Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 16
Capítulo 16 - Tempos de guerra




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Alex estava andando por um corredor. Ao seu lado um homem andava com ele. O garoto não sabia o que os dois faziam ali, mas ele sabia quem era aquele homem, digo, ele não sabia seu nome, mas sabia que era a mesma pessoa que ele vira o encarando no refeitório, porém agora o rosto dele parecia... Embaçado.

Os dois chegaram a uma porta de metal com um painel com dígitos para colocar uma senha que possivelmente abriria a porta. O homem digitou a senha: 023498. O painel onde os números apareceram ficou verde - estando antes vermelho - e apareceu um dizer: destrancado.

– Você está pronto? - disse o homem com uma voz familiar.

– Sim, estou - as palavras saíram da boca de Alex sem a sua permissão.

– Ótimo.

O homem abriu a porta e Alex deu um passo para frente contra a sua vontade, porém nesse momento o garoto ouviu uma voz dizer:

– Alex! ALEX!!

O rapaz viu tudo se dissolver na escuridão. Ele escutou o barulho de estalo de fogo e ao abrir os olhos viu Chris prestes a dar um tapa nele.

– Ei, ei, ei!! Eu já acordei! - disse Alex.

– Ah - disse Chris.

Chris ajudou Alex a se levantar e o garoto pode ver que todo o refeitório estava totalmente destruído e em chamas. Chris se dirigiu à saída e Alex o seguiu ambos desviando das chamas e dos escombros.

Ao chegarem do lado de fora do refeitório os dois encontraram-se com Pablo, Sarah, Kylle e Henry. Todos estavam cobertos de fuligem e ao olhar para si mesmo Alex viu que estava do mesmo jeito.

– Ok - disse Henry - estamos todos aqui.

– Mas não graças a você - disse Chris.

Henry deu de ombros.

– Eu apenas dei a minha opinião - disse ele.

– O que? - disse Alex sem entender.

– Henry queria que você ficasse para trás - disse Chris.

– Eu apenas queria o melhor para todos, buscar ele só iria nos atrasar, coisa que, agora que o espertalhão aí o fez, acabou de acontecer. Além disso...

– VOCÊ QUER CALAR ESSA BOCA?? - gritou Sarah calando Henry - Alex é meu amigo, droga! Mesmo que dependesse de nossas vidas eu e Chris voltaríamos e buscaríamos ele! Como você pode ser tão frio? VAI SE FERRAR, PORRA!!!

Henry não disse nada, apenas ficou calado e, pela primeira vez, não sabia o que falar. Nesse momento toda a confiança de Henry foi dizimada dele e transportada para Chris.

– Certo - disse Chris - Kylle, você que já está aqui há mais tempo, o que faremos?

– Bem... - disse Kylle ainda abalado com Sarah ter deixado Henry sem palavras - o código Delta-4 diz que, em caso de invasão, todos os agentes têm que se dirigir à linha de frente para se defender ou contra-atacar em caso de ataque.

– Os agentes - disse Henry meio sem jeito - devem ter ido para a parte da frente do prédio, acho que devemos ir para lá e nos encontrar com eles.

– Muito bem - falou Chris - então é isso que faremos. Henry, Kylle, vocês irão à frente para mostrar o caminho que nós iremos lhe seguir. Todos concordam?

Os outros consentiram. Henry e Kylle seguiram na frente seguidos respectivamente por Chris, Sarah, Pablo e Alex.

Grande parte dos corredores da agência haviam sido destruídos deixando vários corredores bloqueados, logo os jovens tiveram que dar várias voltas para chegar aonde queriam. Em certo ponto Henry e Kylle pararam em um dos corredores e quando Alex ia perguntando o que havia acontecido os dois pediram silêncio. Os outros agentes se aproximaram sorrateiramente para espiar pelo corredor e viram dois homens armados parados no corredor que se cruzava com o que eles estavam. Ambos tinham máscaras negras como aquelas que assaltantes usam, usavam coletes a prova de balas com uma roupa preta no estilo militar e estavam armados com rifles de assalto. Atrás deles outros homens com a mesma vestimenta arrastavam agentes inconscientes e colocavam seus corpos encostados na parede. Alex concluiu que eles ainda estavam vivos, pois dava para ver que eles ainda respiravam.

– O que vamos fazer? - cochichou Alex.

– Deixa comigo - sussurrou Pablo indo andando até os dois homens.

– Não! Pablo! - cochichou Chris e ele já ia puxando Pablo para detrás do corredor de novo, mas o garoto já tinha ido para o seu destino.

Os dois homens estavam de costas olhando os outros arrastarem os agentes. Assim que esses terminaram o serviço eles foram embora deixando apenas os dois homens mascarados.

– Err... E aí?

Os dois homens se viraram e apontaram suas armas para Pablo que levantou suas mãos se rendendo.

– Ei, ei - disse ele - eu me rendo.

– Nome? - disse um dos homens com a voz abafada pela máscara.

– O que?

– Perguntei seu nome!

– Pablo... Pablo Martínez...

Os dois homens se olharam e um deles se aproximou e disse:

– Siga-me.

Pablo andou cinco passos com o homem deixando o outro para trás de costas para os agentes escondidos. O homem acertou as costas da arma na cabeça de Pablo deixando-o inconsciente. Alex saiu do esconderijo, Chris tentou impedi-lo, porém não pôde.

Alex se aproximou do homem enquanto o outro não via e tentou fazer a mesma coisa que tinha feito na corrida: analisar a condição física dele. Alex aproximou a mão no ombro dele e apertou o ponto de pressão dele fazendo-o cair. Alex segurou o corpo para que não fizesse barulho a cair, deitou-o no chão e pegou rifle dele.

Quando o segundo homem olhou para trás ele viu Alex apontando o rifle para ele dizendo:

– Não se mexa!

O homem não obedeceu e apontou a arma para Alex.

– Abaixe essa arma ou eu vou atirar! - disse o homem mascarado.

Mas Alex sabia que ele estava blefando. O dedo dele estava fora do gatilho, Alex sentia pela respiração dele que ele hesitava e compreendeu a tática de Pablo: eles queriam os agentes vivos, portanto não iriam mata-los.

Alex se acalmou e disse:

– Não! Você é quem vai abaixar essa arma!

Nesse momento Alex viu uma garota sair de uma porta no corredor onde ele estava bem entre Alex e o homem. Era Jennifer.

O homem apontou a sua arma para Jennifer e sem pensar Alex deu um tiro na mão que ele segurava a arma e deu outro tiro no joelho dele fazendo-o cair e largar a arma agonizando. Quando ele ia pegando o rifle de volta Chris se aproximou e deu um chute nele o deixando inconsciente.

Alex largou a arma e se aproximou de Jennifer.

– Eu... - disse ela - tinha visto esses homens por aí e me escondi aqui. Como é a sala de música ela tem um revestimento contra som, então eu não ouvi quando...

– Calma - disse Alex - está tudo bem agora.

Jennifer abaixou a cabeça e consentiu.

– Sim - ela ergueu a cabeça e disse - obrigada.

Os dois olharam para Chris, que estava olhando para o corpo de Pablo dizendo:

– Já pode se levantar.

Pablo acordou se levantando e disse dirigindo-se a Alex:

– Cara, ainda bem que você entendeu o meu plano.

– Foi meio que arriscado, não acha? - disse Alex.

– Ah, fazer o que, né? - respondeu Pablo com um sorriso no rosto.

Alex olhou para Jennifer e os dois sorriram.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo já disponível!



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