Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 17
Gravity


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Antes de qualquer coisa, queremos agradecer a duas leitoras que nós amamos, Helayne (ou Hely, por que ela deixou que eu a apelidasse) e a minha lindinha Dane, meninas nem temos palavras, agradecemos do fundo dos nossos corações, as recomendações foram perfeitas. E queremos que aceitem esse capítulo dedicado especialmente para vocês como nossa forma de dizer MUITO OBRIGADA!



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“Oh, a gravidade está trabalhando contra mim
E a gravidade quer me por pra baixo
Oh, duas vezes, mas não quer dizer duas vezes melhor
E não pode sustentar, como a metade poderia
Ela está querendo mais e irá me pôr de joelhos

Oh, gravidade, mantenha-se bem longe de mim
Oh, gravidade, você já levou homens melhores que eu
Como pode ser?

Só me deixe onde a luz está
Só me deixe onde a luz está
Só me deixe onde a luz está
Vamos, me deixe onde a luz está
Vamos, me deixe onde a luz está
Vamos, me deixe onde, me deixe onde a luz está.”

Gravity – John Mayer

BARRY

Voltei imediatamente para o local, Roy e Diggle já estavam no chão, mas pareciam estar apenas desmaiados. Wells estava correndo em direção a Oliver, mas me adiantei colocando o meu corpo a frente fazendo com que o corpo dele se chocasse com o meu. O impacto fez com que cada um de nós fosse parar de um lado. Oliver se levantou cambaleando e mirou uma flecha em direção a Wells que a pegou no ar rindo com escarnio.

–Ollie, Ollie. Você não pode me acertar e sabe disso. –Caminhou lentamente em direção ao Arqueiro que permanecia com ele na mira de seu arco.

–Não estava tentando. –Oliver responde e a flecha explode nas mãos do Wells, que cai baqueado.

–Quando foi que eu fiquei assim tão idiota? –Falei parado em frente ao meu eu do futuro que agora parecia estar desmaiado no chão.

–Não sei, nunca te vi de outra forma. –Respondeu Oliver. –Agora temos que pensar em como trazer Wally de volta...

–Oliver! –Gritei já correndo em sua direção mas era tarde demais, Oliver foi lançado contra a parede e desmaiou imediatamente com o impacto.

–Assim é melhor, só eu e eu. –Wells apontou em minha direção. –Sabe que vai ser brutal, não sabe? –Perguntou estralando o pescoço. –Eu era tão fraco e lento. –Ele me olhava de baixo para cima.

–Estou enjoado. –Respondo fazendo careta. –Quando foi que passei a gostar tanto do som da minha própria voz?

–Vai perder esse sarcasmo assim que ver o que é ter uma vida perfeita e ter tudo tirado de você! –Gritou me atacando. Wells acertou seu punho em minha face, nunca senti tanta dor antes.

–Eu me tornei incrivelmente forte. –Disse limpando o sangue que escorria de minha boca. Tudo o que queria nesse momento era ganhar tempo.

–Pura física. –Responde Wells correndo em minha direção novamente, desvio de seu golpe por muito pouco. –Quanto mais rápido, mais forte. –Dessa vez eu não escapo e Wells prende meu corpo de encontro a parede me segurando pelo pescoço.

–Se eu morrer você também morre. –Digo com esforço.

–Eu já estou morto Barry, morri no dia em que a vida de Íris foi tirada de mim e a parte que restava você terminou de matar no momento em que decidiu salvar Caitlin da forma errada, você tirou meu filho e agora eu não tenho mais amor por nada que respira nesse momento, tudo o que quero é morrer! –Gritou me estrangulando com mais força.

Eu já estava a ponto de ficar inconsciente quando um algo me ocorreu. Wally sumiu porque como Íris e eu nunca ficaríamos juntos depois de ter dormido com Caitlin... Mas era exatamente isso que acontecia antes, eu ficava com Caitlin, até o acidente que a transformou em um monstro... Não, eu estava errado, o fato de ter dormido com Caitlin não alterou as coisas, o que alterou foi Íris descobrir minha identidade ou melhor, como ela descobriu minha identidade. A forma em que ela reagiu no momento mudou tudo, ela não me queria por perto, pois se sentiu traída sendo minha melhor amiga eu escondi algo muito grande dela, ela nunca mais seria a mesma comigo depois disso, mas então as coisas mudaram novamente, mudaram no momento em que a enfrentei em sua casa, ela disse que me amava, com todas as letras. Não importa quando ficaríamos juntos, mas tudo é uma questão das escolhas que faço no momento, das escolhas que nós dois fazemos, isso se eu estiver vivo para escolher alguma coisa... Mas o aperto em meu pescoço diminuiu e o corpo de Wells ou meu, que seja. Caiu inconsciente no chão revelando Oliver atrás dele. Ollie se apressou em atirar três flechas com sonífero nele, o que devido ao meu metabolismo acelerado não deve contê-lo por muito tempo.

–Precisamos achar Cisco. –Oliver diz. –Acredito que essa sua versão não vai desaparecer enquanto não resolvermos algo com Cisco, parece que mesmo agora você ainda se tornaria esse cara. –Diz apontando para Wells no chão. –Tem ideia de onde ele poderia estar?

Não respondo, apenas olho para o acelerador de partículas/prisão que está atrás de nós. –Mas só tem uma coisa. –Digo quando Oliver começa a andar em direção a porta do acelerador o fazendo se virar novamente em minha direção. –Como vamos mantê-lo preso? Esse sonífero não vai adiantar por mais de meia hora, mesmo nessa dose cavalar que aplicou nele. E tranca-lo em uma dessas salas também não pois como você viu ele pode ficar intangível.

–Ok. Quais são suas fraquezas? –Arqueio uma sobrancelha para ele sem confiar muito no que ele faria com essa informação. –Barry, eu não vou usar contra você! –Grita desesperado. –Bom não você, você mesmo.

–Temperaturas muito baixas podem me retardar, mas tem que ser tipo absolutamente zero, ou... –Começo a pensar. –Talvez se tirasse a gravidade de um lugar. –Oliver sorri satisfeito com a solução.

–Felicity. –Chama pelo comunicador.

‘Vocês estão bem?’ –Ouço a voz preocupara de Felicity através do comunicador que Oliver havia me dado.

–Sim, e vocês? –Ele devolve a pergunta.

‘Estamos. Do que precisa?’ –Posso ver o alivio na face de Oliver.

–Sabe como altera uma das salas improvisadas no acelerador de partículas para que ela tenha gravidade zero?

‘Não Oliver, mas Cisco sabe.’ –Diz e eu imediatamente abro a porta do acelerador e corro varrendo cada centímetro dele em segundos.

Eu o encontro em uma sala trancada com oxigênio muito baixo. –Felicity. –Chamo tentando controlar meu desespero.

‘Fala.’

–Está me vendo agora?

‘Sim. Você o encontrou.’

–Preciso que abra a porta para mim. –Dou o comando. –Caitlin, ele está com pouco oxigênio, se prepare, vou leva-lo assim que a porta se abrir.

‘Entendido.’ –Ela responde com a voz controlada.

Quando a porta se abre eu o pego nos braços e corro o colocando na maca que geralmente é usada para cuidar de meus ferimentos de batalha. Caitlin imediatamente coloca uma máscara de oxigênio nele. Então eu volto trazendo Roy e Diggle inconscientes para o local. Oliver chega um tempo depois arrastado o corpo de Wells que eu deveria ter pego, mas acabei me esquecendo.

–Ele vai acordar a qualquer momento. –Falou o largando e indo em direção a Felicity que o abraçou com força.

–Tenho alguns sedativos no prédio, posso ganhar mais tempo para que Cisco acorde.

–Então é melhor ir rápido, por que não sabemos o quão diferente o organismo dele está do meu. – Reforço a urgência e Caitlin sai correndo pelo corredor.

IRIS

Alguma coisa me dizia que eu não podia ficar aqui esperando, que tinha alguma coisa acontecendo e eu não deveria ficar aqui parada, mas eu não sabia o que fazer, Barry tinha saído a menos de cinco minutos, o que para mim pobre mortal era pouca coisa, mas para alguém como ele poderia significar algo perto da eternidade.

Pego minha bolsa e quando estava na metade das escadas, ouço a campainha. -Será que isso não vai ter fim? Será que essa noite/madrugada não acaba? –Olho pelo o olho magico e que está ali me surpreende, esperava até mesmo a Felicity, talvez Caitlin, mas não o meu namorado. Abro a porta. – Oi Ed? O que faz aqui tão cedo? – Estranho por que ele nunca tinha aparecido aqui a esse horário. –Se veio procurando o meu pai ele não está? Foi resolver um problema de família. –Realmente ele não poderia me acusar de mentir.

–Por que viria ver o seu pai? Eu não posso querer fazer uma surpresa para minha namorada? –Ele me questiona e tenta força a entrada, eu sentia que tinha alguma coisa esquisita com ele, mas não entendia o que.

–Me visitar as cinco e meia da manhã? –Deixo entrar para evitar uma cena na porta de casa.

–Não vejo qual é o problema, afinal você parece que já está pronta para sair. – Ele tinha um tom ácido na voz, quase venenoso, esse não era o Ed que eu conhecia.

–É... Eu tenho que pegar uma amiga que está chegando na rodoviária daqui a pouco, sabe? A família mora longe e ela estuda comigo. – Minto descaradamente.

–Eu vou com você. – Ele se oferece, mas seu tom em nada me parecia uma cortesia.

–Ed, nos realmente precisamos conversar, mas agora eu preciso sair, agradeço que você queira ir comigo mas eu prefiro ir sozinha. –Tento ser firme, nessas últimas seis horas eu já tinha passado por muita coisa, tinha descoberto que meu melhor amigo poderia subir ao pódio de qualquer prêmio automobilístico, isso sem o auxílio do carro, descobri que ele iria casar comigo, mas que agora ele tinha escolhido outra, que alguém iria me matar de uma maneira que faria muito estrago na vida de muita gente, por que só isso explica tudo que estava acontecendo. Descobri que eu era mãe, para logo em seguida perder o meu filho. Então sim eu precisava de um tempo para processar tudo isso, precisava achar Barry, que eu tinha serias suspeitas de onde estava, e tentar achar uma maneira de trazer Wally de volta. Minha cabeça estava a mil e nesse momento não tinha se quer um espaço para pensar em Ed, e por mais que eu queria não machuca-lo eu precisava terminar com ele, mas não agora.

–Por que? Não quer a minha companhia? –Ele segura o meu braço, mas nesse momento meu pai entra pela porta que tinha permanecido aberta.

–Tudo certo aqui? –Pergunta desconfiado.

–Tudo certo Joe. –Se apreça em dizer e eu percebo que ele coloca uma mascará. Ed não era quem eu pensava. –Eu precisava falar com você sobre um caso que surgiu agora a pouco, mas como você não estava e decidi esperar. –Ele mente mais fácil que eu.

–Fui resolver um problema de família. – Meu pai me olha, e eu sei que ele também sabe de tudo, em seu olhar eu vejo confiança e determinação aquele olhar de força que só um pai sabe ter, não sei se fico furiosa por ele ter guardado o segredo ou grata por sei que ele me apoiará em todas as decisões que eu tomar. –Por que não vamos para a DP ver mais provas relacionadas a esse caso que você trouxe para mim. –Eles começam a sair e meu pai vira para mim. – Iris, na última gaveta da mesa do escritório tem um envelope, você pode colocar nos correios para mim mais tarde? – Eu concordo com a cabeça.

Corro até o escritório, eu sei que meu pai não me faria perder tempo atoa, e na última gaveta realmente há um envelope, mas dentro dele não tem uma carta, e sim um tiser em formato de pistola, eu posso ver as letras árabes, sei que esses modelos são os mais fortes em capacidade elétrica, eu olho para aquilo pasma. –Serio pai? O que você espere que eu faça com isso? – Mas por via das dúvidas coloco na bolsa. – Mal não vai fazer.

Saio pela cidade ainda tranquila por conta do horário e em pouco tempo eu estou em frente a S.T.A.R Lab. percebo que a entrada está aberta e aquilo me confirma que tem alguma coisa de muito errado acontecendo ali. Entro silenciosamente e passo por todas as salas vazias, corredores que ecoam meus passos até que um barulho estrondoso perturba o silencio, eu consigo ouvir gritos, socos, palavrões, eu acelero os meu paços e quando eu chego vejo Felicity e um homem vestido com um capuz verde, caído logo na entrada, mas ao longe vejo Barry caído desacordado perto de um homem negro, mas o que me chama realmente a atenção é Wells, ele está de pé, tem Caitlin contra parede suas mãos envolta do pescoço dela, ele está a estrangulando.

–Eu fiz tudo isso para te salvar, e agora por sua causa eu perdi a última parte de mim. – Sua voz era maníaca, eu não o entendia, mas sabia que eu não podia deixa-lo continuar, e assim silenciosamente, aproveitando que ele estava distraído, tiro meu tise da bolsa e disparo contra ele, e por um momento parece que vai funcionar, o que faz todo o sentido do mundo por que isso derrubaria um cavalo, mas ele se vira para mim, e em seus olhos há espanto, tensão, rancor e ódio. E antes que ele pudesse me atacar, Caitlin o atinge com uma seringa e ele fica lento e por fim cai.

–Que merda foi essa? – Eu pergunto sem entender nada.

– Eu estou tentando entender até agora. –Ela admiti, injetando mais cinco doses de algo que eu jugo ser sedativo. Em um canto eu vejo um rapaz usando um capuz muito parecido com o outro, só que em vermelho, e caído atrás da mesa está Cisco.

–Eles estão vivos? –Aponto para todos enquanto corro em direção a Barry para checar seus batimentos. – É a segunda vez hoje. – Digo baixinho para ele.

–Como o Barry está? –Caitlin me pergunta.

–Os batimentos estão regulares.

–Ótimo, me ajuda a checar os demais. –Eu sigo as suas orientações e a primeira, surpreendentemente a recobrar a consciência é Felicity.

–O que aconteceu? –Sua voz é grogue.

–Wells despertou. – Caitlin diz isso e injeta mais uma dose, do que agora eu tenho certeza, ser sedativo, no Dr. que está esticado no chão.

–E como vencemos ele se todos estão apagados. –Pergunta confusa.

–Não vencemos, ela venceu. – Caitlin aponta para mim e Felicity parece em fim me enxergar.

–Ele não vai gostar que você esteja aqui quando ele acordar. –Ela tira os óculos e aperta a ponte do nariz.

–Não é escolha dele, é minha, tem muita coisa envolvida para eu deixar que outros lutem por mim. Eu não sou assim. – Felicity inclina a cabeça e dá um sorriso de lado.

–Bem vida ao nosso mundo. –Ela vai até o homem com o capuz verde e acaricia o seu rosto, e então eu entendo o que ela me disse. –Eles estão bem? –Pergunta para Caitlin.

–Sim, logo eles vão...

–O que você está fazendo aqui? – Ouço a voz brava de Barry, fecho os meus olhos e com toda paciência, que eu já não tenho, o respondo.

–O que você acha? –Sou cética.

– É perigoso, você não devia estar aqui. – Ele pega o meu braço e me arrastar para fora do laboratório. –Você vai para casa. –Eu puxo ele pelo traje e arranco a sua mascará.

–Você está aqui, e isso significa que aqui é o único lugar que podemos dar um jeito de trazer o nosso filho de volta. Eu não sei ainda o que o tirou de nós Barry, a única coisa que me importa de verdade é em tê-lo de volta e vou fazer qualquer coisa para isso, vou lutar com você ou contra você se for preciso. – Barry sorri, o mesmo sorriso de sempre, o sorriso do meu Barry.

–Sim minha senhora. –Barry me puxa para um abraço apertado. –Que bom que você está aqui Íris. –Diz no meu ouvido. -Vamos trazer nosso garoto de volta. – Ele beija a minha testa e voltamos para o laboratório.


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Notas finais do capítulo

Povo, que saudades do Wally... Sou só eu e a Sweet Rose ou vocês também querem nosso linguarudo preferido de volta?
Não esqueçam de comentar e nos dizer se estão curtindo. Bjs