Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 17
Capítulo 17 - Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

E aí galera! Queria agradecer a todos vocês que me acompanharam aqui, meus fieis leitores, e à nossa nova leitora: Someone, que está começando a ler a fic.
Ok, ok, vamos para a história :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552721/chapter/17

– Desisto! – disse Kylle.

Os agentes pararam. Eles estavam andando pela agência desviando dos caminhos com escombros por tanto tempo que Alex perdera a noção de em que parte do prédio eles estavam.

– É – disse Henry – não dá mais. A gente já teve que fazer tantos desvios que eu acho que já estamos perdidos.

Os outros ficaram em silêncio, ninguém sabia o que fazer.

Enquanto andavam os jovens haviam encontraram mais daqueles homens. Os que estavam capturando os agentes eles tentavam abatê-los e libertar os agentes. Os homens misteriosos ,com quem eles lutavam e feriam, eles cuidavam para que eles não morressem, apenas ficassem incapazes de lutar outra vez. Os agentes libertos tomavam direções diferentes dos sete. Teve um momento em que eles se encontraram com Leo e Dayana, que estavam indo para a sala de tiros para se defender dos invasores – mesmo que fosse proibido aos agentes mais jovens usarem as armas da agência – e correram se distanciando do outro grupo.

Em certo ponto eles acabaram encontrando um lugar no qual já tinham passado.

– Tem certeza? – perguntou Chris.

– Sim – respondeu Kylle com pesar – Estamos andando em círculos. Olha só, tem até aquele cara que a gente nocauteou primeiro.

Kylle apontou para o corpo do homem encostado na parede do qual havia levado um tiro no joelho por Alex. Sarah havia enfaixado o joelho e a mão para que parasse de sangrar, mas mesmo que ele acordasse não conseguiria andar nem dois passos.

– Espera – disse Henry – tive uma idéia.

– E qual seria? – perguntou Chris.

Alex já havia sacado que Chris, Kylle e Henry estavam no comando: Henry e Kylle por que sabiam o caminho e Chris por que estava levando jeito no comando.

– Temos que nos separar – disse Henry.

– Ficou doido? – disse Pablo – Cara, a gente quase não está conseguindo prosseguir com sete pessoas, SETE! Sete agentes treinados para essas coisas e você quer que a gente se separe? Eu passo essa ideia.

– É o único jeito – disse Henry meio zangado com Pablo e aquele jeito meio doido dele – se fizermos isso teremos mais chances de encontrar a linha de frente, digo, a gente já viu tantos agentes capturados que talvez não tenha ninguém lá, mas talvez encontremos uma saída. Concordam?

– Odeio admitir isso – disse Chris com a mão no queixo – mas talvez você tenha razão. Kylle?

– Concordo, faz sentido. Eu não queria bater em retirada, mas pelo visto não temos opção.

– Sarah? Você concorda?

– Se você concorda eu concordo, Chris – disse Sarah.

Chris olhou para Pablo e Alex.

– Okay, muy bien – disse Pablo.

– Eu não sei se concordo, mas se vocês dizem, eu estou dentro – disse Alex.

– Certo – disse Chris – vamos dividir os grupos. Como temos sete pessoas um grupo ficará com três e o outro com quatro, certo? – os outros consentiram – então vamos fazer assim: Eu, Sarah, Alex e Pablo vamos juntos enquanto Henry, Kylle e Jennifer vão no outro grupo, tudo bem?

Todos concordaram, incluindo Henry, relutante por estar recebendo ordens de Chris e de ter ficado no outro grupo sem Sarah.

Chris foi falar com Kylle sobre que rota tomar enquanto Jennifer se aproximou de Alex e disse com pesar:

– Então... É aqui que nos separamos.

– É – disse Alex com a cabeça baixa.

Eles fizeram silêncio por um tempo até que do nada Jennifer se aproximou de Alex e o abraçou. Alex se sentiu confuso, mas retribuiu o abraço. Era um abraço de despedida.

Jennifer se desfez de Alex e disse:

– Se cuide, tente não desmaiar de novo.

Alex sorriu e respondeu:

– Não se preocupe, vocês não vão se livrar de mim tão fácil.

Os dois sorriram um para o outro.

Logo Kylle se aproximou de Alex e disse:

– Boa sorte Alex, tente não gastar o fôlego correndo.

– E tente não ir correndo com raiva para cima dos caras armados – respondeu Alex.

Os dois sorriram.

– Se cuida Kylle, tome conta de Jennifer e Henry por nós, ok? – disse Alex que estendeu a mão para Kylle.

– Pode confiar em mim Alex, tome conta dos outros por nós, certo? – disse Kylle apertando a mão de Alex.

– Não se preocupe – cochichou Alex – sem o Henry no meu grupo eu não preciso me preocupar com Sarah e Chris nervosos.

Os dois caíram na gargalhada.

Alex olhou para Henry, ele acenou com a cabeça com um rosto cético.

Logo Chris chamou Alex que deu tchau para Jennifer e Kylle – e Henry, por educação, já que Alex não havia gostado dele não querer busca-lo no refeitório – e se separou dos três.

–-------------------------------

Alex tentou entender o porquê de Chris ter dividido os grupos daquele jeito e, ao pensar um pouco, ele entendeu: logicamente Sarah ficaria com ele e Henry ficaria no outro grupo, pois o que eles menos precisavam era de conflitos internos; Kylle ficou no outro grupo para dar apoio, Jennifer já era um pouco experiente e poderia ajudar, Pablo veio para o grupo de Chris por que conhecia o caminho, mas Alex... Alex não entendia por que Chris havia o colocado em seu grupo, afinal, ele não era nenhum mestre do caratê como Sarah, não era experiente como Henry e Jennifer, nem forte e rápido como Kylle e muito menos tinha a coragem e raciocínio rápido de Pablo, então por que ele estava no grupo do amigo? Seria por ele ter nocauteado o homem lá atrás e pelas coisas extraordinárias que ele fizera até então?

Pensando nisso Alex refletiu pela primeira vez sobre o porquê dele ter agido daquele jeito nos últimos dias. A coragem para salvar Sarah, a habilidade de ler qualquer expressão não verbal, a habilidade em basquete e em corrida... Nada daquilo vinha de Alex, ele sabia, era como se ele se tornasse outra pessoa e essa pessoa tomasse conta do seu corpo o controlando. Era estranho.

Também havia o homem misterioso que ele vira no refeitório. Depois de ver ele, toda vez que Alex tentava lembrar de seu rosto ele o via borrado, como se uma fumaça estivesse tapando o seu rosto.

O rapaz também vinha tido uns problemas para raciocinar, o que era evidente e o atrapalhava muito. Alex vinha ganhando muita informação nos últimos dias, talvez fosse esse o motivo. Ou não

Alex pensou em sair logo da agência invadida e ir para qualquer lugar seguro, talvez até para casa.

A verdade era que ele sentia saudades de casa. Fazia quatro dias que ele estava fora de casa, mas parecia mais tempo. Mesmo achando agência a legal Alex no fundo queria voltar para a sua vida antiga e pacata, voltar para a sua casa, mãe, amigos e colegas.

Logo Alex tirou esses pensamentos da cabeça, ele precisava seguir em frente, não para a vida monótona que ele tinha, no fundo ele também queria uma vida nova, ele nunca mais voltaria para aquela velha vida chata dele.

Alex prometeu isso a si mesmo sem saber que seu desejo seria cumprido da pior maneira possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem aí povo!

Próximo capítulo já disponível!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amnésia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.