Quando ela era mais nova Sansa costumava acreditar que se ela fizesse tudo certo, se os seus modos e o seu bordado fosse perfeito, que um dia a esposa de seu pai sorriria e a braçaria do mesmo jeito que ela fazia com Robb, Arya e Bran. Os modos e a técnica de bordado dela eram perfeitas agora, mas os sorrisos e os abraços não vieram, e ela já tinham aceitado que nunca iriam vir. Nos últimos meses no entanto ela parecia estar vendo um pouco menos de hostilidade nos olhos de Lady Catelyn ultimamente, como se alguns dias ela só a visse como outra jovem que estava no castelo como Jeyne Poole ou Beth Cassel, mas a hostilidade voltou quando os Baratheons vieram para Winterfell, e o filho do rei ficou olhando para a filha bastarda do Rei ao invés da legitima.

Ela não olhou de volta, embora ela tenha sentido um pouco de vontade, Joffrey Baratheon era bonito como os príncipes nas canções. Mas ela não sorriu para ele, e disse para si mesma que faria o possível para ficar longe dele até que eles partissem de Winterfell.

Sansa se lembrava de uma vez que Theon disse que quando Ros se aposentasse que ela provavelmente se tornaria a nova puta da região. Aquela foi uma das poucas vezes em que ela viu Robb brigar com Theon, ela tentava se concentrar nisso quando a memória lhe vinha a mente, de seu irmão Stark a defendendo contra o seu melhor amigo, ao invés de como humilhada ela se sentiu, e como ela temia que o que ele estava dizendo fosse acabar sendo verdade. Bastardas não arranjam casamentos com senhores nobres, mas ela temia que talvez bastardas não conseguissem arranjar casamentos com homens que sequer fossem honrosos.

Ela nunca seria uma dama, e talvez ela nunca seria uma esposa, mas ela podia escolher não ser uma puta, nem mesmo que fosse para ser a puta do príncipe encantado.

A única pessoa que admiraria sua contensão naquele aspecto seria ela mesma, ela esperava que isso fosse o suficiente.