Fullmetal Alchemist Os deuses caídos escrita por Fernanda7Adami


Capítulo 4
Capítulo 4 - Transmorfa




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Den não gostou nada que o dragão estava nos seguindo, ele mantinha certa distância de nós como se estivesse com medo de se aproximar e o mais curioso é que ele não ousou latir em momento algum.

O comportamento dele era a minha menor preocupação, pois não sei pelo que fomos tomados no momento do pacto, se foi adrenalina ou algo mais, mas nossa curiosidade e vontade de conhecer mais sobre alquimia nos fez fechar um acordo com uma entidade lendária da qual nem sabemos o nome.

Alphonse parecia estar na mesma linha de pensamento que eu, sua expressão tensa entregava tudo: havíamos feito uma burrada sem limites proporcionais e agora como iríamos justificar para Pinako e Winry sobre o dragão ferido nos seguindo? Pior, como explicaríamos que esse dragão é uma deusa que simplesmente apareceu quando fomos deixar flores no tumulo de nossa mãe?

Não há como explicar tal fenômeno de maneira compreensível.

Entretanto o que mais me incomodava era que de alguma forma aquela deusa sabia que eu havia perdido minha capacidade de utilizar alquimia, portanto tudo indicava que ela poderia saber muito mais sobre nós.

Um silêncio insuportável pairou sobre nós enquanto chegávamos ao nosso destino.

–Aqui já está bom - Disse ela quebrando abruptamente o silêncio. – As más energias encontradas no cemitério não afetam mais esse local. Portanto aprecio se puderem me curar aqui.

Ela é bem educada para uma deusa, afinal como fizemos o pacto ela poderia nos ordenar a curá-la sem maior polidez ou tratar-nos como meros serviçais, talvez deuses sejam mais educados do que eu poderia imaginar apesar de sua superioridade. Novamente, eu e Alphonse desenhamos o circulo de transmutação em volta da deusa e posicionamos as kunai para que o rentanjitsu funcionasse corretamente.

Antes de meu irmão começar a alquimia, ela acrescentou alguns símbolos desconhecidos no circulo afirmando que aquilo deixaria a cura mais eficaz e exigindo menos da troca equivalente. Assim que ela terminou de escrever o ultimo símbolo, a alquimia se acionou sozinha para nossa surpresa e as feridas espalhadas pelo corpo do dragão fecharam-se rapidamente sem deixar quaisquer cicatrizes.

–Você consegue quebrar a Troca Equivalente? – Perguntei logo após que ela fez com que o circulo de transmutação desaparecesse como mágica.

–Eu posso quebrar regras que ajudei a criar. – Respondeu ela esticando suas asas. – Posso saber onde estamos nos direcionando?

–Estamos voltando para a casa de nossa amiga de infância – Disse Alphonse. – Porém, acredito que ela pode se assustar com você...

–Claro que irá se assustar comigo se eu permanecer nessa forma, humanos não acreditam que dragões existam fora das lendas.

Parece que essa deusa jamais irá deixar de nos surpreender com suas habilidades, diante de nossos olhos sua forma começou a se comprimir e ganhar um aspecto cada vez mais humano até que ela havia se transformado completamente em uma mulher. Nessa forma suas escamas azuladas se tornaram um vestido azulado sob um corpo delineado, seus olhos permaneciam do mesmo azul safira que contrastavam com a aparência delicada de seu rosto e ela tinha cabelo curto de um loiro claro quase prateado com as pontas negras.

Uma beleza descomunal, realmente uma deusa.

Ela nos fitou com certa curiosidade no olhar, de alguma forma aqueles olhos eram penetrantes e místicos... Pareciam penetrar em sua mente. Ela deu um sorriso maroto, fazendo nos perceber que estávamos encarando a demais.

–Vocês são engraçados. – Riu ela. – Até parece que nunca viram uma mulher antes.

–Não uma tão bonita assim. – Retrucou Alphonse para mim.

Por um momento ela andou de um modo esquisito quase como se não soubesse andar, mas antes que caísse no chão eu a segurei e a ajudei a levantar-se enquanto ela parecia xingar em uma língua incompreendível. Não demorou a que ela reaprendesse a andar normalmente, logo nos seguindo pela estrada de terra.

–Vocês podem me chamar de Valerie. – Disse abruptamente enquanto pulava algumas pedrinhas.

Não sei como a mente dela funciona, mas não parece seguir uma ordem comum. Ela poderia ter dito seu nome antes! Eu nem sei se esse seria o nome verdadeiro dela, pelo menos poderíamos chamá-la de alguma coisa ao invés de apenas se referir a ela como “deusa”.

–Digam que eu vim de Drachma e acabei perdendo meu transporte para a cidade mais próxima, ai vocês decidiram me ajudar. – Ela deu uma pausa como se estivesse tentando decorar o que acabara de falar. – É... É uma boa desculpa, não acham?

Concordamos com ela instantaneamente, pelo menos ela inventou sozinha uma boa desculpa para darmos à Winry. Com certeza elas irão acolher bem Valerie, mas não sei se levá-la conosco poderá trazer problemas. Que tipo de deusa ela é? Sua presença poderia atrair atenção indesejada?

Decidi não pensar nisso agora, pois não há mais como voltar atrás... Tudo que espero é pelo menos descobrir mais sobre ela e como ela acabou vindo parar aqui.

Tempo teríamos para descobrir e aprender.


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