Sinto um frio na barriga enquanto estou a dirigir até onde Dean esta. Castiel está sentado no banco carona, o rapaz está no banco de traz. Fico olhando para estrada que parecia nunca ter fim. Na minha cabeça só se passava o que eu faria quando eu encontrasse Dean, eu só quero matar quem o levou, e esse desejo me dava mas força para continuar na estrada. Eu sinto uma certa euforia e meu coração dispara em meu peito, parece que a cada minuto sinto que estou chegando até Dean.

– Nós vamos conseguir Sam, vamos trazer seu irmão de volta e vamos resgatar a Silver. - Castiel falara com uma vez tranquila.

– Olho para Castiel e o mesmo mantinha os olhos na estrada atentamente e com um certo olhar sério. Então quando Castiel termina a frase e diz ‘’ Silver’’ vejo o grande egoísta que eu estou sendo naquele momento, estou prestes a enfrentar demônios, a enfrentar tudo para ter meu irmão de volta mas não estava pensando na Silver, estava pensando apenas em meu irmão e para eu parecia a coisa mas egoísta que eu estava pensando...

–Será que Lúcifer esta lá? Sabe, isso tudo, levarem o Dean assim, até agora eu estou achando isso tudo muito estranho. Tem alguma coisa de errado acontecendo aqui. - Após eu terminar a frase olho pelo retrovisor do carro e volto com meus olhos na estrada, como se estivesse tentando esquecer meu pensamento egoísta. Desvio meu olhar para o canto por alguns segundos. Como um leve momento de reflexão e volto o olhar para estrada.

– Eu acho muito difícil, se ele estivesse por traz disso, ele mesmo vinha até nós se gabar de estar com seu irmão, ou algum demônio teria possuído a Silver e ela estaria atrás da gente nesse instante. – Realmente cada palavra que Castiel dizia fazia sentido, então não era hoje que iriamos pegar o Lúcifer.

– Já avistando a entrada para a cidade de Candses Louder, depois de uma longa viagem por Vancouver finalmente estávamos chegando no nosso destino final, e seguindo pelo endereço certo só faltava achamos a casa ou apartamento, qualquer lugar onde os demônios estejam com meu irmão e a Silver. – Assim que chegamos na cidade dirijo mais uns 11 km a oeste numa rua que se chamava Older Vile 2, estaciono o carro na calçada e logo saio do mesmo e olho envolto e várias pessoas andando nas ruas, carros passando, e olho para Castiel.

–Isso não vai ser fácil não é? – Digo franzindo meu cenho ao terminar a frase olhando-o.

– Pelo contrário, será mais fácil do que você imagina. Eu posso sentir a presença de demônios e sinto que não muito perto daqui tem um covil cheio deles, agora é como vamos acha-los. – Castiel desvia seu olhar para frente parecendo estar pensativo e o rapaz anda até a frente do empala e aponta para o fim da rua, onde havia dois desvios.

–Eu não sei por que mais consigo sentir também e parece ser daquele lado, parece que tem algo lá mais eu não sei dizer o que... Você está sentindo Castiel? – O rapaz olha para o mesmo e Castiel balança a cabeça positivamente voltando o olhar para frente.

–Tomando a frente vou seguindo a rua pela calçada indo em direção aos desvios que havia logo a frente e vou olhando em volta e por incrível que apareça não havia nada de anormal naquele lugar, pelo menos não por enquanto.

– Sam...

– Me viro ao ouvir Castiel dizer meu nome e o mesmo me olha seriamente. – O que Cass? ...

–Castiel só balança a cabeça para eu olhar para frente novamente e para minha surpresa e tudo está deserto e uma neblina começa a subir, sinto um frio sobre minha pele, fazendo eu me arrepiar todo, então respiro fundo franzindo meu cenho olhando envolta vendo que tudo começa a ficar com um silencio meio que perturbador ao mesmo tempo, por que começa uns ruídos muito estranhos, como se algo tivesse arranhando em metais, mas era algo que eu sentia se aproximar, mas não podia ver de onde vinha.

– Gente, tem alguma coisa se aproximando. – Ouço a voz tremula do rapaz, e vejo o mesmo me olhar com os olhos preocupados e seus lábios semicerrados.

– Tem alguma coisa vindo. – Ouço um certo desespero na voz de Castiel.

–Castiel! Quando olho para o mesmo uma grande claridade vem em nossa direção impedindo-me de enxergar, e um som horrível angustiante e horripilante me dando náuseas e um embrulho tremendo no estomago.

Logo segundos depois abro meus olhos e sinto que não posso enxergar com clareza pois minha visão estava embaçada e eu sentia meus punhos amarrados com algo que ardia, eu só não sabia o que era então ouço vozes bem longe, e não ligo uma coisa à outra sentindo meus olhos indo se fechando lentamente...

– SAM!!!

– Abro meus olhos após ouvir meu nome ser divo num tom de voz grave e alto o suficiente para me acordar, e parecendo-me familiar aquela voz... Olho para a minha direita e vejo Dean! Sim, eu conhecia aquela voz, era Dean, meus olhos brilharam no momento em que eu vi o mesmo.

–Dean, me desculpa, eu tentei de tudo, mas não estava fácil achar você. –Digo desesperado olhando em volta do mesmo procurando algo, ou o que o prendia ali, louco para tirá-lo dali, e ao mesmo tempo eu me sentia eufórico por acha-lo.

–Você já me encontrou Sam, eu estou feliz por ver você. Mas nós precisamos sair daqui, olha, eles levaram a Silver, e você precisa saber de uma coisa, aquele garoto que a gente está ajudando, você precisa parar de... –Antes que Dean terminasse a frase, começa um barulho de uma grande porta de ferro se abrindo e logo olho meu olhar para frente e vejo 4 pessoas se aproximando, eu tinha certeza de que eram demônios que haviam possuído o corpo de inocentes. Tento ajeitar meu punho mas estava ardendo e eu me sentia desconfortável, não conseguia encostar meu pé no chão, estava pendurado pelos punhos amarrados num cano velho meio enferrujado que parecia ser um cano de agua bem antigo ou algo do tipo, antes que eu pudesse dizer algo, para minha surpresa Silver estava entre eles, a direita da garota de cabelos cacheados e negros que estava ao lado de um rapaz com cabelo bem ralo meio castanho que a sua esquerda havia mais outro rapaz, com um cabelo comprido e loiro. Os mesmo nos encaravam enquanto se aproximavam com leves passos.

–Silver? Como assim, eu não entendo!? – Eu falo num tom de voz mais grave e alto, com um toque de dúvida ao terminar a frase olhando Silver que estava com aquele mesmo sorriso, mas algo nela havia mudado.

– Não é ela Sammy... – Dean sussurra sem tirar os olhos arregalados dos 4 que se aproximavam de nós, e logo olho para o corpo de Dean e vejo arranhões e muitos hematomas pelo seu corpo e 3 cortes no seu rosto, para ser mais exato em sua bochecha do lado esquerdo, vejo um olhar de desespero em Dean quando o mesmo ver os 4 se aproximando de nós 2. Espera, éramos 3, eu, Cass e o Rapaz. Onde eles? ...

–Sinto muito lhe informar Sam Winchester, mas sua amiguinha Silver não está mais aqui.

–Ouço uma delicadeza na voz de Silver que me faz sair dos meus pensamentos e voltar ali para aquele momento, olho para a mesma com meus olhos bem enfurecidos e volto meu olhar para Dean vendo o mesmo acabado e bem abatido me dando uma raiva tremenda de vê-lo naquele estado, tentando imaginar o que não deveriam ter feito com ele.

– Quem é você? – Pergunto com uma voz meio rouca

– Prazer, meu nome é Ruby. E acho melhor você tomar cuidado de como fala com a gente, ou eu mesma vou acabar com você como eu fiz com o seu irmão. – A mesma que agora se anuncia como Ruby desvia o olhar para Dean e os olhos de Ruby ficam negros por completo, agora sem sombra de dúvidas, a mesma estava possuída. – Ou quase acabar, mas eu lhe garanto, eu e seu irmão nos divertimos muito. – Ruby olha diretamente para mim, com um sorriso sarcástico.

– O que você quer da gente sua desgraçada? – Pergunto com um tão de voz grave com meus lábios semicerrados.

– Percebo que Dean está tão acabado que não aguenta nem falar e parecia estar se poupando de gastar sua saliva naquele momento.

– Ruby sussurra para a bela garota de cabelos cacheados e negros algo que eu não consegui ouvir, e a garota e os outros dois rapazes se retiram do local indo em direção a uma porta que parecia ser uma saída de emergência.

–Não precisamos mais de vocês, já temos o que precisamos.

–Assim que Ruby termina a frase, me recordo de não ter perguntado sobre Castiel e o Rapaz. – O que vocês fizeram com o Castiel e o rapaz que estava com a gente. – Após eu terminar a frase a mesma faz uma expressão sarcástica como se tivesse convencida de algo e a mesma se aproxima de mim pondo a palma da mão em meu maxilar e sorrindo enquanto passava levemente a língua nos lábios com um olhar sensual, bem diretamente a mim.

– O anjinho de vocês está preso, vamos brincar um pouquinho com ele, e o rapaz... – Logo aquele sorriso sarcástico e o olhar sensual se fecharam em uma expressão vazia e fria, Ruby se afastava um pouco de mim, ficando a só alguns pequenos metros de mim e Dean. – Ele pertence a nós. Ele é o nosso rei, o meu rei...Ele é Lúcifer.

– O que?! Pera ai?! Quando isso?! Do que você está falando?! – Fico surpreso com o que Ruby diz, me fazendo ficar boquiaberto e um com grande aperto no coração, mas uma parte de mim dizia que era mentira, sinto uma forte onda de raiva me dominar aquele momento, ainda sem entender do que ela falava e me deixava mas confuso ainda. Mas eu não queria deixar transparecer, não queria que Dean nem elas percebessem isso.

–Era isso que eu ia te falar Sam, antes dela entrar... –Ouço Dean e olho o mesmo acabado, ali na merda, sem conseguir ao menos erguer sua cabeça, desidratado e cansado, o que mais haviam feito com meu irmão, além de darem uma bela surra nele, o que estava mais do que na cara.

–É isso mesmo que você ouviu, ele é o nosso líder, o nosso rei, ele está desacordado ainda, mas quando ele recuperar a memória, ele dará início ao apocalipse. E você o trouxe até nós Sam, somos muito gratos pelo que fez por nós. – Ruby sorri de orelha a orelha enquanto termina a frase com um brilho nos olhos me olhando.

– Sim, aquilo foi realmente muito estranho. Eu não o trouxe para eles, eu não sabia que o rapaz era Lúcifer, eu não, não pode ser, deve haver algum engano, eu não consigo aceitar isso. – Uma parte de mim ainda estava em negação enquanto Ruby tirava de sua jaqueta preta um pequeno canivete, era vermelho, e no instante que Ruby o tirara seu olhar foi diretamente para Dean, um olhar inexpressível.

– O que você vai fazer? – Pergunto com uma voz meio roupa tentando ainda me desamarrar, sentindo o peso do meu corpo começar a me deixar sem ar e dificultar em minha fala e respiração, doendo meus braços e minha coluna. Eu podia sentir o suor escorrendo pelo meu rosto, enquanto via a mesma estender a mão com o canivete até Dean, e passando o mesmo levemente sobre o rosto de Dean, para ser mais exato, sobre seu maxilar e a lamina assim que passava deixava um rastro de sangue que logo ia escorrendo pelo rosto de Dean. – Para porra, para com isso sua filha da puta!

– Grito num tão mas alto e grave com minha respiração ofegante olhando para Ruby cheio de raiva, com o cenho franzido. – Ruby me olha com um olhar sarcástico e um leve sorriso de lado. – Sam Sam Sam... Você não deve falar assim comigo, onde estão os modos? Sua mãe nunca lhe ensinou a respeitar os mais velhos? A é, me esqueci, você não conheceu sua mão não é Sam?

– Enquanto Ruby falava meu ódio e raiva só aumentava mais e mais, eu ia forçando meu punho para baixo, forçando meu corpo para poder tentar arrebentar e por minha sorte sinto a corda que amarrava meu braço ficar frouxa, apenas um pouco mas era um início, mas eu precisava que tudo fosse mais rápido, então aproveitei o momento em que Ruby se aproximara de mim, e com toda minha força prendia bastante ar e dava-lhe uma joelhada na barriga de Ruby e a mesma caia no chão de joelho e no mesmo instante enquanto meu corpo voltava ao modo que estava antes fiz uma leve pressão com meu corpo como se fosse pular e a corda arrebentara e eu conseguira me livrar.

–Ruby me olha espantada e estica a mão para pegar o canivete que havia caído na frente de Dean quando eu dei a joelhada na barriga de Ruby. Mesmo sem muita força, mas com o excesso de raiva que eu estava dei um soco no rosto de Ruby fazendo a mesma pular para cima de mim tentando me enforcar enquanto eu segurava no pescoço dela e apertava para deixa-la sem ar. Vou esticando minha mão esquerda enquanto com a direita a enforco, deixando a ocupada com as duas mãos em meu pescoço, eu já podia sentir que estava ficando sem ar e não conseguira aguentar mais tempo, então estiquei o máximo que pude meu braço até conseguir pegar o canivete e logo que pegou o mesmo, vou de uma vez só com toda minha raiva com o canivete direto no pescoço de Ruby fazendo a sair de cima de mim.

–Me levanto cambaleando e ofegando, vendo que a mesma ia se levantar, dou somente um chute na cara da Ruby fazendo o nariz da mesma começar a sangrar e a deixando cada vez mais enfurecida.

– Seu filho da puta, você vai me pagar desgraçado! – Ruby se levantara com uma rapidez para quem foi apunhalada no pescoço e teve o rosto chutado.

–Seguro no punho de Ruby virando-a de costas para mim, dando uma gravata, em seu pescoço vendo que a mesma estava ficando sem forças, apertava mais e a jogava no chão e rapidamente eu pegava o canivete sujo de sangue que estava no chão e ia em direção ao Dean e cortava a corda que o segurava e o mesmo não aguentava nem se manter de pé ou falar. – Logo algo me derruba com muita força no chão, ficando por cima de mim, me fazendo largar o canivete, a mesma estava por cima de mim e dessa vez, ela me dava uma gravata, ela apertava muito meu pescoço, podia sentir que logo ela quebraria o mesmo. Até que sinto afrouxar e dou uma cotovelada em sua costela e vejo uma iluminação que logo se apaga logo acima da minha cabeça, quando me viro para minha surpresa Castiel estava ali e acabara de apunhalar Ruby na cabeça com uma faca que eu nunca havia visto antes.

– Eu preciso tirar vocês dois daqui imediatamente. – Castiel fala me olhando nos olhos com aquele jeito dele, sério e meio fechado. – O mesmo encosta em mim e no Dean. Ouço um som de um tiro. Logo que olho ao redor já estamos em um quarto que parece ser o quarto de um hotel.

– Sam... – Olho para Castiel e o mesmo diz meu nome e cai no chão se contorcendo de dor. – Eles atiraram alguma coisa em mim, esta ardendo demais! – Eu fiquei sem reação por que nunca havia visto uma bala fazer um efeito tão devastador no Castiel, logo ele que está usando uma casca não era para sentir nada. – Então eu viro Castiel de bruços e vejo aonde foi o tiro, foi logo em cima de seu ombro direito. – Calma Cass, eu vou tirar isso de você. – Eu digo enquanto enfio meu dedo onde foi o buraco da bala no ombro do Castiel e sinto a bala, por sorte a mesma não havia entrado muito, puxei a com minha unha, e logo me levanto levando a mesma para a cozinha e o resumindo de dor do Castiel ia cessando. Então acendo a luz e vejo que tem algo escrito na bala

–Eles sabem como deter os anjos.

–Porra Cass!!! –Digo com a voz alta e grave me virando para o mesmo e Castiel estava bem atrás de mim e me olhara com uma expressão calma e meio surpreso. – Eu já disse para não aparecer assim de surpresa...

– Eles sabiam o feitiço certo, eles fizeram um símbolo de banimento de anjos nessa bala, e como é uma coisa pequena assim, em contato com o meu sangue ia me desintegrar, ia acabar com uma parte do meu corpo e logo em seguida me matar...eu não quero nem imaginar o que aconteceria. – Castiel abaixava o olhar quando terminara a frase, então eu largo a bala e volto para a sala indo em direção ao Dean, apoiando a cabeça do mesmo no meu colo, e quando eu via o estado do mesmo, aquela fúria toda voltava para dentro de mim, eu tinha vontade de matar aquela Ruby, de manda-la para o inferno e todos aqueles que fizeram isso com o Dean.

–Cass, eu preciso de uma ajuda aqui! – Grito, e Castiel logo vem em minha direção se abaixando e colocando a mão sobre a cabeça de Dean que estava apoiada em meu colo, logo todos os ferimentos e hematomas estavam curados. Sim, esses poderes que o anjo tem de cura, é a coisa mais incrível que existe.

– Caralho, mas que porra aconteceu aqui? – Fala Dean enquanto o mesmo vai se ajeitando se sentando no chão e logo em seguida se levantando e sentando na beirada da cama, me levanto e Castiel senta numa cadeira perto da mesinha de escrivaninha.

–Nós te achamos Dean, e fomos te salvar, o que eles fizeram com você? – Falo com meus lábios semicerrados respirando fundo sentindo um certo alivio por ver meu irmão novamente e velo bem.

– Eles estavam atrás do rapaz... eles me torturaram e torturaram a.... Silver! Mas que porra, vocês deixaram ela lá? – Dean aumenta a voz e logo se levanta da cama olhando para mim e Castiel.

– Eu sinto muito Dean. – Castiel responde com uma voz serena e amenizadora. –Naquele momento que ouço quando Dean toca no nome da Silver e Castiel o responde, sinto um aperto no coração, um aperto bem forte, eu não sabia que eu ficaria assim, mas, o rapaz ficou lá, o rapaz do qual Ruby diz ser Lúcifer.

–Como assim sente muito? Do que vocês tão falando? – Dean parece ficar meio confuso e começa a olhar para os lados e volta a me olhar. – Sam, eu vi, ela estava possuída, uma tal de Ruby possuiu ela e vocês a deixaram lá?

– Dean, eu sinto muito mais ela ia me matar, o Cass só me salvou. – Digo me aproximando de Dean e pondo minha mão em seu ombro que estava quente, eu podia sentir que Dean estava com muita raiva naquele momento e que nada do que eu dissesse ou fizesse iria amenizar a dor que ele estava sentindo naquele momento, acho que a ficha dele estava começando a cair.

– Tinha que ter havido outro jeito, vocês não poderiam ter....não cara, não tem como... – Percebo um certo tão melancólico na voz de Dean e em seguida o mesmo passa por Castiel esbarrando propositalmente no mesmo e indo em direção ao banheiro no qual batia com a porta se trancando no mesmo.

– Um silencia ficava no ar e Castiel me olhara com um olhar meio entristecido. – Cass, não foi culpa sua você só... – antes que eu pudesse terminar a frase, Castiel havia sumido bem diante de meus olhos.

– Respiro fundo colocando minhas mãos sobre a cabeça e me jogando na cama com meus olhos fechados respirando fundo, abro mês olhos olhando para o teto de madeira, eu deveria estar sentindo um alivio por meu irmão estar a salvo, mas eu não conseguia sentir aquele alivio, não depois de ver como ele reagiu ao saber sobre a Silver. Eu sempre me sento mal ao ver meu irmão assim, sempre tentei fazer de tudo para que nesses momentos ele ficasse bem mas por incrível que pareça ele só fica bem quando passa umas horas sozinhos e depois começa a beber. - Coço minha cabeça e logo me levanto da cama tirando minha camisa que estava suja e surrada com alguns respingos de sangue jogando de lado, tiro meu cinto e logo tiro minha calça jeans, ficando apenas de cueca box, então me sento na cama respirando fundo passando minha mão sobre minhas bochechas olhando envolta logo abaixava a cabeça e apoiava minha cabeça na minha mão com meu cotovelo em minha coxa e ali eu ficava pensando... Aquele rapaz era o Lúcifer? ... Será que era verdade? Ela parecia tão certa disso... Eu naquele momento quando parei para pensar, eu não sabia descrever se naquele momento a dor que eu estava sentindo no coração se era pelo fato de Castiel ou Dean falar no rapaz ou se era pelo fato de eu saber que nunca mas o poderei abraçar ou poder conversar com ele, ver aquele olhar dele, ver aquele jeito dele, tentar estar ao lado dele. Mas eu não devia estar pensando nisso, se ele realmente for Lúcifer , isso está mas que errado, talvez ele tenha feito eu começar a sentir isso... Mas espera, a Ruby disse que ele ainda não havia acordado, se isso é verdade, ele está sem a memória, talvez ele tenha feito sem querer... Mas foi a influência dele sobre mim que me fez sentir aquelas coisas ou era eu mesmo que estava a sentir? São tantas as dúvidas isso tudo está acabando comigo. O Aperto no meu coração era tão grande, fechei meus olhos fortemente sentindo lagrimas escorrer pelo meu rosto e pingar na minha coxa.

–Sam... olha eu... –Ouço a voz de Dean e disfarçadamente enxugo minhas lagrimas e me levanto me virando diretamente para Dean o olhar, o mesmo estava com uma expressão meio chateado, mesmo Dean franzindo o cenho e falando cerrando os dentes eu podia ver que ele estava chateado.

– Você estava chorando? – Dean perguntava e logo se aproximava de mim colocando a mão no meu ombro, logo eu tentava virar meu rosto segurando as lágrimas que queriam descer. – Ei olha para mim. – Dean colocava a outra mão em meu ombro e logo puxava meu corpo para o dele juntando nossos corpos, sentindo o mesmo se colar em mim me abraçando bem forte, eu passava meus braços pelas costas de Dean o apertando em mim, fecho meus olhos deixando algumas lagrimas caírem e molharem o ombro de Dean e sentia o mesmo me apertar em seus braços.

– Eu na maioria das vezes não sabia o que fazer sem você Dean. –Eu dizia apertando o em meus braços, mas eu escondia o fato de eu estar chorando por causa do rapaz, minha ficha ainda não tinha caído de que ele era Lúcifer, uma parte de mim não queria acreditar naquilo, já a outra queria ignorar tudo, todos os obstáculos e ir diretamente até ele, o abraçar, senti-lo em meus braços mas uma vez. Mas eu não podia deixar Dean saber disso, eu sabia que ele não entenderia e reagiria muito mal a isso, principalmente por ele ter visto ou Ruby mesmo ter dito a ele sobre o rapaz, sobre ele ser Lúcifer, e quem sabe mas o que ela pode ter dito.

–Eu estou aqui agora Sam, não vou te deixar, nunca. Eu prometo. – Dean fala com uma voz meio rouca, eu podia sentir os batimentos do coração de Dean sentia seu corpo estremecer, eu sabia que Dean estava mal, sobrecarregado, mas como sempre ele nunca se deixava mostrar que estava triste, sempre se fazia de forte, mas no fundo eu sabia que ele queria chorar... Pois aquelas palavras ‘’ Eu prometo’’ tocaram o fundo do meu coração, e naquele momento eu senti a dor que Dean estava sentindo naquele momento.

– Nuca deixe.... –Sussurro sentindo Dean ir me soltando de seus braços e o mesmo me encarava nos olhos com um olhar firme com o cenho franzido, logo abrindo um leve sorriso se afastando indo em direção a escrivaninha pegando o telefone branco que estava acima da mesma.

– Vai tomar um banho que eu vou ligar pro serviço de quarto e pedir algo para a gente comer por que eu too cheio de fome, e vou pedir umas bebidas também, se bem que acho que tem no meu carro, falando nisso, Sam, aonde está o meu carro? – Enquanto Dean falava eu ia andando até o armário que ficava al lado da janela, era um armário meio antigo e que rangia quando abria. No mesmo instante que Dean me pergunta sobre o carro eu automaticamente olho pela janela que havia ao lado do armário, uma janela com cortinas verde musgo com bordados e detalhes amarelos, abro só um pouco da cortina e vejo o carro parado bem na área de estacionamento, é, foi o Castiel, como sempre facilitando nossa vida.

– Esta lá fora. – Pego a toalha dentro do armário a colocando no meu ombro indo em direção ao banheiro. – O Cass deve ter trazido o carro. – Falo antes de entrar no banheiro e me viro para fechar a porta. Dean me olhara com um olhar de arrependimento, provavelmente por ter estourado com Castiel, então Dean sorri de lado para disfarçar e eu entro no banheiro fechando a porta ligo o chuveiro colocando a toalha em cima da pia, então tiro minha cueca colocando a pendurada no gancho que havia na parede. O banheiro não era muito espaçoso mas dava para tomar um bom banho relaxante. Vou em direção a pia e logo acima da pia tem um espelho, não muito grande, eu diria um espelho médio. Fico a olhar meu reflexo e respiro fundo enquanto ouvia o som da agua cair, sem me importar em gastar toda a agua do planeta ou qualquer coisa do tipo. Tudo que eu conseguia pensar naquele momento era o que fazer, o rapaz estava com eles e Ruby disse que ele era Lúcifer, isso não faz nenhum sentido. Ponho minha mão sobre a cabeça balançando-a devagar de um lado para o outro. – Vamos você precisa esquecer isso, precisa esquecer de uma vez isso antes que você faça alguma merda. – Digo a mim mesmo, enquanto respiro fundo olhando mais uma vez meu reflexo no espelho que logo começava a embaçar devido a agua morna do chuveiro. Entro no box ficando em baixo do chuveiro deixando a agua morna cair sobre minha cabeça e percorrer todo o meu corpo me dando um pouco de alivio passava minha mão sobre a nuca com meus olhos fechados. Eu espero que agora que pegaram o rapaz esses sentimentos sumam de mim. Por mas que eu não consiga, tento colocar na minha cabeça que o lado bom do rapaz ter sumido é que aqueles sentimentos, aqueles desejos, sumam, eu quero que eles sumam, mas no fundo algo que me diz que eles só vão aumentar.

– Sam! Vai demorar muito? – Dean grita do quarto

– Não, já já estou saindo, por que? – Grito de volta começando a passar o sabonete pelo meu corpo e na minha cabeça.

– Anda logo, preciso falar com você sobre o seu amigo, o rapaz que estava com a gente. Ruby me contou muita coisa lá, o fato dele ser Lúcifer você já sabe, mas tem muita coisa que preciso saber se é verdade.

–Quando Dean termina a frase sinto um calafrio. Será que ele sabe? O que aquela desgraça da Ruby deve ter dito a ele? Certo, eu preciso me acalmar e fingir que não sei de nada ou sei lá. Nossa eu estou realmente sem saber o que fazer. – O que quer saber? – Grito do banheiro enxaguando meu corpo todo.

–Ouço Dean encostar na porta do banheiro do lado de fora. – Ela disse que quando Lúcifer despertar dentro dele, ele irá liberar toda a fúria dele, e com certeza vai matar aquela casca e procurar outra, por causa que a casca dele está usando os poderes dele. Isso é verdade Sam, ele pode usar os poderes dele?

– Um grande alivio naquele momento por ouvir que não era nada do que eu pensava então me acalmei rapidamente e fechei o chuveiro logo respondendo passando a toalha sobre meu corpo me enxugando.

– Sim, ele algumas vezes usou, mas ele mesmo não tem noção do que faz, acontece quando ele está muito exaltado, eu não sei direito, não prestei muita atenção por que? –Digo saindo do box me afastando do mesmo, indo em direção ao espelho enrolando a toalha na minha cintura

– Bom, se o dono do corpo perdeu a memória e Lúcifer ainda não despertou dentro dele, a gente pode usar ele para o próprio destruir Lúcifer. Mas se for o próprio Lúcifer que estava ali, conversando com a gente e sem memória, teremos que faze-lo se matar. – Arregalo meus olhos ao ouvir a ideia de Dean mas logo respiro fundo penso por alguns segundos.

– E como vamos fazer isso? E tem como fazer isso? – Digo pegando um pente que havia na pia passando no meu cabelo o penteando todo para trás e botando o mesmo no lugar onde peguei após terminar de pentear o cabelo.

– Vou ligar pro Boby, e tentar falar com o Cass...

– Arqueio uma sobrancelha. – Se quiser a ajuda do Cass terá que pedir desculpa para ele antes, você sabe né? Mas será que não tem outro jeito? Eu digo, outro jeito sem ser matar o garoto para matar Lúcifer? –Pergunto esperando algo de bom sair da boca de Dean

–Eu não sei, mas se a alma do garoto não estiver mais ali, você sabe que teremos que fazer né?

–Abaixo minha cabeça fechando meus olhos e respirando fundo. Olho para cima apoiando minhas mãos na pia. Sim, eu me sentia em um beco sem saída, principalmente agora por saber disso.