The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 4
Querem acabar comigo.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Voltamos com mais um capítulo para vocês...
Esperamos que gostem!



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Eu cheguei a festa e as luzes fortes me segaram, o perfume das flores que enfeitaram o ambiente era forte. Um garçom passou por mim e me ofereceu uma taça de champanhe que eu aceitei de bom grado. Precisava de coragem liquida.

–Você está ai? –Ouço a voz de Palmer.

–Eu estou aqui. –Minha voz não sai muito convicta.

–E você está exuberante. – Ele me segura pelas mãos e me olha com um sorriso no rosto. –Wayne sortudo. –Eu fico vermelha como meu vestido. – Vamos achar o seu par. –Palmer coloca minha mão sobre o seu braço e me conduz pelo salão cheio de pessoas.

Vejo mulheres com vestidos e joias caras, e eu me sinto deslocada nesse ambiente de luxo e ostentação, me acanho no braço de Palmer.

–Ei, o quê que é isso? Cadê aquela mulher que invadiu os meus dispositivos e colocou ratos soltando gases como mídia?

–Não pode vir hoje. –Eu digo timidamente, e Palmer ri do meu constrangimento.

–Vejo que você trouxe minha acompanhante? – Ouço sua voz grave, me viro e ele está estonteante em um terno preto alinhado, que mostra bem o seu porte. Porte excessivamente atlético, quase como de um vigilante, minha mente insiste nessas ideias absurdas, eu tento prestar atenção na conversa dos dois, o que me deixa constrangida.

–Sua, meu caro? Eu a achei perdida no salão, você deveria ter mais cuidado a sua acompanhante, outros podem não ser tão educados como eu. –Palmer diz sendo possessivo com o meu braço.

–Ok Ray, você já provou seu ponto, agora –Bruce pega minha mão do braço de Palmer e coloca sobre o dele. – Você não tem fundo para angariar? não vai consegui-lo enquanto estiver aqui conosco, sugiro que vá socializar pelo salão.

–Falou o rei da farra. – Palmer bufa de impaciência mas sai a caça de colaboradores.

–Enfim sós. – Bruce fala para mim. E eu pego uma taça que está ali perto e viro de uma vez, o que faz o meu acompanhante rir. –Felicity, você está linda.

–Obrigada. Você também ... – eu fico sem palavras, o melhor elogio que vem a minha cabeça é ‘você está tão Oliver Queen’, mas acho que ele não ia gostar muito disso, então minha mente inventa outra saída. – Dior? –Pergunto apontando para o terno.

Bruce ri da pergunta descabida.

–Gabbana na realidade. – Meu riso sai sem graça, e ele percebe. –Alguma coisa está te incomodando?

–Não. –Sai meio mecanicamente, Bruce me encara e eu desvio o olhar. E então eu o vejo. Oliver está lindo em um terno preto, conversando com Palmer, algo que não parece agrada-lo.

–Que tal uma dança?

Bruce pega a minha mão e me leva para a pista de dança e eu não tive nem tempo de recusar. Quando dei por mim ele já tinha colocado as minhas mãos em seu pescoço e a dele se encontrava e minha cintura. Ele é muito bom mas eu sou uma calamidade, me balança de um lado para o outro, e de repente me gira mais perto dele. Sou invadida pelo seu perfume. Dou um passo atrás, e tudo aquilo que eu recusava em acreditar agora vem berrando em meus ouvidos.

–Felicity?

–É um jogo? - Meu olhar tem toda a acusação que eu posso demonstrar.

–Não. - Sua feição fica dura. - Só achei você fascinante. – Levanto minha mão para que ele parasse de falar.

Saio em sentido a porta, alguém o interrompe impedindo-o de me seguir o que eu agradeço aos céus. Qual é problema comigo? Será que eu tenho um imã ou coisa parecida?

–Felicity? –Ouço sua voz gritando, mas não paro. Vou em sentido ao meu carro, que eu sei que deixei por perto.

–Felicity? – A voz agora é outra. Eu queria não ficar aliviada ao ouvi-la, mas até meus batimentos ficam mais ritmados. Me viro e sua feição é preocupada.

–Oliver. –Minha voz era de alivio.

–Deixa, eu dirijo para você. –Eu entrego as chaves a ele me sentindo segura por sua presença.

[...]

–Para onde você quer ir? –A pergunto preocupado.

–Não sei.

O meu telefone começa a tocar, olho o visor e vejo que é John, passo para Felicity, que se recompõe de imediato.

–Alô? – A vejo espantada ouvindo o relato de Diggle. -O quê? Como ela conseguiu? - Ela leva as mãos à cabeça, em consternação. –Ok, estamos indo para cave.

–Cave, então? –Um esboço de um sorriso cruza seus lábios.

–Só para não perder o costume. –Responde revirando os olhos sem parar de sorrir.

Não demoro a estacionar o carro dela na entrada do meu esconderijo. Antes de sair percebo que Felicity tenta se recompor, toda aquela fragilidade exposta em minha frente acaba com meu auto controle e consequentemente minha ideia de manter uma distância segura dela. Estendo minha mão tomando a sua, ela me olha com carinho e percebo o quanto eu sentia falta desse olhar, quanto sentia falta dela por perto.

–Tem algo que precisa saber antes de entrarmos. –Ela diz se virando em minha direção. –Bruce Wayne...

–É o Batman. –Completo fazendo um sorriso surpreso surgir em seus lábios. –Foi por esse motivo que saiu da festa correndo daquela forma? –Perguntei torcendo para que a resposta fosse sim, não gosto de imaginar alguém tentando se aproveitar dela.

–Eu acabei juntando as peças e pensei que fosse uma espécie de jogo para ele.

–Odeio defender um cara que te levou para um encontro. –Soltei um riso nervoso sem nenhum humor. –Acredite em mim! –Ela sorri tímida. -Mas falando como alguém que tem a mesma vida que ele e conhece você, ele estava apenas... Impressionado.

–Ele não parece mesmo esse tipo de cara. –Ponderou.

–Ok! Agora acho que chegamos ao limite dessa conversa. –Decretei enciumado soltando meu cinto, mas sua risada musical me fez olhar em sua direção. -Felicity... –Começo a dizer.

–Eu sei Oliver. –Ela sorri, um sorriso triste, mas cheio de compreensão olhando em meus olhos, trago sua mão para meus lábios depositando um beijo em sua palma.

–Obrigado. – Digo a ela que respira fundo antes de soltar o cinto. –Eu preciso de você em minha vida.

–E eu sempre vou estar nela, se você deixar. –Respondeu fazendo um breve carinho em minha face. –Agora vamos entrar?

Dentro da caverna estavam Diggle, Roy em seu uniforme de Arsenal, Nissa igualmente vestida para batalha e para minha surpresa Bruce Wayne, agora sem seu traje da Batman. Felicity segurou minha mão por reflexo olhando para os próprios pés parecendo envergonhada.

–O que aconteceu? –Perguntei em meu modo Arrow, sem rodeios olhando para os rostos a minha frente.

–Nissa encontrou u membro da liga dos assassinos. –Diggle começou a explicar.

–Um velho amigo. –Ela continuou. –Digamos que nós brincamos um pouco... –Assim como eu Bruce a olhou com desaprovação. –Ele está vivo. –Acrescentou parecendo chocada por chegarmos à conclusão mais óbvia. –Eu disse que quero justiça, sem mais mortes!

–Isso é bom. –Escuto a voz baixa de Felicity atrás de mim. –Sara estaria orgulhosa. –Ela sussurra para que apenas eu escute, aperto um pouco sua mão com carinho.

–Vamos ao que interessa. –Diz Bruce a fim de acabar com as conversas paralelas.

–Ele informou que havia marcado de se encontrar com Sara. –Ela diz o nome dela com dificuldade. Bruce estende sua mão tocando seu ombro brevemente, Nissa esboça o menor dos sorrisos para ele. –Tinha um recado para ela, mas quando chegou a encontrou nos braços da irmã... –Não era preciso completar a frase. Naquele momento todos no local olhavam para seus próprios pés, menos Wayne e eu, nossos olhares se cruzaram em uma concessão silenciosa.

–Qual era o recado? –Perguntei soltando a mão de Felicity enquanto me aproximava de Nissa.

–Malcom Merlin está vivo.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que acharam, é muito importante saber a opinião de vocês!
Bjs



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