Amizade Colorida escrita por Thaís Romes


Capítulo 2
Cores primárias


Notas iniciais do capítulo

Gente, quero agradecer a todos os comentários super fofos e a quem favoritou a fic, vocês me alegram muito mesmo! Então está ai, mais um capítulo. Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549722/chapter/2

Acordei na cama do Oliver que estava deitado com a cabeça dele em cima de minha barriga. A noite anterior era apenas um borrão, a ultima coisa que me lembro foi quando decidimos compor uma música para traduzir a dor de ter um coração partido, mas a esse ponto nós já estávamos completamente bêbados. Oliver estava apenas de cueca, tomada por um pânico enorme olhei para meu próprio corpo me enchendo de alívio quando me vi vestida com a blusa social do Oliver.

–Graças a Deus nós não transamos! –Soltei aliviada escutando um riso baixo, eu o empurrei para o lado antes de encará-lo. –Você estava acordado e me deixou entrar em pânico?

–Eu me senti ofendido por você não se lembrar da nossa noite. –Debochou fingindo seriedade. –Fiz você jurar que seria para sempre minha!

–Idiota! –Dei um tapa no seu braço o fazendo gargalhar. –Eu te amo muito para transar com você.

–Eu também te amo minha heroína. –Brincou me puxando para seus braços. –Não conseguiria estar rindo agora depois do que vi ontem, se você não estivesse ao meu lado.

–Nem eu Oliver, nem eu. –Concordei me agarrando mais a ele.

–O que você acha de serviço de quarto? –Propôs sorrindo.

–Melhor ainda, serviço de quarto com a Thea! –Ele concordou alargando ainda mais o sorriso em seu rosto e saiu correndo para buscar a irmã caçula, ele parou na porta se virando para mim.

–Eu senti sua falta Felicity. –Soprei um beijo e ele partiu.

Três semanas depois...

Oliver e Diggle se tornaram bons amigos assim como havia previsto e por essa razão ele foi convidado para o tradicional jantar de sexta da família Diggle, que era basicamente todos nós comendo pizza e tomando cerveja enquanto assistíamos ao The Voice.

–Como se conheceram? –Perguntou Layla entregando uma cerveja a Oliver.

–Nós tínhamos cinco anos, os pais da Felicity eram os melhores amigos do meu pai. –Começou a contar. –Crescemos juntos e quando nossos pais morreram... –Ele parou segurando minha mão.

–Sinto muito. –Disseram Diggle e Layla ao mesmo tempo.

–Não, tudo bem. –Respondi. –Nossos pais sofreram um acidente de carro enquanto voltavam de um jogo de basquete. E nós encontramos conforto um no outro. E quando completei dezoito anos minha mãe se mudou para Los Angeles, ela nunca mais foi à mesma...

–Então eu e minha família ficamos com Felicity até o dia em que ela entrou para o MIT, eu a levei pessoalmente. –Disse cheio de orgulho.

–Vocês são perfeitos juntos! –Layla falou com um olhar sonhador para nós.

–Não somos um casal. –Dissemos juntos os fazendo rir.

–Thea faz esse mesmo discurso Layla há anos, e se eles não cederam até hoje, vamos fingir que acreditamos neles. –Debochou Diggle puxando a mulher para seu colo.

–Nosso charme provoca essa reação nas pessoas! –Brincou Oliver. –Felicity já pensou como seriam lindos os nossos filhos?

–Acho que já chega de cerveja para você hoje. –Falei pegando a garrafa de sua mão.

–Eles são lindos! –Disse Layla e Diggle sorriu.

A noite se passou assim. Nos divertimos, conversamos e apostamos qual técnico seria escolhido por cada artista o que nos redeu boas risadas. No fim da noite Oliver me deixou em casa. Acordei sábado de manhã assustada com meu celular tocando.

–Oi Oliver. –Disse com a voz grogue de sono.

–Estou na sua porta. –Falou parecendo estar ligado nos 220.

–Ah! –Resmunguei me levantando. –Fala sério!

Vesti uma regata e um short de corrida, desci as escadas com muito cuidado para não tropeçar e cair. Abria a porta e lá estava ele lindo em uma blusa preta de gola v e jeans segurando dois copos de café e uma sacola nas mãos.

–Bom dia. –Disse me dando um beijo no rosto enquanto passava por mim.

–Só te deixei entrar por que trouxe comida. –Reclamei o seguindo para a cozinha. – O que tem ai?

–Café para mim. Capuchino para a senhorita e rosquinhas. –Ele colocou a comida na mesa se sentando.

Comemos em silencio aproveitando a companhia um do outro. Em um determinado momento passei a observar a forma que seu maxilar quadrado se movia, seus braços e peitoral definidos visíveis apesar da camiseta, os fios louros de sua barba por fazer só o fazia ficar mais sexy. Eu deveria estar o encarando como aqueles cachorros que param em frente a maquinas de frango assado, por que em um determinado momento ele parou de comer e passou a rir, mas rir muito.

–O que foi Oliver? –Questionei intrigada.

–Felicity você estava me secando. –Ele mesmo parecia duvidar do que acabará de acontecer.

–Não enche. –Disse me levantando sentindo minha face queimar por ter sido pega no flagra.

Oliver me seguiu para a sala ainda dando risada. Joguei-me no sofá e ele fez o mesmo.

–Vai passar o dia todo rindo da minha cara? –Reclamei cruzando meus braços sobre o peito em uma atitude infantil.

–Desculpe querida. –Pediu com sinceridade.

–Sinto falta de sexo. –Admiti respirando fundo com os olhos no teto.

–Eu também. Deveríamos sair essa noite, talvez nós conhecemos alguém e tiramos o atraso. –Sugeriu colocando seus braços em volta dos meus ombros.

–Não estou a fim de um relacionamento agora e você sabe que eu não sou esse tipo de garota. –Falei me aninhando em seus braços e sentindo seu cheiro amadeirado.

–Odeio todas essas emoções que vem com o namoro. – Ele falou pensativo e eu balancei a cabeça concordando. –Toda a culpa e ressentimento.

–E baixa estima. –Acrescentei.

–Tem isso também. –Concordou Oliver.

–Transaria com você agora se não fosse a nossa amizade de décadas.

Oliver me soltou, me olhando assustado. Só então me dei conta de ter falado em voz alta.

–Ah merda! –Praguejei. –Desculpa Oliver eu pensei alto. –Ele me olhava pensativo. –A não! Não me diz que está considerando a idéia!

–Mas pode ser perfeito. –Disse. –Somos melhores amigos e ninguém te ama mais do que eu.

–Esse é o problema Oliver. Não quero perder você. –Respirei fundo. –É a única pessoa que me resta.

–Ei! -Chamou colocando a mão em meu rosto. –Nunca. Felicity olha para mim. –Seus olhos azuis eram intensos. –Você nunca vai me perder.

–Tudo bem. Mas hipoteticamente. –Comecei a dizer vendo um pequeno sorriso se formar em seu rosto. –Se fizermos isso, como pode dar certo? Nem sei que se me sinto atraída por você. –Menti.

–Qual é Felicity! –Debochou Oliver. –Eu acreditaria nisso antes da cena da cozinha e da declaração que você acabou de dar.

–Você sente atraído por mim. –Perguntei em um surto de insegurança.

–Você é minha garota Felicity. –Falou com seu tom de voz protetor.

–Oliver, você precisa levar a sério. –Reclamei. –O que você mais gosta em mim?

–Seus lábios. –Respondeu de imediato. –Sempre tive vontade de te beijar apenas para poder senti-los.

–Seus olhos. –Falei por impulso sem conseguir desviar meu olhar dele. –São tão azuis que fazem perder o fôlego.

–Suas pernas. –Disse.

–Abdômen.

Ficamos nos olhando pela primeira vez de uma forma diferente, cheia de desejo. Sem perceber nos inclinamos em direção um do outro. -Precisamos de regras. –Oliver falou de repente fazendo com nós nos afastássemos.

–Nada de cobranças. –Sugeri. –Ou emoções.

–Nada de compromisso. –Acrescentou. –Apenas sexo.

–Independente do que acontecer, ainda somos melhores amigos.

–Parece que temos um acordo. –Oliver falou sorrindo.

–Acho que sim. –Respondi ainda duvidosa.

Oliver afastou os cabelos dos meus olhos se aproximando lentamente, ele parou a alguns centímetros dos meus lábios me desafiando a continuar, sorri antes de cobrir a distância sentindo seus lábios macios e gentis, sua língua não demorou a pedir passagem que eu cedi de bom grado. Suas mãos estavam em meus cabelos me causando arrepios. Para revidar coloquei minhas mãos por baixo de sua camisa sentindo seu abdômen definido, me senti vitoriosa ao escutar um gemido baixo. Tudo estava intenso de mais, por um segundo consegui me esquecer de que aquele homem era meu melhor amigo. O que fez com que me separasse dele rapidamente.

–O que foi? –Perguntou com a voz rouca.

–Oliver, como eu vou fazer para não me apaixonar por você?

–Temos o acordo. –Disse simplesmente voltando a beijar meu pescoço.

–Oliver! –Gritei. Ele parou contrariado me encarando impaciente.

–O que foi agora?

–Se isso estragar nossa amizade?

–Eu prometi a você Felicity, nunca vou te deixar, e para falar a verdade eu estou excitado de mais agora, então, por favor, para com essa insegurança e me beija.

Atendi seu pedido no mesmo instante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar ok?
Beijos!