Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 21
Capítulo 21 - Sangue nas mãos


Notas iniciais do capítulo

Atraso do caramba, eu sei :P mas não se preocupem, logo as postagens regulares voltam :D



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Alex acordou colocando a mão na parte machucada da cabeça, a ferida ardia e latejava. Alex tentou se levantar, mas sentiu uma dor insuportável na perna e se deitou de novo segurando um grito. Ele olhou para o membro e viu que havia levado um tiro quase certeiro na perna. “Quase” certeiro por que não havia de fato atravessado bem no meio dela, mas sim do lado arrancando uma parte da batata da perna deixando o osso da perna exposto em uma massa vermelha e sangrenta. Ao ver sua perna totalmente banhada em sangue o garoto sentiu vontade de vomitar, mas se conteve.

Ele rasgou a parte da perna da calça abaixo de onde estava a ferida e rasgou esta em tiras amarrando uma na outra até formar uma faixa para estancar o sangramento – era o mínimo que Alex poderia fazer nas condições em que estava. Foi um trabalho dolorido que doía na alma, mas enfim o garoto conseguiu fazê-lo rapidamente.

Ao terminar o processo o garoto ouviu passos vindo na direção dele e este se encolheu atrás do arbusto para não ser visto. Ele viu dois homens da Organização passarem na frente do arbusto e pararem para conversar.

– Ah, Jack – disse o primeiro suspirando e Alex pode ver através dos galhos do arbusto que os dois estavam sem máscara, mostrando que o que falara agora era um jovem de cabelos cortados em estilo militar e o outro com o mesmo corte mas com o cabelo mais grisalho, porém sua aparência ainda era jovial – por que não paramos por aqui?

– Você sabe muito bem que não podemos, Carl – respondeu o outro – de todos os agentes capturados restaram apenas aqueles quatro que nós vimos saindo do prédio: um grandão, o mexicano e a garota; esses foram capturados, porém ainda resta aquele garoto de casaco cinza.

Alex ficou pasmo ao descobrir que seus amigos haviam sido capturados.

– Mas não podemos ao menos descansar? Faz meia hora que estamos procurando ele.

– Tudo bem, vamos parar um pouco, mas não muito, tudo bem?

O homem chamado Carl assentiu e sentou no chão para descansar enquanto Jack sentou em uma pedra ao lado dele. Ambos colocaram as armas ao seu lado, logo Alex teve uma ideia.

Ele pegou uma pedra que estava ali perto e jogou-a atrás dos dois.

– O que foi isso? – disse Carl e ele e Jack se levantaram e foram para onde Alex havia jogado a pedra.

O garoto aproveitou a distração e rastejou arrastando a perna ferida até onde estavam as armas e pegou um dos rifles. Alex bateu o lado da arma na cabeça de Carl fazendo-o cair. Jack se virou para o garoto, porém Alex apontou a arma para ele dizendo:

– Parado!

Os dois agentes da Organização se entreolharam céticos e aproximaram as mãos no coldre onde havia uma pistola para cada um. Alex apontou a arma para um de cada vez e disse.

– Não se mexam ou eu atiro!

– Não, você não vai – disse Carl ainda caído no chão – você não tem coragem.

Alex voltou-se para Carl ainda com o rifle apontado para Jack e este aproveitou para sacar a pistola. Ao ouvir a arma ser engatada Alex se assustou e sem querer apertou o gatilho do rifle assim disparando a bala a 930 m/s, acertando a garganta de Jack e fazendo o homem ser jogado para trás pelo impacto da bala e cair ao lado de Carl, que vendo seu companheiro cair inanimado disse:

– NÃÃÃÃÃOOO!!! – gritou ele – SEU DESGRAÇADO!! VOCÊ O MATOU!!

Carl sacou uma faca e se levantou para atacar Alex, porém este deu outro tiro, agora no joelho de Carl, e o homem caiu agonizando.

O garoto olhou atordoado para o corpo de Jack caído no chão e viu o que havia feito. Ele havia o matado.

Alex largou a arma e começou a correr para longe daquela cena o mais rápido que podia com a perna machucada.

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Alex não se preocupava com a dor na perna, ele só queria correr para o mais longe possível e esquecer o que havia acontecido. Como ele poderia encarar seus amigos sabendo que ele havia matado uma pessoa?

Logo a pergunta de Alex foi respondida quando ele esbarrou em alguém.

– Por favor! Não me machuque – disse Alex sem olhar quem era.

– Tudo bem, eu não vou te machucar – disse uma voz familiar.

Alex olhou para quem havia esbarrado.

– Chris! – disse Alex.

– E eu – disse Sarah logo atrás de Chris.

Os três se abraçaram e Alex logo perguntou:

– Você estão bem?

– Sim – respondeu Chris – nós fomos capturados, mas conseguimos nos libertar dos caras.

– “Conseguimos”? – disse Sarah – fui eu quem derrubei os caras e te soltei.

– Ei, não precisava mencionar esse detalhe.

Chris olhou para a perna de Alex e disse:

– Caramba Alex! O que foi isso?

– Levei um tiro na perna. Passou de raspão, mas mesmo assim fez uma ferida feia que não está muito agradável.

– Deixe-me ver – disse Sarah.

Sarah era boa em fazer curativos, ela aprendera com sua irmã, que sempre cuidava dela quando esta caía da bicicleta ou tropeçava enquanto corria. A garota tirou o curativo improvisado de Alex e analisou que era uma ferida feia – se bem que isso já era perceptível – e pegou um casaco que ela levava consigo rasgando as mangas e fazendo uma “faixa” muito mais eficiente que a de Alex.

O casaco que Sarah tinha era um que ela pegara de um dos agentes da Organização, pois era muito frio na parte onde eles estavam no bosque e havia começado a nevar, portanto eles iriam se aquecer com o casaco, porém ele também servia como curativo para pernas feridas...

Após Sarah ajeitar o curativo Alex mexeu a perna e sentiu ela bem melhor. Logo ele disse olhando para o céu:

– Está nevando? Nessa época do ano?

– Eu já lhe falei que nos arredores da S.I.O.R.C. o clima é maluco – disse Chris – eles usam uma espécie de controle de clima para usar nos treinamentos.

Após uma breve pausa Sarah perguntou:

– O que nós faremos agora?

Os três ficaram em silêncio refletindo até que uma voz com estática soou na pulseira de Alex. Era Michael tentando se comunicar.

Alex? Alex?

– Michael? – Alex disse.

Alex, me escute, eu não tenho muito tempo.

Onde você está? – perguntou Sarah.

Na sede da Organização, eles levaram a mim e aos outros agentes para cá. Mas isso não é a prioridade agora, vocês devem encontrar uma pessoa, ele deve saber as coordenadas para A Organização.

E quem seria esse? – perguntou Chris.

Douglas Stan. Ele mora na Rua Fonner Park, em Grand Island... – a voz de Michael ficou distante por um tempo até que desapareceu por completo.

Os três fizeram silêncio por um tempo.

– Eu conheço esse lugar – disse Sarah – não deve estar longe daqui... Se é que estamos onde eu acho que estamos. Ei esse Douglas não era quem seu tio havia mandado a gente investigar, Alex?

– Sim - disse Alex meio triste ao lembrar de seu tio.

– Muito bem, mas a primeira coisa que temos que fazer é sair dessa floresta – disse Chris e os outros concordaram.

Os três agentes caminharam por um tempo pelo bosque à procura da saída até que viram uma luz distante que deveria significar o fim de tantas árvores. Eles saíram do bosque e deram de frente com uma estrada onde do outro lado dela havia uma planície com um amplo gramado verde.

Ao olharem para a direita puderam ver fumaça saindo de uma locação em chamas ao horizonte, pelo visto os agentes da Organização haviam cumprido sua promessa.

– Vamos – disse Alex – não tem mais nada para nós aqui.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí galera! Se não o Alex dá um tiro em você, é sério O_O

Próximo capítulo já disponível!



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