Jasmine sentia que a cada dia o sonho estava preste a acabar.

Não havia vindo ao Palácio atrás de joias, dinheiro, fama ou do coração do Príncipe. Havia vindo para fugir de casa.

As ele havia sido tão gentil e fofo que se pegou pensando nos dois juntos, como seria se apaixonasse por ela?

Estava apaixonada? Não sabia só esperava que aquilo não acabasse com ela, já que amor era aquilo dor.

– A banheira está pronta senhorita- a criada disse

Ela levantou da cama e foi ate o banheiro o tecido de seda seu roupão roçava em sua pele, era tão bom.

Jassy entrou no banheiro e tirou o roupão e entrou na banheira. A espuma fez ela relaxar.

A criada se sentou preto da banheira e pediu que entendesse a mão. E começou a lixá-la.

Pensou em que vestido usaria para o café da manhã, as selecionadas estavam escolhendo as melhores roupas, queriam ter a atenção do Príncipe. Todas não haviam gostado da corte francesa.

–Alice- chamou.

– Senhorita?

– Acho que está na hora de usar aquele vestido.

A criada sorriu e prometeu que arrasaria hoje. Jassy se limitou a sorrir

****

Ela se examinou no espelho, usava um vestido vinho ate a altura do joelho, o decote era longo e em formato V, ela se sentia incomodada desde do momento que o havia visto pela primeira vez, mas agora havia resolvido deixar de lado a garota fofinha que deixava transparecer.

Examinou o rosto, usava uma maquiagem marrom claro , que descartava sua pele e os lábios vermelhos.

O cabelo estava solto e bem penteado.

–Você está linda senhorita- elogiou a as criadas.

Jassy sorriu e se encaminhou para a porta e saiu.

Uma das coisas, não importasse quanto tempo que ela passasse no palácio, ela ainda o acharia magnífico.

Enquanto encarava todo o teto do palácio nem olhou pra frente. Bem... Apenas depois de colidir com algo... Ou melhor com alguém.

Ninguém menos que o Príncipe de Illéa.

–Desculpe me perdoe.

Josh se limitou a sorrir:

– Não foi nada apenas olhe por onde anda da próxima vez, com licença.

E saiu sem nem mesmo falar do outro dia, o dia na qual Jassy havia dito tudo, sem nem mesmo pensar, sobre a sua vida. Às vezes sem perceber Josh deixava transparecer a sua tranquilidade e assim fazia todos confiarem nele.

Ele havia sido bom com ela, coisa que não via em alguém a tempos, ela sentiu o coração palpitar.

Será mesmo que o Príncipe havia conquistado a Lenhadora?

***

Spes pousou o copo de chá na bandeja e encarou a foto que se pousava sobre a cama, era ela aos 4 anos com os pais ao lado, sorriu sentindo uma pequena pontada no peito de saudade. Mas não iria desistir.

Havia vindo pelo Príncipe e sabia que Josh merecia alguém que tivesse como objetivo ele e não uma coroa ou um posto.

Suspirou e se jogou na cama e respirou fundo lembrando do encontro que haviam tido, Josh ficava tão lindo quando estava sorriu, ate mesmo quando estava distraído.

Se pegou pensando nos filhos que teriam: talvez os olhos cor de folha dela e o formato da boca dele...

–Senhorita- chamou a criada a tirando de seus longos e duradouros devaneios. - Isso é pra a senhorita.

Ela pegou o papel da mão da criada e agradeceu

– Obrigada

Quando passou os olhos pelo papel lendo o que estava escrito, seu coração quase saiu pela boca.

–Sair... Príncipe... 11:00...

A criada a olhou confusa as palavras não saiam.

E sem pensar Spes caminhava em direção ao banheiro.

A criada pareceu entender e a seguiu.

Não conseguia raciocinar... Encontro? O que?

Então percebeu, estava sendo burra não podia ficar perdida, tinha que ser prefeito.

Respirou fundo.

– Josh me convidou para um encontro tenho que estar perfeita.

– E estará senhorita.

Respirou fundo e tentou se acalmar, nervosa não chegaria em lugar nenhum.

***

Alguns minutos depois estava pronta, vestia um vestido longo branco com a lateral rendada, o vestido era mais acentuado ate a cintura e por fim um alça fininha . O cabelo estava preso em um coque baixo e extremamente bonito.

– O vestido é lindo.

As criadas sorriram e logo uma batida na porta chamou a atenção de Spes.

Ela caminhou ate a porta, esquecendo a completamente a formalidade de deixar a criada abriu e escancarou a porta dando de cara com Josh.

– Você esta linda -ele elogiou

– Muito obrigada- disse

Ele ofereceu o braço e ela logo aceitou.

– Sabe pensei muito sobre o que podíamos fazer, mas sinceramente senhorita Spes você me pare extremamente difícil- ela riu- Então pensei em um chá.

– Me parece ótimo.

Eles atravessaram todo o palácio, ate o jardim onde havia sido montada uma mesa de chá, Josh puxou a cadeira e Spes se sentou logo ele se sentou na sua frente.

– Antes de tudo posso te pedir um favor?- O príncipe perguntou, a selecionada assentiu- Me chame de Josh.

– Claro, Josh.

– Hum ótimo. Então como esta sendo a estadia no palácio?- ele perguntou tentando começar uma conversa.

Spes ponderou mentalmente tentando buscar as palavras:
– Bem perfeita, esse lugar é simplesmente magnifico. E acho que tenho uma pequena queda pelas joias do palácios, são muito bonitas e delicadas.

– Imaginei que teria. Mas saiba que o trabalho que você realizou com aqueles colares são magníficos.

– Obrigada, mas sem me permite... Como soube?

– Bethany tem uma certa dificuldade de ficar quieta.- Spes riu e Josh a acompanhou.

Ela pegou um pequeno pedaço de bolo a sua frente e levou a boca, delicioso.

– Sabe, uma das minhas coisas favorita do palácio para mim é a comida. Esse doces são perfeitos- Spes disse tentando deixar a timidez de lado.

– Tenho certeza de que os doces são a parte do cardápio que minha mãe faz questão de acompanhar de perto.

Spes riu.

– O que?

– E aqui vai um grande segredo da coroa de Illea: a rainha é viciada em doces.

Ambos riram e esse clima descontraído permaneceu por boa parte do encontro.

Spes talvez estivesse certa sobre o príncipe: Gentil, educado, bonito e engraçado.

***

Clarisse passou os olhos pela mesa das selecionadas, a maioria conversava baixinho, algumas com expressões neutras, outras com preocupada ou ate de alegria.

Mesmo as selecionadas ao lado de Clarisse estivessem tentando ser discretas, a selecionada ouviu o que dizia.

– Ouvi dizer que haverá eliminações em breve- era Katerina Gilbert

– Eliminações?! Tem certeza?- quem perguntou foi Jhoanna Orleans.

– Sim, absoluta- ela disse- Bem... Não tão absoluta, mas estou quase certa que é verdade

Katerina suspirou.

Clarisse sentiu um frio na espinha, cada vez a quantidade de selecionadas diminuíam. A elite estava preste se formar.

Pelo canto do olho viu Josh conversando com a princesa Sophie, estava com expressão preocupada assim como a de Sophie.

O que estava acontecendo afina?

Resolveu ignorar e seguir com o almoço, logo que acabou se levantou e foi em direção ao seu quarto, mas no meio do caminho virou-se em direção a biblioteca. Ao chegar passou o dedo sobre a longa sessão de clássicos, logo depois ficção. Tentando escolher um.

– Em duvida?- A pergunta veio em uma voz masculina.

Clarisse se virou, deparando se com o príncipe na sua frente.

– Sim, muita- disse.

– Gosta de que?

– Amo livro de aventura, acho que leio sonhando em como vai ser a minha.

– A seleção é uma aventura, minha cara aventureira?

– Sim e não- disse- Bem ela não fazia parte do meu plano de aventura, nem esperava fazer parte dela, mas ela não deixa de ser.

Ele riu

– Nem nos meus- ele disse com um sorriso tímido- Sabia que tinha a possibilidade de acontecer, mas nunca imaginei que seria tão difícil?
– Acho que seria moleza 35 garotas príncipe?

– Sim, sou um iludido- Clarisse riu e Josh a acompanhou.

Logo depois tirou da prateleira um livro e a entregou.

– Você provavelmente ira amar essa aventura, com licença.

E se retirou, deixando o som de sua risada no ar.

***

Bridget Fretcher sentou no salão das mulheres, as garotas realizavam vários tipos de atividade. Algumas liam, outras jogavam e outras apenas conversavam. Bridget estava fingindo ler um livro, sentada em um sofá.

Na verdade dentro do livro escondia, uma carta.

Ela passou a mão pelo envelope, ele havia corrido perigo de manda-la, mas ela havia sentido uma alegria de vê-la.

O que mais doía na loira era saber que teria que queima-la, se quisesse proteger o que amava e a ela. Mas se lesse iria doer? Provavelmente não.

Rasgou o envelope, e escondeu o papel dentro do livro e começou a ler:

Minha doce Bridget.

Sei que deve estar com muita raiva por estar escrevendo, sei o perigo que corro. Mas não suportei, minhas mão correm por esse papel enquanto brigo comigo mesmo. Não ligo que posso correr perigo, mas você é que me preocupa.

Bridget, você pode imaginar o quanto sinto sua falta. As vezes fico ate tarde sentado no mesmo banco que estava quando te vi pela primeira vez, acho que espero que sai de trás do palco e comece a cantar.

Não há nenhuma atração que cante naquele bar que consiga fazer ate os bêbados moribundos levantarem a cabeça, igual você era capaz de fazer.

Sei que provavelmente a nossa briga fez com que se preocupasse, mas por favor tente me entender. Você não pensou em contar que na verdade era rica, que não era pobre? Isso me fez ficar louco, mais saiba que me recuperei, agora te entendo. Busquei observar a sua família, fiz pequenos bicos ao seus pais. Sua mãe me disse uma das pouca vezes que dirigiu a palavra a mim, que era uma honra tê-la como filha.

Mas saiba que não importam nosso níveis sociais, nosso nomes, nem nada. Sou egoísta demais de deixar você ir, Bridget Fretcher.

Do que o coração egoísta pertence a você, James.

Um sorriso iluminou os seus olhos verdes depois de ler o trecho. James, James.

Mas mal ele sabe que só via mentiras. Era rica, sim, mas não tanto. Sua família não era daquela forma que todos pensavam ser.

Baixou os olhos e dobrou a carta.

– Bridget o que esta lendo?- perguntou uma selecionada.

Era Thalia Jackson, a pior de todas as presentes naquela sala.

– Nada que deva saber- disse.

– Pelo que vejo a sua educação foi dar um passeio e não voltou.

– Nem pretende.

A garota riu falsamente, e Bridget aproveitou para olhar a roupa dela, estava completamente vulgar, com um vestido hiper curto e grudado ao corpo com um decote gigantesco. Passou rapidamente pela cabeça de loira se a garota tinha silicone, por que aqueles peitos não podiam ser naturais.

– Minha querida, talvez devesse vestir algo mais bonitinho- Thalia disse.

– O que? Meu deus garota olha pra você, deve ter milhões de cirurgias, porque nada em você deve ser realmente seu.- disse e se levantou.

Caminhou para fora do salão das mulheres, odiava pessoas enxeridas.

Amassou a carta sentindo um dor terrível no peito, e caminhou ate uma sala onde percebeu o brilho de uma lareira e queimou a carta.

Enquanto voltava ao seu quarto viu Josh sentado no corredor com um livro sobre os olhos.

– Fugindo Alteza?- perguntou, após uma reverencia.

– Sim, mas pelo que vejo você também.

– Você não imagina como é difícil aguentar aquelas garotas la dentro.

– Enxeridas?

– Algumas- disse.

Ele sorriu.

– Imagino.

Bridget se afastou, não conversava muito com o príncipe, na verdade não queria ver quem ele realmente era, sabia que se visse podia, talvez, apegasse a essa competição.

***

Belle Chase nunca acho que a seleção pudesse ser tão incrível. Quando se inscreveu pensou que seria uma boa, já que tinha bloqueio criativos e não conseguia continuar a escrever, e isso provavelmente renderia uma boa historia.

Mas estava sendo bem melhor do que esperava: Não via a hora d publicar o livro que estava escrevendo sobre aquilo.

Silvia passou pela porta seguida de Morgan, La vinha uma longa sessão de tedio.

Bel fechou o seu diário, o Sorenlorence, e se sentou ereta, tentando evitar as brocas das duas instrutoras.

Estaria ali uma coisa que seria muito bem retratado no seu romance, os dois monstros escalados como instrutoras das selecionadas.

– Garotas- disse Morgan- Por favor formem uma fila, que iremos ate a sala onde vem tendo lições.

Algumas garotas bufaram, Belle concordava com elas, aquilo era um saco.

Pense em cupacakes tentou dizer e foi o que fez.

Enquanto caminhavam ata a sala, a formação da fila logo se desfez, as garotas passaram a cochichar entre si. Bel permaneceu quieta.

Como sempre havia nascido com a sina de será azarada, enquanto andavam acabou tropeçando e deixando o diário cair.

Belle acabou não percebendo a preda de seu confidente e continuou o caminho.

Silvia as esperavam em uma sala e fez sinal para se sentarem, Bel se sentiu no meio da sala, só percebendo ai a falta do diário.

–Senhorita Silvia senhorita Morgan- chamou, ambas se viraram- posso buscar algo que esqueci?

– O mais rápido possível- diz Morgan seus olhos verde pareciam impacientes.

Belle saiu da sala com leveza nos passos, mas logo que passou pela porta começou correr pelo gigantes corredores que era aquele palácio.

Por ela rinha que ser tão desastrada? Isso as vezes a incomodava.

Quando chegou finalmente ao corredor que havia tropeçado, após passar por milhares de corredores de aparência idêntica, conseguiu o encontrar.

– Senhorita?- A voz fez com que ela se assustasse.

Era Josh, os cabelos loiros estavam bagunçados pela testa e as luz do dia fazia com que brilhassem levemente.

Bel fez uma reverencia desajeitada e sorriu.

– Alteza por a caso você viu um diário caído por ai?- perguntou

– Não, esta procurando-o?

– Sim, acabei perdendo.

– Se importaria com uma ajuda?

Belle Chase negou e sorriu.

Enquanto reviravam o corredor Josh tentava manter a conversa.

– O que faz na sua província?

– Sou escritora.

– Uhal, sou um amante da literatura mas não apresento dom nenhum para a escrita.

Bel sorriu:

– Já tentou?

– Não.

– Então como sabe que não serve?! Alteza, você deve tentar.

– Acho que seguirei seu conselho, bem acho que tenho ate boas historias para escrever- ele se baixou olhando de baixo de uma das banquetas.

Belle se levantou e ajeitou o vestido.

– Quero ser a primeira a ler- exclamou.

– Pode ter certeza que será, a primeira e a única.

Josh pegou o diário.

– Acho que achamos.

– Sim muito obrigada.

O príncipe se despediu e Belle seguiu em direção a sala novamente

****

Iris Maduke sentiu um aperto no peito encanto observava a tela colorida na parede de seu quarto. Segurava para não chorar, enquanto tentava disfarçar a tristeza.

Escorregou para baixo do lençol e cobriu a cabeça deixando as lagrimas escorrerem, que caiam grossas.

Por que a vida era tão cruel? Será que achavam divertido ela sofrer?

Sentiu saudades dos pais, os de sangue, apesar de nunca tê-los conhecido, haviam morrido quando ela tinha apenas 2 anos, todos os dias desejava tê-los por perto.

Sentia falta dos pais adotivos, que também tinham morrido, por mais que se negasse por um tempo em aceita-los como pais, hoje já os aceitava.

Sentia falta da avo que provavelmente nesse momento colhias as ervas medicinais de seu quintal. Será que estava precisando dela agora.

E ate daquela idiota, sua melhor amiga, que havia posto ela nessa enrascada.

Bufou.

– Merda de vida, você não serve pra nada? Merda, merda, merda..- sussurrou, enquanto dizia vários xigamentos as lagrimas desciam mais rápido.

Despois de um tempo ali se levantou e foi ate o banheiro e limpou os olhos, e com cuidado refez a maquiagem. Podia se virar sozinha sem as criadas a sua volta.

Quando os rosto estava pronto, foi ate o armário e procurou por um vestido. Cada dia sentia mais falta das suas roupas. Acabou escolhendo um vestido nem muito esvoaçante, nem muito grudado ao corpo. As cores, rosa, amarelo e azul, faziam ela parecer bem mais alegre.

Calçou um salto de tiras e por fim deixou o cabelo solto.

Passou pela porta decidida de ir a um lugar, o jardim, ali se sentiria bem.

Quando chegou acabou encontrando o príncipe sentado em um banco perto de dois pes da suas flores favoritas, rosa rosa.

– Posso me sentar, Alteza? - perguntou.

– Claro, claro.

Iris se sentou preto dele deixando a luz do sol bater sobre sua pele.

– Esta tudo bem?- Josh preguntou.

– Dia ruim- tentou explicar.

– Hum... Entendo, espero que melhore.

– Também.

Um clima pesado começou a se formar entre eles.

– São lindas, não?- perguntou o príncipe apontado para as flores.

– São, essas são minhas preferidas.

– Tem um bom gosto, você trabalha com isso, certo? – Iris assentiu.

Josh acabou dando margem para a garota falar de uma das coisas que mais gostava, flores, disse características de varias flores ali presentes, coisas que eles poderiam fazer para faze-las crescer mais. O assuntou acabou chegando em filmes antigos o que fez que com que Iris falasse mais ainda.

Logo ela esqueceu da tristeza que sentia e se deixou rir, conversar e sorrir.

***

Leiam as notas finais