Fullmetal Alchemist Os deuses caídos escrita por Fernanda7Adami


Capítulo 3
Capítulo 3 - Pacto


Notas iniciais do capítulo

Novamente, alguns detalhes no capítulo podem conter spoilers para quem não terminou o anime/mangá.



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A transmutação tinha sido um sucesso, olhei brevemente ao redor para ver que aquele campo das minhas memórias tinha se tornado um cemitério e para meu azar eu tinha chamado à atenção de dois humanos: um de cabelo curto e outro de cabelo longo, pareciam irmãos. Eles não pareciam perigosos ou suspeitos como àqueles que me trouxeram a essa realidade, mas eu não poderia confiar plenamente neles sem saber suas intenções.

Eles começaram a discutir algo entre eles, eu sabia que era a respeito do que fariam comigo. Tentei alçar voo, mas tudo que consegui foi cair a alguns metros de distância devido à dor que se intensificara e pior, derrubei lápides sobre mim (estúpida).

Aqueles jovens me seguiram, eu tentei afastá-los com um rosnado entretanto a dor novamente me impedira de fazer uma performance mais assustadora que um rosnado tosco que mais parecia um vira lata engasgado. Repentinamente, percebi que um deles tirou de sua maleta algumas kunais (objeto estranho para se levar em maletas) passou algumas para o outro lhe dando algumas instruções.

Não demorei a perceber que eles iriam usar Rentanjutsu e pelo circulo que um deles estava desenhando tudo indicava que queriam me ajudar, afinal utilizava símbolos de significado medicinal. Enquanto ele fazia o circulo, o de cabelo mais longo colocava as kunais formando uma circunferência em volta de mim para que a energia ativa da alquimia fosse transferida através do metal.

Porém, eu sabia que a alquimia que eles iriam utilizar daria errado, ainda mais em um cemitério. Almas e espíritos errantes podem influenciar na energia a ser transmitida em alguns casos de rentanjutsu resultando em sequelas. Graves sequelas.

–Esperem! Não façam isso! Não aqui! – Gritei com todas as minhas forças fazendo-os parar.

Devo dizer que me diverti com as expressões cômicas que ambos fizeram, até parece que não sabem da capacidade de fala de dragões deuses, o que infelizmente era isso mesmo já que eles permaneceram estáticos por um tempo.

–Jamais utilizem rentanjutsu em um cemitério, a energia é normalmente negativa devido ao estado emocional com que as pessoas visitam o local. Além dos espíritos andarilhos... – Tentei me justificar para acabar com o breve silêncio.

Pausa.

–Você... sabe falar? – Perguntou o jovem de cabelo longo.

–Claro que sei falar, não faça perguntas levianas.

Mais uma pausa. Acredito que a situação já tinha extrapolado o limite do surreal para eles tanto quanto estava sendo para mim.

–Olha... Eu estou me sentindo fraca e estou bem ferida, vocês ainda querem me ajudar ou não vai rolar nada?

Às vezes temos de dar um pequeno empurrão para que os outros “acordem”. Tirei as kunais que estavam a minha volta enquanto explicava a eles as razões e consequências para não utilizar rentanjutsu em locais fúnebres. Eles tinham brilhos nos olhos quando os ensinei o pouco de meu conhecimento o que mostrou claramente a sede deles por conhecimento e dessa situação percebi que poderia “ganhar” alguns aliados com uma ideia inusitada que me veio em mente.

–Vejo que vocês ainda não entendem tudo o que precisam saber sobre alquimia. – Conclui – Além do mais, posso sentir que um de vocês perdeu a capacidade de utilizar-se dessa ”dádiva” dada aos mortais. Então façamos um acordo: vocês me ajudam, me curam e em troca eu lhes ensino o que quiserem.

Eles se entreolharam meio desconfiados, acredito que não sabiam bem o que fazer com essa oferta ou desconfiavam de mim. De qualquer forma eu tinha de provar que esse acordo seria sério, deuses jamais negam ou traem seus acordos e ofertas. (E eu não queria esperar eles pensarem demais, pois não sei quanto tempo mais iria ficar suportando minha dor).

–Você pode me fazer voltar a usar alquimia? – perguntou o jovem de cabelo longo.

– Além de ensinar mais sobre alquimia? – Finalizou o outro.

–Palavra de uma deusa dragão, juro pelo Pacto dos Portais e a Cadeia dos Eternos. – Disse, formando sobre minhas mãos o símbolo do pacto. Novamente eles me encararam com expressões confusas como se não soubessem do que eu estava falando. (Vejo que terei de ensinar muita coisa para eles). - Para selarem esse juramento, preciso saber o nome de vocês.

Eles se apresentaram como Edward e Alphonse Elric, logo eu me toquei quem eram aqueles dois: filhos de Van Hohenheim, aquele que trousse um dos vários homúnculos existentes além da Porta a essa realidade com o seu sangue. Uma tremenda sorte para mim.

Após dizerem seus nomes, o símbolo do pacto se formou sobre eles e com minhas mãos realizei os movimentos para selar o pacto, tudo que faltava eram as palavras finais:

Edward e Alphonse Elric, desse dia em diante suas almas estão sobre minha guarda. Tudo que lhes aconteceu e acontecerá jamais passará oculto de meus olhos, me responsabilizo pelo aprendizado de vocês nas artes ocultas da alquimia e em troca vocês terão de me ajudar em quaisquer que for à situação ou sacrifícios a que eu venha necessitar de assistência.

Tão humano apostar tudo pelas respostas que procuram, só espero que eles não se arrependam disso depois porque aprender conhecimentos ocultos de deuses pode gerar consequências, além do mais, eles seriam mais uteis aos meus propósitos do que poderiam imaginar.

Só o tempo dirá se eles irão se arrepender das consequências desse dia.


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