Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 35
Pra Você Guardei o Amor


Notas iniciais do capítulo

Oi povo.
Prontos para descobrir o conteúdo dos bilhetes?
Boa Leitura!



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”Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Senti, sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir.

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim, vem visitar
Sorrir, vem colorir, solar
Vem esquentar
E permitir.

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto
O jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar.

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer.
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar.
Achei, vendo em você
E explicação, nenhuma isso requer.
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar.”

Pra Você Guardei o Amor – Nando Reis e Ana Cañas

OLIVER

–Ok. Ray todos os convites já foram enviados. Por que isso não é hora de se ligar para ninguém em pleno domingo. - Ouço Felicity sussurrar. – Sem problema, vê se vai dormir você também, essa semana vai ser corrida, vai precisar estar bem para receber todos os seus convidados. – Ela fica quieta por um tempo. – Pode deixar, até amanhã. –Felicity desliga o telefone e volta para cama, finjo continuar dormindo.

–Ray mandou um oi. – Me abraça e eu não poço evitar o sorriso bobo que surge em minha boca.

– Não consigo te enganar nem sobre estar ou não dormindo, estou perdido. –Faço graça me virando em sua direção.

– Oliver depois que a pessoa te conhece bem, reconhecer as suas mentiras fica fácil. – Dá de ombro e fecha os olhos abraçada ao meu corpo quase voltando a dormir.

–Então você é a única que já me conheceu a esse nível. – Beijo sua cabeça, estou tentando melhorar com isso de demonstrar meus sentimentos, não quero que esses tal meses que citei na carta cheguem sem que Felicity saiba que se precisei ficar assim tanto tempo longe, com certeza não foi por minha escolha.

–Que bom, que bom! – Boceja. - Podemos voltar a dormir agora, mais tarde conversamos sobre isso, pode ser?

– Que pena, eu estava pensando em falar do bilhete para você agora. – Puxo o lençol sobre nós. – Mas tudo bem podemos deixar para outro dia. –Finjo um bocejo me virando para o outro lado.

–Você... seu manipulador! – Felicity me encara, e eu apenas sorrio inocentemente. – E por que agora?

–Nada disso gatinha, não seria capaz de te manipular, nem se quisesse. – Brinco com uma mecha que cai rebelde sobre o seu rosto. – Só acho que é um bom momento como tantos outros, mas não estou muito afim de esperar.

–Não estou reclamando, mas por que da mudança? –Ela me pergunta curiosa.

– Aquela carta. – Eu falo, mas ela parece não entender. –A carta me fez perceber que você vai saber tudo sobre mim de qualquer jeito, por que, bem, não é como se ouve-se uma divisão entre nós agora, estamos ligados de uma forma que bom, acho que só o tempo vai explicar, então... – Dou de ombros. – Que importância faz a hora que eu te disser?

Felicity sorri admirada pela declaração, mas vejo um traço de tensão por trás de seus olhos. – Então você vai me falar o que tinha no bilhete?

–Não. – Ela não entende. – Vou te mostrar.

–Mas Oliver, nós queimamos os bilhetes, como você pretende me mostrar? – Felicity senta de pernas cruzadas na cama, e me observa curiosa.

–Eu vou te mostrar dessa maneira. – Abro uma gaveta na minha cômoda e tiro uma caixinha de lá. – Eu fiz isso a algum tempo, mas tempo que gosto de admitir, em um momento que eu tinha abusado de uma garrafa de vodca, outra de tequila e acredito ter fechado a noite com uma de whisky, não tenho certeza, pode ter tipo outras bebidas no meio, ficou meio confuso depois que resolvi misturar as três em um copo só, aquela foi uma ressaca como eu não tinha em muito tempo. - Eu lhe entrego a caixa e ela tem que fazer foça para não ri. –Está achando graça por que não foi a sua cabeça no dia seguinte. – Faço cara feia para ela que não se aguenta mais e começa a dar risada, e eu acabo me juntando a e ela. - Mas de qualquer jeito acho que eu não vou ficar brega no futuro, acho que eu já sou brega faz algum tempo. – Felicity abre a caixinha meio temerosa, e parece não entender, tira de dentro um cordão fino de prata que tem em seu centro um pingente em forma de coração, com três pequenos diamantes incrustados em uma das laterais. –Quando acordei no dia seguinte e eu tinha esse pingente nas minhas mãos, bom digamos que foi como naqueles cartoons onde um piano cai em cima do personagem, eu não sei como o fiz, não tenho lembranças concretas, mas acho que suprimia com tanta força o que sentia, ou o que tentava não sentir que deu nisso. –Respiro fundo e fico ali esperado a sua reação que parece não sair. - Diz alguma coisa. – Peço.

–Oliver isso não é constrangedor, isso é lindo. – Ela diz, e então eu viro o pingente para que ela possa ler o que está escrito no verso. – ‘Felicity Queen’? – Ela me olha pasma. – Oliver quanto tempo faz que você fez isso?

–Ah... Vejamos... – Não sei bem como dizer.

–Oliver, antes ou depois do ataque do Slade? – Me pergunta com um sorriso.

–Antes. – Afirmo.

–Antes ou depois do Barry aparecer aqui pela primeira vez? –Cogita.

– Antes.

–Oliver? – Ela se joga sobre mim, e beija a minha boca. – Quando?

–Depois que voltei da ilha, quando você foi me resgatar. – Pego o colar da sua mão, Felicity puxa o cabelo para a lateral e eu coloco o colar nela.

–Adorei. – Diz passando a mão no pingente.

– Era isso que estava no meu bilhete, ou pelo menos o desenho desse colar, você deve imaginar a cara que eu fiquei quando abri o envelope e no papel havia o desenho disso aqui. – Pego o pingente entre os dedos.

–Eu pensei que tinha alguma coisa haver com o que o Wally começou a falar um dia, sobre quando derrotamos Slade, e você não deixou que ele terminasse de falar.

–Ah Felicity você quer saber tudo de uma vez?! – Tento parecer serio mais é impossível, elas estava aqui e vê-la com esse colar foi como se tornasse as coisas oficiais, para mim mais que um papel assinado.

–Você falou que era um bom momento... – Tenta me convencer, e não posso evitar de sorrir em resposta.

–É sim, é um ótimo momento. – Beijo a sua boca com carinho. – O que eu impedi Wally de falar foi que quando derrotamos Slade, eu estava desnorteado, eu não sabia a onde ir ou o que fazer, então acabei parando na sua janela, entrei sem fazer barulho, te vi dormindo, isso me acalmou. Acabei dormindo no seu sofá aquele resto de noite. – Admito coçando minha cabeça.

–Eu sempre me perguntei por que você não esperou para tomar um café? – Felicity me olha me deixando mudo por um tempo.

–Você sabia? – Pergunto de olhos arregalados.

–Eu levantei, precisava beber água, e te vi lá, fiquei com pena de te acordar, ia te oferecer o quarto de hospedes, mas você estava dormindo tão tranquilo, que não quis atrapalhar, mas claro que na manhã seguinte você tinha evaporado. – Fica brava.

–Desculpa, não estava pronto ainda, ou era mais burro do que sou agora. Pode escolher. – Beijo a ponta do seu nariz, eu me viro sobre ela, beijo o seu pescoço, mordo a sua orelha e falo baixinho tentando seduzi-la. – Mas agora bem que você poderia me contar o que tinha no seu bilhete, você não acha?

–Você não é burro. –Sussurra manhosa. –Um pouco lento, e um tanto marrento, mas burro não.

–Felicity Smoak, você está divagando. –Me sento com as costas apoiadas na cabeceira da cama a encarando.

–Você quis contar o que havia no seu bilhete Oliver, eu não pedi! –Acusou se sentando ao meu lado parecendo tensa demais.

–Fizemos uma aposta. –A lembro a fazendo bufar.

–Vamos lá terminar logo esse filme torturante se é isso que você quer! –Ela começa a se levantar e eu a puxo novamente para a cama, só vi Felicity naquele grau de tensão uma vez, e foi quando descobri dobre o namorado não tão morto dela.

–Fe. Li. Ci.Ty! –Digo pausadamente a fazendo me olhar nos olhos. –Sabe que nada que disser nesse mundo pode mudar a forma que eu te vejo. –A tranquilizo e ela concerta sua postura se virando para me olhar de frente.

–Tudo bem Oliver, mas se começar a me comparar com aquela maluca... –Ela começa a falar rapidamente e preciso tocar seu ombro para faze-la desacelerar. –Meu bilhete não é assim tão romântico. –Toca o pingente em seu pescoço.

–Nada vai mudar. –Repito e ela respira fundo encostando a cabeça na cabeceira da cama de olhos fechados.

–Bom, não sei quão boa é a sua memória, mas acho que não deve ser ruim... Na verdade deve ser melhor do que a minha, e eu acho que tenho uma memória relativamente...

–Felicity! –A chamo para despertá-la.

–Lembra de que quando nos conhecemos eu estava investigando a mesma lista que você usava para combater o crime? –Perguntou e eu confirmo balançando a cabeça a incentivando a continuar.

Felicity se levanta e pega seu tablet em sua bolsa, então volta com eles em mãos e se senta novamente ao meu lado. –No bilhete tinha uma senha. –Ela digita a senha e um programa se abre. –E estava escrito Arqueiro em baixo dela. –Felicity me entrega o tablet e eu vejo um copilado de vários casos que eu havia resolvido até o momento em que ela oficialmente se juntou ao meu time.

–Você era uma fã? –Questiono sem acreditar.

–Não! Não exatamente. –Vejo seu rosto ficar vermelho. –Eu não sou uma pessoa burra Oliver, e não demorou muito para que eu percebesse que os mesmos figurões que o Arqueiro vinha eliminando, eram os nomes que estavam na lista. –Justifica. –Então eu criei isso. –Ela abre uma das pastas em anexo no arquivo, eu não entendia o que era exatamente, mas parecia um código criptografado.

–O que é isso?

–Então, o Arqueiro também não era assim tão cuidadoso. –Falou como se eu fosse um completo idiota, mas não quisesse machucar meus sentimentos. –Isso é um vírus que não pode ser detectado sem o código que criei, e ele está instalado em todo o sistema de polícia de Starlling City. Sempre que algo ligado ao Arqueiro surgia nos registros, meu alarme era ativado. Amostras de sangue, relatórios ou pistas que levassem à sua identidade. Assim eu os eliminava antes que fossem processados.

–Por que fez tudo isso? Até onde você sabia eu era apenas um assassino. –Eu estava impressionado.

–Por sua causa. –Responde e não me ajuda a entender nada. –Eu sentia que você era ele, e sentia que podia confiar em você. Oliver Queen, não era assassino para mim. –Conclui.

–Quando você me procurou para me mostrar a lista você já sabia?

–Eu tinha 70% de certeza, mas só confirmei minha teoria quando você estava sangrando no banco de trás do meu carro.

–Meio lentinha você! –Provoco a puxando para meu colo, completamente fascinado a fazendo dar risada. –Por que nunca me contou isso?

–Não precisava saber. –Fico a olhando nos olhos sem saber o que fala, ela literalmente me deixou sem palavras.

–Diz alguma coisa. –Pede em um sussurro preocupada, provavelmente devido a intensidade na qual a encarava.

–Esse foi o meu colar. –É a única coisa que posso usar para descrever o que estou sentindo.

–O que? –Ela estava confusa me olhando de forma engraçada.

–Do seu jeito Felicity, você me fez um colar como esse. –Toco o pingente em seu pescoço. –Claro que o seu é muito mais legal e complicado do que o meu!

–Eu não diria isso, não tem diamantes nos meus! –Ela brinca passando a mão no colar de forma teatral. –E não seria capaz de criar tudo isso bêbada, muito menos escrever em prata!

–Felicity não sei por que, mas tenho a sensação de que você seria capaz de hackear o sistema da ARGUS em um dos seus piores porres? –Digo a fazendo gargalhar. –Precisamos testar isso um dia. –Ela me olha alarmada me fazendo dar risada de sua face cheia de preocupação.

–Quer que eu hackeie o sistema da ARGUS? Bêbada? –Seu rosto demostrava o choque com a conclusão que ela chegou.

–Não amor, por que sempre chega as conclusões mais impossíveis das coisas? –Pergunto sorrindo e seu rosto se acalma.

–É um dom!

–Eu digo, ver o que você faz bêbada! Pagaria para ver isso. –Brinco. –Que tal depois dessas guerras e complicações? Nós dois e uma garrafa de tequila?

–Tudo pode ser negociado meu amor. –Sinto meu coração batendo acelerado. –Qual o preço está disposto a pagar?

–Gata, não sei por que demorei três anos para isso. –Falo fascinado a beijando com puro desejo.

WALLY

Junho de 2026

Meu primeiro encontro com aquele monstro não é um dia que eu gosto de me lembrar. Eu era o maior fã do Flash desde muito novo, mas só fui descobrir que era filho do Flash ao dez anos de idade, quando não foi mais possível esconder, e com ele todos se revelaram junto, não consigo descrever como me senti quando descobri que meu maior herói e o herói da cidade eram a mesma pessoa, foi um dia legal, mas o que preciso contar aconteceu alguns anos depois, em um dia não tão legal assim.

Eu posso não ter o sangue do Barry Allen, mas herdei muitas coisas dele, como seu jeito atrapalhado, sua positividade e sua mente cientifica. Claro que o fato de eu sempre idolatrar o cara tem grande peso nessa equação, mas para minha sorte eu ainda possuía dois pontos a mais de QI do que ele.

Era um raro dia chuvoso em Central City e parecia que não veríamos o sol assim tão cedo. No caminho de volta para a escola tudo ocorria bem até ser ensopado pelo escolar quando fui deixado na porta de casa. Claro que algo assim precisava acontecer!

–Como foi a escola Wally? –Tia Íris pergunta quando entro em casa desanimado e jogo a minha mochila sobre o sofá.

–Tedioso. –Respondo a fazendo dar risada. –Tia por que não vamos a Starlling nesse fim de semana? –Pergunto a abraçando, ela parece não se importar por eu estar a molhando, isso é uma das coisas que mais amo em minha mãe, ela não perde nenhum momento por causa de frescuras. Nessa idade eu já era da altura dela, mas era magrelo feito um poste.

–Não precisa de me bajular meu filho! –Responde dando risada. –Fel vai trazer Sara e Isis nesse fim de semana, então acho que o motivo da visita está a caminho. –Debocha.

–Ollie vai vir também? –Pergunto animado.

–Não ele está em uma missão para a Liga e Diggle fará uma viajem com Lyla. E graças a Deus Felicity virá me fazer companhia! –Brinca tocando a barriga de seis meses de gestação. –Vai vir comigo a consulta de hoje?

–Claro! Vamos descobrir o sexo?

–Sim, mas seu pai está literalmente em outra terra. –Reclama.

–Sei que ele daria tudo para estar aqui. –Tento a confortar da melhor forma possível.

–Eu sei meu querido, eu sei.

Na hora da consulta nós estávamos dentro do consultório e eu descobri que minha mãe estava gravida não de um, mas de dois bebes, podemos sentir o coraçãozinho deles e aquilo foi incrível. Tia Íris chorava segurando minha mão e me senti mais feliz do que me lembro. Saímos do consultório conversando animadamente, pensando em possíveis nomes para os garotos.

Mas em um determinado momento um raio amarelo passou por nós, então me vi sozinho no meio da rua. Aquele não era meu pai, disso eu tinha certeza. Nunca me vi tão desesperado na vida, peguei meu celular discando o número dela e só caia na caixa postal. Meu pai não dava, liguei para Diggle, Oliver, Hal e basicamente todos os heróis que existiam em minha agenda.

Sinto como se não fosse capaz de respirar literalmente. Corro em uma velocidade humana patética para a minha casa e tento entrar em contato com a Felicity, ela era minha ultime esperanças, não sei quanto tempo minha mãe suportaria, ou meus irmãos suportariam.

‘Oi moleque.’ –Tia Fel atende no primeiro toque.

–Fel, minha mãe foi levada. –Digo em meio ao choro. –Por alguém com os mesmos poderes de meu pai... Não sei o que fazer, não sei mais a quem procurar!

‘Vou mandar Connor na frente.’ –Ela entra no modo Oráculo, totalmente profissional. ‘Pego Sara e Isis e vamos em seguida, Wally fique com seu avô, por favor não se coloque em perigo.’

Ligo para meu avô e o coloco a par da história, em seguida vou para o laboratório de meu pai, precisava ajudar de alguma forma, descobrir algo que levasse a minha mãe aos meus irmãos, eu mesmo sem acreditar em divindades e magia passei a orar incansavelmente a cada gaveta que abria, cada arquivo que vasculhava, foi quando escutei o barulho do raio e uma ideia insana me veio à mente, eu poderia salvá-la ou morrer tentando.

[...]

Entrei na S.T.R.A.R Labs certo de que não seria interrompido, seja o que Deus quiser. Eu sei, nem um pouco cientifico, mas estava as beiras da morte, o que espera que eu faça? Subornei descaradamente Tim para que mandasse um sinal falso para Caitlin e Cisco, o caminho estava livre e eu só precisava chegar a esteira então tudo ficaria bem.

Arrumei todos os produtos científicos que foram responsáveis pela mudança das células do meu pai, claro que eu não tenho o acelerador de partículas, mas tenho a chuva de matéria negra acontecendo hoje, vai ter que servir. Conecto o cabo de força e uso um mecanismo extensivo para acioná-lo de cima da esteira.

–Então aí vamos nós! Merda! Se eu morrer a Sara nem vai saber que sou louco por ela. –Murmuro fechando meus olhos e apertando o botão.

Não consigo descrever a dor de ser eletrocutado para você, mas cara, dói para caramba! Sentia como se cada parte do meu corpo fosse colocada em uma panela enorme cheia de óleo fervente. Demoraram poucos segundos para que eu ficasse inconsciente, então um pouco antes pude ver todos os tubos de ensaio se esvaziando, era como se a gravidade do local tivesse deixado de existir, e nesse momento eu cai.

Acordei com uma Caitlin furiosa ao meu lado, eu amo a Caitlin, muito, mas ela é uma das pessoas mais assustadoras que conheço. E um Cisco sorridente do outro, ele parecia extasiado, o que significa que funcionou, claro que só o fato de eu estar vivo é prova suficiente.

–O que você fez Wally? –Caitlin grita nervosa. –Nos mandar para Gothan, recriar o acidente de seu pai, deixar a todos loucos!

–Isso foi maneiro cara! –Cisco diz e ela o lança um olhar de ódio.

–Ele poderia ter morrido! –Ela grita para ele.

–Nós sabíamos que aconteceria. –Ele sussurrou para ela me deixando ainda mais confuso.

–O que? –Questiono interessado.

–Nada! –Gritaram os dois.

–Quanto tempo fiquei desacordado?

–Meia hora, descobrimos que o sinal era falso e demos meia volta... –Ela continuou a falar mais alguma coisa, só que eu não estava mais prestando atenção. Minha mão começou a vibrar, em seguida meu braço.

–Legal! –Cisco exclama animado.

–Wally seu pai está a caminho.

–Cisco preciso de um dos trajes dele. –Falo me levantando com mais determinação do que já tive em toda a minha vida.

–Não precisa. –Ele responde eu estava prestes a protestar quando ele toca algo na parede. –Esperei por isso a muito tempo cara! –Então eu vejo um traje idêntico ao do meu pai, mas esse é amarelo e vermelho. Corro em direção ao traje e volto vestido. –Senhoras e Senhores, eu apresento a vocês Kid Flash! –Cisco diz teatralmente.

–Nomezinho caído. –Reclamo.

–Você não tem escolha. –Ele diz sério e prefiro não discutir.

–Pode rastreá-lo? –Pergunto aos dois.

–Claro. –Cisco responde e Caitlin vem em minha direção prendendo alguns sistemas de monitoramento em meu traje.

–Por favor Wally, se cuida ok? –Ela beija minha bochecha antes de se afastar com lágrimas nos olhos. Cisco me entrega o endereço e em alguns segundos eu estou nele.

Vejo Tia Íris amarrada a uma cadeira e o Flash Reverso a sua frente, eu nunca tinha o visto pessoalmente antes, pensava que ele era mais alto... Ele anda ao redor dela que está chorando apavorada, dizendo coisas que não posso escutar.

–Vai ficar escondido moleque? –Ele grita e eu me apresso correndo em direção a ela e a solto. –Coitadinho de você, pensa que eu vim até aqui sozinho. –Ele solta um riso sarcástico e vejo Capitão Frio, Capitão Bumerangue, Mestre dos Espelhos e o Flautista a minha volta. Minha mãe se levanta se colocando a minha frente de forma protetora,

–Podem fazer o que quiser comigo, deixem ele ir! –Grita.

–Mãe, não! –Passo para a frente dela.

–Ah eles não são fofos? –Flash Reverso diz cheio de sarcasmo e os outros idiotas caem na risada.

–Eddie, deixe-o ir, por favor. –Ela implora desesperada.

–Ele está sozinho agora! –Grita para minha mãe. –Como ela estava, e novamente o seu precioso Flash não vai chegar a tempo de salvar, nenhum dos dois!

–Eu não estaria muito certo disso, oh sua banana gigante! –Escuto a voz zombeteira de meu pai e alguns minutos depois Hal surge atrás dele. –Você demorou em moleque. –Disse piscando para mim com um sorriso no rosto, eu não fazia ideia do que ele estava falando. –Hal, eu vou querer o Bananão, divide os manés ai com os outros. –Fala partindo para cima do Flash Reverso, mas o super banana atinge minha mãe e eu não entendo meus poderes o suficiente ainda, mas corro o mais rápido que posso a pegando no ar, e quando a coloco no chão, e vejo sangue escorrendo por suas pernas.

–Não. –Murmuro contendo as lágrimas alheio a toda a batalha que estava acontecendo ao meu redor.

–Wally a tire daqui. –Escuto a voz do Arqueiro e nem sabia que ele estava lá ate aquele momento.

–Mamãe, você vai ficar bem, todos nós vamos ficar. –Digo com ela nos braços que chorava com as mãos na barriga.

–É tarde demais, eu já os perdi...


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Notas finais do capítulo

Como sempre, nada de pânico, explicamos tudinho para vocês, mas nos contem o que acharam ok?
Bjs