Sophie

O resto da recepção passou rapidamente, todos conversavam , bebiam e riam. O jantar foi servido e um clima descontraído ficou no ar. Perto do final das atividades de hoje pedi licença e me retirei para o quarto estava literalmente acabada.

A primeira coisa que notei ao sair da sala de jantar foi que o turno de guarda foi trocado e um outro soldado assumiu o lugar. Não o reconhecia, então simplesmente suspirei e virei para trás e o dispensei.

Chegando no quarto fiz o mesmo com as minhas criadas, tirando o vestido, as joias e o salto, entrei na banheira que elas haviam preparado. O aroma me acalmava e relaxava.

Saindo dela simplesmente me sequei e vesti uma camisola rosa claro e me joguei na cama me cobrindo completamente.

Logo cai no sono. E os sonho foi extremamente estranho:

Eu estava na sala do conselho, meu pai falava algo só que soava distante, quando finalmente me consertei percebi que ele falava da guerra:

– A guerra vem se tronando pior, por isso selecionamos nosso melhores soldados ar liderarem a linha de frente, espero finalmente vence-las. Os nomes são os da folhas que foi entregue a vocês no começo da reunião.

Olhando pra baixo, observei uma lista com vários nomes, quase nenhum familiar. Apenas... Um... Não podia ser.

Will Lookwood

O sonho desapareceu me levando para outro lugar

Eu estava no meu quarto, só que em vez de camisola usava uma vestido branco ate a altura do joelho, os cabelos estavam soltos e desciam pelas costas. Segurava minha mãos, grandes lagrimas escorriam pelo meu rosto.

– Você não pode ir- sussurrei- não pode Will

– Sophie eu sirvo ao pais, eu voltarei ok?- ele levantou meu rosto com delicadeza- Prometo...

– Você não pode ir- repeti só que dessa vez indo ate ele, e o beijando seu lábios responderam aos meus, e ele me trouxe mais para perto, quando nos separamos eu o abracei- Eu te amo, por favor não vá.

Seus olhos se arregalaram por um instante.

– Eu também te amo Soph, mas não podemos ficar juntos e também não posso desobedecer a ordem do rei.

– Eu peço para que ele, meu pai vai entender.

– Sophie... Não esse é meu destino me deixe cumpri-lo- ele me beijo novamente enquanto era levada pelo sonho.

Dessa vez estava em Nova Ásia em um campo de guerra. Havia corpos para todos os lados, eu corria em meio a eles, rezando que ele não estivesse ali.

Cerca de um metro depois eu o encontrei, caído sem vida no chão.

Me joguei sobre ele enquanto lagrimas caiam dos meus olhos.

– Não, por favor Não- berrei percebendo que estava acordada com os olhos molhados.

Meu corpo estava mole, havia sido tão real. Eu temia tanto perde-lo, tudo que queria era estar com ele não me importava com meu titulo ate o renunciaria. Mas sabia que não podia, sabia que ele não permitiria.

Cada vez meus olhos se enchiam mais e mais lagrimas escorriam.
– Filha? Querida-Chamou uma voz conhecida, da minha mãe- Meu deus Sophie o que aconteceu?

Ela se aproximou e me abraçou, acariciando meu cabelo.

– Tudo bem querida passou.- ela enxugou uma lagrima- Foi só um pesadelo.

Sabia que parecia uma criança de dois anos com medo do escuro, não parecia a princesa. Mas mesmo assim deitei no colo da minha mãe e chorei. Depois de um longo tempo eu finalmente parei de chorar, Havia sido apenas um sonho certo?

– Com o que sonhou Sophie?

– Pesadelo- disse fugindo do assunto

– Não quer contar então? Mas foi serio nunca fez isso, quando era criança não temia nada, seu irmão tinha medo da própria sombra e você sempre não precisou de ninguém.- Ela acariciou meu cabelo- é bom saber que ainda sou útil, e que minha garotinha ainda esta ai.

– Sempre serei a sua garotinha, as mães sempre nos veem como criança - disse- só cresci um pouco.

Ela riu.

– Bem, você cresceu muito. -Observou – Mas tem razão, ursinho.

Sorri ao ouvir o antigo apelido.

– Tente dormir agora- disse ela

– Não consigo- disse.

– Então deite ai e feche os olhos, vou contar uma historia.- disse ela

– Mae- protestei- tenho 17 anos estou para fazer 18. Fala serio.

– Estou falando- ela disse- e faltam três meses para o seu aniversario.

– Ok

Ela sorriu e começou a falar, eu simplesmente fechei os olhos. E imaginei que era um pessoa normal, e não a princesa de Illea.

Josh

Eram oito em ponto o horário que levantei, tinha um encontro as 9 e outro as 15 horas. Não iria tomar café da manha nem daria tempo.

Com pressa me vesti e chamei uma das criadas para me certificar se tinham preparado tudo para o piquenique.

Saindo do meu quarto caminhei ate o segundo andar, os quartos da selecionadas tenham seus nomes na porta, um pouco para facilitar a localização.

O nome Jasmine estava no decimo quinto quarto, no seu lado direito estava Belle Chase, e no lado esquerdo não havia placa, provando que a garota havia sido eliminado.

Bate de leve na porta, que logo foi aberta por uma criada de olhos castanho esverdeado. Que fez uma reverencia e disse que ela estava vindo.

Um minuto depois Jasmine estava na porta.

– Vamos?- ela perguntou

Usava um vestido vinho ate a altura do joelho, inteiro rendado com mangas três quarto. Os cabelos estavam presos em um coque, com fios soltos emoldurando o rosto.

– Claro- ofereci o braço e ela logo aceitou.

Atravessamos o palácio em silencio ate o jardim, onde um mesa havia sido cuidadosamente arrumada.

Havia vários tipos de doces e salgados, Jasmine se sentou em um lado eu no outro.

– Uhal! Esse é o piquenique mais chique que já vi.- ela sorriu.

– Quer torta?- perguntei, ela assentiu- Então Jasmine esta afim de responder minha pergunta daquele outro dia?

– Você não desiste- ela observou- é uma característica da família real de Illea? Por que Sophie parece ser teimosa, Bethany nem se fala e você então.

– Você esta fugindo da pergunta. Mas sim é uma característica da nossa família. Graças a rainha America.

Ela sorriu.

– Queria ser pelo menos um tiquinho igual a sua mãe- Ela suspirou- Ok, que tal um jogo de perguntas e resposta?

– Pode ser- disse pegando uma empada- Eu começo. O que fazia na Carolina?

– Profissão? Era lenhadora, queria ser escritora mais o mundo estava contra min. Ainda sonho em ser, mas me orgulho do meu trabalho.- A morena disse, precebia que aos pouco ia deixando a timidez de lado.

– Poderá ser qualquer coisa. Você sabe o status de estar na seleção e o maior de todos- eu disse.

– Bem é minha vez- ela disse- Se não fosse príncipe o que gostaria de ser?

– Hum... Nunca pensei nisso, mas gostaria de ser advogado, acho. Gosto de defender os injustiçado.

– Legal- ela olhou para os próprios pés.- Sua vez.

– Com quem vive na Carolina?

– Com meu pai- pela cara dela não gostava do próprio pai- e com meus 3 irmão, Jonathan, o mais velho, já é noivo, esta para casar, se já não estiver casado. Jackson e Julian. Sou a caçula.- ela estralou os dedos- Com qual das suas irmãs se da mais bem?

– Sophie- disse- O que aconteceu coma sua mãe?

– Morreu- ela disse- e me deixou sozinha com aquele bando de machistas.- a ultima parte não passou de um sussurro.

– Jasmine- peguei a sua mão- O que acontecia com você, o que seu pai fazia com você?

– Ele... Josh...- ela começou a chorar- não posso falar, se ele descobrir que contei para o príncipe de Illea ela vai me matar.

– Jasmine, não irei contar para ninguém.

– Uma vez, tarde da noite minha mãe veio no meu quarto, tinha uma mancha roxa nos olhos e vários cortes que sagravam. Ela... disse que nunca era para min confiar em nenhum homem eles não prestavam. Eles me usariam e jogariam fora, eu tinha apenas 9 anos- me levantei, e sentei ao seu lado, abracei ela enquanto soluçava em minha camisa- Mas obedeci suas palavras. Nunca confiei em nenhum homem... Apenas uma vez mas ele me traiu. Josh você é diferente, sinto que posso confiar em você, mas me prometa que nunca ira contar a ninguém. Promete?

– Prometo.

– Meu pai sempre bateu na minha mãe, ele... ele batia nela por qualquer coisa, Quando completei 7 anos, ele começou a me dar tapas quando errava algo, ou as vezes por ser uma garota e não prestar para nada. Quando ela morreu, eu tinha 10 anos, as coisas pioraram, eu virei o saco de pancadas. Todos os dias leva uma surra, tenho marcas pelo corpo todo. E ele jurou que se eu contasse a alguém ele me mataria. Julian era o único que me ajudava as vezes a noite ia lá e me ajudava com os machucados. Tudo. Fugi de casa, quando voltei apanhei mais ainda, só que ai Jackson e Jonathan já me batiam também.

– Mas não fez nada?- perguntei

– Não, Julian fugiu de casa 4 dias depois de voltar, meu pai disse que se ele ousa-se voltar iria se arrepender amargamente. Todos os dias ele me encontrava no caminho do trabalho ou da padaria, era meu ponto de apoio. Ele que me apoio na ideia da seleção.

– Isto é seu refugio certo?

– Sim, príncipe se te conhece antes nunca teria findo para cá como refugio. Mas precisava fugir, precisava mostrar que era capaz de algo.

– Jasmine, confie em min. Enquanto minha família estiver no poder, seu pai e seus irmãos não tocaram um dedo em você.

–Obrigada Josh- disse Jasmine- Você será um ótimo rei.