Josh já havia desistido da irmã a algum tempo. Agora estava em um dos salão de festa do palácio, o que Bethany e as selecionadas haviam escolhido para a recepção. Ele tinha uma vista privilegiada do jardim.

– Admirando a vista Alteza- o tom sarcástico o fez pensar que fosse Sophie, mas ao se virar deu de cara com Bethany. Era incrível como ambas, por, mas que negassem, ficavam cada vez mais parecidas.

–Talvez sim, talvez não. Acho que estou apenas admirando o trabalho da minha irmã.

Ela se sentou ao seu lado. E observou as selecionadas que terminavam os últimos preparativos.

– O conselho continua te pressionando?- ela perguntou.

Josh assentiu.

– Eles não entendem, é complicado demais. Todas elas são incríveis e inteligentes. Elimina-las é complicada demais.

– Imagino.

– Eles querem entrevista pessoais com as selecionadas, para passar em rede nacional. Com perguntas sobre min e sobre o que esta acontecendo.

– Você beijou alguma?

Josh negou.

– Então pelo menos tente.

– Parece que minha irmãzinha cresceu- ele sorriu.

– Bem faz tempo.- os dois riram.

– Meus pequenos estão se divertindo- disse uma voz.

– Mamãe, não somos seu pequenos. Não sou tão pequena. Tenho 1,63- disse Bethany, America apenas riu.

Ela usava um vestido um vestido rosa claro tomara que caia, com sapatos de salto de bico fino bege. O batom era rosa claro, e os cabelos estavam presos em um rabo baixo lateral e por fim uma coroa repousava em sua cabeça.

– Majestade a cada dia mais linda- elogiou o príncipe.

– Me sinto lisonjeada- a rainha sorriu e examinou os dois- Cadê a Sophie?

– Deve aparecer a qualquer momento.

– Se não tiver se jogado do precipício mais próximo, neste exato segundo- Bethany brincou.

Josh riu e logo pediu licença, e se direcionou ate perto de uma das selecionadas, que conferia a mesa de comidas.

–Parecem deliciosos- o príncipe disse.

–Sim, e espero que estejam- a garota sorriu, seus olhos pela luminosidade parecia vermelhos mas não eram. – Olhe ninguém precisa saber disso okay?

Ele assentiu, e Ivy levou a mão ate a mesa e pegou um dos quitutes. E o pôs na boca.

Entre todas as selecionadas uma das que mais parecia indiferentes era ela. Provavelmente usava a seleção de fuga ou algo do tipo.

Josh tentou mais uma vez começar uma conversa:

– Sente falta de algo? Da sua casa? Dos seus pais...

–Sinto falta da Pisca-Pisca- ela disse

– O que?

– A minha cadela.

O príncipe apenas riu.

– Não sei porque a graça. – ela observou.

E levantou o vestido e começou a andar em direção a outra mesa.

Essa vai ser complicada...

Depois de um certo tempo, uma carruagem passou pelos protões do palácio, Josh sentiu a tensão da duas irmãs, que permaneciam ao seu lado.

Logo que a carruagem abriu sua porta, a rainha desceu, Josh percebeu a forma que América revirou os olhos. Daphne, tinha cabelos caramelo e olhos pretos. Usava um vestido verde agua com uma barra comprida lateral e uma cinto dourado, os cabelos estavam presos em um coque francês.

Ela logo sorriu e seguiu em direção a Maxon.

Daphne não era a primeira na linha de sucessão, mas seu irmão havia morrido misteriosamente um dia antes de assumir o trono. Então Daphne se casou com um duque 15 anos mais velho, e subiu ao trono 2 mês depois. E pouco tempo depois Peter nasceu e 2 anos depois Jessamine, e alguns anos depois, uns 2, o rei morreu, deixando Daphne sozinha no trono.

Logo após a descida de Daphne, Peter se retirou da carruagem, usava um terno formal e lançava sorrisinhos sedutores a Sophie.

E depois Jessamine... O coração de Josh parou, quando percebeu que ela era próxima. Será que sentiria algo?

A garota tinha cabelos preto, como ébano, e olhos que pareciam castanhos de longe mas na verdade eram verde. Usava um vestido delicado azul claro e um sapato de bico prata, o batom era rosa. E por fim os cabelos estavam presos em um coque onde repousava uma coroa. (princesa Jessamine)

Ela caminhou ate ele e logo sorriu, tinha 1,59 m, e por isso quando Josh estava perto dela sentia que precisava protegê-la era tão frágil...

Balançou a cabeça afastando o pensamento. O Josh que era apaixonado por Jessamine Francine tinha 15 anos, e agora tinha responsabilidade. E Jessamine não fazia parte do seu futuro.

– Olá Jessamine seja bem vinda- ele disse tentando parecer o mais serio possível.

Ela sorriu percebendo a indiferença.

Logo voltou para perto da sua mãe.

– Você não vai acreditar querida- exclamou Peter tentando ganhar a atenção e tentando pegar a mão de Sophie- Fomos visitar a corte holandesa e a duquesa Stewart tentou agarrar a min...

– Nossa mas que...- ela disse em apenas um sussurro- merda.

O que era para sair apenas como um sussurro que ninguém ouvisse saiu alto demais. Peter fechou a boca, Jessamine arregalou os olhos e Daphne... bem Daphne ficou completamente assustada.

– Sabe porque venho a Illea ainda? Só pelo meu grande amigo Maxon se não fosse por ele, eu nem pisaria nesse palácio. A rainha é uma jacu, o príncipe não presta para nada, a princesa mais velha é mal educada fica pronunciando palavrões por ai e a princesa mais velha... Bem, Ninguém nem lembra que ela existe.

Josh serrou os punhos, Sophie bufou e Bethany apenas abaixou os olhos. Maxon arregalou os olhos pensando no que faria agora no mínimo sua mulher enforcaria a rainha francesa. Já America estava vermelha, como aquela mulher ousava dar em cima do seu marido, falar mal dela e dos filhos dentro da sua própria casa, aquilo já havia passado de uma ofensa.

Jessamine tomou a frente:

–Mamãe a senhora esta sendo...

– Não fale Jessamine, apenas fique quieta- ela disse e a garota abaixou a cabeça

Peter estava parado sem ação.

E a mulher ainda critica meu irmão nem olha para o seu próprio lado pensou Sophie enfurecida.

– Porque não entramos e desfrutamos da recepção?-perguntou Maxon.

E todos entraram, um pouco obrigados.

Trina Sunnymore se assustou com o clima pesado que permanecia entre a realeza francesa e illeana.

Estava na cara que ambas as família tinham muitas rivalidades. Ela observou de canto o posicionamento da princesa francesa, era linda e delicada, permanecia sorrindo e rindo por quase tudo.

Então passou os olhos para o príncipe de Illea, o garoto em que havia feito parte de seus sonhos sempre. Viu a forma em que ria de algo que Jessamine havia contado. Sentiu uma pontada no peito.

Baixou os olhos e caminhou ate um espelho próximo, ela não se achava bonita, muito menos com as caraterísticas básicas que via na rainha America. Ela tinha cabelos castanho escuro e olhos castanhos claro. Ela usava um vestido no estilo ladylike e vermelho um duas finas listras pretas.

Trina revirou os olhos e segui em direção a outro canto da sala.

O jantar foi posto na mesa e o clima pesado prevaleceu, mas mesmo assim Daphne continuava a falar, as vezes Sophie ate admirava a cara de pau dela.

Ela levou a ultima colher da sobremesa a boca. Pego o papel que estava pousado em seu colo e limpou a boca, sua cabeça explodia de dor. Por isso se levantou e fez uma reverencia simples, sabia que estava fazendo aquilo só para mostrar a Daphne que mesmo ela a humilhando Sophie sabia que ela era a uma Rainha.

– Com licença- pediu- Estou com uma dor muito forte de cabeça preciso repousar.

E virou de costa e saiu, acenou para uma criada na escada e pediu para ela, pegar uma aspirina e deixa-la no seu quarto.

Atravessou a porta do salão e seguiu sabendo que Will a seguia.

Chegou ao seu quarto e jogou o remediu para dentro, logo depois saiu do quarto caminhando ate a sala de musica.

Entre as milhares salas do palácio um dos únicos lugares em que Sophie se sentia uma garota e não a princesa de Illea, ali ela poderia ser qualquer uma.

Quando seus pais se casaram, Maxon construiu 3 salas de musicas espalhadas pelo castelo, essa ficava no sótão. A mãe havia a apelidado de Sala Newsome o nome havia ficado.

Sophie suspirou e abriu a porta.

Sabia que Will entraria em breve.

A dor insuportável estava diminuindo, o que era realmente ótimo. Ela caminhou ate o piano no canto da sala e se sentou.

Ela passou os dedos sobre as teclas, se maravilhando com a sensação. Então mexeu nas varias partituras que estavam espalhadas, algumas estavam terminadas outras não. Perto achou folhas com apenas as letras das musicas (algumas com sua letras, não tão caprichada como a tutora gostava, mas razoavelmente bonitas e outras com uma letra bem caprichada e escrita com delicadeza e apagada pelo tempo). Há alguns anos atrás ela e a mãe haviam achado, na biblioteca proibida, varias folhas com letras de musicas, as palavras já se acabavam pelo tempo. América não havia nem pensado na possibilidade de tentar restaura-las, mas Sophie sim, e havia feito, e não terminado ainda.

Sentou se de frente ao piano e ajeitou uma das partituras ao lado da letra da musica e começou a tocar.

Aquilo acalmava. Sem perceber estava cantando.

(N/A: Desculpem interromper mas é o seguinte vou por uma musica atual, para tipo vocês terem uma ideia do que a Sophie esta cantado. Então espero que gostem)

Back to December – Taylor Swift

I'm so glad you made time to see me

How's life? Tell me, how's your family?

I haven't seen them in a while

You've been good; busier than ever

We small talk, work in the weather

Your guard is up and I know why

Cause the last time you saw me

Still burns in the back of your mind

You gave me roses and I left them there to die

As palavra saiam da sua boca sem perceber, sabia quase tudo de cor, então fechou os olhos e continuou.

So this is me swallowing my pride

Standing in front of you saying

I'm sorry for that night

And I go back to December all the time

It turns out freedom ain't nothing but missin' you

Wishing that I realized what I had when you were mine

And I go back to December, turn around

And make it all right

I go back to December all the time

Nesse ponto sua voz não saiu da forma que queria, então parou e repirou fundo.

Merda Sophie! Pensou Voce sempre se atrapalha, nunca conseguirei tocar e cantar igual a mamãe.

Então alguém bateu palmas atrás dela. Ela se virou dando de cara com Will.

– Meu deus, quanto tempo não a ouço cantar- disse.

– Esta ridículo- declarou com um suspiro.

– Não esta não, pelo contrario esta perfeito- ele disse se sentando ao lado dela.- Por que não toca para min?

Sophie sorriu lembrando de que esse era um pedido comum de Will.

– Mas vai ser outra.- Ele sorriu.

Sophie novamente começou a tocar:

Human- Christina Perri

I can hold my breath

I can bite my tongue

I can stay awake for days

If that's what you want

Be your number one

I can fake a smile

I can force a laugh

I can dance and play the part

If that's what you ask

Give you all I am

I can do it

I can do it

I can do it

Ela sentia a musica tomando conta dela, amava aquela sensação.

But I'm only human

And I bleed when I fall down

I'm only human

And I crash and I break down

Your words in my head, knives in my heart

You build me up and then I fall apart

'Cause I'm only human

Ela parou e se virou para Will.

Ele sorriu e a envolveu em seu braços.

– Se não fosse princesa podia ganhar a vida assim.

Ela sorriu.

– Acho que seria mais feliz. Faria o que quisesse com a minha vida, sem documentos, protocolos, câmeras e tudo mais uma garota normal.

– Acho que você nunca seria isso, nunca conseguira ser normal Sophie.

– Eu sei.

Ele a puxou mais para perto e a beijou.

Não podia desejar nada mais que aquilo.

– Que tal um acordo? Nos deixamos levar pelo momento, sem nos preocupar com amanha. Sem conversas, sem preocupações, apenas Will e Sophie?

– Perfeito- ele beijou o topo da sua cabeça- Mas agora precisa ir para o seu quarto e dormir um pouco.

Sophie assentiu e deu um ultimo selinho em Will e saiu, sabendo que ele a seguiria em breve.