Amizade Colorida escrita por Thaís Romes


Capítulo 5
As cores do nascer do sol.


Notas iniciais do capítulo

Reta final amores! Espero que estejam gostando, acho que o próximo vai ser o ultimo (acho, por que se ficar muito grande vou dividir em duas partes). Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549722/chapter/5

Quando entramos no restaurante os dois já nos aguardavam a mesa. Liguei para Tommy no caminho avisando que estava levando Felicity comigo, mas mesmo avisados foi hilário ver os dois engolindo em seco quando a viram de mãos dadas comigo, mas não foram só eles, parece mentira, só que boa parte do restaurante nos olhava. Felicity mordia o lábio para esconder o riso pela forma amedrontada que Tommy desviou os olhos dela quando percebeu que ela olhava de volta.

–Pronta? –Sussurrei para Felicity enquanto caminhávamos em direção ao casal terror.

–Como se tivesse nascido para isso! –Respondeu me olhando de lado. –Oliver!

–Sim?

–Não precisamos inventar nada, vamos ser apenas sinceros ok? –Sugeriu.

–Eu estava pensando a mesma coisa!

Os dois se levantaram para nos receber, apertei a mão de Tommy e dei um abraço de má vontade em Laurel, por mais que quisesse evitar não conseguia deixar de sentir repulsa dos dois. Felicity percebendo tocou meu braço e quando me virei ela estava com o sorriso mais lindo que já virá na vida em seu rosto, aquilo me tranquilizou imediatamente. Ela apenas sorriu para os dois sem se dar ao trabalho de tocar em nenhum –Esperta - dei um beijo rápido em seus lábios antes que eu afastasse sua cadeira e me sentasse ao seu lado.

–Como vai à boate Tommy? –Perguntei tentando puxar assunto depois de um pequeno período de silêncio constrangedor que começou no momento em que o garçom veio anotar nossos pedidos.

–Muito bem, vocês deveriam passar lá qualquer noite. –Respondeu sem graça. – E a QC? Como é ser o novo CEO? –Ele perguntou parecendo verdadeiramente interessado, mas tudo que eu conseguia pensar era em meus horários de almoço com Felicity e por sentir sua mão em minha coxa por baixo da mesa, acredito que ela pensou o mesmo.

Não consegui segurar o riso e Felicity acabou me acompanhando. Laurel e Tommy nos olhavam constrangidos enquanto nós tentávamos a todo custo parar de rir.

–Desculpa. –Pediu Felicity se recompondo.

–Verdade, nós estamos sendo rudes. –Completei. –Ser CEO tem sido algo... Natural.

–Ele tem sido perfeito. –Elogiou Felicity tocando meu rosto, em um movimento natural peguei sua mão e a beijei, só então me dei conta do que tinha feito. –Obrigado. –Sussurrei para ela.

–Vocês estão juntos? –Perguntou Laurel, parecendo realmente incomoda.

–Laurel, eu amo o Oliver. –Felicity começou a dizer no tom que ela usa apenas para defender quem ela realmente ama. –Sempre nos amamos. –Ela me olhou nos olhos com intensidade e tudo que pude foi retribuir o olhar. –Não acho que mereça algum tipo de explicação, mas preciso agradecer a você, a vocês dois na verdade. –Ela se virou para os dois. –Depois da ceninha digna do Big Brother, fizeram com que nós percebêssemos o quanto perdemos tempo e energia com pessoas erradas. –Eu me virei dando um beijo em seu ombro em agradecimento não apenas pela defesa, mas por saber que ela estava se contendo para não acabar causando um estardalhaço no jantar.

–Eu te amo. –Sussurrei em seu ouvido a fazendo rir. Então me virei para eles dizendo em voz alta. –Mas me contem como isso. –Apontei para o casal que estavam literalmente verdes nos olhando boquiabertos. - Aconteceu?

Laurel engasgou com o vinho que estava tomando e Tommy tentou ajudá-la antes de começar a falar. –Eu preciso dizer que sinto muito pela forma que você descobriu.

–Tudo bem Tommy. –Respondi de imediato. –Eu já superei.

–É estamos vendo. –Murmurou Laurel.

–Então Laurel, conta para gente a historia de vocês! –Pediu Felicity fingindo simpatia.

–Nós aproximamos quando voltei de Los Angeles em maio. –Narrou sem entusiasmo nenhum.

–Assim que te pedi em casamento? -Perguntei surpreso por fazer tanto tempo.

Ela virou o restante de sua taça de vinho antes de responder. –Sim, eu estava sentindo sua falta e Tommy acabou se tornando meu apoio e uma coisa levou a outra. Assim como vocês. –A ultima frase tinha um tom nítido de acusação.

Segurei a mão de Felicity em um pedido silencioso para que me deixasse cuidar disso.

–Na verdade não. –Comecei a dizer. –Mas isso não importa. –Acrescentei encerrando o assunto. –Eu sinceramente desejo que vocês sejam felizes juntos. –Fui sincero em cada palavra. –Tommy, nós sempre fomos melhores amigos desde que me lembro assim como Felicity, não posso desejar a você menos do que toda a felicidade que eu tenho com ela.-Disse olhando para os dois. –Felicity você tinha uma queda pelo Tommy no colégio não tinha? –Perguntei mudando de assunto tentando aliviar o clima pesado.

–Oh Deus! –Ela resmungou ficando vermelha, mesmo Laurel esboçou o mínimo sorriso com a cena. –Você sabia disso? –Questionou surpresa.

–Claro que sabia! –Respondi com um sorriso de deboche. –Sou seu melhor amigo, não tem nada que não saiba a seu respeito.

–Mas você dizia que ela me detestava! –Lembrou Tommy rindo.

–Qual é Tommy? Felicity já naquela época era areia de mais para o seu caminhãozinho! –Provoquei. –Desculpa Fê. –Pedi me virando para ela.

Só que não esperava o olhar de admiração que recebi, ela era como um imã para mim, me puxando sempre para mais perto. Em um impulso colei meus lábios nos dela em um beijo rápido e carinhoso.

–Obrigada. –Falou.

–Por quê? –Questionei confuso. Ela me puxou para falar em meu ouvido.

–Por me salvar dele. –Dei risada sem consegui me controlar. –Por isso que eu amo você. –Acrescentou com a mesma naturalidade de sempre. Não deixei de notar que estávamos falando que nos amávamos muito mais agora, não que isso me incomode, mas levando em conta o tempo que passamos sem dizer nesses últimos dois meses faz sentido...

O resto do jantar foi divertido, parecíamos apenas velhos amigos juntos, mesmo Tommy e Laurel relaxaram e curtiram o momento. Por volta das dez horas da noite nos despedimos e para quebrar a rotina convidei Felicity para uma caminhada em uma pracinha próxima ao restaurante. Acho que esse foi o maior tempo que passamos juntos, sem transar em dois meses.

–Não foi tão ruim assim. –Disse se sentando em um balanço. Fiquei em pé atrás dela para poder empurrá-la.

–Pensei que fosse bater na Laurel para igualar o ranking quando ela perguntou o que nós tínhamos. –Admiti dando risada e ela me acompanhou. –Por falar nisso, por que bateu no Tommy e não nela naquele dia em minha casa?

–Dois motivos, Tommy era seu amigo e a atitude de pegar sua noiva em sua casa foi a mais baixa que já vi em toda a minha vida. E segundo você a amava, e eu nunca te machucaria ferindo algo que você ama. Sem contar que bater nele foi muito mais divertido!

Nesse momento foi como se uma venda fosse tirada de meus olhos, de repente tudo estava claro como a luz do dia. Dei a volta no balanço e me agachei a sua frente, tomado por uma coragem absurda. Ela me olhava com brilho nos olhos e um lindo sorriso nos lábios.

–Felicity. –Comecei a dizer tomando suas mãos. –Você é minha melhor amiga no mundo e eu sei de todas as nossas regras, mas eu estou completamente...

–Felicity! –Uma voz masculina gritou, o rosto de Felicity ficou branco imediatamente, ela se levantou em um salto e me puxou junto.

–Ian. –Disse com um sorriso amarelo nos lábios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem ok? Beijos