Amizade Colorida escrita por Thaís Romes


Capítulo 3
Branco, sobreposição de todas as cores.


Notas iniciais do capítulo

Antes de lerem esse capítulo, quero lembrá-los de que este é um universo alternativo. Esse Oliver não naufragou, não foi torturado e nem mesmo traiu Laurel com Sara Ok?
Com isso em mente, desejo a vocês uma boa leitura meus amores.
Bjs



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Contrariando tudo o que vivemos até hoje, nós não dividimos a mesma cama. Sai de sua casa assim que acabamos, sentindo meu coração bater muito forte em meu peito com uma mistura de medo, excitação, felicidade, arrependimento e pânico. Pela primeira vez percebi que minha família e amigos poderiam estar certos desde... Bom, desde sempre. Não tinha nada nesse mundo que me convencesse de que o que fizemos agora foi apenas sexo. Nenhuma das quatro vezes!

Entrei em minha casa e me joguei no sofá tentando controlar meu pânico e todos os sentimentos confusos. Acho que em apenas um dia quebrei todas as regras que havia imposto em nosso acordo absurdo de relacionamento. -Puta que pariu! –Praguejei. –Que idéia mais absurda!

Dormi ali mesmo, acordei no outro dia com o corpo dolorido e a cabeça rodando. Por um segundo cheguei a pensar que tudo não se passou de um sonho, um sonho quente e delicioso. Mas seu cheiro em mim me trouxe a realidade novamente.

–Que foi Oliver? –Perguntou Thea preocupada, colocando uma bandeja de café da manhã na mesa de centro para mim.

–Obrigado. –Agradeci a puxando para se sentar ao meu lado. –Acho que fiz a maior merda possível Speed. –Desabafei.

–Então me conta e prometo que daremos um jeito. –Sorri para minha irmã tão madura e inocente ao mesmo tempo.

–Eu e Felicity... –Fiz uma careta sem consegui concluir a frase.

–EU NÃO ACREDITO! –Ela gritou se levantando e começando uma dançinha estranha de comemoração. –DEUS É BOM! –Eu a puxei novamente a fazendo cair no sofá ao meu lado.

–Dá para esperar que eu termine? –Recriminei. Thea não conseguia conter o sorriso enorme em seu rosto.

–Desculpa. –Respirou fundo se recompondo. –Pode continuar agora.

–Nós fizemos um acordo. –Comecei a dizer. –Apenas sexo, nada de emoções. –Ela parecia estar prestes a explodir em gargalhadas. –É eu sei idéia idiota.

–Que isso querido irmão. –Fingiu seriedade. –Mas é o plano perfeito. Vocês vivem dizendo que não sentem esse tipo de amor um pelo outro! –Debochou.

–Speed, se for ficar de deboche não digo mais nenhuma palavra!

–Não! –Implorou. –Por favor, continua.

–Eu pensei que não, mas nós ficamos cinco anos sem nos ver, e ela está diferente...

–Oliver ela sempre foi linda.

–E eu sempre a achei, mas não como agora. –Tentei encontrar a palavra correta. –Para mim, sempre foi Laurel e agora eu percebi que nunca me senti dessa forma com Laurel. Cada parte de mim, pareceu se completar em cada parte dela. –Speed me olhava com sorriso enorme no rosto. –Que merda! Era tudo o que não poderia acontecer, não posso me apaixonar por ela e se continuar com isso... Mas e se eu parar? –Eu estava apavorado novamente.

–Querido. –Me chamou com carinho me puxando para deitar minha cabeça em seu colo acariciando meus cabelos. –Não posso te dizer o que fazer, mas sabe o que eu penso.

Nesse momento minha mãe e Walter entraram na sala de mãos dadas e pararam de repente vendo a cena um tanto bizarra que se passava entre mim e minha irmã.

–O que está acontecendo? –Walter perguntou confuso.

–Oliver e Felicity, ele tem medo de estar se apaixonando por ela. –Disse de uma só vez, recebendo um olhar de repreensão meu. Walter e minha mãe explodiram em gargalhadas se sentando no sofá a nossa frente tentando conseguir parar de rir.

–Ah meu filho! –Minha mãe começou a dizer em meio às risadas. –Não precisa de se preocupar com isso, pois já aconteceu. –Ela respirou fundo se sentando ereta retomando sua postura fina. –No momento em que ela passou por aquela porta com os pais, uma garotinha linda. –Mamãe suspirou saudosa. –Seu olhar mudou, eu me lembro de você soltando minhas mãos e correndo em direção a ela com o maior sorriso que eu já vi. Querido você se apaixonou naquele momento, só era muito novo para entender.

Quando cheguei na Q.C aquele dia tentei ao máximo evitar cruzar meu caminho com o de Felicity. Diggle pareceu estranhar por eu ter tomado o caminho de minha sala sem passar para vê-la, mas não disse nada e me senti grato por isso. Não acreditava que estava apaixonado com a mesma convicção de minha família, mas não podia negar toda a confusão que estava sentindo. Talvez ela seja apenas incrivelmente boa de cama e isso tenha me deixado alucinado, pode ser apenas isso nada mais. Entrei em minha sala e Helena minha assistente passou a dar as instruções do meu dia, descrevendo meus compromissos, só que minha cabeça estava no departamento de TI, não ali.

O dia passou incrivelmente lento e em meu horário de almoço eu a vi entrando em minha sala ao lado de Dig em um vestido azul escuro que eu já virá umas mil vezes, mas nunca a achei tão gostosa dentro quanto agora. Prendi a respiração quando a vi parando em frente a minha assistente que anunciou sua chegada, apesar do vidro transparente tornar o ato totalmente desnecessário. Diggle permaneceu fora conversando com Helena e Felicity caminhou insegura em minha direção.

–Desculpa não ligar. –Disse assim que ela fechou a porta me levantando e dando a volta na mesa para ficar em sua frente.

–Eu desliguei meu celular. –Assumiu com uma careta culpada. –Desculpa por isso também. –Um pequeno sorriso se formou em meu rosto, que se refletiu no dela.

–Somos dois idiotas... –Comecei a dizer.

–Nunca deveríamos ter feito aquilo... –Completou.

–Foi um lapso. –Acrescentei olhando para seus lábios em formato de coração. –Um lapso incrivelmente bom, mas um lapso.

–Isso mesmo concordou. –Engolindo em seco. –Um lapso, muito, muito bom mesmo. –Seus olhos passaram por meu corpo e ela se virou de repente colocando as mãos na cabeça.

–Talvez seja a transição? –Sugeri já excitado com a situação. –Da nossa amizade para amizade colorida?

Quando ela se virou pude ver um fio de esperança em seu olhar. –Precisamos ser sinceros um com o outro. –Disse me olhando nos olhos e parecendo estar em uma espécie de transe, concordei com um aceno de cabeça.

–Eu contei a Speed. –Admitir dando um passo em sua direção.

–Droga! –Praguejou. -Ela era minha primeira opção. –Assumiu sorrindo. –Eu contei ao Diggle. –Começamos a rir da situação ridícula que nos colocamos.

–E ela contou para minha família. –Felicity ficou vermelha, mas ainda estava sorrindo. –Não do sexo, só que achava que eu estava apaixonado por você. –Dei de ombros para diminuir a importância do que acabará de dizer, mas ela estava tão acostumada a ouvir isso que pareceu não se importar.

–E qual foi à reação deles? –Perguntou desconfiada.

–Muita risada e “eu te disse”. –Respondi. –Felicity se jogou em meus braços se aconchegando neles com carinho, como sempre foi.

–Não vamos mais deixar isso nos afastar. –Disse abraçada a mim. –De agora em diante seremos completamente sinceros um com o outro.

–Isso quer dizer que ainda podemos transar? –Perguntei cheio de esperanças.

Felicity se afastou um pouco me dando um Selinho rápido nos lábios. -Melhores amigos coloridos!


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Notas finais do capítulo

Gente eu estou muito feliz com a recepção e resposta de vocês com essa fic. Lembrando que ela será curtinha.
Não esqueçam de comentar ok?
Bjs