Supernatural- O Despertar escrita por Just a Dreamer


Capítulo 2
A Espera Por Respostas




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Me viro para o rapaz o olhando e o mesmo com os olhos arregalados sem saber o que fazer ou dizer. E volto a olhar Castiel o mesmo não parava de encarar o rapaz.

– Como assim vieram por causa dele? Você estava aqui quando isso aconteceu? -Pergunto olhando-o preocupado coloco uma mão na cabeça tirando meu cabelo da testa respiro fundo enquanto olho para Castiel e vejo o mesmo balançar a cabeça. Em seguida o mesmo se abaixa e abre a porta do mini armário que havia no canto da sala e ali tinha um símbolo de Sigilo de Banimento dos Anjos.

– Então eles sabiam que você poderia vir? Por isso fizeram o símbolo de Banimento? -Perguntei olhando o mesmo preocupado. O rapaz se sentava no sofá e ficava olhando para eu e Castiel como se estivesse em estado de choque.

– Não, mais usaram em outro anjo. Se você vê o símbolo esta manchado e o sangue ainda está fresco. O que um anjo faria num lugar com demônios, e por que levaram Dean e a Silver? - Castiel se levanta e vai em minha direção.

– Cass, por que eles viriam atrás dele? - Aponto para o rapaz que estava sentado e logo volto meu olhar para Castiel, respiro fundo, já ficando nervoso. – E como sabiam que ele estaria aqui com a gente? Vejo Castiel respirar fundo, e olhar para cima, o mesmo fecha os olhos rapidamente e logo volta o olhar para eu.

– Como eu disse, ele é um anjo, e perdeu a memória e nem sabe como usar seus dons, é um alvo fácil para os demônios, agora o que eles iriam querer dele eu não sei. - Castiel olha envolta e vai andando pelo corredor da casa em direção ao quarto, me viro para o rapaz, notando que o mesmo está começando a soar e tremer.

– Fica calmo, não vamos deixar que ninguém o leve. Você precisa se acalmar. - Me abaixo na frente do rapaz o encarando.

– Eu too vendo de novo, tem alguma coisa de errada comigo. – Quando o rapaz terminar a frase começa uma claridade envolta da casa e tudo começa a estremecer.

– Rápido! Eu vou tirar vocês dois daqui, Miguel está vindo, e ele está muito furioso. - Ouço o que Castiel diz e logo o mesmo se aproxima de mim pondo sua mão em meu ombro e a outra no ombro do rapaz, e quando dou por mim estamos num lugar no meio do nada, parecendo abandonado em frente a uma velha cabana que pelo visto estava vazia e ninguém morava ai a anos. Olho para o lado e vejo apenas o rapaz desmaiado no chão então dou a volta com seu braço direito pelo meu pescoço levantando o mesmo e indo em direção a cabana, subindo uns dois degraus, os quais rangiam a cada passo que eu dava, a porta não tinha mas fechadura, a madeira estava podre, empurrei a mesma com meu pé, e logo deitara o rapaz num colchão velho que havia no canto da que parecia ser uma antiga sala de estar. Vou em direção a janela e olho em volta, me sentando no chão abaixo da janela, sem me importar com a poeira e sujeira que ali tinha, encostava minha cabeça na parede e respirava fundo com meus olhos fechados, até que dava por mim que havia deixado tudo dentro do carro de Dean, toda a munição, e que eu só estava com minha pistola, pelo lado bom, ela estava carregada com sal grosso. Limpava minha testa com a manga do meu blusão. O silêncio daquele lugar era ótimo, apenas o som da noite e da natureza olho para o rapaz e o mesmo continua desacordado. Seguro na janela para me levantar e levanto minha cabeça dando de cara com Castiel, do qual eu tomo um susto. –Se você soubesse que tenho vontade de te dar um soco toda vez que você faz isso, você não faria mais Cass.

– O Mesmo me olha meio confuso.

– Me socar? Mais não há necessidade para isso, apenas estou aqui por você, para te ajudar, por que você iria querer me bater. - Castiel fica me olhando com um olhar de quem não entendeu a indireta e dou uma risada meio sarcástica e logo ando em direção a outra janela que havia a minha direita sussurrando. –Nada Cass, nada, esquece. - Volto a olhar o mesmo.

– E a propósito, trouxe seu carro para cá também, todas as suas coisas estão nele certo? - Fico surpreso ao ouvir o que Castiel me diz e sinto um grande alivio, pelo menos aquela noite nada poderia nos atacar ou fazer algum mal. Saio da cabana indo em direção ao carro abrindo a porta malas e pegando tudo que eu iria precisar para proteger aquela velha cabana de demônios, ou qualquer outra coisa que poderia aparecer, pego munição de sal grosso, meu rifle, dois galões de sal grosso, Castiel me ajudava pegando o resto das armas e munições que iriamos precisar para passar a noite ali.

Horas vão se passando e passando, e continua tudo em silencio, até que olho para o rapaz e o mesmo está a acordar, Castiel e eu nos aproximo do mesmo. – Como você está? Se sente melhor? - Digo olhando para o rapaz preocupado, vendo o mesmo redirecionar o olhar a eu, aquele olhar que da primeira vez me fez sentir todas aquelas sensações estranhamente boas e confusas.

– O que aconteceu? Como viemos parar aqui? - O rapaz perguntava confuso e colocara uma mão na cabeça parecendo estar sentindo alguma dor.

– Eu trouxe você e Sam para cá, tivemos um problema lá. - Não pude deixar de escutar, mais o que você viu antes de virmos para cá? - Quando ouço Castiel perguntar ao rapaz, olho atentamente para o mesmo, com um ar de curiosidade e direciono meu olhar para o rapaz esperando que o mesmo de alguma resposta.

– Eu não me lembro de nada que aconteceu, eu só me lembro de eu ir com o Sam para fora da casa, e comemos hambúrgueres, e depois ficarmos... - Vejo que o rapaz se enrola ao falar e eu mesmo fico sem jeito ao ver a reação de Castiel ao saber sobre ficarmos abraçados, coisa que para ele como anjo não deve ser normal. – vendo as estrelas e depois voltamos, então foi quando entramos na casa e o Castiel estava lá, depois eu não me lembro de mais nada. -Sinto um alivio ao ver que o rapaz não contara tudo que havia acontecido, e logo volto meu olhar para Castiel e o mesmo fazia o mesmo para eu.

– Eu preciso sair, vou procurar mas respostas, você ficar aqui com ele, e aconteça o que acontecer Sam, não saia daqui. Eu voltarei pela manhã. - Castiel afirma com a cabeça e antes que eu pudesse retrucar ou pedir que o mesmo fique, o mesmo some diante de meus olhos.

Eu nunca vou me acostumar com isso. Reviro meus olhos e volto meu olhar para o rapaz me sentando no colchão olhando o mesmo e vendo o mesmo me encarar. Tiro meu casaco e dou ao rapaz.

– Toma, está frio, e você só está com essa blusa. -Olho o mesmo e logo volto meu olhar para o teto fechando meus olhos.

– Obrigado Sam, mas não precisa, eu não sinto frio. - Olho em seguida para o mesmo e via o mesmo se aproximar de mim e sentar mas próximo a mim. E o mesmo me encara, dessa vez seu rosto esta mas próximo, e fico vendo seu rosto bem próximo ao meu, havia algo em seus olhos que eu não sabia descrever, algo que eu queria, que mexia comigo, algo que eu nunca havia sentido antes, não por um homem. Aquilo me deixava confuso, me fazia suar frio, eu não sabia o que fazer em relação aquilo... O rapaz pega meu braço e o coloca envolta do pescoço e logo se aconchegava em mim, ficando bem aproximo a eu. Fico sem reação, meu coração acelerava, minha mão automaticamente deslizava pelo ombro dele até metade do braço acariciando o mesmo como se tivesse aquecendo o do frio que o mesmo não sentira. Fecho meus olhos e sinto aquele perfume novamente o aperto mas em mim, sentindo o corpo do rapaz mas próximo ao meu. Eu sentia que meu corpo desejava ter aquilo, desejava-o ter mais próximo, mas uma parte de mim lutava contra aquilo que sentia mas a outra parte, uma hora ou outra acabara cedendo. Naquele pleno silencio, apenas com o som da natureza, ouço um forte estrondo no lado de fora do qual assustara eu e o rapaz, nos fazendo se soltar um do outro rapidamente, logo me levantara, meio sem equilíbrio, apoiando minha mão na parede indo até a janela vejo aquela mulher ruiva novamente no lado de fora da cabana.

– O que foi isso? Quem está lá fora? - O rapaz pergunta levantando rapidamente e indo em minha direção.

Pego meu rifle já carregado de sal grosso, dou uma pistola na mão do rapaz. – Fica aqui dentro, a nossa amiguinha ruiva chegou. - Digo em seguida caminhando até a porta dando de costas para o rapaz sem esperar que ele diga algo, abro a porta que rangia, e lá estava a ruiva de braços cruzados, vestindo uma calça jeans preta com uma bota de salto alto e cinza, com uma blusa azul marinho. A mesma me encarava com um sorriso sarcástico, parecendo aquelas crianças quando aprontam e mentem na cara dos pais dizendo que não foram elas.

– Você está com algo que eu quero, e dessa vez você não vai me impedir de pega-lo. -Ao ouvi-la sabia que ela faria alguma coisa ou jogaria aquela luz maluca sobre mim novamente, destravo meu rifle a encarando seriamente sem dizer uma única palavra, vendo a mesmo olhar para o rifle em minha mão e voltar a me encarar. – Ah, coitadinho de você, isso não vai funcionar comigo Sam. Armas de Sal não funciona contra Anjos.

Então é isso! Ela é um anjo por isso aquela luz saiu dela, too começando a ver que a coisa realmente está ficando feia, no começo o único anjo que eu havia conhecido era o Castiel, e agora esse rapaz, e para completar essa ruiva que eu nem sei quem é. –Não custa tentar. -Dou um disparo contra a ruiva, com a bala pegando no ombro da mesma e a mesma dar um grito e voltar seu olhar enfurecida para eu, enquanto o sangue descia pelo braço da mesma.

– Seu filho da puta, como você ousa atirar em mim? Você tem ideia de quem eu sou? -O tom de voz dela ficara mas alto e mais grave e podia sentir a raiva em sua voz.

– Sabe que eu não tenho? E too pouco me fudendo pra merda que você é ou deixa de ser. -Quando vou dar o segundo disparo, a mesma aparece ao meu lado me dando um soco que me joga contra uma arvore, aquela força era realmente desumana.

A ruiva ia caminhando em minha direção com muita raiva pelo que eu via. – Você vai me pagar por isso Sam Winchester!

Eu olhava em seus olhos vendo a fúria aumentar, me levanto rapidamente mesmo sentindo minhas costas doerem por causa da pancada, e levanto o rifle dando um tiro direto em seu peito a afastando um pouco, mas não o suficiente, enquanto cuspo o sangue que vinha em minha boca, devido ao meu maxilar bater com força no chão, mas esse era o menor dos problemas naquele momento. Joguei meu rifle de lado pela munição já ter ido, pego minha pistola e antes que eu a destrave a ruiva aparece na minha frente puxando a arma de minha mão e amaçando o cano da mesma com aquelas um apertar, fico surpreso e sem reação pelo que acontecera naquele instante. Vou com o punho fechado em cheio para acertar seu rosto mais a mesma rápida segura meu punho e aperta o mesmo, sinto meus ossos da mão estalarem então dou um grito de dor.

– Cadê o seu irmão para te proteger Sam? Onde ele está? A é, me esqueci, os demônios levaram ele, levaram seu querido irmãozinho e aquela vadia que estava com ele.

– Como você sabe disso? O que você quer do meu irmão porra?! -Digo sentindo ela apertar minha mão mais e mais me fazendo cair de joelhos no chão.

– Não quero o seu irmão, eu quero o seu amiguinho, aquele que está lá dentro e que vocês estão abrigando. Ele é muito importante para a gente.

Vejo que a mesma se descuida um pouco na hora que está se gabando, pego meu rifle e de uma vez só dou uma porrada com o rifle na cara da ruiva, fazendo a se afastar e soltar minha mão, me levanto na mesma hora olhando-a vendo o sangue escorrer pelo nariz da mesma, que em seguida grita de raiva e vai em minha direção, até que ouço um disparo de espingarda e a mesma dos dois passos à frente, aproveito o momento e dou uma rasteira na mesma fazendo-a cair no chão.

–Sam, se afasta dela! - Ouço a voz do rapaz gritar e olho e vejo o rapaz de frente pra cabana com uma espingarda numa mão e a outra ensanguentada, então o mesmo coloca a mão no chão e uma luz bem forte vem em direção a ruiva a fazendo sumir daquele lugar, fico olhando ao redor vendo tudo aquilo que acontecera sem ainda entender ao certo o que havia acontecido ali, e corro até o rapaz.

– Você está bem? O que você fez? - Olho para a mão do mesmo e o símbolo de banimento dos anjos, e dei por mim olhando o mesmo. –Espera, como você ainda esta aqui? Você é um anjo certo? Então como você ainda esta aqui? Como isso não te baniu daqui? - Fico parecendo um louco fazendo uma pergunta atrás da outra.

– Eu não sei, eu só fiz isso para salvar você. Eu só não sei por que isso não funcionou comigo. -O rapaz me olhava e respondia apenas uma das perguntas que eu fizera, e logo segurava em meu rosto fazendo-me olhar em seus olhos. – Eu só não queria que nada te acontecesse, eu não sei o que sou não sei como vim parar aqui, eu só sei que eu não quero que nada aconteça com você, nada.

Fico olhando o mesmo nos olhos sentindo suas mãos no meu rosto seguro as mesmas olhando nos olhos do rapaz. – É melhor a gente ficar, entrar...quero dizer, é melhor a gente entrar lá dentro. -Sem querer troco as palavras e gaguejo logo me levantando fazendo as mãos do rapaz soltarem do meu rosto, o mesmo fazia o mesmo e entrava na cabana logo atrás de mim. Respiro fundo ao entrar dentro da cabana vendo que o rapaz vai direto ao outro cômodo, coloco minha mão esquerda sobre a testa com meus olhos fechados sem entender ao certo o que estava havendo comigo. Eu naquele momento só queria que aquilo tudo parasse um minuto como se o mundo girasse tão rápido que eu não conseguisse acompanha-lo. Ainda com minha mão doendo, eu tinha certeza de que minha mão havia sofrido uma grave lesão então imediatamente peguei um saco com gelo e pus na mesma.

A noite vai passando e passando, estou sentado em uma velha cadeira de frente para a janela, enquanto o rapaz ficava na janela do outro cômodo da cabana, do qual havia uma velha lareira que parecia não ser acendida a anos. Passamos a noite sem dizer uma única palavra, apenas com o silencio do anoitecer, apenas esperando que o pôr do sol chegasse logo. Já sentindo minha mão dormente devido ao gelo que eu deixara por um tempo em cima da mesma.

– Voltei... –Tomo um susto ao ouvir aquela voz soar calmamente atrás de mim, me fazendo virar rapidamente com o rifle, e para minha surpresa era Castiel, mas uma vez aparecendo de surpresa sem nem ao menos avisar. O rapaz vinha em nossa direção sem entender o que estava a acontecer e mesmo assim continuava calado.

–Cara, eu já falei para não fazer isso! – Olho o mesmo com um ar de surpresa e ao mesmo tempo com um sorriso no rosto mas não querendo que transpareça.

– Mais eu avisei que chegaria pela manhã e já vai dar 5 horas. –Castiel me olhava e olhava envolta ao redor. – Ade esteve aqui, não foi? – Castiel voltara a me olhar com aquele olhar enigmático e desconfiado.

– Ade? Espera, você se refere aquela mulher ruiva? – Pergunto meio sem entender como ele sabia da visita dela, e como ele sabia o nome dela.

– Sim, ela também me fez uma visita. Mas nada demais.

– Ela também fez uma visita para a gente. – Vou andando em direção a janela mais uma vez olhando para fora da mesma vendo uma leve claridade surgir no céu que rápido as estrelas iam se apagando e logo me virava para Castiel e o rapaz.

–Como você sabe o nome dela? Ela quando chegou aqui disse que estávamos com algo dela, e provavelmente ela quer o cara. – Olho para o rapaz. – Cara, tu está muito encrencado, para anjos estarem atrás de você, o que você fez?

– Ele não sabe o que está acontecendo, enquanto ele não recuperar a memória e aceitar o fato de ser um anjo eu não conseguirei ler a mente dele, muito menos conseguirei saber o que querem com ele. Castiel termina a frase e olho para o rapaz vendo que o mesmo fica com um olhar meio indeciso e em dúvida.

– Cass, a única coisa que me importa agora, nesse momento é achar meu irmão, sinto que não estou fazendo nada para acha-lo, eu preciso dele Cass, eu não posso perde-lo, ele é a única família que eu tenho. Após terminar a frase sinto um arrepio na minha nuca, e ao mesmo tempo uma saudade incontrolável do meu irmão, uma preocupação tão forte que eu poderia sair correndo, atrás de qualquer coisa ou qualquer criatura que saiba onde ele está.

– Fica calmo nós vamos achar ele... - Diz o rapaz me olhando, percebo um certo conforto em suas palavras e seus olhos enigmáticos me olhando no fundo dos meus olhos como se pudesse ver minha alma.

Parei de encarar o mesmo e logo arrumamos nossas coisas e saímos da velha cabana indo em direção ao empala, o qual me batia um leve aperto no coração por Dean não estar ali, me sento no banco para dirigir , o rapaz senta no banco do carona e Castiel vai no banco de traz, começo a dirigir pela estrada seguindo as coordenadas do Castiel, enquanto vou olhando para a estrada me lembrando das vezes que viajei com Dean, e nos divertíamos, riamos, comíamos besteiras direto, na verdade ele comia, nunca fui muito fã de hambúrgueres...

Ainda com o olho na estrada, rapidamente vejo uma garota loira acompanhada de dois rapazes, no mesmo instante freio o carro antes que o carro passe por cima de ambos, com Castiel e o rapaz tendo a mesma reação que eu, um susto bem grande, e logo que freio o carro, pego minha pistola carregada de sal grosso e saio do mesmo com minha pistola na mão direita parando em frente ao carro encarando os três que haviam a nossa frente, Castiel ficava a minha esquerda e o rapaz a direita segurando um facão que poderia estar molhado com agua benta.

– Sam Winchester, é um prazer te conhecer, você tem algo que. A garota loira fala com a voz num tão sutil e com um leve sorriso estampado em seu rosto, a pele branca e com sardinhas nas bochechas, logo que a mesma termina a frase seus olhos se escurecem ficando negros, o mesmo acontece com os dois caras que estão ao seu lado. Claro, eles estavam possuídos por demônios, esse é o motivo dos olhos negros. Castiel dá apenas um passo à frente e continuo a encarar a garota.

– Aonde está meu irmão? Digo com uma voz não tão sério, me senti com raiva aquele momento, o que deveriam ter feito com meu irmão? Tudo que eu pensava era que queria meu irmão de volta. Quando eu me preparado para atirar, já com meu dedo no gatinho, o rapaz interrompe com um leve gesto balançado a cabeça.

–Se é eu que vocês querem, então me levem, mas deixa eles e liberta Dean e a Silver. O rapaz falava jogando de lado o facão que segurava com a mão direita levantando as duas mãos num gesto como se mostrasse não estar armado nem ser uma ameaça, não naquele momento.

–Mas você não pode fazer isso. Digo olhando o rapaz enquanto, percebo que Castiel não fala nada, apenas observava tudo que estava a acontecer.

A garota loira estala os dedos e no mesmo instante os dois caras que estavam ao seu lado vão até o rapaz cada um segurando o braço dele de um lado, começo a ficar nervoso e aponto minha arma para a cabeça da garota loira esperando que a mesma tenha alguma reação do tipo que me ataque ou faça alguma coisa idiota, me preparo até que a mesma me surpreende com o que fala.

– Pode atirar, se isso lhe fizer melhor Sam, mas quero ver você achar o seu irmão sem eu. A mesma pisca para eu, e continua a me encarar com um olhar vazio e desprezível como se sentisse superior a mim, engulo em seco naquele instante. – Ainda não nos apresentamos, me chamo Dáhlia. –Então o nome da loira era Dáhlia, mas o que eu farei, se ela levar o rapaz eu terei o meu irmão de volta se ela não levar ele, ficara mas difícil ter meu irmão, o que eu faço? Está tudo tão difícil, mordi levemente meus lábios pensando em o que eu iria fazer para resolver, tudo estava acontecendo rápido demais, eu nunca havia hesitado numa situação assim, sempre fui ágil, não sei o que está acontecendo comigo.

–Sam, confia em mim, eu vou com eles e você terá seu irmão de volta. Ouço a voz do rapaz mas ainda estou nervoso demais para tirar os olhos de Dáhlia, com anseio de que a mesma faça algo do tipo, me atacar ou matar o rapaz bem ali na minha frente...- Sam olha para mim! – A voz do rapaz fica mais grave então desvio o meu olhar para o mesmo. – Confia em mim ok? – No mesmo instante o rapaz pisca disfarçadamente para eu, como se tivesse algum plano em mente, logo capitei a indireta e resolvi aceitar o fato de que poderiam levar o mesmo confirmando com a cabeça.

–Sam! – Castiel fala com um tom de voz mais alto e serio olhando para mim. Tento balançar devagar a minha cabeça negativamente para Castiel entender que havia um plano ali, mas o mesmo não entende, e por incrível que parece o mesmo ficava calado encarando Dáhlia.

–Destravo minha pistola, apontando-a para a cabeça do cara que segura o rapaz pelo lado direito. – Ou você solta ele, ou eu mato todos vocês aqui e agora. – Digo com uma certa fúria na voz, sentia meu corpo estremecer ao terminar a frase, mais eu ignorava tudo que eu sentia aquele momento, só pensava em estourar os miolos de cada um deles.

– Sam, atira! – O rapaz grita num tom de voz alto , o qual me faz disparar a bala direto na cabeça do cara que está segurando a sua direita o fazendo cair no chão, Dáhlia olha com uma expressão de surpresa e antes que possa dizer algo Castiel puxa de dentro de seu sobre tudo cinza uma pequena e afiada faca prateada com algumas escrituras na mesma e não pude de reparar que no centro da mesma tem uma pequena Rubi, com um vermelho intenso, e o mesmo vai na direção de Dáhlia segurando a faca e a apunhalando diretamente no peito, me viro e sinto o cara que segurava o braço esquerdo do rapaz vir em minha direção e segurar meu braço, dou uma cotovelada nele, e o rapaz com o facão corta sua cabeça fora bem na minha frente fazendo com que o sangue respingasse diretamente no meu rosto e molhasse meu blusão de xadrez que eu usara aquele dia, logo dou um empurrão no corpo decapitado do cara possuído e corro até Castiel que segura Dáhlia em seus braços e estar a abrir seu tórax.

–Castiel o que você está fazendo? Pergunto sem entender muito bem o motivo dele estar abrindo-a como se estivesse a abrir um boi num matadouro, enquanto eu passava a manga do meu blusão no meu rosto para limpar o sangue que havia espirrado no mesmo manchando a manga da minha camisa, era tanto o sangue que o podia sentir no meu cabelo e pelo resto do meu corpo.

– Preciso descobrir isso. – Após Castiel terminar a frase o mesmo puxa de uma vez só o coração de Dáhlia, arrancando o mesmo de uma vez só de seu peito, apenas com sua expressão enigmática olhando envolta do coração da mesmo que Castiel segura em suas mãos. – Não, ela foi apenas possuída. Não tem marcas de nenhum pacto ou algo do tipo.

Após Castiel terminar a frase me viro respirando fundo olhando para o céu nublado e tento não me desesperar mas, eu havia feito uma grande merda, eu havia destruído a única chance que tínhamos de achar meu irmão, eu havia arruinado tudo, estava começando a sentir que eu desabaria ali, naquele momento, até que ouço a voz de Castiel...

– Achei o celular dela, aqui deve ter alguma mensagem ou ligação. – Me viro e Castiel está com um celular na mão a mexer no mesmo e ao mesmo tempo parece meio confuso então olha para o celular e me olha, então volta seu olhar para o celular novamente e Castiel se levanta e estica a mão para eu com o celular na mesma. – é melhor você fazer isso, eu sou péssimo com essas coisas que vocês humanos usam, é muito complicado, complicado demais para minha cabeça.

Dou um sorriso de lado, e dou uma rápida olhada para o rapaz e o mesmo nem está prestando atenção no que estava acontecendo, apenas estava trocando sua camisa, tirando a qual também havia sujado de sangue e pondo outra limpa, via o sol bater em sua pele, e era uma sensação tão estranha que eu sentia naquele momento. Mas voltei meu olhar para Castiel e peguei o celular em sua mão. Estou a mexer no celular procurando em mensagens, alguma coisa que possa dizer aonde meu irmão esta ou coisa do tipo, mas nada, caixa de mensagens, vazia. Até que descido ouvir a caixa postal e havia apenas uma mensagem na mesma, então ligo para a caixa postal, coloco na opção viva voz e a mensagem começa...

– Dáhlia? Dáhlia aonde você está? Já chegando com o Winchester e a garota aqui em Candses Louder. Quando você chegar aqui? Nos avise logo se conseguiu pegar o outro Winchester, o chefe já está impaciente aqui.

– E assim terminou a mensagem, e logo volto meu olhar para Castiel e o mesmo está com o mesmo olhar surpreso que eu teria naquele momento e o rapaz chega perto de eu naquele instante e o mesmo fala...

–Nós achamos eles? – O rapaz fala com uma voz de entusiasmo olhando para eu e para Castiel.

– Candses Louder é uma cidade e ela está a o oeste canadense, Vancouver. Nós estamos saindo de Montreal. – Vi uma fagulha de esperança nesse instante, vejo que um sorriso se estampa no rosto de Castiel e o rapaz tem a mesma reação. – nós precisamos ir agora para lá achar eles e vamos rápido antes que alguém passe aqui e veja toda essa sujeira da. Nós deixamos os corpos aqui? – Pergunto olhando para Castiel.

– Possivelmente. Agora vamos nessa. – O mesmo balança a cabeça positivamente.

No fundo eu sinto um certo alivio por saber dessa notícia, agora vinha o mais difícil, se for um ninho de demônios teríamos que estar preparados para enfrentar muito deles, e como eles já tem algumas armas nossas, será que eles as usariam contra nós? Somos três apenas, teríamos que ter muita sorte para poder sair de lá vivos, mais o que me importa agora é achar meu irmão Dean, e tudo que eu quero é que ele esteja vivo. Do jeito que ele é provavelmente ele deve estar protegendo Silver, eu apenas acho, não sei qual é o estado deles, lá, mas espero chegar lá o mais rápido possível e acabar com isso porque isso tudo está me enlouquecendo.


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