Amizade Colorida escrita por Thaís Romes


Capítulo 6
Preto, ausência de luz.


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então eu realmente precisei dividir, mas por não querer fazer parte 1 e 2 vou colocar nomes diferentes por que é divertido! Espero que curtam... Bjs



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Levantei-me puxando as mãos do Oliver o fazendo me seguir. Engoli em seco quando vi Ian andando em minha direção, ainda lindo com sua pele alva em contraste com seus cabelos negros e seus olhos cinza. Segurei a mão de Oliver em um pedido silencioso para não me deixar sozinha. Os olhos de Ian foram de meu rosto para minha mão entrelaçada a de Oliver.

–Ah! Oi! –Disse parecendo confuso.

–Oi. –Respondi seca. –Oliver, esse é Ian Sawyer. –Apresentei e Oliver ofereceu sua mão em um cumprimento.

–Oliver Queen. –Se apresentou apesar de Ian saber quem ele era.

–Eu já te conheço. –Respondeu aceitando o cumprimento. –A mídia e Felicity não param de falar de você. –Apesar da simpatia na voz eu podia sentir o sarcasmo disfarçado. –E parece que já superou bem o fim do nosso relacionamento!

Nós namoramos por três longos anos e eu realmente acreditava estar apaixonada por Ian. No dia da festa do Oliver, quando ele terminou comigo usando a desculpa de que estávamos afastados emocionalmente um do outro e que ele queria mais para mim. É de longe o argumento mais ridículo que já recebi. Naquele dia eu pensei que cairia no buraco enorme que se formou dentro de mim, só quer ter Oliver ao meu lado simplesmente tirou a dor, e desde então não senti falta de Ian por nem um segundo... Como eu fui tão ingênua por tanto tempo...

–Foi muito bom ver você Ian. –Disse puxando Oliver e deixando meu ex falando sozinho.

–Então aquele é o idiota? –Brincou Oliver enquanto andávamos a caminho de seu carro.

–O próprio meu amigo! –Respondi revirando os olhos. Oliver abriu a porta do carona para mim. –Obrigada. –Agradeci me sentando.

Ele correu dando a volta para se sentar ao meu lado no banco do motorista. Durante nossos vinte anos de amizade nunca faltou assunto como nesse momento, mas nós parecíamos perdidos dentro de nós mesmos que faltou o que dizer. Eu sabia que só precisava soltar a primeira palavra e o resto sairia naturalmente, mas não consegui.

–Está entregue. –Oliver disse parando o carro em minha porta.

–Obrigada pela noite de hoje, foi perfeita. –Que merda eu estou fazendo? Oliver parecia pensar a mesma coisa pela forma que estava me olhando.

–Não conseguira sem você. –Respondeu simplesmente com seu sorriso lindo nos lábios. –Eu que tenho que agradecer. Posso te dar o ultimo beijo? –Pediu com seus olhos azuis presos aos meus, precisei de um segundo para recuperar minha voz.

–Ah... Claro.

Oliver soltou seu cinto de segurança e eu fiz o mesmo. Inclinou-se em minha direção com um pequeno sorriso nos lábios. Coloquei minhas mãos em sua face acariciando seu rosto, sentindo meu coração acelerado, quando nossos lábios se tocaram não existia mais nada em volta apenas nós dois. Ele me puxou para seu colo sem parar de me beijar, apesar de suas mãos serem urgentes em meu corpo, seus lábios eram gentis e carinhosos. Eu passava as mãos em seus braços e costas, mas não era só sexo, e por esse motivo eu me obriguei a parar.

–Felicity. –Chamou com a voz rouca quando eu saltei de seu colo. –O que aconteceu?

–Eu quebrei o acordo. –Respondi saindo do carro o deixando para trás sem entender o que estava acontecendo.

Fechei a porta da minha casa e fiquei ali encostada sem conseguir me mover, sem saber o que fazer da minha vida... Ele não me procurou no domingo, não atendeu minhas ligações e não ligou de volta. Eu não conseguia entender, nós nunca ignoramos um ao outro antes...

Segunda eu entrei no elevador da QC decidida a dizer umas boas verdades para ele. Quem ele achava que eu era? Tudo bem que eu quebrei o acordo primeiro, mas nada mudava o fato de que ainda somos melhores amigos. Eu estava irada quando cheguei em frente à Helena.

–Bom dia Helena. –Cumprimentei tentando disfarçar minha fúria com um sorriso simpático. –Pode avisar ao CEO minha presença?

–Claro Felicity. –Helena é linda, mas um tanto lesada.

E quando entrei na sala de Oliver comprovei minha teoria, ela é completamente lesada. Não era Oliver quem estava sentado na mesa do CEO...

–Walter! –Exclamei surpresa.

–Oi querida! –Ele se levantou para me dar um abraço. Retribuir da melhor forma possível tentando não revelar minha decepção. –Acho que veio atrás de Oliver, e pela sua carinha não parece feliz por não encontrá-lo. –Disse de maneira paternal. –Sente-se, vamos ter uma conversa.

Obedeci em silencio me sentando em sua frente fazendo muita força para manter o sorriso cordial no rosto.

–Sabe que seu pai, Robert e eu éramos melhores amigos. –Começou a dizer com carinho. –Steve era um grande homem. –Suspirou saudoso fazendo com que algumas lágrimas se formassem em meus olhos. –Teria muito orgulho de quem você se tornou hoje. Eu tenho orgulho de quem você se tornou querida, e como seu padrinho tenho a obrigação de dizer o que ele diria em uma hora dessas.

Ele se levantou dando a volta à mesa e se abaixando em minha frente como se faz como uma criança até que seus olhos estivessem na altura dos meus e começou a enxugar minhas lágrimas de forma gentil.

–Quando ele morreu você tinha apenas onze anos e tudo passou a ser tão difícil em sua vida... Moira tomou você para ela diante da negligencia de sua mãe, todos nós te amamos tanto Felicity. –Ele beijou minhas mãos. –Para mim você é minha filha, a filha que sempre sonhei em ter... Seu pai costumava dizer que ele já estava realizado, pois sabia que a garotinha dele não quebraria seu coração com cafajestes. –Walter se sentou na cadeira a minha frente. –Ele falava que você encontrou o amor de sua vida aos cinco anos. –Não pude deixar de me surpreender. –Oliver. Seu pai sabia, Moira e Thea sabem, eu sei, e agora posso ver que você e Oliver também. –Prendi a respiração pronta para negar por impulso e acabei soltando um riso sem nenhum humor.

–Parece que eu fiz besteira Walter. –Falei com a voz manhosa por causa do choro.

–Não! Ainda há tempo. –Protestou se levantando e pegando seu telefone. –Diggle, pode vir a minha sala buscar Felicity. –Silencio. –Claro. Preciso que a leve para Oliver. –Ele sorriu com algo que John disse. –Estamos aguardando.

–Onde Oliver está? –Perguntei confusa.

–Los Angeles. –Respondeu sorrindo. –Vou separar o jatinho da família para você. Por favor, trás meu garoto de volta. –Pediu piscando para mim.

Em minutos Dig já estava na sala de Walter. Passamos em minha casa e ele esperou paciente enquanto eu jogava algumas roupas na mala apressada com meu coração prestes a sair pela boca. Já dentro do jatinho com John Diggle ao meu lado comecei a fazer todas as perguntas que estavam me incomodado.

–John. –Chamei.

–Sim.

–Por que Oliver foi embora sem me dizer nada?

–Ian. –Respondeu me olhando com carinho. –Ele falou que precisava deixar você ser feliz com ele, e que não conseguiria ficar para ver.

–Mas não faz o menor sentido... –Tentei chegar a alguma conclusão, mas nada me vinha à mente.

–Ele disse que quebrou o acordo por ele. –Esclareceu.

–Ah John! Que merda. –Praguejei. –Ele entendeu tudo errado. Eu quebrei o acordo por que me apaixonei por ele, por Oliver! –Diggle soltou um riso baixo.

–Você jura? –Debochou. –Eu estou curioso, o que te fez perceber?

–Ian. –Respondi o vendo segurar o riso. –Percebi que não sentia nada por ele, e que talvez sempre tenha sido Oliver, ele era apenas um substituto.

–Felicity, você é a pessoa mais adorável que eu conheço. –Disse desafivelando o cinto de segurança, eu nem havia percebido que nós tínhamos pousado. –Pronta? –Perguntou estendendo suas mãos para mim.


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Notas finais do capítulo

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Bjs