The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 3
Um é pouco, dois é bom e três é demais.


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!
Como sempre queremos agradecer por vocês serem tão fofos!
Esperamos que gostem do capítulo de hoje!
Boa Leitura...



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Sabe o que a soma de uma perda e uma noite em claro podem fazer com o humor de uma garota? Bom, não queira saber. Cheguei a CQ com vinte minutos de atraso que gastei indo em minha casa tomar um banho e me trocar. Mas como dizem: “Desgraça pouca é bobagem”, assim que pisei em meu novo escritório Becca uma garota que fazia parte da equipe de TI que agora eu coordenava me informou que O Grande Prepotente gostaria de me ver.

Respirei fundo largando minha bolsa de qualquer jeito em cima da mesa e marchei para o elevador a caminho da sala do CEO. Para minha surpresa Palmer tinha companhia. Um homem alto de cabelos castanhos e porte imponente estava sentado confortavelmente ao lado de meu chefe, ao perceberem minha presença os dois se levantaram para me cumprimentar quando reconheci o visitante.

–Você é Bruce Wayne! –Disse o obvio admirada. –É dono das Empresas Wayne, responsável por grande parte nos avanços da tecnologia de ponta que temos hoje. –Suspirei vendo um belo sorriso surgir em seu rosto. –Sou uma fã!

–Felicity Smoak. –A forma com que ele disse meu nome me era familiar. Sorri abobada aceitando sua mão estendida. –Ouvi falar muito a seu respeito, e precisava conhece-la pessoalmente. –Seu aperto em minha mão era firme.

–De mim... Você ouviu falar de mim... Quer dizer... –Cocei a minha cabeça tentando parar de pagar mico diante dele. –Desculpa. –Soltei um riso nervoso. –É surreal! –Ele sorriu me olhando nos olhos, parecendo se divertir com o que via.

–Eu sou responsável por grande parte dos avanços na tecnologia também, como não fui recebido dessa forma? –Ouvi a voz de Ray dizer, mas não me dei o trabalho de olhar em sua direção estava ocupada demais no momento.

–Eu nem sabia quem você era. E ainda me manipulou para ajudá-lo a hackear um firewall privado. –Respondi a ele em um impulso sem tirar meus olhos de Bruce que disfarçou uma risada com uma tosse. –Desculpa Ray. –Me virei para ele que não parecia realmente ofendido. –Acho melhor eu ir. Antes que fale mais alguma besteira. –Sussurrei para Ray que sorriu negando.

–O assunto em questão Felicity é que Bruce é um velho amigo e estamos cogitando uma possível parceria para o projeto Star City. –Contou Ray com sua animação habitual.

–Você quer ajudar a cidade? –Pronto. Acho que superei minha paixão por Oliver!

–Claro. Como Ray disse somos amigos a muito tempo e é um prazer ajudar. Mas o que mais me interessou na verdade são suas habilidades. Seria imensamente satisfatório ter alguém como você nas Indústrias Wayne. –Ele usou “imensamente satisfatório” para descrever a possibilidade de me ter em sua equipe? Não dava para acreditar, acho que finalmente a vida resolveu ser legal comigo outra vez.

–Eu agradeço. –Respondi tentando recuperar o folego. –Agradeço de verdade, é como um sonho sabe? –Sorri admirada. –Mas tenho uma vida em Starlling. –Respirei fundo. –Minha família está aqui. –Oliver nunca usou um termo assim para me definir. Lamentei em pensamento.

–É mesmo uma pena. –Disse Wayne, algo muito parecido com admiração passou por seus olhos.

–Para você Bruce! –Acrescentou Palmer e os dois sorriram de forma cúmplices um para o outro. –Mais uma coisa Felicity, vamos realizar uma festa essa noite para arrecadar fundos já que a última foi um fracasso.

–Adoraria que me acompanhasse. –Disse Bruce.

[...]

Eu estava treinando com Roy e Diggle quando Felicity desceu as escadas da caverna com um sorriso bobo nos lábios, sorriso que eu conheço muito bem! Ela nos ignorou sentando em sua cadeira e analisando os arquivos que deixou o computador processando. Roy e Diggle me encararam sugestivamente esperando que eu fizesse a pergunta óbvia, mas eu não podia, devolvi o olhar para Diggle, de nós três ele era o único ao qual Felicity não ficaria irritada por questionar sua vida pessoal. Ele suspirou revirando os olhos enquanto pegava uma toalha para secar o suor de seu rosto enquanto caminhava em direção a ela.

–Oi Felicity! –Cumprimentou parando ao seu lado.

–Diggle! –Respondeu animada quando o viu. –Não tinha visto você aqui, pensei que era apenas ele. –Ela apontou em minha direção sem me olhar, aquilo doeu!

–Não. Além de OLIVER. –Diggle destacou meu nome com um sorriso no rosto. –Eu e Roy estamos aqui.

–Oi Roy! –Gritou sem se virar, revirei os olhos vendo Roy sorrir antes de devolver o cumprimento.

–É bom ver você animada. –Disse Diggle.

–Está mais para satisfação que para animo Dig. Você sabe o que faz de Sherlock Homes um detetive tão eficiente? –Ela perguntou sem tirar os olhos do computador.

–Ele ser um viciado em cocaína? –Respondeu Diggle recebendo um olhar divertido de Felicity por ele ter entrado no jogo.

–Não meu caro Watson. Ele considerava o cérebro humano como um sótão vazio, um pensamento ambientalista, mas muito eficiente. –Ela começou devanear no meio da frase.

–Sabe que não está falando inglês comigo agora não é? –Provocou Diggle.

–A questão é que estamos olhando para o problema sem analisar o que realmente o causou. –Respondeu virando sua cadeira para olhar em minha direção. –Precisa descobrir o verdadeiro motivo que trouxe Sara a Starlling. É a peça que falta no quebra cabeça.

Ela se levantou pegando sua bolsa prestes a sair.

–Onde você vai? –A pergunta saiu em tom de acusação sem que eu percebesse.

Felicity parou sem se virar parecendo avaliar a resposta que estava prestes a me dar. –Tenho uma espécie de encontro com um investidor na festa da QC essa noite e como não durmo a quase trinta e duas horas, vou para minha casa dormir um pouco antes de me arrumar, mas eu passo aqui assim que a festa acabar. –Sua voz era tremula denunciando a coragem fingida.

[...]

Chego em casa, resolvo tomar um banho e comer alguma coisa, quando descido por fim me deitar minha cabeça da voltas, mesmo em meu estado de privação de sono minha mente não consegue se desligar dos eventos que ocorreram nas ultimas vinte horas.

Morcego, assassina regenerada, arqueiro com crise de consciência, eu precisava esvaziar minha cabeça, eu precisava descansar. Mas quanto mais eu falava que precisa descansar mais eu ficava desperta.

Por fim me sento de pernas cruzadas na cama e puxo o meu note para o meu colo.

–Sr. Wayne... Você é rico, tem uma empresa de inovação tecnológica, mas quem realmente é você? –Começo a fazer pesquisas simples sobre ele, e a primeira coisa que vem é a longa lista de mulheres com quem ele já tinha se relacionado, quando eu vejo quase deixo meu computador cair no chão. –Caramba! Essa lista é maior que a de Oliver.

Mas são outras coisas sobre a sua vida que me chamam a atenção e como em um quebra-cabeças as peças vão se juntando.

–Ok, agora eu realmente preciso ir ao especialista, será que todos os caras bonitos e extremamente ricos que eu for ver em minha frente vou imaginar que são vigilantes mascarados.

Olho para o relógio do computador, faltava quarenta minutos para festa começar.

–Merda!

[...]

De quantas maneiras uma pessoa poderia se irritar em um dia?

Eu sei que sou uma pessoa que se irrita com facilidade, tenho plena consciência disso. Mas se colocar em um papel as coisas que me aconteceram hoje, notaria que meu dia testou minha paciência de todas as maneiras que um ser humano pode aguentar.

Deixemos de lado os fatos da madrugada, são águas passadas que eu já superei, aqui estão algumas coisas que eu não superei.

Primeiro, Felicity me dizendo que tem um encontro, logo em seguida Palmer me ligando avisando que era de estrema importância que eu comparecesse a um evento da CQ, eu iria dizer o que ele deveria fazer com o evento dele, mas respirei e pensei que no final de tudo aquilo era o legado final na minha família, então concordei em comparecer.

Agora estou aqui vendo Felicity, linda em um vestido vermelho, com um decote incrivelmente provocante nas costas, cabelos soltos em ondas, cheia de sorrisos para o multimilionário Bruce Wayne.

–Obrigado por vir. –Ouço Palmer ao meu lado.

–Claro. –Faço pouco caso enquanto pego uma taça com um garçom que passava por mim.

–Eu sei que deve ser difícil estar aqui depois de ter ...

Mas eu o interrompo.

–Com certeza você deve saber o que é perder o legado da sua família por que foi vítima de um golpe enquanto sua irmã foi sequestrada evento esse que teve como desfecho o assassinato da sua mãe. – Minha voz é desprovida de qualquer emoção. – Tenho certeza que você sabe exatamente como me sinto, obrigado pelas condolências.

Palmer fica sem ação por alguns instantes.

–Deve ser difícil ter algo assim nas mãos e ver escapar. –Eu o olho, ele estava me provocando? Só então que eu notei para quem ele estava olhando.

Wayne conduzia Felicity para a pista de dança. Aquela festa já tinha dado para mim.

–Obrigado pelo convite Palmer. –Me retiro antes que eu faça uma bobagem.

Saio pela rua sem olhar direito, ando entre os carros elegantes que tinham trazido os convidados. Eu estava tão alucinado que nem notei um senhor chegar perto de mim.

–Meu jovem, você está bem? – Eu o olho, um senhor de meia idade, cabelos brancos, usava uniforme de motorista e em sua voz eu podia distinguir um forte sotaque inglês.

–Sim eu estou. –Sou rude.

–Pois não me parece. Sabe você me lembra o meu patrão. –Havia um sorriso de carinho em seu rosto.

–Duvido. – Faço pouco caso dele.

–Não duvide, Sr. Queen. –Eu o olho surpreso. – Só por que eu sou um velho não quer dizer que eu não acompanho as colunas sociais. –E pela primeira vez em dias eu me vejo rindo. – Meu patrão muitas vezes também perde a cabeça como você. Mas você ainda teve uma vantagem sobre ele, você teve a sua família por muito mais tempo que o meu patrão, ele teve que amadurecer e tornasse forte muito mais cedo que você, Sr. Queen.

–Como você sabe se sou ou não forte?

–Um homem que ficou cinco anos em uma ilha, com certeza volta um novo homem, igual o meu patrão quando volto da sua jornada.

–Felicity? – Eu ouço ao longe uma voz chama-la, enquanto ela corria.

–Bom esse é meu patrão, mas acho que você já o conhecia. – O senhor me diz com um sorriso.

E de repente tudo faz sentido, fico parado por algum tempo, minha cabeça dá voltas, até que eu vejo Felicity passar perto de mim, ela não me vê, mas sua presença me tira do tranze e vou até ela.

–Felicity?

–Oliver? –Ela está assustada, parece pronta a chorar.

–Deixa que eu dirijo para você. –Não faço perguntas, ela não precisa de um interrogatório.

Felicity não questiona, apenas me passa a chave e eu a conduzo para o banco do carona. Vejo Bruce parado alguns metros distante de nós. Meu olhar é um alerta para ele não se aproximar. Entro no carro e saio sem rumo pela cidade.


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Notas finais do capítulo

Galera comentem o que estão achando, adoraríamos saber a opinião de vcs!
Bjs