Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 22
Capítulo 22 - Douglas


Notas iniciais do capítulo

Yey! dois capítulos em dias consecutivos! Isso é para compensar o tempo sem capítulos, espero que gostem :)



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Sarah havia dito que a casa de Douglas era perto dali, porém os agentes tiveram que pegar três ônibus e dois taxis para chegar ao local, e quando chegaram na rua já estava anoitecendo. Eles perguntaram aos moradores da rua se eles sabiam onde Douglas morava, mas estranhamente todos negavam em dizer qual era a casa dele e sempre vinham com o mesmo aviso:

– Tomem cuidado quando forem falar com ele crianças, ele é famoso por ter uns parafusos a menos.

Enfim, ao perguntarem a uma criança, eles descobriram a localização da casa e se dirigiram a uma mansão localizada no fim da rua.

Alex lembrara que Douglas havia sido vítima da Organização e que teve a memória apagada há uns tempos atrás assim como seu tio Paul havia dito no dia que Alex entrara na S.I.O.R.C., logo ele deveria estar meio confuso, então eles iriam tomar cuidado.

A casa onde Douglas morava era bem grande, porém mal cuidada já que a pintura estava descascando e o jardim ao redor estava com as plantas mortas. Sarah tocou a campainha e uma voz de mulher veio do interfone dizendo:

Quem é? É o cobrador de impostos? Já disse para ir embora!

– Na verdade – disse Sarah, já que levava mais jeito para um diálogo do que Chris e Alex – nós viemos falar com Douglas Stan.

Estão malucos? - disse a mulher – o que vocês querem?

– Apenas pedir umas informações, somos da segurança civil.

Chris notou a mentira de Sarah e viu que a mulher não havia sido convencida, porém logo a porta da frente se abriu em uma fresta e o rosto de uma mulher com cabelos presos e pele meio enrugada analisou os jovens de baixo para cima e disse:

– Vocês não parecem da segurança civil.

Sarah pegou alguma coisa no bolso da calça e mostrou para a mulher que logo abriu a porta.

– Queiram entrar – disse ela – Doug está esperando na sala.

Os jovens entraram e se admiraram com o interior da casa. Diferentemente do lado de fora, a parte de dentro era incrível, era amplo com um papel de parede vermelho e quadros enfeitando as paredes, uma escada de madeira envernizada e com imagens entalhadas levava ao andar superior e uma estátua de uma mulher enfeitava a sala.

– Doug costuma dizer que as aparências enganam – disse a mulher sorrindo – ele gosta de ver a cara boquiaberta das pessoas quando entram. Ele está na sala de estar, logo ali.

Ela apontou para uma grande porta aberta e os jovens se dirigiram para lá, porém Alex tropeçou sem querer e sentiu a perna doer.

– Talvez eu possa cuidar dessa ferida para você depois rapaz – disse outra vez a moça – mas é melhor você resolver logos seus assuntos, Douglas não gosta de ficar esperando.

A mulher foi embora subindo as escadas e Chris cochichou para Sarah:

– O que você mostrou para ela na entrada?

Sarah pegou o que ela carregava no bolso e mostrou que era uma carteira militar de nível dois, a mesma que Michael mostrara para eles quando estavam na casa de Alex, só que desta vez era uma mais parecida com a verdadeira.

– Michael me deu isso antes da gente ir embora, ele falou que ia ser útil.

A garota guardou a carteira e Alex agradeceu silenciosamente a Michael, mas ao pensar nele o garoto se lembrou que ele estava em perigo e que precisava descobrir o mais rápido possível onde era A Organização e ir salvá-lo, assim os três entraram na sala em que supostamente estava Douglas Stan.

A sala era completamente vazia e escura, no fundo dela só se via uma lareira crepitando com o fogo e uma grande poltrona posta à frente desta. Uma mão pendia ao lado da poltrona.

– Douglas? – disse Alex.

A mão de quem estava na poltrona se fechou em um punho e logo Douglas respondeu:

– O que vocês querem?

Chris e Alex olharam para Sarah e ela assentiu começando a falar:

– Nós viemos...

– Não! – disse Douglas agora com uma voz alterada, como se ele estivesse tentando não rir – o garoto! Eu falei o garoto! Responda!

– Nós viemos pedir uma informação – disse Alex calculando suas palavras.

Um rosto saiu de dentro da poltrona. Doug estava muito diferente da foto que Alex vira, agora ele estava com os cabelos bagunçados como se um furacão tivesse passado na cabeça dele, estava pálido, muito pálido, tinha olheiras profundas ao redor dos olhos como se ele não dormisse há semanas e tinha uma estranha cicatriz que atravessava o lado da sua cabeça partindo o cabelo dele.

Doug deu um sorriso meio psicopata e disse:

– Informações? – logo ele fez uma cara zangada que dava grande contraste a suas olheiras deixando-o sombrio e com um ar assustador – o que vocês querem saber?

Alex olhou para Chris e Sarah em busca de socorro, mas com a forma de comunicação de sinais deles ambos disseram:

Se vira.

O garoto suspirou.

– Aproxime-se meu filho, deixe-me te ver direito – disse Douglas semicerrando os olhos como se não conseguisse ver Alex.

Alex se aproximou meio desconfortável. Não por se aproximar, mas sim por ter que arrastar a perna machucada, porém Douglas não pareceu se importar com a perna de Alex. O garoto tentou começar a pergunta:

– Douglas, a gente...

– NÃO ME CHAME DE DOUGLAS!!! – Douglas gritou... Digo, ele gritou – me chame de Peter, meu nome é Peter.

Alex olhou desconfiado e disse:

– Okay... Peter, nós precisamos da sua ajuda.

“Peter” se ajeitou na poltrona cruzando as pernas e disse passando a mão no queixo como que alisando uma barba imaginária e disse:

– Interessante... No que a minha pessoa poderia lhe ajudar?

– Queremos saber a localização de um lugar – disse Chris.

– Ah, então você sabe falar? – disse Douglas.

– Escuta aqui seu... – Chris começou a falar, mas Sarah o deteve.

– Peter, será que você poderia nos ajudar? – disse ela.

Douglas não respondeu.

– Peter?

– Hã? Está falando comigo? – disse Douglas – Meu nome não é Peter, é Jhon. Você achou que meu nome era Peter?

Douglas começou a rir freneticamente e Alex já cansado com aquele comportamento pegou Douglas pelos ombros e disse em uma voz firme:

– Escuta aqui seu maluco, nós precisamos da porra da sua ajuda, meus amigos foram capturados e meu tio... Ele provavelmente está morto e eu não vou deixar que uma criança maluca vá me atrapalhar, então cala a porra da sua boca e ajuda a gente dizendo onde fica o lugar que a gente quer chegar!

– E que lugar seria esse? – disse Douglas com um sorriso.

– A Organização – respondeu Alex.

Douglas olhou para Alex com os olhos arregalados em uma expressão surpresa e pela primeira vez desde que eles chegaram à casa ele pareceu são, mas logo Douglas soltou um grito e se jogou no chão gritando e se debatendo. Logo a mulher que atendera os agentes chegou à sala e ajudou Douglas a se acalmar. Após Douglas parar de tremer ela olhou com ódio para Alex e disse:

– O que vocês fizeram? Vão embora daqui!

– Não... – Douglas disse com a voz meio distante – Mãe... Deixe-os, eu tenho que ajuda-los...

Douglas desmaiou e Alex disse:

– Senhora... Me desculpa se eu...

Mas Alex se interrompeu quando a mulher com lágrimas brotando nos olhos olhou para Alex e disse:

– Ele me chamou de mãe... Pela primeira vez desde que ele perdeu a memória ele me chamou de mãe.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí galera! Antes que o Doug mude de nome de novo!

Próximo capítulo já disponível!



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