Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 18
Mirros


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Galera queremos agradecer a todos os feedbacks e a quem favoritou a fic, thank you guys!
Esperamos que curtam o capítulo de hoje!
Boa leitura.



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“Porque não quero perder você agora
Estou olhando direto para a outra metade de mim
A grande cena está em meu coração
Há um espaço, mas agora você está em casa
Mostre-me como lutar agora
E eu te direi, baby, foi fácil
Voltarei para você uma vez que eu descobrir isso
Você estava aqui o tempo todo
É como se você fosse meu espelho
Meu espelho me encarando
Eu não poderia ficar mais orgulhoso
Com outra pessoa ao meu lado
E agora está claro como essa promessa
Que estamos unindo
Dois reflexos em um
Porque é como se você fosse meu espelho
Meu espelho olhando para mim
Me encarando de volta

Você não é algo, um original
Porque não parece servir de amostra
E não posso deixar de olhar porque
Eu vejo a verdade em algum lugar em seus olhos
Nunca poderia mudar sem você
Você me reflete, eu amo isso em você
E se eu pudesse, Eu
Iria olhar para nós o tempo todo

Pois com sua mão na minha mão
E um bolso cheio de alma
Eu posso lhe dizer que não há lugar que não poderíamos ir
Basta colocar sua mão no passado
Eu estou aqui tentando te puxar
Você só tem que ser forte “

Mirros – Justin Timberlake

FELICITY

–Felicity, me ajuda a colocar o Cisco na maca? – Caitlin me chama. Eu olho em volta e vejo tudo revirado, como se tivesse passado um tornado pela sala, não deixo de estar certa, um embate entre dois velocistas que atingem velocidades que para mim seria impensável, acho que um tornado era pouco, um ciclone ou furacão talvez. Caitlin coloca a maca no lugar enquanto a ajudo a levantar Cisco, que é bem mais pesado que aparenta. Oliver, Roy e John estão nos mesmos lugares, eles ainda não recobraram a consciência.

–Você vai precisar de mim aqui? –Pergunto enquanto a vejo colocar a máscara de oxigênio em Cisco

–Não, agora precisamos aguardar. –Eu me viro e me sento ao lado de Oliver, puxo o seu corpo para o meu colo e fico ali esperando que ele retorne para mim, Barry e Iris estão de volta e eles se juntam a Caitlin em alguma pesquisa, que não me interessa no momento.

–Você não pode demorar tanto assim, a essa altura já devia ter imunidade contra essas coisas. – Digo dando um leve beijo em seus lábios.

–Então você admite que nos beijamos? –Ele ainda está de olhos fechado, sua voz é fraca mas tem um sorriso em seus lábios. Eu dou um tapa em seu ombro de indignação por ele me fazer ficar angustiada assim. –Ai Felicity! –Fecho minha cara para ele, que abre os olhos de vagar. – Então você admite? – Oliver se levanta do meu colo e fica de frente para mim, me dando um leve selinho.

–Não admito nada, por que foi você quem me beijou. – Seu olhar se estreita, e eu o imito. – Mas isso não significa que eu não gostei. – Sorrio com prepotência e ele fica abobalhado por um tempo até que entende a deixa, Oliver se levanta me puxa para cima e me beija com paixão.

–Uhm, uhm! – Nos interrompe. –Não é que quero atrapalhar vocês, e sei que demorou para o Oliver tomar a iniciativa. – Barry começa a tagarelar. –Mas podemos deixar isso para depois que resolvermos isso aqui. –Ele aponta para a sua versão do mau do futuro. – E juro que depois que terminarmos com isso me comprometo em ser o padrinho de vocês dois.

–Desculpe Barry. –Eu sinto meu rosto queimar. – Você sabe o que fazer para trazer o Wally de volta? – Eu não tinha esquecido do meu futuro sobrinho, e não saber o que tinha ou iria acontecer com ele me angustiava.

–Você conhece Wally? –Iris pergunta intrigada, e eu percebo que ela sabe de muita coisa.

–Wally ficou hospedado por um tempo em minha casa, antes de... – E minha voz falha, sinto o braço de Oliver ao meu lado me dando forças.

–Vamos traze-lo de volta. – Surpreende-me ao ver que quem toma essa iniciativa é Iris. – Não é uma questão de escolha, é simplesmente uma certeza, ele vai volta. – E apesar de toda força que ela tenta demostrar eu sinto o temor em seu olhar.

–O que eu perdi? – Roy vai levantando ainda meio grogue.

–Wells está apagado de novo. – Barry simplifica.

–E você é? –Roy aponta para Iris.

–Iris West.

–Aquela Iris West? –Ouço a voz de John se levantado com dificuldade e eu vou ao seu auxilio.

–Quantas Iris West vocês esperam conhecer? – Caitlin diz sem entender.

–Acho que isso não é importante agora, precisamos achar um jeito prender Wells, acho que o suprimento de sedativo da Dra. Snow não vai durar para sempre. –Oliver traz todos de voltas para o que realmente importa.

–Precisamos de Cisco. – Barry olha para o amigo ainda deitado na maca. – Tem alguma coisa que possamos fazer para traze-lo de volta mais rápido? –Todos os olhares se volta para Caitlin que não gosta de ser o centro das atenções.

–Podemos injetar adrenalina em Cisco, mas pode causar muita dor. – Sua voz é incerta, como se não soubesse se essa era realmente a melhor ideia.

–Se não fizermos isso logo teremos que nos preocupar com algo mais definitivo que a dor, algo mais mórbido, tipo a morte, e estou falando da morte de todos nós. –Roy aponta para Wells que começava a mexer levemente um dos dedos, Barry pega o sedativo e aplica algo parecido com sete doses de uma única vez.

–Acho que não temos muita escolha. – Barry a olha com pesar, e ela acaba concordando, vai até uma gaveta e retira uma seringa com uma agulha absurdamente grande, de canto de olho vejo Roy se encolher todo.

–Tá explicado por que isso vai causar muita dor. – Ele faz careta para agulha.

–Quem dera essa fosse a parte que causasse dor. – Caitlin levanta a camisa de Cisco e mede entre as costelas dele. –Eu não vou conseguir fazer isso, não sou forte o bastante. –Parece irritada com ela mesma.

–Posso fazer isso. –Oliver dá um passo à frente.

–Não, é perigoso, precisa ter pelo menos algum conhecimento médico. – Ela explica.

–Eu tenho treinamento militar, pode ser útil. – Ela pondera e meio incerta ainda passa a seringa para John. –Me diz o que fazer. – Sua voz é grossa e tenta passar segurança para a medica, mas eu o conheço e sei que ele não está tão seguro assim.

–Entre as costelas, no coração e de uma vez. Um golpe único e rápido. –Ela passa as coordenadas e ele assente com a cabeça. Eu vou para junto de Oliver que me abraça me dando segurança, Roy se aproxima de nós como não quisesse ficar sozinho vendo aquilo. John é preciso e sei disso pelo resultado. Cisco acorda, e seu grito me mostras o que realmente uma dor física significa.

IRIS

Eu me encolho nos braços de Barry enquanto Caitlin e o moço que não sei o nome, mas que de algum modo sabe o meu, tenta acalmar Cisco e faze-lo deitar de volta na maca, mas seus gritos faziam com que meu sangue gelasse nas veias.

–Cisco calma, estamos aqui. –Caitlin tentava acalma-lo. –E precisamos de você também conosco. –Solto Barry para que ele possa ajudar o amigo.

–Vamos lá cara, precisamos que você volte à tona. –Ele tenta ser o Barry de sempre, mas há tanto pesar em sua voz que é como se ele se culpa-se pelo que aconteceu com o amigo. Cisco pouco a pouco começa a ceder, seus gritos se estingue e ele volta a deita-se na maca.

–Caitlin, Wells, ele enlouqueceu. – Tenta dizer, mas sua voz é fraca, ele coloca a mão no peito.

–Desculpa garoto. – O homem que ainda está ao lado da maca de Cisco se desculpa pela dor causada

–Nós sabemos, ele está sedado, mas precisamos de algo mais definitivo que apenas algumas seringas. –Barry explica para o amigo que ainda está tonto.

–Barry ele ainda está atordoado e é obvio que está com muita dor, precisa de tempo. –Felicity tenta interferir.

–Não temos isso. – O sujeito de capuz verde (eu realmente preciso ser apresentada para esse povo) diz com uma voz terna olhando com carinho para ela.

–Eu consigo. –Cisco se levanta com dificuldade, com Barry e o homem do exército o ajudando. – O que ele é capaz de fazer? Além de ser um bom ator e nos enganar por tanto tempo. –Diz se sentado em uma cadeira de frente a um computador.

–Os meus poderes, só que mais evoluídos. –E com todas as informações que eu já tenho aquilo era realmente perturbador. – Precisamos de um local sem gravidade que o impeça de correr ou vibrar. Você sabe como criar esse local de gravidade zero? -Barry pergunta olhando para o amigo que parecia um tanto atordoado.

–Eu não sei, eu ainda estou confuso. - Ele admite. E de repente eu me lembro de um projeto que ficou na mesa do Barry por meses, quando ainda éramos crianças, estávamos no sétimo ano e a maioria dos alunos queria fazer coisas que explodissem ou fizesse muito fedor para que fossemos obrigados a ficar fora da sala de aula, mas Barry tinha seu próprio meio de passar o tempo.

–Não dá para utilizar imãs. - Falo olhando para Barry que me olha assustado. -Isso não funcionaria? -Pergunto constrangida achando que falei besteira.

–Isso seria perfeito, usamos dois imãs com polaridades invertidas e assim criamos um campo de retração criando um próprio centro gravitacional. – Barry me olha admirado enquanto Cisco começa a trabalhar em seus computadores. -Como você chegou a isso Íris? – Pergunta abismado me puxando para o lado.

–Sou melhor amiga de um Nerd. –Dou um soco leve em seu ombro que o faz sorrir. - Você achou que eu não estava te ouvindo enquanto tagarelava sobre os seus projetos de ciências?

–Mas nem eu lembrava disso, foi quando? No oitavo ano? – Tenta puxar pela memória.

–Sétimo. Barry eu me lembro de todos, desde quando você me chamou para te ajudar a reproduzir aquele tal de Parafuso Voador do Da Vince na sua casa na primeira série, serio quem é que quer fazer isso na primeira série, as crianças querem vulcões! – Eu começo a rir lembrando da tarde e de vários tubos de cola e fita adesiva que nós gastamos.

–Muito fácil. – Sorri para mim.

–Lembro desse primeiro até o dia em que você defendeu o seu projeto na frente dos seus professores na faculdade, e estava lá em todos, e vou estar lá no mestrado, no doutorado e enquanto mais você resolver se meter. – Conto nos dedos.

–Você vai estar lá? –Me pergunta incerto.

–Claro que vou, por que se tudo ainda der errado e se nada entre nós der certo, ainda somos nós Barry, somos você e eu e isso é mais que muitos “felizes para sempre”. Você sempre soube tudo sobre mim, e eu de você, tirando esses últimos meses que eu vou te fazer pagar. –Faço piada e ele ri. – Mas sempre seremos parte um do outro.

–Me promete. – Puxa minha mão para a dele.

–Barry Allen, não tem como ser diferente. –Sorrio com ternura para ele. –Agora, dá para você me apresentar aos seus amigos, estou cansada de dar apelidos para eles. – Barry sorri e me puxa para um abraço.

–O de verde é o Arqueiro, o de vermelho é o Arsenal, o outro é o John Diggle, e a Felicity você já conhece. – Me diz sem me soltar. –Qual apelido você deu a eles? –Perguntou com um sorriso brincando nos lábios.

–Temos um problema. – Cisco fala. –Precisamos de alguns equipamentos que eu não tenho aqui, mas talvez tenhamos no prédio, possivelmente na parte antiga que está interditada por causa da explosão.

–Então vamos atrás. – O Arqueiro chega mais perto da mesa.

–Não é necessário, fique aqui e cuide de tudo. Cisco você me fala aonde eu devo ir. – Barry veste a máscara e ele já não está mais na sala.

–Eu ainda vou me acostumar com isso? Vocês já se acostumaram com isso? – Pergunto para todos e um tenho um ‘Não’ coletivo como resposta. –Que ótimo. – Olho para o canto e vejo que Wells está tendo leves espasmos, pego o sedativo que estava próximo e injeto eu mesma. –Fica dormindo que você já deu muito trabalho por hoje.

BARRY

Corri por cada centímetro da área interditada em alguns segundos encontrei todos os materiais que precisávamos os deixando na mesa onde ficam os computadores, foi quando percebi que havia esquecido o principal, os imãs. Voltei correndo, mas imediatamente senti meu corpo fraquejar, estava muito tempo sem me alimentar e minhas baterias não durariam mais tanto assim. Parei bruscamente me apoiando na parede, imediatamente algo começou a se mover sobre minha mão, quando me viro toda a parede começa a se abrir revelando uma passagem secreta. Maldito Wells!

A sala parecia um corredor muito cumprido branco e havia um pedestal no meio, me aproximei para ver melhor do que se tratava, mas não me parecia nada de especial a princípio, a não ser que seja tecnologia do futuro... Como eu posso ativar essa coisa?

Levantei minhas mãos para tocar o pedestal no momento em que uma porta se revelou na parede norte da sala. Da mesma forma em que a porta de fora me dava acesso pelo toque essa se abriu imediatamente quando encostei nela.

–Eu não vou mais fazer nada para você Wells. –Escutei uma voz masculina dizer, a pessoa parecia sentir muita dor. –Pode me matar se quiser.

Me aproximei com cuidado, ficando estático quando meus olhos se acostumaram com a escuridão e eu pude distinguir a forma de um homem deitado em uma cama de solteiro em um canto afastado.

–Não sou o Dr. Wells. –Digo em voz baixa.

–Quem é você? –Perguntou tentando se sentar. –Ah! –Ele urra de dor.

–Sou o Flash, pode confiar em mim, vou te tirar daqui. –Me aproximo mais e ele levanta o rosto me permitindo vê-lo de verdade.

Era um homem branco que deveria ter em torno dos seus vinte e cinco anos. Tinha pele branca e cabelos pretos, sua barba estava grande, e por seu rosto muito machucado percebe-se que não estava sendo tratado como uma estrela do rock já há algum tempo.

–Como ela está? –Sua voz era urgente, quase desesperada. –Ele manteve sua promessa? Caitlin está viva? –Senti meu coração falhar uma batida por um momento.

–Por que você quer saber sobre a Caitlin? –Minha voz se elevou involuntariamente.

–Por que ela é tudo o que me mantem vivo, por favor me diga que ela está bem. –Sua voz ficava mais fraca a cada palavra.

–Ela está bem, vou levar você para ela. –Digo o pegando no colo, o que foi um tanto quanto estranho.

Entrei na sala em um segundo o colocando na maca que outrora fora ocupada por Cisco. Seus olhos varreram a sala desesperadamente até pararem nos de Caitlin que tinha uma das mãos nos lábios e a outra sobre o peito, seus olhos se encheram de lágrimas. Então eu descobri quem ele era.


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Notas finais do capítulo

Comentem, nos digam o que estão achando é importante para nós!
Bjs