Music of The Night escrita por Elvish Song, TargaryenBlood


Capítulo 22
Perigo


Notas iniciais do capítulo

Meninas, sei que estou demorando, mas estou sem pc, e tenho de escrever pelo celular. Prometo fazer o melhor para atualizar a fic com frquência, mas não posso prometer nada, OK? Aproveitem, fofas! Capítulo tenso!



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– bem, de acordo com o que Carlotta disse, nossas suspeitas foram confirmadas.- comentou Christine, preocupada, abraçando seu Anjo pelas costas- Querem cometer um crime que não possa se passar por acidente, e deixar sua "assinatura" para incriminá-lo. - ela se afastou e foi até a barra de exercício de balé, furiosa - isso é ridículo! Como se um assassino fosse deixar seu nome na cena do crime, como um convite a ser pego!

– sim, querida, mas nosso caso é diferente: todos acham que sou um louco psicopata, lembra?

– pode até ser um psicopata- provocou a moça, em meio à zanga - mas não é um louco. Tampouco um idiota. Você nunca cometeria a estupidez de deixar rastros.

– mas não temos como convencer a polícia disso, não é? - respondeu Erik, soando quase despreocupado, embora sua mulher soubesse que estava tão tenso quanto ela mesma. Ele se levantou da mesa onde estivera sentado e começou a andar pela sala de dança como um leão enjaulado.

– vamos dar um jeito nisso, meu querido. Andei pesquisando, e encontrei os contatos de um investigador particular. Vou contratá-lo para nos ajudar a reunir provas contra os De Chagny. Enquanto isso, continuamos vigilantes, para que os homens de Marie não firam alguém do teatro.

Erik franziu o cenho, e havia um brilho cruel de raiva em seus olhos:

– maldita cadela. Provas para acusá-la não bastarão! E nobre e rica, e pode forjar ou eliminar as evidências que quiser! Não servirá de nada juntar provas, pois ela se safará de qualquer modo, e voltará a nos atormentar!

A jovem baixou os olhos, reconhecendo a verdade nas palavras de seu Fantasma. Mas então, que escolha poderia haver? Com medo nao apenas pelos moradores da ópera, mas também por sua família, ela sugeriu:

– vamos embora, de uma vez. Partamos para Viena, Londres, Dublin... Qualquer lugar, mas saiamos daqui antes que algo terrível aconteça, meu amor! - Ela se abraçou ao Anjo, assustada e preocupada - abrace-me, Anjo. Abrace-me com força.

Atendendo ao pedido da jovem - e também de seu próprio coração- Erik envolveu sua amada nos braços, cingindo-a ao peito quase com desespero para abrandar as chamas de raiva em sua alma que clamavam pela morte da família De Chagny. Como aqueles ratos malditos ousavam rondar sua Ópera e ameçar não apenas sua família, mas aqueles que estavam sob sua proteção?! Ah, não, ele não permitiria aquilo! Prometera a Christine que não mataria, e manteria sua promessa... Mas nunca dissera qualquer palavra acerca de torturar e aterrorizar. Ah, sim, isso ele poderia fazer: perseguir a família de Raoul, apavorar cada um de seus familiares, torturá-los psicologicamente até que o terror os fizesse vê-lo em cada sombra, em cada sonho. Ficariam em tal pânico que, em algum momento, dariam fim à própria vida. Isso não era Erik quem garantia, mas sim o Fantasma da Ópera!

– não podemos partir, meu amor. Nao ainda; não podemos deixar o teatro à mercê de nossos perseguidores, pois eles não vão parar. Continuarão com seus planos, na esperança de que eu, cedo ou tarde, me revele. Não podemos partir antes de deixar nossos amigos em segurança, minha querida.

– mas então, o que faremos? - perguntou a mulher, surpresa com a mudança em seu anjo, que há apenas uns poucos meses não teria se preocupado com ninguém além de sua esposa e filha - estou com medo, Anjo: por nós e, sobretudo, por nossa filha!

Como se houvesse escutado a menção da cantora à filha, Madame Giry adentrou a sala de música com o agitado bebê nos braços. Ela sorria e brincava com Vivienne, agitando um cordão de contas coloridas ao alcance das mãozinhas gorduchas; voltando-se para Christine, explicou: - ela estava bem agitada. Acho que sentiu falta da mamãe, quando acordou. - e com o mesmo sorriso pôs a pequenina no colo da mãe, que a abraçou carinhosamente e embalou a criança, deixando-a brincar com seus cabelos. Diante daquela cena, ate mesmo Erik sorriu.

– e então, crianças? - perguntou a senhora- conseguiram chegar a algum acordo? Tiveram alguma ideia? Christine ia abrindo a boca para negar, mas seu esposo a interpelou:

– sim. Christine contratará um investigador particular, e eu... Eu ajudarei ao meu próprio modo. - por favor, Fantasma. .. - começou a coordenadora, sendo interrompida pelo músico: - sei o que estou fazendo, Antoinette. Confie em mim. Não sou tolo, tampouco imprudente, e sei como vencer esta situação. - e segurando a mão da esposa - confiem em mim, as duas.

Madame Giry parecia preocupada, mas a soprano apenas sorriu e respondeu:

– eu confio, meu amor.

*-*-*

Pov Erik

Naquela noite, caminhávamos na companhia de Meg pelas passarelas elevadas sobre o anfiteatro, discutindo os últimos detalhes acerca do que faríamos para lidar com as circunstâncias delicadas do momento. Eu pedira à menina Giry que passasse a ter uma faca sempre consigo, e que procurasse jamais ficar isolada demais. Além disso, ensinara-lhe o caminho mais curto e seguro para a Casa do Lago, a fim de que me chamasse em caso de emergência. Finalmente, estava orientando-a acerca das atenções que devia manter aos outros membros da ópera, como medida de precaução.

Cruzavamos a passarela dos holofotes quando um grito feminino se fez ouvir; eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar: Antoinette! Sem hesitar, disparei na direção do som, alheio a qualquer coisa que não fosse o desespero em alcançar minha amiga de tanto tempo. Cheguei ao fim do corredor em segundos, e desci as escadas de um único salto; ao virar no corredor à direita, vi meus piores temores se realizarem: caída no chão, com um laço de enforcamento ao pescoço, lutava desesperadamente contra a figura de capa negra e máscara que apertava a corda ao redor de sua garganta.

Avancei contra o atacante de Antoinette com adaga em punho; este, contudo, ergueu Madame Giry do chão e pressionou uma faca contra seu pescoço, rosnando:

– aproxime-se, e o sangue da dama irá lavar as pedras.

Não duvidei de que ele cumpriria a ameaça, de modo que segurei Meg e Christine quando elas tentaram se aproximar de Antoinette. Entretanto, minha amiga não era uma mulher covarde, e tentou lutar; a lâmina rasgou sua garganta de um lado a outro, e o sangue começou a jorrar.

Ver Madame Giry ferida cegou-me para todo o resto; corri para ela, enquanto o atacante fugia, mas o desespero por salvá-la era grande demais para que pudesse sentir mesmo raiva. Ajoelhei ao lado de An, examinando a ferida que jorrava sangue; rasguei uma tira de minha camisa e a pressionei sobre o corte, ouvindo Meg correr escadas abaixo chamando por ajuda. Christine abaixou-se ao meu lado, desesperada, e algum lado de minha mente percebeu que entregara Vivienne para a menina Giry. No chão, An arfava e gorgolejava tentando falar.

– não tente falar, querida! - implorou minha esposa, chorando e ajudando a comprimir o corte, cujo sangramento parecia ter reduzido. Mas o alivio não durou muito tempo: uma exclamação de horror se fez ouvir, e tudo o que vi foi uma das bailarinas- uma morena de quinze ou dezesseis anos - sair correndo, em pânico. Em outras circunstâncias, teria pensado no perigo que ficar ali representava, mas agora, tudo o que me importava, e a Christine, era estancar a hemorragia ate que alguma ajuda viesse.

O medo era uma garra de aço a apertar meu coração: não podia imaginar Antoinette- minha amiga, praticamente minha irmã, a pessoa a quem tudo devia- morta. Era uma ideia inconcebível e, pela primeira vez na vida, eu me peguei rezando: "Por favor, que se houver algum deus, ele çoupe a vida desta mulher. Ela nao deve morrer. Ela NÃO PODE morrer!!!!!"

Desesperado, embalei-a nos braços, confortando-a ate que alguém chegasse. Por favor, Ann, não morra. Por favor, resista. Nao nos deixe...


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem, ou deixarei vocês um tempão esperando pelo que vai acontecer! HUAHUAHUAHUA!