry falou dando tapinhas nas minhas costas enquanto segurava o riso. -Spoiler?


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Notas finais do capítulo

Nos digam o que acharam, e obrigado por todas as dicas!
Bjs



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